quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014



Outra vez Cruxificados


Recebi há poucos dias uma notícia, no mínimo inusitada e ao mesmo tempo aterradora, que a cidade de Barcelona estaria em negociações com um dos (inúmeros) e arquimilionários príncipes das arábias – de algures daquelas bandas, Qatar, Dubai, or else – para vender a Plaza de Toros Monumental, para aí ser erguida a maior mesquita da Europa!
Com capacidade para 40.000 dentro e 80.000 fora, seria, na realidade um tremendo monumento.
Só que... recordo que há uns bons anos, estava eu de passagem por Madrid, e uns dias antes, outros príncipes das mesmas bandas se tinham pronunciado pela reconquista, mais dia menos dia, do sul, no mínimo do sul da Espanha, porque lá estaria a sua mais maravilhosa obra de arquitetura, o famoso e maravilhoso palácio da Alhambra –  "Qal'at al-hamra" (Fortaleza Vermelha) – a maioria do qual construído durante os séculos XII e XIV.
Lembro que isto provocou uma imensa onda de indignação nos espanhóis, sobretudo nos andaluzes, que naquela época se propunham até a constituir uma legião para ir bater nos atrevidos árabes na outra banda do Mediterrâneo.
O tempo passou, os ânimos acalmaram, mas... como o Qatar já é quase o dono do Futebol Clube de Barcelona, daí a dar mais uns barris de petróleo e comprar a Plaza, a distância parece curta.
Depois, com a sua forte, fortissima base islâmica em Barcelona, poderão ir descendo a costa, atropelando Valência, agora sem Cid, Murcia, e já na posse de Granada, porque não? Córdova e Sevilla?
Os órgãos de informação, raros se preocupam com as notícias do mundo islâmico, a não ser o preço do petróleo, as miríficas construções em Abu Dhabi, e as pseudo primaveras árabes que se têm transformado em autênticos infernos.
Mas, porque o islão se espalhou tão depressa por uma imensidão do mundo, todo o Magrebe e Egito, a Hispânia, todo o Médio Oriente e povos circundantes, os povos do Hindus, Indonésia, Bactria, os Balcãs, chegando às portas de Viena e ainda bem mais longe?
Depois que Maomé venceu a batalha de Badr, deixou de ser um simples comerciante para ser o grande líder da região, e como é mais seguro estar ao lado dos vencedores, dos mais fortes, a sua autoridade não foi contestada e cada vez se fortaleceu mais. Depois que escreveu o Corão e transformou as suas idéias de conquista em religião, que favorecia sobretudo os homens, não foi difícil reunir exércitos que se foram espalhando pelo mundo.
E, em todo o lado onde chegavam, mais fortes e poderosos, não lhes era difícil impôr as suas leis.
Até que um dia Napoleão chegou e subjugou o Egito, coração do mundo islâmico e a partir daí outros europeus começaram a colonizar regiões de grande parte desse mundo: os países árabes, a Índia, sobretudo na região do Paquistão.
Chegavam as novas idéias da Revolução Francesa, o modernismo, a ciência e os muçulmanos verificaram que a sua supermacia, que durara mais de mil anos, estava em derrocada perante o Ocidente. No pincípio do século XIX raras eram as mulheres no Egito que usavam a hijad. Depois Kemal Attaturk modernizou a Turquia, a seguir foi Gamal Abdel Nasser quem fez piada da mesma hijad e da Irmandade Muçulmana na televisão nacional do Egito, sendo largamente aplaudido e provocando imensos risos.
E a milenar perseguição, e ataque dos muçulmanos contra a Europa, sobretudo aos cristãos de todas essas regiões anteriormente conquistadas, sentiram um século de paz. Pareciam ter acabado as perseguições.
Mas essa paz durou pouco. Se em 1900 vinte por cento da população do Médio Oriente era cristã, hoje dificilmente chega a dois por cento!
A jihad que, até então, tinha sido usada sem a violência que hoje é aberrante e evidente, voltou com leis complementares, mostrando cada vez maior intolerância. Não há muito o Grande Mufti da Arábia Saudita declarou que era necessário destruir todas as igrejas da Península Arábica. Nos países árabes onde algumas que quase por milagre não foram destruídas, estão proibidas de receber obras de conservação, e muito menos de serem reerguidas, e em hipótese alguma se permite a construção de novas.
Há várias explicações para este crescendo anti ocidente, anti cristão muito mais do que anti judaico, sendo uma delas o medo dos tais príncipes das arábias e dos aiatolás de perderem o poder para o povo, e assim alimentarem os ulemás e muftis que continuam a espalhar o islamismo e a jihad, como meio de luta, permanente e armada contra os infiéis, infiéis sendo todos os não muçulmanos.
Outra explicação vem da decadência dos costumes na Europa a partir dos anos 60. O abandono das crenças religiosas entre os cristãos, a promiscuidade sexual, a pornografia no cinema e na televisão, o desmantelar do respeito nas famílias, tudo isso são situações intoleráveis para os seguidores de Maomé.
E a sua admiração pelo ocidente moderno, ruiu.
Só faltava, para coroar essa situação, a sempre mais do que idiota intervenção americana. Foi a cereja no bolo! Depois de ter saído vergonhosamente da Coréia e do Viet-Nam, gananciosos e estúpidos foram destroçar o Iraque e não sabem mais como sair do Afeganistão.
Não eram necessários mais “insultos” aos “crentes”! E como uma guerra aberta, como a que os levou a tomarem conta da Hispânia e do que é hoje o Paquistão, seria impossível, passaram à guerrilha urbana, massacrando civis, e sobretudo matando, prendendo, assassinando cristãos, com requintes de mistura de comunismo stalinista e do complexo muçulmano de inferioridade.
O mundo aplaudiu o novo primeiro ministro do Irão, Hassan Rohani, convencido que uma nova era de entendimento havia chegado, mas para os cristãos daquele país nada mudou: continuam as perseguições, prisões, condenações à morte, fechamento de igrejas, etc.. Como no Egito, Mali, Repúbliuca Centro-Africana, Nigéria, etc.
Novamente cruxificados!
E o mundo ocidental assiste, pacífico, vendo os seus filmes de violência, ganância e sexo, ao sistemático destruir dos seus valores, que ele próprio contribui para apagar.
A Noruega teve uma resposta de dignidade quando os muçulmanos pediram para ali construirem uma mesquita: “Como autorizar uma mesquita no nosso país se no vosso as igrejas são proibidas?”
Problemas recentes de imigração na Suécia têm levantado preocupações em toda a Europa, que a situação da imigração islâmica está ganhando força e em breve poderá estar fora de controle, se algo não for feito em breve para deter tais influências.
Extremistas muçulmanos não fazem segredo do fato de que seu objetivo final é para ganhar controle sobre o mundo não muçulmano. Muitos analistas islâmicos têm alertado para as consequências há décadas.
Em Inglaterra as previsões são de que por volta de 2050 os muçulmanos serão a maioria no país.
A França, perdida no meio da Europa, terra de greves, revindicações, diminuição de horas semanais de trabalho, aumento do tempo de férias, e constante perca de mercado, interno e internacional, acarinha e ajuda a financiar novas mesquitas, e agora a Catalunha pretende vender a famosa e imensa Plaza de Toros para se transformar na maior mesquita da Europa!
Não tarda, os “infiéis” vão voltar a ter uma sobrecarga nos seus impostos! E para fugir a isso muitos adotarão o islamismo, e seus filhos, se o quiserem renegar ficarão sujeitos à pena de morte!
Bela perspectiva para a velha Europa.
Há muitos anos que venho dizendo que está velha, gasta e débil mental.
Agora agoniza.
Como Portugal, que ainda mantém ainda no seu hino nacional frases absurdas como “levantai hoje de novo, o esplendor de Portugal”!
Talvez começando já a vender também aos príncipes árabes a Sé de Lisboa e de Évora, que, aliás, já foram mesquitas.

Nota: parte da informação retirada do livro “Cruxified  Again” de Raymond Ibrahim, 2013


25/02/2014

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014



Da Política

Nem com Aristo nem com Teles

Não é qualquer novidade sabermos que toda a gente, TODA, ataca os políticos, xinga os políticos, chamam-lhes nomes “simpáticos”, que são uns isto... e mais aquilo... filhos de... etc. Inclusive os próprios, em público dizem o mesmo dos adversários.
Mas é curioso observar que no fundo são eles que têm razão. TODA.
Primeiro porque foi o povo que os escolheu e os elegeu. Segundo porque são eles que sabem com é a índole humana e jogam SEMPRE em seu próprio favor. São xingados, e a seguir, a maioria, reeleita, o que significa que estão certos.
O país para eles, o povo, é como dizia o rei D. Carlos, piolheira, ou como os judeus ortodoxos chamam aos prosélitos, sarna.
Aquilo a que se assiste nas sessões dos parlamentos é uma farsa, um teatro, porque tudo vem preparado dos bastidores. Previamente, de orelha a orelha, os ataques e defesas são preparados, para que o show pareça real. E tem mais: muitas vezes é no campo adverso que essa gente tem mais radicadas amizades. E o que se evidencia, claramente, e percebe até o mais intelectualmente diminuido é que todos obedecem a um só Senhor: grana. E como a grana está na mão de uns poucos, que a distribuem a seu belo contento, quando alguma coisa corre mal, a culpa é desses.
Mas alguma coisa, profunda, eles tiveram que aprender com Sun Tzu em “A Arte da Guerra” que diz deve estar-se preparado e evitar o confronto direto com um adversário destemido. Mestre Sun recomenda que, em vez de dominar o inimigo diretamente, deve-se cansá-lo pela fuga, fomentar a intriga entre seus escalões, manipular seus sentimentos e usar sua ira e seu orgulho contra si próprio. Assim, em síntese, a proposição inicial de “A Arte da Guerra” introduz os três aspectos principais da arte do guerreiro: o social, o psicológico e o físico.
E assim aquilo que deveria chamar-se oposição, não passa de espantalhos comprados, desarticulados, implodidos.
Procurar, no Brasil, um líder na oposição é mais difícil do que procurar a tal agulha num palheiro. O dinheiro tudo pode: corrompe, desarticula, e quem o tem uma vez na mão só larga dele depois de morto.
Hoje um partido ataca outro, no dia seguinte unem-se os dois para atacar um terceiro, depois chega uma graninha, representada por cargos chorudos na des-administração da “piolheira”, e dificilmente se discutem assuntos de interesse nacional, porque “a política é a arte de mascarar de interesse geral o que afinal não passa de interesse particular” (Thiaudière, 1837-1930).
Disputa-se, suspira-se, conspira-se, simulam-se agonias e sobretudo controlam-se cuidadosamente as entradas de ativos nas contas pessoais, e sempre que “cai o pano” o país ficou mais pobre.
Alain Fournier um escritor francês que morreu muito jovem (1886-1914) tem uma frase que sintetiza tudo isto: “O que os partidos dizem uns dos outros é o que penso de todos eles.” Voltaire com a sua verve aguda também dizia “Será a política coisa diversa da arte de mentir a propósito?”
O político só usa a palavra “sim” quando lhe perguntam se quer ganhar mais. A técnica é sempre o “talvez”, “vou ver o que posso fazer”, “deixa comigo”, mas nunca dizem “sim” nem “não” para manter a piolheira suspensa nas suas complexas atividades.
“Nunca é prudente ajuizar da mentalidade dos homens pela impressão que eles nos dão na política. Enganamo-nos sempre.”(Julio Dantas).
E depois, os ingénuos, babacas, honestos, éticos, como eu e milhões de outros, reclamam muito, mas precisam de humildade para reconhecer que estão errados e sobretudo acomodados, mesmo quando os salários são de miséria, que o ensino seja de péssima qualidade, que o sistema de saúde funcione mal, que se assista a ininterruptas roubalheiras, etc., mas como escrevi num texto em Agosto de 2006:
“Maledetti voi que nos achincalham, nos roubam o bem estar de hoje e o futuro dos jovens, que nos esmagam e maledetti noi porque continuamos a permitir que nos ponham os pés em cima.”
E, repicando aqui e além passagens do mestre grego de há 2.400 anos:
- O pior tipo de oligarquia é aquele no qual os cargos são hereditários (entre alguns países de África, Coreia do Norte, Maranhão e os aloprados do PT não há grande diferença);
- Os maiores crimes são causados pelo excesso e não pela necessidade;
- A avareza humana é insaciável; no princípio dois óbolos são o suficiente, mas quando essa quantia se torna costumeira, os homens passam a querer cada vez mais, sem limites;
- Aqueles que compram cargos certamente aprenderão com o tempo a tirar proveito para si mesmo;
- A fim de evitar que o tesouro público seja delapidado, a transferência de fundos deve ser feita na presença de todos os cidadãos (i. é, contas abertas);
- Meios considerados populares causam a ruína das democracias;
Por fim democracia só poderá sobreviver quando todos forem iguais, e só o serão, independente dos meios de fortuna, quando a educação de qualidade puder chegar a todos; ninguém pode pôr em dúvida que a atenção do legislador deve estar centrada, acima de tudo, na educação da juventude. Negligenciar a educação é provocar grandes danos à constituição.
E aqui voltamos ao pensamento que diz que se os teus planos forem a cem anos, educa o povo.
Quantos anos o Brasil vai ainda esperar para chegar ao seu futuro em plena democracia? Não é certamente numa geração, nem duas. Os ingleses diziam que para se fazer um gentleman eram precisas quatro gerações.
Infelizmente já não vou assistir a esse futuro, que pode ser maravilhoso.
O que vale é que a esperança é a última que morre com o homem, mesmo sabendo que é verdade o que o mesmo senhor Thiaudière nos deixou: « Parece que a civilização se entende melhor a refinar o vício do que a aperfeiçoar a virtude”.



19.02.2014

domingo, 16 de fevereiro de 2014



Anedotas da História


Contava o 2° Marquês de Ficalho (1806-1893) o medo que D. João VI tinha a Carlota Joaquina. Um dia D. João VI seguia de sege para Queluz. Ao seu lado galopava o Marquês, que teria uns vinte e poucos anos, cavalariço do rei. De repente, ao longe avista-se na estrada uma nuvem de pó, e o rei, deitando a cabeça de fora da sege brada:
- Parem! Para trás, que vem aí a p...!
A p... – era a mulher! As palavras são textuais!

***
Ainda o D. Carlos não era rei, foi, como era hábito aos príncipes e nobres ricos da Europa, visitar Paris e esbaldar-se por aqueles famosérrimos cabarets. O seu título na altura era o de Príncipe da Beira, herdeiro do trono, tal como no Reino Unido o herdeiro é Príncipe de Gales.
Acompanhado do seu amigo e secretário particular, Bernardo Correia de Melo, filho do Visconde de Pindela, e na ocasião já nobilitado com o título de Conde de Arnoso, uma noite foram a um daqueles cabarets. Estava lotado, todas as mesas ocupadas, mas o maitre da sala conseguiu instalá-los junto a um senhor que estava sozinho e, muito amável aceitou que se sentassem junto na mesa dele. Mas ninguém se apresentou porque o show estava correndo.
Viram o show, as belezuras mostrando as pernas e sabe-se lá o que mais, entornaram com generosidade, entre risos e olhares ávidos, o inevitável champagne, até que o espetáculo acabou. O Conde de Arnoso quis pagar a conta mas o incógnito não permitiu. Afinal estavam na mesa dele! E todos sairam.
D. Carlos, bem como o anfitrião que os acolheu, tinham as suas carruagens aguardando. D. Carlos segredou ao Arnoso:
- Isto é uma vergonha! Nem nos apresentámos a este tão distinto cavalheiro. Faz as apresentações.
Arnoso, agradecendo todas as atenções recebidas, diz ao desconhecido que queria apresentar-se:
- Nós somos portugueses; eu sou o Conde de Arnoso, secretário particular deste senhor que é o herdeiro do trono de Portugal, Dom Carlos, o Príncipe da Beira.
O desconhecido olhou-os com ar indiferente e gozador respondeu:
- E eu sou o Papa Leão XIII.
Virou-lhes as costas, entrou na sua carruagem e foi embora.
D. Carlos e o Conde Arnoso nunca chegaram a saber com quem estiveram na farra!
***
1903
João Arroio1, a propósito de tapetes:
- Havia em Mafra um grande tapete persa, o mesmo que está hoje em Vila Viçosa, por sinal muito mal tratado. Ninguém fazia caso dele, até que um dia disse ao almoxarife que o guardasse. Mas fiquei sempre com a impressão de que era magnífico.
- Duma vez D. Carlos apareceu extasiado por ter comprado qualquer tapete insignificante, e lembrei-lhe: “V. Majestade tem em Mafra um tapete muito melhor do que esse...”
- Ora adeus!
- Teimo, chamo o almoxarife e o tapete, e o homem instado apresenta, em lugar do tapete, dois papelinhos... A saber: a ordem de Pedro Vitor2 para entregar o tapete e o respetivo recibo. Não vi o telegrama do rei, mas vi a resposta do administrador da Casa Real: “Vossa Majestade manda, eu obedeço”.
Daí a dias aparece o tapete. O Arroio tinha-o lobrigado em Mafra e comprado por 75$00 ao Pedro Vitor. Entregou-o e está hoje numa parede do Palácio de Vila Viçosa.  
***
1909
Conta o Columbano3 que a seu pai, Manuel Bordalo Pinheiro4, pediu um dia um companheiro de repartição:
- Tenho lá em casa, na cocheira (do Conde de Lumiares) um quadro muito negro que queria que você visse.
Manuel Bordalo Pinheiro foi buscar a tela, limpou-a da bosta dos cavalos, lavou-a da camada de negro... era, nem mais nem menos, o retrato de Carlos I de Inglaterra, pintado por Van Dyck, que o Dom Luis depois comprou e está hoje na galeria do Paço da Ajuda.

Pode não ser este o que “estava” no Palácio da Ajuda, mas é de Van Dyck

***
Dezembro – 1909
Encontro com o Marquês da Foz5, de barbas brancas e aspeto venerando, que desata a narrar conversas extraordinárias surpreendidas a meninas do Sacré Coeur sobre a masculinidade dos criados... Depois fala de arte, de mobília e maravilhas que comprou e vendeu.
- Duma vez quando se vendeu a mobília do palácio de Oeiras dos (Marqueses de) Pombal, os que fizeram a liquidação pediram-me para lhes ceder um andar da minha casa que eu tinha com escritos (para alugar) na rua do Ferragial, para se fazer o leilão. Cedi, e antes do leilão fui lá, agradaram-me diferentes coisas e comprei-as. Custaram-me oito contos. Entre várias trapalhadas iam cinco vasos da China, cinco maravilhas, como nunca tinha visto. Eram precisas duas pessoas para lhes pegarem. Ao centro de cada vaso viam-se as armas de Pombal. Quatro coloquei na entrada de minha casa, o outro levei para a sala de jantar e pu-lo defronte da estufa... Um dia reparei: por causa do calor o verniz estalara. Levantei-me, olhei, sob a casca aparecia outro desenho. Tirei com uma faca o craquelé... e debaixo das armas de Pombal apareceram as armas dos Távoras6.
Tão certo é que até os grandes homens estão sujeitos a estas misérias.

***
O Mardel2 é um homenzinho pitoresco e anedótico. Sabe tudo e inventa o resto. Constrói genealogias, negoceia em bricabraque e escreve sátiras. Duma vez a um figurão que se dizia filho natural de D. Pedro IV (o I° do Brasil) e que mostrava desvanecido a toda a gente o retrato do rei que tinha na sala , perguntando:- Hein, com quem se parece?... – escreveu ele a seguinte quadra

Do Imperador, de quem diz que é filho
Tem o retrato na sala
Mas da p... que o pariu
Não tem retrato nem fala

***

Uma anedota que se tem como absolutamente autêntica:- O D. João VI estava para morrer. O patriarca procurou a D. Carlota Joaquina para a reconciliar com o rei. Recebido na sala do trono, em Queluz, diz-lhe as palavras banais do costume - mas ela não cede. Pede, suplica - perde o seu tempo A rainha está renitente. Então retira-se depois das contumélias da pragmática - e, ao sair, volta-se de repente e dá com ela a fazer um grande, imponente, um majestoso manguito...


Do livro Raul Brandão – “Memórias

1.- João Arroio (1861-1930) foi um jurista, professor universitário, músico e político. Fundador do Orfeão da Universidade de Coimbra. Foi deputado, ministro e par do reino.
2.- Julio Carlos Mardel de Arriaga Velho Cabral da Cunha (1855-1928), genealogista, arqueólogo, erudito em investigações históricas, de humorismo contundente.
3.- Columbano Bordalo Pinheiro (1857-1929),um dos maiores pintores portugueses.
4.- Manuel Bordalo Pinheiro (1815-1880) pintor e escultor. É de sua autoria o busto de Camões na Gruta em Macau.
5- Tristão Guedes Correia de Queirós (1849-1917) foi o 1.º Marquês e 2.º Conde da Foz, ficou conhecido pelo fausto das festas que dava no seu grande palácio cito nos Restauradores.
6- Marqueses de Távora, executados em 1759 por ordem do Marquês de Pombal, que inventou um atentado contra o rei D. José. Os seus bens foram confiscados pela coroa...


14/02/2014

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014



O Partido Bilionário

CAIXA COMPANHÊRO

PT orienta filiados sobre como contribuir em ano eleitoral
Site do partido publica tabela de pagamento para cada militante
A Tabela Petista (Contribuição de acordo com a faixa salarial)

por cristiane jungblut
crisjung@bsb.oglobo.com.br

-brasília- Em tempos de doações para pa­gar as multas dos mensaleiros José Genoino e Delúbio Soares, o PT agora publi­cou em seu site oficial um manual com­pleto de como fazer a contribuição parti­dária em ano eleitoral. O manual contém uma tabela com os percentuais que de­vem ser descontados do salário de cada filiado, conforme a faixa salarial e o cargo que ocupa na administração pública. As instruções diferenciam um filiado co­mum e um ocupante de cargo de confi­ança no governo federal.
No caso dos ocupantes de cargos de confiança na Esplanada dos Ministéri­os — os chamados DAS (Direção e Assessoramento Superior) —, uma das ta­belas trata da contribuição mensal do filiado de acordo com sua faixa salarial: para quem ganha acima de R$ 3.600,01, por exemplo, a garfada é de 14%.
Nessa tabela, os percentuais variam de 2% a 14% do vencimento de cada um: paga 2% quem recebe de R$ 200 a R$ 900; 5% quem recebe de R$ 900,01 a R$ 1.800; 8% quem recebe de R$ 1.800,01 a R$ 2.700; 11% quem recebe de R$ 2.700,01 a R$ 3.600; e 14% quem recebe a partir de R$ 3.600,01. No governo petista, são 22.530 cargos de DAS, distribuídos entre todos os partidos.
O militante petista, um simples filiado, que não ocupa cargo no partido, paga uma contribuição fixa de R$ 15 por mês. A contribuição, nesse caso, é facultativa, mas o filiado é obrigado a pagar se quiser parti­cipar do Processo de Eleição Direta (PED), que são as eleições internas do PT. Para o ocupante de cargo eletivo, quem tem mandato conquistado nas urnas, a mordi­da varia entre 6% dos vencimentos — para quem recebe até cinco salários mínimos (R$ 3.620) — e 20%, para quem ganha aci­ma de 20 salários mínimos (R$ 14.480).
Segundo o PT, hoje o partido tem 1,7 milhão de filiados. O partido diz que a contribuição é voluntária. Apenas quem tem cargo eletivo — como vereador, de­putado e senador — é obrigado a contri­buir. No caso dos parlamentares federais, por exemplo, o desconto é de 20%.
Antes, o desconto era compulsório inclusive para os ocupantes de cargos de confiança, mas o DEM ingressou na Justiça, alegando uso de dinheiro pú­blico para pagamento de despesas par­tidárias. Agora, o petista tem de fazer a contribuição no diretório, sem descon­to em contracheque.
Para os cargos de confiança em geral, espalhados pelo país, o cálculo é feito com base no valor do salário mínimo, hoje em R$ 724. As faixas variam de 2% (até seis salários mínimos) até 10% (aci­ma de 20 salários mínimos). O comuni­cado diz que, como o ano de 2014 será de muitas atividades, num ano eleitoral, as contribuições devem ser feitas diretamente na Secretaria Nacional de Finan­ças e Planejamento (SACE), e não nos diretórios estaduais ou municipais. São cinco tipos de tabela.
O número de cargos de confiança do to­po da lista, os DAS, cresceu nos mandatos petistas. Em 2002, último ano do governo Fernando Henrique, eram 18.374. No pri­meiro ano do governo Lula, houve até uma queda, para 17.559. Mas, depois, o número só cresceu: em 2007, primeiro ano do segundo mandato de Lula, bateu os 20 mil. E, em 2011, primeiro ano do go­verno Dilma, atingiu os 22 mil.
Os dados sobre o número de cargos de confiança dão a dimensão do que está em jogo para os partidos. Os dados do Ministério do Planejamento, de ou­tubro de 2013, indicam que são 22.530 DAS no governo Dilma: 7.206 vagas de DAS l; 6.179 de DAS 2; 4.331 de DAS 3; 3.520 de DAS 4; 1.076 de DAS 5; e 218 de DAS 6. A variação de um ano para o ou­tro foi pequena: em 2012, eram 22.395 cargos desse tipo.

Não é difícil calcular, por simples aproximação, de quanto o caixa PT dispõe para continuar “por cima da carne seca”: 1.700.000 petistas que pagam R$ 15, /mês, só aí dá mais de 25 milhões, e 22.530 no DAS da dilminha roscoff onde NINGUÉM paga menos de R$ 500, temos – aliás, eles têm – mais uns 12 a 15 milhões, fora senadores, deputedos, perfeitos (só estes são 624 no país), governadores, vereadores e outros bandidos, ultrapassa, certamente, e com muita folga R$ 50.000.000 – cinquenta milhões de reais – POR MÊS.
Só do des-governo do Rio de Janeiro, agora que o ocupante do tacho saíu para concorrer a tacho melhor, foram desligados mais 350 “colaboradores” – não efectivos – membros do PT.
Não há quem os tire da boquinha que conquistaram há doze anos, e que tem demonstrado ser uma bocarra que suga violentamente na mamata da “res publica”.
Se somarmos a isto as contribuições igualmente “voluntárias” dos sindicatos – também milionários – que o PT domina, das empreiteiras que sabem que o PT vai continuar a dar-lhes de mamar e receber as convenientes benesses de volta, nem a Margareth Thatcher seria tão dama de ferro para os derrotar.
A máquina é infernal, e a oposição, implodida, mais ingénua que a “Branca de Neve” ou a “Alice no País das Maravilhas”, e sem sombra dos recursos financeiros da banditagem, sonha com as Mil e Uma Noites, aguardando que um Ali Babá penetre na caverna dos ptralhas e os desbarate! 


Gastos com luxo e mordomias são sigilo

Em nome da “segurança nacional”


Por José Casado – “O Globo”

Varandas privadas oferecem uma pa­norâmica com o casario à beira do Te­jo, o Castelo de São Jorge, e a alameda relvada do parque Eduardo VII.
Mármore e mogno separam ambientes em duas centenas de metros quadrados, até o ba­nheiro privado com hidromassagem. O elegan­te mobiliário da coleção Espírito Santo, as ta­peçarias Portoalegre criadas por Calvet e Antó­nio, e os cabides de seda acolchoados nos ar­mários, entre outros detalhes, completam a se­dução da suíte em que se abrigou Dilma Rousseff por uma noite em Lisboa, sábado passado.
Foi uma "escala técnica obrigatória justificou a Presidência. Na versão oficial, Dilma optou pe­lo majestoso Ritz, inaugurado há 54 anos pelo Rei Humberto de Itália e os príncipes de Saboia, porque o prédio do século XVII onde funciona a embaixada brasileira não podia receber a comi­tiva de três dezenas de assessores. A diária na ta­bela do hotel é de R$ 26 mil, anotou o repórter Jamil Chade. Equivale a 36 salários mínimos.
Talvez esse valor não seja excessivo, se com­parado a algumas outras despesas da presiden­te. Em Paris, em dezembro de 2012, o governo gastou R$ 30 mil (41 salários mínimos) apenas com a instalação de linha telefónica na suíte de Dilma e no quarto do seu ajudante de ordens. Essa conta não inclui o serviço de telefonia.
Aparentemente, as escalas ("técnicas e obriga­tórias") mais caras foram as da viagem presiden­cial à China, em abril de 2011. Na ida, Dilma pas­sou 24 horas em Atenas. Custou R$ 244 mil (344 salários mínimos) — ou seja, mais de R$ 91 por hora. Na volta, parou em Praga. Gastou R$ 75 mil (103 salários mínimos). Oito meses depois em dezembro, ela esteve em Cannes para uma reunião de chefes de Estado do grupo dos 20 países mais desenvolvidos. Ao partir, um diplomata pediu recibo do pagamento de R$ 4.500 (mais c seis salários mínimos) em fotocópias.
Em março do ano passado Dilma foi à missa no Vaticano, a primeira celebrada pelo Papa Francisco. Preferiu hotel à estadia na embaixada brasileira, instalada no Palácio Pamphili, de 363 anos. Pagou-se R$ 204 mil (282 salários mini mós) pelo aluguel de 30 veículos da Rome Vip Limousine.- O conta total da viagem beirou meio milhão de reais. Em seguida ela foi a Caracas, para o cerimonial fúnebre de Hugo Chávez. A volta Brasília no jato presidencial teve um bufê Meliá faturado em R$ 7 mil (9,6 salários mínimos).
A Presidência mantém um contrato de R$ 1,9 milhão (2.600 salários mínimos) para serviço de bordo dos seus aviões, informa a ONG Contas Abertas. Neste mês recebeu aditivo de R$ 160 mil (220 salários mínimos). O cardápio da RA Catering inclui canapés de camarão e caviar, coelho assado, rã e pato, entre outros itens. Diante dos gastos de R$ 11 milhões (15 mil salários mínimos) em 35 viagens entre 2011 e 2012, o Itamaraty recebeu ordens para resguardar como confidenciais todas as despesas de Dilma e assessores, como registrou o repórter Vítor Sorano. Duas semanas atrás, a Presidência reafirmou a classificação.
E, assim, o 29° ano da redemocratização co­meçou com as delícias do poder encobertas pelo manto do sigilo. Como sempre, em nome da "segurança nacional".



Alguém vislumbra a mínima hipótese de os derrotar, sabendo que além disso tudo ainda vão alardear que se outro partido ganhar as eleições mais de 14 milhões de brasileiros perderão o “Bolsa Família” ?
Aguenta povo! Aprende a escolher os governantes, quando não qualquer dia ainda vamos eleger novamente o sapo barbudo (o que não está longe de acontecer) ou o fidelíssimo amigo a quem se oferecem, sem retorno, seiscentos e oitenta e dois milhões de dólares.
Depois queixem-se!


05/02/2014 

De papá para filhinha


Não é só o aquecimento global que está afetando o Brasil, apesar de estarmos há um mês nos 40° C, com sensação térmica que chega a 60° C – segundo o Istituto de Meteorologia! – e a manterem-se as perspectivas de assim ficarmos mais... muito tempo.
O pior é a chamada “era do PT”.
Tão bem o mestre sapo-barbudo tem ensinada a sua querida suposta e obediente sucessora, a madama dona presidenta, que a dita, querendo imitá-lo em todo o seu esplendor, fez uma paradinha, semi-secreta, conforme toda a gente sabe, em Lisboa, e foi jantar num dos restaurantes mais caros da capital da terrinha.
Como isso deu bronca a dita madama afirmou que pagou a sua despesa do jantar. Bonito.
Mas... o chef e dono do restaurante também prestou depoimento dizendo que o jantar tinha saido barato e o vinho fora oferta da casa!
Ó, pá! Vinho em oferta? Vamos nessa.
Boa aluna, a madama saiu de lá, com cara de saúde (?!) assim, ó:


 amparada pelo barman (seria o barman?), tropeçando e quase desmaiando.
Mau vinho dana madama, mau vinho! Aprenda melhor com o mestre ex-atual-presidente.
Chama-se a isto bebedeira. No Brasil... um porre!
Ele bebe, emborracha-se, tropeça, diz besteira, mas ninguém o viu agarrado ao barman!
Ou seria por estar muito frio e a dita precisava de um aconchego?
Chega de envergonhar o país. E... de roubar e deixar roubar.
O Brasil merece melhor!

06/02/014


segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014




Há exatos dez anos aconteceu no “País do Faz de Conta” este “imenso drama” largamente comentado pelos orgãos de informação, e que, em épocas carnavalescas, é sempre válido relembrar!

O Chico e a Ferramenta

1° Acto

Vejam só a notícia sensacional que acabou de aparecer na Internet:

Quarta, 5 de fevereiro de 2003, 17h47 
Polícia Federal localiza prefeito de Ipatinga
A Polícia Federal localizou, em Belo Horizonte, o prefeito de Ipatinga (MG), Chico Ferramenta (PT). A família do prefeito não recebia notícias de Ferramenta desde a hora do almoço de segunda-feira, quando ele foi visto pela última vez em um restaurante na capital. Não se sabe de mais detalhes sobre o estado em que se encontra o político.
O desaparecimento do prefeito provocou uma reação imediata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que orientou a Polícia Federal para investigar o caso. Foi criada uma força-tarefa composta pela Polícia Civil, Polícia Federal e por representantes do Ministério Público.
Chico Ferramenta já foi deputado estadual e federal por Minas Gerais. É casado com Cecília Ferramenta (PT), empossada recentemente na Assembléia Legislativa do Estado, e está em seu terceiro mandato na prefeitura, o segundo consecutivo.

Está-se mesmo a ver que a Polícia não contou a história toda. Nem alguma.
O Chico Ferramenta, depois de um bom almoço - prefeito não come em boteco, mesmo sendo do PT e estando a lutar contra a fome, dos outros, sumiu.
Dona Ferramenta, a outra, também deputada do PT, que isto de ser só um a mamar na res publica dá pouco rendimento à família, tanto mais quando é preciso fazer como o presidente Lula manda - comer três vezes ao dia, e isto em restaurante da capital... sai caro - quando se viu privada da sua outra ferramenta, alertou o chefe.
Chefe, que é chefe, mandou logo uma força tarefa, qual o W.Bush vai mandar para o Iraque, incluindo a Polícia Federal, o FBI cá do pedaço, investigar.
Dois dias depois o Chico Ferramenta é encontrado pela polícia que se fecha em copas!
Aí, o público leitor de notícias, que por acaso faz parte dum todo que se chama povo, quando é pobre ou de esquerda, ou população quando não é nem uma coisa nem outra, muito pelo contrário, começa a desconfiar que o Chico foi usar a sua ferramenta noutros consertos, aliás concertos.
O que ele estava a consertar ou concertar quando foi descoberto, ou encontrado, ou achado, ou ... pela Força Tarefa, isso vai ele ter que explicar à outra. A dona Ferramenta.
E, ou o Chico tem um bom álibi, com parecer em papel timbrado pela Força Tarefa, e se explica muito bem, ou vai ter que guardar a ferramenta dele até enferrujar.
É.
Nós pagamos o almoço e a Força Tarefa. O Presidente preocupa-se. E o Chico fica só dois dias na capital das Gerais, todos pensamos que cheio de saúde, com a graça do Senhor, mas também temos o direito de pensar - haja liberdade de pensamento - que o tal Chico estaria usando a sua ferramenta para fins pouco dignos ou menos políticos.
Por enquanto só pensamos. Porque... será que a polícia vai divulgar o que ele estava fazendo quando foi encontrado?
O que vocês acham?
Boa noite.
05/02/03

2° Acto
Ora aqui vai o desenlace do Chico:

Quinta, 6 de fevereiro de 2003, 14h43 
Prefeito mineiro que sumiu pede licença do cargo
Depois de submeter a família e o Partido dos Trabalhadores a um vexame, o prefeito de Ipatinga, Chico Ferramenta (PT), enviou um comunicado à Câmara Municipal da cidade, nesta tarde, pedindo licença do cargo por tempo indeterminado. Em nota divulgada, ele pede desculpa à mulher, a deputada estadual Cecília Ferramenta, recém-empossada.
"Agradeço, particularmente, ao povo de Ipatinga pela solidariedade e suas orações e, de maneira muito especial, à minha esposa, deputada Cecília Ferramenta, por sua atitude exemplar e apoio insubstituível, diante da qual me desculpo publicamente", diz a nota .
O prefeito de Ipatinga, quarta cidade mais de rica de Minas Gerais, estava desaparecido desde a última segunda-feira, Ele foi encontrado ontem em um hotel do centro de Belo Horizonte, em companhia de uma mulher. Ela seria uma garota de programa identificada como "Zildinha".
Chico foi denunciado por um telefonema anônimo feito à polícia. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, chegou a pedir à Polícia Federal atenção especial para o caso. O secretário Nacional de Direitos Humanos, Nilmário Miranda, se deslocou de Brasília para a capital mineira para acompanhar o caso.

Ontem bem que nos parecia que a ferramenta do Chico estaria pendurada fora do lugar! Em vez de arrumadinha no local certo, estava com a Zildinha.
Quer dizer, em vez de estar a trabalhar no PT estava no GP. Garota de Programa.
Isto é comovente. Já consta que a Globo vai fazer uma novela “O Chico e a Zildinha”. Por ora só têm o final previsto: o Chico chora, pede desculpa à ferramenteira chefe - que não pode dispensar uma boquinha com salário do marido deputado, e por isso ele tão humildemente pediu para “descansar” alguns dias (êna Zildinha braba!) - paga à Zildinha generosamente - não se sabe com que dinheiros, os ipatinguistas terminam a reza e vão fazer-lhe uma festa de recepção, com cartazes:

Viva o cabra macho - Chico Ferramenta

ou então
Chico - a ferramenta para qualquer porca
outros ainda
Ferramenta boa é a do Chico
etc.
Mineiro não se deixa abater por uma ninharia destas.
Ainda por cima o cara é deputado e estava de licença para prefeitar a cidade. Agora entra de licença da cidade para descansar uns dias depois da esfrega da Zildinha, e.... logo, logo volta à ativa.
Quem ganhou mesmo foi a Zildinha. Recebeu o dela. Ficou famosa e consta que já tem a sua agenda de compromissos cheia até... que se esgotem as ferramentas.
E nós... afinal quem somos nós para emitir opinião?
O cara voltará um dia a ser re-eleito, como o Collor, o Maluf, o.... , o.... , o....
Pshiuuuu. Aqui para nós que ninguém nos ouve: estão os homens todos com inveja do Chico, que é macho p´ra caramba, ganha bem, e ainda pede uns dias para descansar. E as mulheres? As mulheres? Perguntem em casa.
Afinal qual deus é o brasileiro? Alá que permite que os homens tenham quantas mulheres possam sustentar ou o Outro, humilde, que simplesmente disse para se respeitarem uns aos outros e por isso pregaram-n’O num madeiro?

06/02/03

Nota de 2014: Como é evidente o Chico mesmo condenado por roubalheiras tornou a reeleger-se! Aqui vale tudo. Só em 2009 é que finalmente foi cassado. Coitado do Chico!
Nas eleições seguintes, em 2012 ele não concorreu e adivinhem quem ganhou as eleições para a Prefeitura?
A dona Ferramentinha, a amada esposa. Fica tudo em família e podem continuar a meter a mão na massa e na... ferramenta um do outro.
E na nossa.


03/02/2014