domingo, 8 de dezembro de 2013


Continuação
"Sobre Religiões"


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Cabala – Do hebreu qabbalah, “tradição, doutrina esotérica sobre Deus e o universo, como uma antiga revelação que se transmite entre iniciados. A cabala é sobretudo especulativa, mas tem grande influência sobre os espíritos, judeus ou não, curiosos de esoterismo, e interessa principalmente aos ocultistas modernos.
Çakti – Energia feminina do Deus de quem é esposa. Os çakta são hindus
que adoram a energia cósmica e geradora sob a forma de uma divindade feminina.
Calvinismo – Doutrina reformada por Calvino, no séc. XVI. Opôs-se a Lutero pela teoria da predestinação da graça, assegurando a eternidade a alguns eleitos. Suprimiu todos os sacramentos exceto o batismo, nega a transubstanciação da eucaristia, e só admite as línguas vernáculas. A severidade do calvinismo deu origem aos puritanos.
Candomblé – Religião derivada do animismo africano onde se cultuam os orixás. Sendo de origem totêmica e familiar, é uma das religiões afro-brasileiras praticadas principalmente no Brasil, onde as religiões não são vistas como exclusivas, e muitas pessoas de outras crenças religiosas — até 70 milhões, de acordo com algumas organizações culturais Afro-Brasileiras — participam em rituais do candomblé, regularmente ou ocasionalmente. Orixás do Candomblé, os rituais, e as festas são agora uma parte integrante da cultura e parte do folclore brasileiro. No tempo das senzalas os negros para poderem cultuar seus orixás, nkisis e voduns usaram como camuflagem um altar com imagens de santos católicos e por baixo os assentamentos escondidos. Este sicretismo já havia começado na África, induzida pelos próprios missionários para facilitar a conversão. Depois da libertação dos escravos começaram a surgir as primeiras casas de candomblé, e é fato que o candomblé de séc. tenha incorporado muitos elementos do cristianismo. Imagens e cruxifixos eram exibidos nos templos, orixás eram frequentemente identificados com santos católicos, algumas casas de candomblé também incorporam entidades caboclos, que eram consideradas pagãs como os orixás.
Capuchinhos  Os frades menores capuchinhos (OFM Cap.) é da família franciscana. A ordem surgiu por volta de 1225, quando Matteo da Bascio, um Franciscano, se deu conta que a roupa vestida pelos Franciscanos não era do mesmo tipo usada por São Francisco de Assis. Assim, ele fabricou um capuz pontudo e começou a andar como um itinerante. Seus superiores tentaram suprimir essas inovações, mas em 1528 conseguiram obter uma bula do Papa Clemente. Foi-lhes dada a permissão de viver como eremitas, de vestir-se com o novo hábito, usarem barba, além de gozarem dos mesmos direitos dos camalduenses (religiosos que viviam como ermitas). Essas permissões não foram dadas somente a eles, mas também a todos que quisessem se juntar aos mesmos, a fim de restaurarem a obediência à Regra de São Francisco, aprovada como um ramo da primeira ordem de São Francisco de Assis em 1517 pelo papa Leão X.
Carmelitas – Ordem fundada em 1451 por Jean Soreth, o geral do Carmelo. A reforma de Santa Teresa d’Ávila, em 1562, repôs a ordem na sua sua rigidez primitiva. São contemplativas e vivem fechadas em claustros.
Carmelo – Nasceu dos eremitas que viviam nas grutas do Monte Carmelo. No séc. XII submeteram-se à Ordem de São Basílio, e fundaram a Ordem dos Carmelos. É uma ordem contemplativa religiosa, composta de três ramos: - os Grandes Carmelos (da antiga observância) também chamados de Carmelos mistos, instituída em 1237 - Eremitas da Bem Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo, Carmelos Descalços, congregação religiosa estabelecida no séc. XVI a seguir à reforma da Ordem por Tereza d'Ávila e Jean de la Croix terceira ordem carmelita, composta por leigos vivendo a espiritualidade do Carmelo.
Cartuchos – Do francês Chartreux. Ordem fundada por São Bruno nas montanhas Grande-Chartreuse, em 1084. De grande austeridade, como  a regra de São Bento, mas os monges vivem separados só se juntando na capela ou nos passeios semanais.
Catares – Do gr. katharos, puros. Fiéis duma religião maniqueísta, que sacudiu a cristandade do Ocidente. Foi um movimento que buscava as suas raízes na simplicidade dos primeiros tempos do cristianismo.  O movimento foi tão forte no sul da Europa e na Europa Ocidental que a igreja Católica Romana passou a considerá-lo uma séria ameaça à religião; foram perseguidos como hereges – a heresia dos albigenses, da cidade francesa de Albi.
Catolicismo – do gr. katholikos, universal. Religião do Cristo seguida pelos seus apóstolos. Com base na Bíblia, mas sobretudo no Novo Testamento, a Boa Nova, por conter a frase que define a sua essência: “Amai-vos uns aos outros.”
Celtas – Povos do grupo indo-europeu que se constituíram no II° milénio a.C., de organização clânica. A sua religião, segundo a arqueologia e tradição céltica da Irlanda, cultuava a fertilidade e honrava Deuses de características zoomórficas. Deusas guerreiras e Deuses sanguinários exigiam atrozes sacrifícios humanos. Desapareceu pouco depois do cristianismo, mas sobreviveu no folclore e nas lendas.
Chamanismo – Do sânsc. sramana, “homem inspirado pelos espíritos”. Conjunto de práticas, mais do que religião, comum a povos da região ártica, norte americana e norte asiática. Foi descrito pela primeira vez no séc. XII por vikings, entre os lapões.
Ciência cristã – Religião fundada por Mary Baker Eddy – 1821-1910 – Autora do livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, fundou a primeira Igreja de Cristo, Cientista, em Boston, e foi  presidente da Faculdade de Metafísica de Massachusetts. Dedicou mais de 40 anos ao estabelecimento da Ciência Cristã, consolidando a posição como pensadora religiosa e fundadora de um movimento religioso de alcance global e que está alicerçado na simplicidade do Cristo, seu poder divino atemporal e na Cura Cristã, aberta e acessível, prática e aplicável a todas as circunstâncias do cotidiano humano. Em dezembro de 2006, a Mary Eddy figurou na lista de 100 nomes da Revista americana The Atlantic como uma das pessoas que mais influenciou a história Americana.
Cientologia - A Igreja da Cientologia é um dos mais controversos movimentos religiosos modernos que surgiram no século 20. Tem sido muitas vezes descrita como um culto que faz lavagem cerebral, defrauda e abusa financeiramente de seus membros, cobrando taxas exorbitantes por seus serviços espirituais.
Cistercienses – Religiosos da Abadia de Citeaux, França, fundada em 1098, por São Roberto, que queria voltar a dar aos beneditinos a severidade da regra. Em 1113 São Bernardo, seduzido pela austeridade ali professou e tornou-se o abade de uma das abadias, Clairvaux.
Confucionismo – Conjunto de ritos e crenças, baseados nas obras clássicas e compiladas por Confúcio (Kung Chiu, Kung Chung-ni, nasceu em meados do séc. VI (551 a.C.), em Tsou, uma pequena cidade no estado de Lu). Até onde se pode conhecer a história religiosa da China encontra-se o Céu como o Grande Deus, Thian; abaixo residem os espíritos, príncipes invisíveis, génios e o mundo dos espíritos dos antepassados. O culto destes remonta à alta antiguidade, e é uma referência aos anciãos, aos velhos, aos costumes e ao respeito devido aos progenitores. Este culto doméstico foi introduzido por Confúcio.
Congregação de São Vicente de Paulo – Fundada em 1845 por Jean Le Prévost, para a evangelização dos trabalhadores e dos pobres.
Contra-Reforma – Movimento cristão de renovação e de luta contra o que se considerou heresia, onde a igreja católica procurou se reformar a ela mesma.
Copta­ – Além de uma língua que significa “egípcio”, em gr., a religião copta é um aspecto do cristianismo oriental que vem dos primeiros séculos. Os coptas são monofisitas e monotelistas, admitem os sete sacramentos, mas, por costumes locais antigos, praticam a circuncisão, observam interdições alimentares (kosher e porco) e devem fazer uma peregrinação a Jerusalém.
Corão – Do árabe qu’ran, o livro santo do Islão, considerado como a palavra de Deus transmitida a Moisés pelo anjo Gabriel. O Livro dos Crentes para os muçulmanos, um guia infalível e para a humanidade um obra prima da literatura árabe.
Credo – Do lat. “eu creio”, redigido pelos apóstolos, e confirmado no concílio de Niceia de Bitínia (Iznik, Turquia) em 325 a.C. pelo Imperador Constantino  Foi a primeira tentativa da igreja de obter um consenso através de uma assembleia representando toda a cristandade. O seu principal feito foi o estabelecimento da questão cristológica entre Jeusus e Deus, o Pai, a construção da primeira parte do Credo Niceno, a fixação da data da Páscoa, e a promulgação da lei canônica.
Cripta – Do gr. kruptos, “escondido”. Lugar secreto onde os primeiros cristãos se reuniam para celebrar o seu culto, enterrar os seus mortos e honrar os seus mártires. Utilizavam muitas vezes antigas pedreiras abandonadas.

(A continuar)


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