BREXIT
A Vitória da Covardia
O Reino Unido vai sair da
Europa? Parece. E vai implodir a União Europeia? Talvez.
Mas
deve começar por se implodir a si própria com a saída da Escócia e, quem sabe,
da Irlanda do Norte.
Boris
Johnson amedrontou os britânicos, normalmente valentes, como se viu nos seus
soldados a ajudar a Europa na I e II Guerras Mundiais, com a alegação de quem
têm no seu território 3 milhões de emigrantes, mas esqueceu-se de dizer que, em
contrapartida, espalhados pelo mundo tem mais de 2,5 milhões de britânicos.
Argumentou
e bramou que os roms roubam os alojamentos que deveriam ser para os filhos da
terra, os búlgaros e agora os sírios – que pouquíssimos lá entraram – estão a
ocupar postos de trabalho dos nativos british, mas também se esqueceu de dizer
que eles roubaram as melhores terras e palácios quando colonizaram a Índia, e os
países africanos, que foram, e SÃO,
os responsáveis pela desgraça que desde há um século se tem abatido sobre o
Curdistão, quando quiseram monopolizar o petróleo do médio Oriente e
“ofereceram” o Curdistão aos iraquianos!
Ainda
se esqueceu dos primeiros imigrantes: os celtas, os normandos, os bretões, que
devem ter ocupado – e ocuparam mesmo – os altos cargos da então incipiente
Inglaterra... sem referendos!
Não
falou do assalto que fizeram à Irlanda, da transferência de ingleses para o
Norte, para continuarem com aquela parte anexada, e que quer continuar na EU.
E
os babacas ingleses decidiram sair da EU, e comemoram como se tivessem ganho a
Copa do Mundo de futebol, que isso sim, eles inventaram bem!
A
moeda já desvalorizou, vai cair mais, e a Inglaterra vai ficar um paisínho,
isolado, a pensar que pode competir com o bloco norte americano, o asiático e
até o europeu, se este não ruir também, vendendo Rolls-Royces, e produtos
farmacêuticos.
Boris,
o mesmo cabelinho amarelo, igualzinho ao seu comparsa Donald Trump, que está a
levar o terror aos americanos, ajudando a bandalha dos republicanos a venderem
mais armas para matarem mais americanos, repetindo os desastres do George Bush
quando decidiu atacar o Iraque, dizendo ao povo que era preciso acabar com o
ditador, e depois com o Bin Laden. Tudo isto à custa de milhares de mortos
entre os seus soldados e muito mais milhares de estropiados, mas... vendendo
armas.
Por
aqui houve também – e ainda não está “morto” – um demagogo que bramou contra as
“zelites que roubavam o povo”, e quando deitou a mão ao poder roubou dos cofres
públicos, ele e a camarilha, algo que deve andar por volta de um trilhão de reais
ou dólares, ninguém sabe ainda quanto!
Cêrca
de 40% das exportações britânicas vão para países da EU. Agora vão pagar
direitos, e como consequência, vão cair essas exportações. Do mesmo modo vão
encarecer os produtos de importação.
E
se é tanta a fobia contra os imigrantes, que têm mantido a taxa de reposição
populacional, apesar de abaixo da média mínima de 2,1 filhos por casal, a um
nível de 1,7, que, se esses “indesejáveis” não continuarem a afluir, qualquer
dia a população da Britânia ficará de tal modo reduzida que...
No
fim de contas de quem é a culpa de tudo isto? Raciocinemos um pouco.
-
O custo exorbitante do Parlamento Europeu que se reúne em Bruxelas e Estrasburgo.
Para que dois lugares? E para que aquela montuêra de euro deputados que ganham
uma fábula e se aposentam ainda quase imberbes?
-
Os egos desses parlamentares a querem impor, muitas vezes copiando o de triste
memória “ultimato” inglês a Portugal em 1890, medidas idiotas, selváticas,
insensatas, como quando há uns anos quiseram obrigar Portugal a “batizar” o
vinho com açúcar, porque havia excedentes de açúcar de beterraba no Norte da
Europa, ou quando ficaram a pagar a agricultores portugueses para não
produzirem cereais, e permitirem que os agricultores ingleses sobrevivessem de
subsídios e não deixar que isso se passe nos países mais pobres, etc.
- Está muita gente
a mamar à custa dessa tal União Europeia. Os resultados não são nada do que
seria de esperar, mas os “mamadores” acham que está ótimo! Depois admiram-se
que haja tantos euro cépticos, alguns até ferozmente anti EU. Dá a sensação
que, em muitos casos esse parlamento legisla em causa própria, esquecendo os
300 milhões de europeus que sonhavam com um aumento do seu nível de vida com
essa União que já leva 23 anos de vida, e não se envergonha de no seu conjunto
ter uma taxa de desemprego de 9,6% (2015) e uma Dívida pública de 87,4% do PIB
(2015), números estes que... serão verdadeiros? E não terão piorado em 2016?
Acabar com a EU não
parece ser uma boa solução para todos os países da Europa. Mas reforçar PROFUNDAMENTE os conceitos, o Parlamento,
e a arrogância, parece que é uma necessidade urgente, que o BREXIT deixou bem
evidente ao dizer não ao lento, e por vezes desastroso arrastar dessa Europa,
aparentemente uma União, bastante desunida.
A feroz Merkel e o
desastrado Hollande beijam-se e abraçam-se. A Suécia e a Dinamarca com os seus
sistemas que funcionam perfeitamente também não estão interessados em continuar
a manter uma União desunida.
Enfim. A União
Europeia foi um sonho começado por Napoleão, mas não tem Napoleão nenhum no seu
comando. Tem uma pseudo democracia onde, parlamentando à italiana, todos puxam
a brasa à sua sardinha.
Lembra um versinho
que fizeram ao ex Presidente Américo Tomás à saída da sua visita a Angola:
Angola no
coração
A Gertudes no
beliche
Os presentes...
no porão
E o preto...
que se lixe!
24/06/2106 – Dia de S. João, quando a sardinha pinga no
pão!
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