Divagando
1.- com Etimologia
Sempre
me atraiu o saber a origem e a razão das palavras. E volta e meia encontram-se
verdadeiras curiosidades, sempre com interesse.
Mas
é uma brincadeira, pois os linguistas podem escandalisar-se se por acaso nos
manifestamos com algo que não esteja de acordo com a sua linha de estudo e
conhecimento, já que a origem de muitas palavras, para chegar ao português, fez
viagens incríveis através dos tempos.
Umas
sairam da Pérsia, passaram pelos hebreus, foram à Grécia, muitas delas seguiram
depois caminhos diferentes, via Roma ou Fenícia. Fora as que sairam da Índia,
atravessaram as arábias e, ou vieram diretamente com a ocupação árabe ou
fizeram um trajeto mais complicado via Grécia e Roma.
Enfim,
as palavras, todas, são muito viajadas, e então nos dias de hoje, com a
Internet, vão e voltam depois de, em poucas horas, terem dado várias voltas ao
mundo.
Há
dias, apareceu um texto muito interessante – o conhecimento das palavras, como
disse é sempre interessante – onde apontava uma série delas vindas da
Argentina, da qual destacava uma que hoje é indispensável no Brasil: “otário”!
OTÁRIO
- virá talvez de otária, uma “prima”
das focas, tranquila, com uma pele valiosa, mas que se deixa capturar com
facilidade. Daí os “otários” seriam os babacas, ingénuos que se deixam enganar
com facilidade. Enfim os típicos eleitores!
BACANA
– Não é difícil perceber que vem do latim bacanal.
Ora uma bacanal ainda hoje é uma farra e tanto, o que justifica que, por aqui,
bacana signifique bom, ótimo.
ESCRACHADO
– Virá do francês crachat, o crachá
que nós usamos (os que usam!) para nos marcar. Um dos modos de marcar um
desabusado, petulante, seria marcá-lo com um escarro! E escarro em francês é...
crachat.
Mas
vamos brincar com mais umas palavras.
BOICOTE
– Irlanda – Em Outubro de 1880 o petulante e racista inglês Capitão Charles Boycott, proprietário de terras na
Irlanda, quiz obrigar os trabalhadores rurais irlandeses a trabalharem por um
pagamento miserável, que estes se negaram. O povo da região circundou a sua
propriedade e não deixou que alguém lá fosse trabalhar enquanto ele não
garatisse um salário justo. Boicotoram.
GREVE
– Place des Grèves em Paris –Hoje é Place de l’Hotel de Ville, às margens do
Sena. Grève, em francês significa “praia
ou margem arenosa”. Era nessa praça que se juntavam os trabalhadores quando
pretendiam exigir algum benefício, ou justiça, dos empregadores!
ABEGOARIA – Do
latim abegone, o lugar onde se
guaradava o gado.
CAMISA – Em latim camisia, francês chemise, celta caimis, árabe
qamiç e paquistão kameez.
BURRO
– Do latim burro que significa ruço,
encarnado. Em Portugal ainda há quem chame ao burro o ruço!
GANGA
– Aquele tecido a que hoje se chama jeans! Do chinês yang no dialeto da corte, pronunciado kang noutros lugares.
CÁQUI
– Do urdu, um dos dialetos do hindi, kaki,
que significa cor de barro. Os soldados portugueses do principio do século XX, eram
chamados em Angola os cáquis por
terem a sua farda no tecido amarelado.
AMAZONAS
- Provável derivação do gentílico
iraniano ha-mazan, que
significaria originalmente "guerreiras" possivelmente da Cítia. Outra
teoria diz que o termo significa "sem seio", em grego, já que,
segundo algumas versões do mito, as amazonas cortavam um dos seios para melhor manejarem os arcos. Em
1541 Francisco de Orellana desceu o rio que hoje se chama Amazonas porque
afirmou ter encontrado uma tribo de índias guerreiras, com a qual teria lutado,
e associando-as à mitologia grega, deu-lhes o mesmo nome. Segundo etimologia alternativa o nome Amazonas é de origem indígena, da palavra amassunu, que quer dizer "ruído
de águas, água que retumba”.
2.- Aprendendo
Eternamente
vigente...
Corría el año
1904 y aquella tarde noche del 13 de mayo; el que sorprendió a todos los
presentes fue Pío Baroja (1872-1956).
Porque cuando se
estaba hablando de los españoles y de las distintas clases de españoles, el
novelista vasco sorprendió a todos y dijo:
La verdad es que
en España hay siete clases de españoles...
Sí, como los
siete pecados capitales. A saber:
1.
Los que no saben;
2.
Los que no quieren saber;
3.
Los que odian el saber;
4.
Los que sufren por no saber;
5.
Los que aparentan que saben;
6.
Los que triunfan sin saber, y
7.
Los que viven gracias a que los demás no saben.
Estos últimos se
llaman a sí mismos políticos y a veces hasta intelectuales.
Quem sabe...
sabe!
27/10/2013
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