Irão, Hollande e Khamenei
Parecia milagre o diálogo aberto, até
amigável, entre o ministro das Relações
Exteriores do Irã, Mohamed Javad Zarif, e a comissão internacional,
sobre o problema atómico.
Milagre também a conversa telefónica
entre este e Obama. O mundo sorria, tinha esperança.
E tudo parecia correr para
bom termo, para entendimento entre povos há tanto separados, quando a cizânia (do
grego zizanion, joio) se instala,
mais uma vez, e como sempre, pela intervenção daquela parcela de humanos que
jamais deveriam ter saído das grades de um zoologico: os estúpidos.
Começou já há alguns dias quando o entendimento e a
educação entre os negociadores parecia estar a correr muito bem, mas... sem a
intervenção da França.
Foi a entrada da tal cizânia! Um dos
ministros deste miserável e desprestigiado governo se lembrou de levantar a
voz, vociferar contra o Irão dizendo que a França, note-se bem a França “daqueles
valores” que eles estão sempre a alardear – la Republique, l’Igalité, etc. – “não
iria permitir, de forma alguma que o Irão tivesse a bomba atómica”.
Berrou isto diversas vezes até que o senhor
Hollande, o hollandinho, que está com o mais baixo índice de aprovação desde...
décadas, e com o país a afundar-se, greves e revoltas por todo o lado, se
lembrou também de ir “dar uma de gostoso” desembarcando em Israel para dizer
aos judeus que a França, que não está a meter o bedelho nas negociações com o
Irão, não ia permitir a tal bomba.
Esta, sim, uma bomba. Os israelitas ficaram
muito contantes com aquela insensata visita, não entenderam o porque da mesma,
o hollandinho sentiu-se herói, e no dia seguinte entrou a “besta fera” no
caminho.
O “adorável” Khamenei, o manda-chuva, e manda
tudo no Irã, num pronunciamento igualmente besta ao do francês, ameaçou os
judeus de destruição, disse que o problema atómico era dele, dele, Khamenei, e
que quem se metesse com ele, ele Khamenei, se daria mal.
Um balde água fria nas negociações que agora
vão demorar mais tempo.
Tudo por culpa do senhor Hollande, chefe de um
des-governo francês, que sentido-se a afogar em casa, onde não sabe o que fazer
– e parece que tudo quanto faz é errado – e desprestigiado por não ser o principal
interlocutor nas negociações, nem o “porta voz” do super Obama, abriu a boca
para dizer um monte de besteira, indo até Israel, convencido que de lá sairia
com coroa de louros como os generais romanos ao regressarem vitoriosos a Roma
para serem aplaudidos pelo povo.
França, o país que divulgou o conhecimento na
Europa, de Rousseau, Montesquieu, Voltaire, Descartes,
de Racine e Victor Hugo e tantos outros que
brilharam e deram à França um sentido de respeito, devem dar voltas no túmulto
ao verem tão pobre a cabeça dos, hoje, seus des-governantes.
E assim vai o mundo. Entregue a ineptos,
corruptos, gananciosos, malandros e, pior do que tudo, estúpidos.
21/11/2013
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