Continuação
"Sobre Religiões"
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Cabala – Do hebreu qabbalah, “tradição, doutrina
esotérica sobre Deus e o universo, como uma antiga revelação que se transmite
entre iniciados. A cabala é sobretudo especulativa, mas tem grande influência
sobre os espíritos, judeus ou não, curiosos de esoterismo, e interessa
principalmente aos ocultistas modernos.
Çakti – Energia feminina do Deus de quem é
esposa. Os çakta são hindus
que adoram a energia cósmica e geradora
sob a forma de uma divindade feminina.
Calvinismo – Doutrina reformada
por Calvino, no séc. XVI. Opôs-se a Lutero pela teoria da predestinação da
graça, assegurando a eternidade a alguns eleitos. Suprimiu todos os sacramentos
exceto o batismo, nega a transubstanciação da eucaristia, e só admite as
línguas vernáculas. A severidade do calvinismo deu origem aos puritanos.
Candomblé – Religião derivada do animismo africano onde se cultuam os orixás. Sendo de
origem totêmica e familiar, é uma das religiões afro-brasileiras praticadas principalmente no Brasil, onde as religiões não são vistas como
exclusivas, e muitas pessoas de outras crenças religiosas — até 70 milhões, de
acordo com algumas organizações culturais Afro-Brasileiras — participam em
rituais do candomblé, regularmente ou ocasionalmente. Orixás do Candomblé, os rituais, e as festas são
agora uma parte integrante da cultura e parte do folclore brasileiro. No tempo das senzalas os negros para poderem cultuar seus
orixás, nkisis e voduns usaram como camuflagem um altar com imagens de santos católicos
e por baixo os assentamentos escondidos. Este sicretismo já havia começado na África, induzida
pelos próprios missionários para facilitar a conversão. Depois da libertação
dos escravos começaram a surgir as primeiras casas de candomblé, e é fato que o
candomblé de séc. tenha incorporado muitos elementos do cristianismo.
Imagens e cruxifixos eram exibidos nos templos, orixás eram
frequentemente identificados com santos católicos, algumas casas de
candomblé também incorporam entidades caboclos, que eram
consideradas pagãs como os orixás.
Capuchinhos – Os frades menores capuchinhos (OFM Cap.) é da família franciscana. A
ordem surgiu por volta de 1225, quando Matteo da Bascio, um
Franciscano, se deu conta que a roupa vestida pelos Franciscanos não era do
mesmo tipo usada por São Francisco de Assis. Assim, ele fabricou um capuz
pontudo e começou a andar como um itinerante. Seus superiores tentaram suprimir
essas inovações, mas em 1528 conseguiram
obter uma bula do Papa Clemente.
Foi-lhes dada a permissão de viver como eremitas, de
vestir-se com o novo hábito, usarem barba, além de gozarem dos mesmos direitos
dos camalduenses (religiosos que viviam como ermitas).
Essas permissões não foram dadas somente a eles, mas também a todos que
quisessem se juntar aos mesmos, a fim de restaurarem a obediência à Regra de
São Francisco, aprovada como um ramo da primeira ordem de São Francisco de Assis em 1517 pelo papa Leão X.
Carmelitas – Ordem fundada em 1451
por Jean Soreth, o geral do Carmelo. A reforma de Santa Teresa d’Ávila, em
1562, repôs a ordem na sua sua rigidez primitiva. São contemplativas e vivem
fechadas em claustros.
Carmelo – Nasceu dos eremitas
que viviam nas grutas do Monte Carmelo. No séc. XII submeteram-se à Ordem de
São Basílio, e fundaram a Ordem dos Carmelos. É
uma ordem contemplativa religiosa, composta de três ramos: - os Grandes
Carmelos (da antiga observância) também chamados de Carmelos mistos, instituída em 1237 - Eremitas da
Bem Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo, Carmelos Descalços, congregação religiosa estabelecida no séc. XVI a seguir à reforma da Ordem por Tereza d'Ávila e Jean de la Croix terceira ordem carmelita, composta
por leigos vivendo a espiritualidade do Carmelo.
Cartuchos – Do francês Chartreux. Ordem fundada por São Bruno nas
montanhas Grande-Chartreuse, em 1084. De grande austeridade, como a regra de São Bento, mas os monges
vivem separados só se juntando na capela ou nos passeios semanais.
Catares – Do gr. katharos,
puros. Fiéis duma religião maniqueísta, que sacudiu a cristandade do Ocidente.
Foi um movimento que buscava as suas raízes na simplicidade dos primeiros
tempos do cristianismo. O
movimento foi tão forte no sul da Europa e na Europa Ocidental que a igreja
Católica Romana passou a considerá-lo uma séria ameaça à religião; foram
perseguidos como hereges – a heresia dos albigenses, da cidade francesa de
Albi.
Catolicismo – do gr. katholikos, universal. Religião do Cristo seguida pelos seus
apóstolos. Com base na Bíblia, mas sobretudo no Novo Testamento, a Boa Nova,
por conter a frase que define a sua essência: “Amai-vos uns aos outros.”
Celtas – Povos do grupo indo-europeu que se
constituíram no II° milénio a.C., de organização clânica. A sua religião,
segundo a arqueologia e tradição céltica da Irlanda, cultuava a fertilidade e
honrava Deuses de características zoomórficas. Deusas guerreiras e Deuses
sanguinários exigiam atrozes sacrifícios humanos. Desapareceu pouco depois do
cristianismo, mas sobreviveu no folclore e nas lendas.
Chamanismo – Do sânsc. sramana, “homem inspirado pelos
espíritos”. Conjunto de práticas, mais do que religião, comum a povos da região
ártica, norte americana e norte asiática. Foi descrito pela primeira vez no
séc. XII por vikings, entre os lapões.
Ciência cristã – Religião fundada
por Mary Baker Eddy – 1821-1910 – Autora do livro Ciência
e Saúde com a Chave das Escrituras, fundou a primeira Igreja de Cristo,
Cientista, em Boston, e
foi presidente da Faculdade
de Metafísica de Massachusetts. Dedicou mais de 40 anos ao estabelecimento da
Ciência Cristã, consolidando a posição como pensadora religiosa e fundadora de
um movimento religioso de alcance global e que está alicerçado na simplicidade
do Cristo, seu poder divino atemporal e na Cura Cristã, aberta e acessível,
prática e aplicável a todas as circunstâncias do cotidiano humano. Em dezembro de 2006, a Mary Eddy
figurou na lista de 100 nomes da Revista americana The Atlantic como uma das pessoas que mais
influenciou a história Americana.
Cientologia - A
Igreja da Cientologia é um dos mais controversos movimentos religiosos modernos
que surgiram no século 20. Tem sido muitas vezes descrita como um culto que faz lavagem cerebral,
defrauda e abusa financeiramente de seus membros, cobrando taxas exorbitantes
por seus serviços espirituais.
Cistercienses – Religiosos da Abadia de Citeaux, França, fundada em 1098,
por São Roberto, que queria voltar a dar aos beneditinos a severidade da regra.
Em 1113 São Bernardo, seduzido pela austeridade ali professou e tornou-se o
abade de uma das abadias, Clairvaux.
Confucionismo – Conjunto de ritos e crenças, baseados
nas obras clássicas e compiladas por Confúcio (Kung Chiu, Kung Chung-ni, nasceu em meados do séc. VI (551 a.C.), em Tsou,
uma pequena cidade no estado de Lu). Até
onde se pode conhecer a história religiosa da China encontra-se o Céu como o
Grande Deus, Thian; abaixo
residem os espíritos, príncipes invisíveis, génios e o mundo dos espíritos dos
antepassados. O culto destes remonta à alta antiguidade, e é uma referência aos
anciãos, aos velhos, aos costumes e ao respeito devido aos progenitores. Este
culto doméstico foi introduzido por Confúcio.
Congregação de São Vicente de Paulo – Fundada em 1845 por Jean Le Prévost,
para a evangelização dos trabalhadores e dos pobres.
Contra-Reforma – Movimento cristão
de renovação e de luta contra o que se considerou heresia, onde a igreja
católica procurou se reformar a ela mesma.
Copta – Além de uma língua
que significa “egípcio”, em gr., a religião copta é um aspecto do cristianismo
oriental que vem dos primeiros séculos. Os coptas são monofisitas e
monotelistas, admitem os sete sacramentos, mas, por costumes locais antigos,
praticam a circuncisão, observam interdições alimentares (kosher e porco) e
devem fazer uma peregrinação a Jerusalém.
Corão – Do árabe qu’ran, o livro santo do Islão,
considerado como a palavra de Deus transmitida a Moisés pelo anjo Gabriel. O
Livro dos Crentes para os muçulmanos, um guia infalível e para a humanidade um
obra prima da literatura árabe.
Credo – Do lat. “eu creio”, redigido pelos
apóstolos, e confirmado no concílio de Niceia de Bitínia (Iznik, Turquia) em 325 a.C. pelo Imperador Constantino Foi a primeira tentativa da igreja de
obter um consenso através de uma
assembleia representando toda a
cristandade. O seu
principal feito foi o estabelecimento da questão cristológica entre Jeusus e
Deus, o Pai, a construção da primeira parte do Credo Niceno, a fixação da data
da Páscoa, e a promulgação da lei canônica.
Cripta – Do gr. kruptos,
“escondido”. Lugar secreto onde os primeiros cristãos se reuniam para celebrar
o seu culto, enterrar os seus mortos e honrar os seus mártires. Utilizavam
muitas vezes antigas pedreiras abandonadas.
(A continuar)
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