quarta-feira, 8 de junho de 2016


Muito do que abaixo se mostra, já apareceu inúmeras vezes publicado. Mas o tema é de tal forma triste que não há impeachment que possa apagar esta nódoa que o Brasil vai carregar ainda muito tempo.
Jamais alguém poderia imaginar tamanha imbecilidade a presidir um país. Faz parelha com Chavez e Maduro que também destruiram a Venezuela. É caso clínico de demência, onirismo, de transtornos psicóticos, a maioria das vezes provocados pelo consumo de alucinogêneos. Será o caso ou é de nascença?
E assim culmina a sistemática destruição a que o ptismo/lulismo levaram o país.
Mas vale a pena ler o texto do jornalista. Nós ficamos sem saber se rir se chorar. Lamentavel, é impossível não rir, e muito. Por isso aqui vai.

“SE A DILMA VOLTAR”

Texto de ARNALDO JABOR
“O Globo” – 07/06/2016

O Brasil virou uma piada internacional. Outro dia vi um programa na CNN sobre nós. Tive vontade de chorar. Se­gundo a imprensa es­trangeira, nós somos incompetentes até para sediar a Olimpíada, a economia está quebrada e o impeachment pode impedir os Jogos, pois somos desorganizados, caem pontes e pistas, os mosquitos estariam esperando os atletas, a Baía de Guanabara é um lixo só, bosta boiando, o crime campeia na cidade, onde conquistamos brilhantemente o recorde de estupros.
Até um programa humorístico famoso, o "Saturday Night Life", fez uma sátira: Dilma fu­mando charuto e tomando caipirinha, numa galhofa insultuosa que sobrou para o país todo.
Mas Dilma sabe defender o país. Seus discursos revelam isso. Senão, vejamos, suas ideias:
“Antes de Lula, o Brasil estava afunhunhado. Mas o presidente Lula me deixou um legado, que é cuidar do povo brasileiro. Eu vou ser a mãe do povo brasileiro. O Brasil é um dos paí­ses mais sólidos do mundo, que, em meio à cri­se económica mundial, das mais graves talvez desde 1929, é o país que tem a menor taxa de desemprego do mundo.
Nós não quebramos, este é um país que tem... tem aquilo que vocês sabem o que é. Por isso, não vamos colocar uma meta. Vamos dei­xar a meta aberta, mas, quando atingirmos a meta, vamos dobrar a meta. Ajuste fiscal? Coisa rudimentar. Gasto publico é vida. Eu posso não ter experiência de governar como eles governa­ram; agora, governar gerando emprego, distri­buição de renda, tirando 24 milhões da pobreza elevando a classe média, eu sei muito bem fazer.
Entre nossos projetos, nós vamos dar prio­ridade a segregar a via de transporte. Segre­gar via de transportes significa o seguinte: não pode ninguém cruzar rua, ninguém pode cruzar a rua, não pode ter sinal de trânsito, é es­sa a ideia do metro. Ele vai por baixo, ou ele vai pela superfície, que é o VLT.       
A mesma coisa nós vamos fazer com o Seguro Defeso, por exemplo. Nós somos a favor de ter Seguro Defeso para o pescador, sim. Agora. Não é possível o pescador morar no semiárido nor­destino e receber Seguro Defeso, por um motivo muito simples: lá não tem água, não tendo água não tem peixe. Também não seremos vencidos pela zika e dengue; quem transmite a doença não é o mosquito; é a mosquita.
Antes, também os índios morriam por falta de assistência técnica. Hoje não; pois temos muitas riquezas. E aqui nós temos uma, como também os índios daqui e os indígenas americanos têm a deles. Nós temos a mandioca. E aqui nós estamos comun­gando a mandioca com o milho. E, certamente, nós teremos uma série de outros produtos que foram essenciais para o desenvolvimento de toda a civilização humana ao longo dos séculos. Então, aqui, hoje, eu estou saudando a mandioca. Acho uma das maiores conquistas do Brasil.
Vocês, dos jogos indígenas, estão jogando com uma bola feita de folhas, e por isso eu acho que a importância da bola é justamente essa, o símbolo da capacidade que nos distingue como... Nós somos do género humano, da espécie sapiens. Então, para mim, esta bola é um sím­bolo da nossa evolução. Quando nós criamos uma bola dessas, nós nos transformamos em homo sapiens ou mulheres sapiens.
Eu ouço muito os prefeitos — teve um que me disse assim: eu sou o prefeito da região produtora da terra do bode. Então, é para que o bode sobrevi­va que nós vamos ter de fazer também um Plano Safra que atenda os bodes, que são importantíssi­mos e fazem parte de toda tradição produtiva de muitas das regiões dos pequenos municípios aqui do estado.
Aqui tem 37 municípios. Eu vou ler os nomes dos municípios... Eu ia ler os nomes, não vou mais. Por que não vou mais? Eu não estou achando os nomes. Logo, não posso lê-los.
A única área que eu acho que vai exigir muita atenção nossa, e aí eu já aventei a hipótese de até criar um ministério, é na área de... Na área... Eu di­ria assim, como uma espécie de analogia com o que acontece na área agrícola.
A Zona Franca de Manaus, ela está numa região. Ela é o centro dela porque ela é a capital da Amazó­nia. Aliás, a Zona Franca evita o desmatamento, que é altamente lucrativo — derrubar árvores plan­tadas pela natureza é altamente lucrativo.
Eu quero adentrar agora pela questão da infla­ção, e dizer a vocês que a inflação foi uma conquis­ta destes dez últimos anos do governo do presi­dente Lula e do meu governo. Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ga­nhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder. A autossuficiência do Brasil sempre foi insuficiente.
Os homens não são virtuosos, ou seja, nós não podemos exigir da humanidade a virtude, porque ela não é virtuosa. Se os homens e as mulheres são falhos, as instituições, nós temos que construí-las da melhor maneira possível, transformando... aliás isso é de um outro euro­peu, Montesquieu. E de um outro europeu muito importante, junto com o Monet.
Até agora, a energia hidrelétrica é a mais ba­rata, em termos do que ela dura com a manu­tenção e também pelo fato de a água ser gratui­ta e de a gente poder estocar. O vento podia ser isso também, mas você não conseguiu ainda tecnologia para estocar vento. Então, se a con­tribuição dos outros países, vamos supor que seja desenvolver uma tecnologia que seja capaz de na eólica estocar, ter uma forma de você es­tocar, porque o vento ele é diferente em horas do dia. Então, vamos supor que vente mais à noite, como eu faria para estocar isso? O meio ambiente é sem dúvida nenhuma uma ameaça ao desenvolvimento sustentável.
Aliás, hoje é o Dia das Crianças. Ontem eu disse que criança... o dia da criança é dia da mãe, do pai e das professoras, mas também é o dia dos animais. Sempre que você olha uma criança, há sempre uma figura oculta, que é um cachorro atrás, o que é algo muito importante.
Por isso, afirmo que não há a menor hipótese do Brasil, este ano, não crescer. Eu estou otimista quanto ao Brasil. Eu sou algo que a humanidade desenvolveu quando se tomou humana.

É isso aí, gente, se Dilma voltar, ela tem em mente um projeto ambicioso de país. Esta­mos salvos.

Arnaldo Jabor

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