segunda-feira, 31 de dezembro de 2012




O assassinato das Tradições


Com o evoluir a que estamos assistindo, em Portugal não tarda será proibido dançar o “Vira” ou cantar o Fado, Fátima como já tem nome árabe virará uma grande mesquita assim como os Jerónimos. Em Paris a Notre Dame onde, por amor, tanto sofreu Quasimodo, será outra mesquita, o cemitério do Père Lachaise arrasado como estão agora a fazer os Al-Qaeda no Mali, assim como as estátuas de Joana d’Arc, e... e... e...
Os portugueses queixam-se, lastimam a vergonha que foi a “descolonização exemplar”! Uma tremenda vergonha, covardia, e ainda agora muitos, muitos, daqueles que viveram nas antigas colónias mantém uma lágrima de saudade daquele tempo, daqueles países, daquelas gentes.
A descolonização portuguesa foi um crime. E a belga, no Congo que já mudou de nome três vezes e onde continuam a matar-se entre si aos milhares e milhares? E os franceses com a Argélia? O governo francês do novo holande, há pouco pediu publicamente desculpa da França pela morte duns tantos argelinos pela polícia de Paris, durante uma manifestação pela independência do seu país. Fez muito bem.
Mas não consta que a França tenha feito alguma coisa de grande, como seria de esperar do país dos grandes pensadores do século XIX, pelos pieds noirs e pelos harkis! Os que conseguiram fugir da Argélia ou foram totalmente abandonados ou metidos em campos de concentração, em França, donde alguns, até hoje, meio século passado, ainda vivem sob o estigma de estrangeiros!
Entre os dois grupos, quase dois milhões de pessoas.
Os que quiseram ficar no magrebe... foram todos assassinados.
Tudo isto por MEDO.
Na altura tudo podia ter sido feito com espírito cristão. Entre irmãos. Sem se zangarem nem combaterem.
O tempo passa muito mais depressa do que nos parece, sobretudo quando, por exemplo, enfrentamos uma fila para sermos atendidos num hospital! Ou mesmo quando, pelo telefone, queremos reclamar com algum fornecedor.
E com o tempo a memória da nação vai-se perdendo, os valores tradicionais abandonados. O que conta hoje é a estupidez colectiva dos grandes shows das ladys gagás, madonas e outras sem vergonha que se exibem oferecidas em figuras obscenas e em cantigas com frases e gestos que até os homens do meu tempo teriam vergonha de pronunciar entre si.
Quem se atreve a esquecer que no pós 25/04 os “gloriosos” esquerdistas quiseram condenar, como no tempo da inquisição, a memória de Vasco da Gama e Afonso de Albuquerque, e cantar a internacional socialista para enaltecer stalin e outros açougueiros? Porque se continua a venerar assassinos como che guevara e outros?
Já falámos que nalgumas escolas em França proibiram a visita do afável “Père Noel”, noutras as professoras de ciências foram ameaçadas se por acaso se “lembrarem” de ensinar aos alunos a teoria da evolução e que teríamos um antepassado comum que seria um primata... como nós! E milhões, só nos Estados Unidos, condenam a Teoria da Evolução. Que belos cientistas se preparam, e que belos tempos se adivinham!
No Brasil do “politicamente correto”, com base nos ensinamentos de fidel, chavez e outros gangsters, uma dos mais famosos contos infantis, “O Sítio do Pica-Pau Amarelo”, está condenado porque o conselho nacional de educação entendeu que esta passagem, “a Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou [numa árvore], que nem uma macaca de carvão”, era ofensiva para os negros! Livro escrito há mais de 50 anos... que nunca ofendeu ninguém!
Há pouco surgiu nova polêmica sobre uma pequena cantiga infantil, com música de Villa Lobos, O Cravo e a Rosa! Algumas “tias”, como aqui chamam às profs, ultra... estúpidas acham que estes versos estimulam as brigas entre meninos e meninas! (Falaremos mais neste caso no próximo texto).
Acreditar em  Papai Noel é coisa infantil. Proibir isso às crianças com medo dos fundamentalistas ou da cretinada dos des-governos é covardia. Nós não podemos matar a criança que sobrevive dentro de cada um.
Um dia, quando a cova começar a mostrar a profundidade que nos aguarda, será tarde para nos lembrarmos dos ensinamentos dos nossos pais e avós. E ficamos a pensar: nestas circunstâncias o que teriam eles feito para manter a tradição, os costumes, a fé no seu país e no seu povo?
Eu tenho vários amigos muçulmanos, da Tunísia, de Marrocos e outros lugares. É um prazer muito grande estar com eles e suas famílias. Conversamos sobre tudo que nos vem à cabeça, mas jamais nos passou pela cabeça estar a condenar o outro pelas suas convicções e tradições. Estes meus amigos são, simplesmente, pessoas normais.
Felizmente não tenho amigos nos des-governos. Deus me livre dessa!
Para finalizar lembro este “pensamento” que há muitos anos me foi contado mais ou menos assim:
Aos 6 anos eu não sabia nada
Aos 10 comecei a aprender alguma coisa
Aos 13 já sabia muito
Aos 20 sabia quase tudo, até mais do que o meu pai
Aos 25 descobri que o meu pai afinal também sabia umas coisas
Aos 35 era dificil discutir com o meu pai. Ele sabia sempre mais
Aos 50 sempre ia pedir conselho ao meu pai
Aos 60 choro por não poder mais ter o seu conhecimento ao meu lado

Estamos a deixar perder os nossos valores, a abandoná-los. Parece haver desinteresse pela história que igualmente está a ser alterada para não ferir susceptibilidades ou induzir os jovens a condenarem o seu glorioso passado.
Até dentro das famílias esse conceito de pais, irmãos, filhos, netos, etc., está agonizando!
Mas até aqui as novas “igrejas-comerciais” vão encarregar-se de abrir caminho à desunião.
O que nos resta? Que 2013 faça o milagre de transformar bestas em gente? A minha fé não chega para acreditar em tanto.

31/12/2012

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012




Mensagem de Natal e de Sempre

Que todos os homens sejam irmãos
Quod omnes homines sint fratres
Mayala oso ni jipangie
Omano vossi te vakala olomanji
כל בני האדם אחים הם
सभी पुरुषों भाइयों बन
όλα γίνονται άντρες αδελφοί
ويصبح الرجال جميع الأخوة
所有男子成為兄弟
すべての人の兄弟になります。
모든 사람 형제
все люди стали братьями
พี่น้องเป็นผู้ชายทั้งหมด
Tất cả mọi người trở thành anh em
Kaikki miehet veljiä
Všichni muži se bratři
Semua saudara laki-laki yang menjadi
Wszyscy się bracia
Gizon guztiak anaiek dira
Tous les hommes deviennent frères
All men become brothers
Alle Menschen werden Brüder
2012/2013

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012




O Natal, 

o Oriente e o Ocidente


Quer queiramos ou não, a invasão dos países ocidentais por muçulmanos é um fato (ou facto) que ninguém ignora, mas parece ignorar. Vem gente muito boa? Vem.
Não se trata de xenofobia, mas... ía dizer a lenta, mas a rápida destruição da milenar cultura ocidental, que se expandiu pelas américas, está progredindo a olhos vistos.
É o medo que impera, e esse medo “a la george bush” destroi o sentimento de valores seculares em proveito dos “valore$$$” expansionistas, financeiros, armamentistas e, sobretudo estrangeiros, estranhos à tradição.
Não adianta os EUA continuarem a celebrar o  4th July ou Thanksgiving, ou os cristãos e judeus a Páscoa, porque não tarda festejarão o Eid Al-Adha (10 de Thu Al-Hijjah, a 29 de Dezembro) ou melhor ainda trocarão as férias de Julho e Agosto pelo mês do Ramadan.
Acolher estranjeiros, sejam eles judeus, muçulmanos, budistas ou animistas, não está em causa. Todos são irmãos... quando querem ser irmãos.
Mas chegarem a outro país e quererem subverter a cultura e as tradições, parece atitude de covardia aceitar. É o moderno tipo de guerra de conquista.
Ainda agora assistimos, olhos, aliás ouvidos, esbugalhados, a uma notícia que veio de França – o tal país bomba relógio da Europa – que nos incomodou.
Sempre, desde há muitos anos, na época do Natal os alunos do primário pintam árvores de Natal, o sonho do presente que gostariam de receber, escrevem cartas ao Père Noel, etc., e o “bonzinho Papai Noel” corre as escolas, cumprimenta as crianças que o recebem com um carinho e alegria de que só criança é capaz, e o sonho a todos deixa felizes.
Este ano uma ex-xlentissima diretora duma escola primária cancelou a visita do Père Noel, porque uns quantos papais muçulmanos se sentiriam ofendidos com essa manifestação não islâmica! O país é um país laico, lá isso é verdade. Mas, de qualquer modo é o fim da macacada! Quem mandou esses muçulmanos irem viver para França? Não sabiam o que iam encontrar, qual a tradição e cultura daquela gente?
E porque a covarde diretora da escola aboliu essa tão simpática visita? Só por medo!
Se essa francesa fosse viver na Arábia também tentaria proibir os muçulmanos de rezarem cinco vezes ao dia?
Corre na internet uma imagem altamente significativa. O Ocidente está cansado, acovardado, inerte, enquanto o Islão mantém a sua atividade, através dos extremistas. E enquanto o medo imperar, e o ocidente fechar os olhos, o oriente tem-nos bem abertos.


Na mesma onda do medo, aquela que levou à estúpida guerra no Iraque e depois Afganistão, os Estados Unidos este ano deixaram de chamar ao símbolo da tão tradicional imagem do Natal, a Christmas Tree, e renomearam-na de Tree of the End of the Year ou New Year’s Tree.
MEDO! Todos com medo que os fundamentalistas reajam!
Esqueceram, ou desconhecem, a resposta do Marquês de Pombal a um “ultimatum” inglês (ou espanhol?): “Vale tanto um homem em sua casa que mesmo depois de morto são precisos quatro para o tirarem de lá.”
As famílias ocidentais, há séculos que fazem a festa de Natal, celebrando o nascimento de Jesus, e vêm agora estranhos, imigrantes que são recebidos com favor, querer impor as suas crendices e destruir as tradicionais? Essa não!
Em compensação sempre há uma pequenina réstea de esperança.
Em Bethlehem, onde Jesus nasceu, encravada no meio da ocupação israelita, a Palestina celebra a esperança. E desde há uns 15 ou 20 anos ergue uma bela Árvore de Natal, bem no coração do povo muçulmano e do judeu. "Esta é uma mensagem com uma conotação política, mas também fala de esperança relacionada com o nascimento de Jesus, afirma o ministro palestino do Turismo e Antiguidades, Khouloud Daibes. Turistas e peregrinos devem estar cientes da situação. Especialmente quando eles visitam a Terra Santa, eles não devem esquecer os problemas.”
Em Gaza, onde ainda resiste uma pequena comunidade cristã, o pequeno número de árvores de Natal que decoram a Faixa de Gaza são principalmente de plástico e limitado a famílias cristãs, lobbies de hotel e restaurantes em áreas residenciais, porque as árvores naturais, após alguns bombardeamentos israelitas que as destruiram, tornaram-se muito caras. E o bloqueio israelense só faz visível a iluminação das árvores de Natal no escuro fantasmagórico do corte de energia de oito horas diárias. (Informações da Internet)
Ramy, como outros jovens cristãos em Gaza, estuda na Universidade Islâmica liderada pelo Hamas. A ele foi-lhe oferecido um lugar na Universidade de Birzeit, mas foi forçado a continuar os seus estudos na Faixa de Gaza porque Israel proibiu-o de estudar na Cisjordânia.
Apesar disso, ele gosta de sua estadia na Universidade Islâmica e diz que ele está isento de certas classes, como o estudo do Corão, por respeito às suas crenças. "Todos os meus amigos são muçulmanos. Eu não me importo se meus amigos são cristãos ou não. Meus amigos muçulmanos aqui em Gaza também me desejam um Feliz Natal e vêm visitar-me nesse momento. O que a mídia diz sobre árabes e sua intolerância não é verdade.”
Quando as pessoas são SIMPLESMENTE normais, as crenças de uns não interferem nas dos outros e nada deve impedir que sejam amigos, e que até casem entre si. Há milhares de exemplos mundo fora de casais cristãos com judeus, muçulmanos, budistas, etc. Porque não?
No Brasil, a terra do entendimento e da tolerância (que infelizmente os analfabetos do des-governo tentam destruir, implantando racismo e ideias podres de gastas como comunismo e outras aberrações), o Natal corre alegre, e um sem número de judeus e muçulmanos anseia por um convite para participar desta festa cristã! Encantam-se com a família reunida, com a alegria geral da troca de presentes, por muito humildes que sejam, adoram as rabanadas, o bacalhau e o peru, e muitos não deixam de manter um “pinheirinho” enfeitado dentro de suas casas.
No meio dum mundo louco, estas atitudes são um refrigério, uma alegria, que nos obrigam a agradecer a Deus, tenha Ele o nome que lhe queiram dar.
Ainda há, por pequenina que seja, uma esperança! No país onde os diferentes povos e crenças se juntaram, uniram e vivem em harmonia, que é este Brasil.
É impossível não lembrar o professor Agostinho da Silva, e a sua imensa fé no no Quinto Império, o império sem imperador, onde reinará um menino, a inocência, o Reino do Espírito Santo.
E não há dúvida que, a acontecer, só mesmo nesta terra.

16-dez-12

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012




Natal!

Uma trilogia de meditações - 3

Os cristãos


Quando Deus criou o homem, com ou sem a teoria darwiniana, deve tê-lo feito “segundo a sua imagem”, isto é, a imagem que Ele para isso concebeu, e deu-lhe a liberdade. Este foi o grande erro!
É comum ver-se nos vidros traseiros dos automóveis, aqui no Brasil, dísticos com dizeres absurdos tais como “Deus é Fiel”, “Quem me deu este carro foi Jesus”, e outros que parecem demonstração de debilidade mental. Parecem, ou são?
Deus fez o universo, este planeta, e nele colocou milhões ou bilhões de animais, deixou-os em liberdade e só os humanos é que se matam até por desporto, como fazia o tão adulado Che Guevara no início da fidelissima época em Cuba.
A certa altura os homens começaram a pensar, e...
Há dois mil e tantos anos nascia em Belém na maior humildade, um Menino, que vinha sendo prometido pelos profetas. Na mais completa quietude somente foi adorado pelos Pais, alguns pastores e pelo calor de uns poucos animais. Mas entretanto não tardou a que viessem do Oriente os três Sábios, que adivinharam no céu sinais de que nascera o Salvador. Esses sábios que percorreram talvez um milhar de quilometros para se prostrarem aos pés da inocência, reconhecendo a grandeza da simplicidade.
Passaram-se alguns anos e Jesus, seguindo a tradição do povo semita, quando chegou a hora, ausentou-se para o vazio dos desertos para meditar, firmar-se na sua Mensagem e voltar para ensinar a Boa Nova.
Continuava a ser o Cordeiro, o mais humilde, o mais simples e o mais direto de todos os que até então se tinham pronunciado: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”.
De todas as suas mensagens esta será a principal. Mas tem que completar com o “Amar ao próximo como a ti mesmo”.
Entregou-Se, para poder depois enviar o Espírito Santo.
E a igreja foi crescendo, de começo cheia de dificuldades e mártires, perseguida mas coesa, entregando-se à evangelização de todos, fossem judeus ou pagãos, até ao dia em que o imperador Constantino se converteu.
A Boa Nova tinha-se já espalhado pelo Médio Oriente, Arménia, Síria, Turquia, Egito, Etiópia, Grécia e a todo o lado por onde andou o Império Romano.
Mas a igreja é composta por homens, estes em hierarquias, e dificilmente se entregavam de corpo e alma às almas dos homens, porque o “bezerro de ouro” não dorme e a todos incita para que se exaltem e alcancem o poder!
Bem no começo, em Jerusalém, padres gregos e cristãos de Roma começaram a debater-se para ver quem ficava com a primazia dos peregrinos: problema de concorrência! Os peregrinos geravam muitas esmolas e o sustento daquelas igrejas. Logo ortodoxos e romanos “encontraram” razões teológicas para se desentenderem e se afastarem.
Começa a divisão com uma discussão que pode ser profundamente teológica mas totalmente desumana e inoportuna. Uma simples palavra latina “filioque”: o Espírito Santo procede do Pai e do Filho, (posição latina) ou procede do Pai pelo Filho, (posição grega)?
A controvérsia da cláusula filioque provavelmente é um aspecto da pessoa de Deus que nunca poderemos compreender completamente. Deus, sendo um ser infinito, é essencialmente incompreensível a nós, seres humanos e finitos. O Espírito Santo é Deus.... e Ele foi enviado por Deus como a "substituição" de Cristo aqui na terra. Quer o Espírito Santo tenha sido enviado pelo Pai, ou pelo Pai e Filho – isso provavelmente não pode ser respondido, nem há necessidade de ser respondido. A cláusula filioque provavelmente vai continuar sendo uma controvérsia.
Mas se fosse só isso! Mais tarde Lutero retirou da Missa o sentido do Santo Sacrifício. Outros não acreditam na transubstanciação, mas somente na consubstanciação, outros..., outros... outros... e assim a chamada cristandade tem hoje ritos ou seitas que não acabam mais e continuam a aparecer novas!
São os católicos romanos, os da teologia da libertação, ortodoxos gregos, russos, sírios, arménios, coptas, luteranos, calvinistas, puritanos, anglicanos, batistas, anabatistas, adventistas, testemunhas de jeová, mormons, menonitas, amishitas, pentecostais, neopentecostais, presbiterianos e talvez mais ainda, como os maronitas ainda que estes sob a supervisão do Papa.
Quando a base do cristianismo é “O Caminho, a Verdade e a Vida” e o “Amarem-se uns aos outros”, quem, nesta selva de egoísmo, de ambições pessoais, de criação de novas igrejas por querer discordar de detalhes “técnicos”, pode afinal considerar-se seguidor de Cristo?
Cristo representou-se pelo “Cordeiro de Deus”, porque o cordeiro simboliza a humildade, a simplicidade.
“Bem aventurado o que se humilha porque será exaltado!”
Sentemo-nos ou não à volta de um presépio, consideremos ou não que ninguém sabe quando Jesus nasceu, mas que importa isso? (O Papa agora veio dizer que não havia vacas nem burros na manjedoura do Tuan Meninu! Deve ser muito velho, o Papa, para se lembrar de tais detalhes. É de acreditar que vacas não havia, porque na verdade não as havia naquelas regiões semi desertas. Mas burros... Oh! Papa! Como foi que a Sagrada Família se deslocou para o Egito? E Jesus, o Cristo, como entrou em Jerusalém para ser julgado e cruxificado? Dizem os Evangelhos que foi num humilde burro. Vamos então ter que trocar as vacas dos presépios por camelos, que esses havia lá muitos.)
Que sejamos todos irmãos. Esta é a mensagem do Natal... para todos.

Shalom! Salam! Oxalá!

Dez. 2012

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012



Natal! Uma trilogia de meditações

Muçulmanos


"Ele é Deus e não há outro deus senão Ele, que conhece o invisível e o visível. Ele é o Clemente, o Misericordioso!
Que Deus seja louvado acima dos que os homens lhe associam!
Alcorão, sura 59.
No princípio Deus criou o céu e terra... e o Espírito de Deus movia-se sobre as águas.
Ele é o  Senhor dos exércitos. Adonai (meu Amo, meu Senhor)
Gênesis, Samuel e Livro dos Reis.

Hebreus e árabes, todos são oriundos da mesma grande família semita, que sempre habitou o “retângulo” que vai de Alexandretta (hoje Iskenderun na Turquia) à entrada do Suez, até Aden, corre a costa de Hadramaut, margina os golfos de Omã e Pérsico, segue pelas planícies do Tigre e do Eufrates e termina nos contrafortes do planalto arménio.
Todas as línguas daquela região têm também uma origem comum: aramaica, hebraica, arábica, assíria, babilónica, fenícia e siríaca.
O árabe vivendo há milénios naquele retângulo árido, com raros lugares chamados oásis, não tinha, nem tem lugares onde se possa isolar, a não ser mesmo no meio do deserto. E isso desde sempre este foi a opção dos que queriam meditar, para depois voltarem como novos profetas.
Na sua história, segundo T. E. Lawrence, conseguem-se encontrar mais de quatorze mil profetas, daí talvez Mohamed ser considerado pelo Alcorão como o único profeta!
Ele vive entre areia e um céu límpido cheio de miríades de estrelas. Um mundo onde não parece haver fronteiras e onde as discussões filosóficas, tão caras aos ocidentais, não lhes dizem nada.
Sobre a areia escaldante durante o dia e o frio de um céu maravilhoso durante a noite, a base comum de todos os credos semitas, vencedores ou perdedores, é a idéia sempre presente da inutilidade do mundo.
Deus era para ele não um ser antropomórfico, nem tangível, nem moral, nem ético, nem preocupado com o mundo ou com ele, não natural, mas sendo o  “ovo” – o princípio -  de toda a atividade, com a natureza e a matéria apenas como um vidro que O reflete.
O beduino não pode olhar para Deus; mas tem a certeza de fazer parte desse Deus.
Na Arábia, que envolvia todo o citado território, não havia, nem há, montanhas cobertas de florestas, lindos riachos margeados por flores, ou quedas de água para um glorioso e refrescante banho. Nada dessas idílicas paisagens faziam ou fazem parte do seu duro viver.
Não tinham com que distrair o seu pensamento e imaginação; viviam concentrados na vida da mesma árida rotina, e sua falta de espírito público fez com que suas excelentes qualidades particulares se tornassem fúteis.
Até ao surgimento do Profeta Mohamed que consegue estabelecer as leis religiosas, quase todas baseadas no Antigo e Novo Testamentos, mas adaptadas ao pensamento e à simplicidade do povo árabe.
Nada de grandes discussões, o que assim mesmo não impediu que rapidamente surgissem profundas divergências no seio daqueles que dizem seguir o Islão.
Os kharijitas, ortodoxos radicais; os matajalitas, também chamados livres-pensadores; e os murjitas, uma seita que pregava a peregrinação. Mas a divisão principal é dos xiitas e dos sunitas, sendo que as suas divergências prendem-se principalmente com questões cerimoniais, detalhes com a legislação e de datas de festas religiosas. Os xiitas predominam no Irã e no Iémen, enquanto que o resto do mundo é sunita, com os radicais salafitas. Os alauitas, diferentes entre Síria e Marrocos, os alevitas, e ainda outra seita importante, a dos sufistas, místicos que produziram várias ordens de dervixes.( Dervixe refere-se a sufista que está às portas da iluminação).
E a Jihad, no começo entendida como combate espiritual aos vizinhos para os fazerem cumprir a vontade de Deus expressa no Corão, à medida que os muçulmanos foram tendo mais inimigos, o sentido de jihad atingiu até a loucura dos dias de hoje. Por exemplo, a luta de Mahatma Gandhi, o satyagraha, pela independência da Índia é chamada uma jihad no árabe padrão moderno; a terminologia é aplicada também para a luta em prol da liberação das mulheres.
Hoje a jihad tem a cara da Al Qaeda, supostamente criada para lutar contra a influência americana, mas hoje exportada com uma violência doentia para o Sudão, Iemen e Mali, entre outros, e para a Europa e Estados Unidos.
No fundo a separação em diversas seitas, a partir do ensinamento original, quer no Islão, no judaismo ou no cristianismo tem sempre a mesma fonte, o mesmo objetivo: o poder. Só o poder.
Não, os muçulmanos não festejam o Natal, mas um considerável número deles, leva para casa árvores que enfeita, junta a família, e alguns aproveitam para dar presentes.
Não festejam o nascimento do Deus Menino, mas desta maneira consideram o  Natal simbolicamente como o nascimento de Jesus, filho de Maria, o maior profeta do Islão (descontando Mohamed), comemorado no dia 6 de Janeiro de cada ano, tido como dia dos Reis Magos no ocidente. De qualquer forma a festa é bonita, permite reunir a família, e seria desagradável ficar de fora.
Até porque mesmo alguns raros muçulmanos que trabalham em empresas com larguissima maioria de cristãos, não deixa de participar na festa com os colegas.
Pena é que não o façam os tais fundamentalistas, os que teimam e lutam e matam para impor a sharia, a burka, e que fomentam o ódio contra o ocidente. Podiam, nem que fosse numa pequena trégua, considerar qualquer pessoa como um ser humano, seu irmão.
Essa trégua poderia ser no Natal.

Salam aleikum!

Dez/2012

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012



Trilogia natalina

Judeu, quem és tu ?


Sempre foi difícil saber, com um mínimo de precisão, quem eram, ou quem é judeu. Um povo, um grupo religioso? Ao ler a Bíblia fica a idéia de um povo, eleito, sempre prevaricando, e Deus mandando castigos violentos para os não cumpridores da Lei entregue a Moisés. Cativeiro na Babilônia, destruição do Templo em Jerusalém, lutas intestinas entre Judá e Israel, e as tribos de Benjamim e Manassés, a penetração da cultura grega, a romana, o desentendimento com os cristãos e por fim com os muçulmanos.

Postal do início do séc. XX mostrando as incertezas na existência dos judeus
 
Tenho uns quantos amigos judeus. Mais ou menos ortodoxos, reformistas, pouco sionistas e até cristãos, como Paulo de Tarso, alguns têm em Jesus o Messias anunciado nas Escrituras, não deixando por isso de respeitar o Shabatt, convergindo os estudos bíblicos para a compreensão e confirmação de Jesus como o Messias Salvador.
Em toda a sua história, os judeus, ou hebreus, foram um povo sujeito ao castigo do Deus dos Exércitos, que em contrabalanço os tirou do Egito e os fez cruzar o deserto durante quarenta anos, e a vencer, sem maiores explicações, todos aqueles povos que habitavam a terra de Canaã, assim como o imenso exército de Senaquerib.

De um livro de orações alemão de 1320. Moisés ajoelhado para receber as Tábuas
Aarão atrás, seguido por israelitas com seus chapéus tradicionais
Por fim as mulheres com caras de animais para não distrairem os homens

Tanto estava Deus de bem com eles como os castigava sem a menor piedade, prometendo-lhes, sempre, um futuro melhor desde que permanecessem na Lei.
Atravessaram quase dois mil anos segredados e segregando-se, crendo-se um povo eleito, separado, com leis e política próprias na contramão dos locais e/ou países onde viviam, em constante confronto com os outros, se cristãos, fossem estes de rito católico ou reformista.
Chegou o momento culminante da sua difícil história, com o Holocausto, horror de tal forma absurdo que a mente humana não consegue compreender, nem aceitar.
E perguntaram-se: onde estava Deus durante esses indescritíveis anos do nazismo?
Foi quando judeus e cristãos entenderam que deviam dialogar, para se aproximarem! Filósofos e teólogos chegaram às mais dispares conclusões, desde o “afinal Deus não existe”, até à compreensão de mais um castigo imposto, como os da velha Bíblia, que por muito violento e horroroso que tenha sido, parece ter trazido a vantagem de se perguntarem, com simplicidade: “se somos todos filhos do mesmo Deus, porque não nos entendemos”? Nem mesmo dentro do judaísmo, onde há sefarditas, askenazis, reformistas, ortodoxos, e indiferentes que durante toda a sua vida nunca entram numa sinagoga, tal como existem divisões entre os islamitas e entre os cristãos, não falando já nos “ritos modernos” que usam o nome de Jesus para um violento e abominável negócio sobre a crendice popular e enriquecimento pessoal.
Todos sabemos que Deus é único e assim o mesmo das três religiões monoteístas, judaísmo, cristianismo e islamismo, mas nem todos se lembram que Jesus disse: evangelizai todos os povos, e que só é filho aquele que reconhece o Pai.
Somos assim uma família dividida, com tanto de positivo a compartilhar!
Mas continua a ser difícil, parece que até para os próprios, concluir: o que é um judeu?
É um irmão com as suas tradições, com suas crenças e ritos, mas certamente a grande maioria com um íntimo desejo de ver a família reunida, já que o sentimento de família é muito forte entre os judeus e o mais forte alicerce de toda a sociedade.
Abraão saiu de Ur já se passaram mais de 4.000 anos. Zangaram-se os descendentes de Isaac e Jacob, os fariseus e saduceus, os seguidores de Cristo e os ortodoxos, depois os maometanos, e ainda hoje se luta, com extrema violência em alguns lugares. Para quê?
Se nem os próprios judeus são capazes de se definir com precisão, porque não vamos usar da fórmula mais simples, que resolveria todos os problemas e nos foi deixada por um também Judeu: “Amai-vos uns aos outros”!
Estamos a chegar ao Natal, que os judeus não celebram como o nascimento de Jesus. Coincidentemente celebram na mesma data o “Chanukah” ou ‘Festa das Luzes’, quando começam a acender as velas do candelabro, e em vez de presentes costumam dar dinheiro às crianças. Curioso é ligar a festa de Natal a um compositor judeu! Tudo terá começado em meados do século 19, quando um judeu francês, Adolphe Adam, o compositor do ballet Giselle, escreve Cantique de Noël, também conhecido em inglês como "Oh Holy Night"...
Porque não cantarmos todos juntos? Além de tudo mais é uma música lindissima.
E mais curioso ainda é nesta altura que os cristãos, em vez das velas do candelabro acendem as muitas velas das árvores de Natal! Para saudar o nascimento de Um judeu!

Shalom!

Dez. 2012

sábado, 1 de dezembro de 2012


 

De Olisipo a Lisboa


Avieno (Sec. IV) na sua Ora Maritima, afirma que desde 2.000 antes de Cristo os gregos já conheciam Olisipo. Platão na mesma época o confirma. Mais tarde os romanos chamaram-lhe Municipium Julia Felicitas Olissipo, os árabes ou mouros Al-Uscbuna, até que por fim chegamos, juntos com Afonso Henriques, a Lisboa.
Quer dizer que a fundação de Lisboa se perde no tempo, e as ilusões de ter sido fundada por Ulisses estão há muito detonadas.
No muito antigamente sabia-se que era terra de inundações e terramotos, e talvez por essas razões os mais antigos vestígios humanos foram encontrados na serra de Monsanto, e quando da reconquista os seus habitantes viviam no morro oriental que se chamou Mouraria, Alfama e mais tarde se expandiu para a Graça.
Este texto não pretende fazer história, o que seria um disparatado atrevimento, mas quando nos deparamos com elementos de interesse, gostamos de os compartilhar.
Pelos mapas abaixo pode ver-se o desenvolvimento da cidade, mas há uma nota curiosa no mapa de 1147 que chamou a nossa atenção: a “cidade” não encostava nas águas do Tejo! A razão deverá ser por causa das tais inundações crónicas, mas foi essa uma das circunstâncias que favoreceu a sua tomada aos mouros.
Os exércitos da Reconquista – portugueses, flamengos, franceses, portugueses e outros – acamparam onde é hoje a Baixa, e durante algum tempo foram repelidos nas suas tentativas de assalto. Mas uma bela noite, maré baixa, boa parte da orla ficou a descoberto o que permitiu aos atacantes contornarem a cidade e irem atacá-la pelas colinas orientais, o que os sitiados não esperavam! E... perderam.
Se não se lembram bem da história podem voltar a consultar

Lisboa em 1147, pelos cálculos de alguns historiadores não teria mais do que uns 15.000 moradores, o que parece, para aquela época, ser um aglomerado importante, e não ocupava mais do que a pequenina mancha negra que se vê na planta do que mais tarde ficou Lisboa, em 1950.


Em 1375, D. Fernando, a cidade tendo crescido e já considerada a capital do reino, receando ataques à capital resolveu envolvê-la com novas muralhas (a “Cerca Nova” ou “Fernandina”) quando as antigas, a “Cerca Velha”, estavam quase desaparecidas, destruídas.


Teria, como se vê na gravura uns 60.000 habitantes, e uma área equivalente a uns cem campos de futebol!

  
Em 1755 havia triplicado de área, com crescimento populacional não porporcional, quando grande parte foi arrasada pelo terramoto.


Lisboa dos "janotas" vai crescendo, as muralhas fernandinas, ou o que delas resta, atrapalha o desenvolvimento da cidade, e em muitos lugares, alguns arcos foram desmontados, como o do Marquês do Alegrete, junto à famosa capelinha da Senhora da Saúde, a velha Porta de Ré, ou Porta do Ré, onde, nesta, se encontraram dezenas de lápides tumulares do tempo dos romanos, hoje no Museu de Etnografia.
Pedras retiradas de um desconhecido cemitério e que serviram como material de construção!


Em 1950 alcança o tamanho que praticamente mantem até hoje. Algumas avenidas ainda só projetadas nesse ano, mas o plano diretor estava feito.
Quem hoje visita Lisboa, continua a ter muito que ver. Há muita história nas suas casas e ruas.
Ao ouvir o fado sente-se um pouco a dolência do norte de África, o sentimento de fatalidade do português que vem desde... desde quando? se bem que o fado, cujas origens não são conhecidas, tenha sido elevado a canção nacional através da famosa Maria Severa Orofriana dita A Severa, tão celebrada e cantada, morta em meados do século XIX com 26 anos, eternizada no quadro do grande Malhoa. Este só exagerou nas formas  da Severa, forte, bem nutrida, quando se sabe que ela morreu magrinha, talvez de tísica.
Mas, para variar e sonhar com os tempo mouriscos e sua ligação – possível – ao fado experimentem ouvir a algeriana Suad Massi: http://www.youtube.com/watch?v=mc4uPYu3P4U

30/11/2012

terça-feira, 27 de novembro de 2012


 


A estátua equestre de D. José

Lisboa


“Vocês sabem qual é a pata direita do cavalo de D. José? – Não??? – É a esquerda!”
Esta era uma brincadeira do meu tempo de menino, que nos obrigava a ir constatar o fato! Basta ir lá ver o dito cavalo!
Agora a Câmara de Lisboa mandou restaurar a estátua. Está lá há 237 anos, foi feita pelo grande artista Machado de Castro sob projeto de Eugénio dos Santos, o arquiteto que, junto com Carlos Marcel, e sob a supervisão do engenheiro chefe, Manuel da Maia, projetou a Baixa de Lisboa, totalmente destruida pelo terremoto de 1755.
D. José não quis posar e o artista teve que recorrer a retratos. Para evitar diferença acentuada na parecença, baixou-lhe o capacete e deu-lhe uma cara de jovem... quando o rei estava já envelhecido. Como é óbvio o Marquês de Pombal também quis ficar na estátua e lá está a cara dele bem na frente, num grande medalhão que, quando da sua morte e condenação foi de lá retirado, mas, recolocado em 1833!
Pronta, foi a estátua colocada no lugar onde ainda está, uns dias antes da inauguração, entretanto resguardada por cortinados de tafetá carmezim até 6 de Junho, quando o rei fazia 61 anos!

(Olhem a pata esquerda!)

Na noite da inauguração acenderam-se 28.000 luzes na Praça do Comércio, além das habituais.
Houve festas vistosissimas nas salas da Junta da Casa dos Vinte e Quatro, na do Juiz do Povo, no Colégio de Santa Maria de Jesus, com concertos, discursos, recitações poéticas nas línguas grega, hebráica, arábica, inglesa, francesa que por fim eram traduzidas para português, porque...
No segundo dia vieram suas Magestades à Praça do Comércio ver passar o cortejo alegórico, com 8 carros triunfais, acompanhados de danças! Tão grandioso a desfile que durou a noite toda.
Na noite seguinte queimou-se vistoso fogo de artifício depois do que os monarcas passaram à Sala da Alfândega, sala com 223 palmos de comprido e 96 de largura, onde se sentaram na tribuna real para assistir a uma sonata cantada em italiano, L’Eroe Coronato.
Na sala imediata, iluminada com 1.200 luzes, fora preparada uma ceia descomunal e opípara, com lagos rodeados de flores onde “navegavam” miniaturas de todos os tipos de embarcações do rio Tejo.
Custou 100.000 cruzados, o que seria hoje algo como... 2.000.000 Euros.
Consumiram 226 arrobas de vaca, 118 de vitela, 112 de presunto, 39 de carneiro, 55 de bacalhau, 4 de toucinho, 459 galinhas, 170 perus, 26 perúas, 312 pombos, 18 perdizes, 4 porcos, além de 4.154 ovos, 24.725 pães, 5 baricas de azeitonas, 358 arrobas de açúcar, 13 de canela, 16 arráteis de baunilha, 954 canadas de leite e 624 arrobas de gelo para sorvetes! (Por favor multipliquem as arrobas por 15 e verão a bestialidade da despesa!)
E vinhos? Nacionais e estrangeiros custaram só o equivalente hoje a 100.000 euros!
E ainda se consumiram 2.292 barris de água!
Depois da ceia houve o baile, iniciado pelo conde de Oeiras e a Embaixatriz de Espanha, e a Marquesa de Pombal com o Embaixador, só entrando nesta primeira dança as senhoras de primeira Grandeza que não fossem solteiras!
No último dia repetiu-se a passagem do cortejo com os mesmos carros alegóricos e danças, à noite foi queimado mais um grandioso fogo de artifício, e o importante capitalista Anselmo José da Cruz Sobral fez representar nessa noite, à sua custa, o drama musical O Monumento Imortal. Finda a representação foi servida mais uma esplêndida ceia, apresentada em ricas porcelanas da Saxónia.
El-Rei D. José por se encontrar doente e melancólico, olhou todas estas manifestações festivas com a maior indiferença e desprazer.
Ano e meio depois... falecia!
É de esperar que na reinauguração da estátua, após a sua restauração, a CML não gaste tanto dinheiro... a menos que a UE financie!

26/11/2012