A Grécia
sua cultura e seus saqueadores
Antes de chegarmos à Grécia e mais toda esta palhaçada do “dever eu devo, pagar é que não pago”,
vamos dar um pequeno pulo à Namíbia.
Diogo Cão, além de grande navegador foi um verdadeiro “distribuidor de
padrões”: um, o de S. Jorge, na Foz do Zaire, na Ponta do Padrão, o de Santo
Agostinho no Cabo de Santa Maria, onde está hoje o farol de Santa Maria, 70
milhas ao Sul de Benguela, mais um no Cabo Negro à entrada de Tombua (antiga
Porto Alexandre), e em 1485 ainda outro no Cabo da Cruz (Cape Cross) na Namíbia,
cerca de 75 milhas a norte de Walvis Bay.
Nele está gravado:
Era da
criação do mundo de bjm bjc lxxxb e de xpto de IIIclxxxb o eycelente
esclarecido Rei dom Jº s.º de Portugal mandou descobrir esta terra e poer este
padram por dº cão cavº de sua casa.
Quatrocentos anos mais tarde, os alemães depois de terem sediado o
famoso festim da repartição do bolo chamado “África”, sem nunca terem tido
colônias, foram contemplados com generosas fatias: Tanganica, Togo, Camarões e
Sudoeste Africano, hoje Namíbia, e aqui encontraram o Padrão, coisa para eles
desconhecida.
Logo o arrancaram (roubaram) e mandaram “de presente” ao Kaiser, que o
guardou num museu.
O
Padrão original, hoje no Institut
fur Deutsche Geschichte, Berlim
Para o substituir, Bismark teve uma ideia de génio: mandou um outro, com
dizeres ligeiramente diferentes, em alemão dizendo mais ou menos: “por este meio
tomava posse daquela região africana”...
Hoje em Cape Cross estão duas cópias do padrão original português.
Padrão
em Cape Cross, com a inscrição original traduzida e
Gravada
numa rocha
Jamais os alemães devolveram o padrão e, em 1998 a Namíbia pediu ao
governo alemão que o emprestasse para a Expo-98, as Comemorações do quinto
Centenário dos Descobrimentos, em Portugal, o que foi negado.
Através de história os alemães têm roubado preciosidades por todo o
mundo: Egito, Mesopotâmia, Grécia, etc. E roubaram o quanto puderam.
Na II Guerra invadiram um monte de países, entre eles a Grécia, onde
morreram mais de 300.000 pessoas.
Na
Conferência de Potsdam, no fim da Guerra, os “aliados” estimaram as suas perdas
em 200 bilhões de dólares. Após insistências das
forças ocidentais (excluíndo a URSS), a Alemanha foi obrigada apenas ao
pagamento de 20 bilhões,
em propriedades, produtos industriais e força de trabalho. Mas... esqueceram da
Grécia, que até hoje reclama indenizações e devolução de preciosidades, sem que
qualquer Merkel da vida lhes dê ouvidos.
E
agora querem que paguem os “empréstimos” que os forçaram a aceitar quando
entraram para a EU.
Muito
mais devem ter também roubado a Inglaterra e a França, enchendo os seus museus
com maravilhas e deles tirando proveito cultural e financeiro, aparecendo os
gregos, neste contexto, como o pobre a quem roubaram até o pão seco que ele
conseguiu num saco do lixo.
É
difícil calcular o valor das peças antigas em todos esses museus, mas admitindo
que, por exemplo, o Louvre poria à venda a Venus de Milo ou a Vitória de
Samotrácia, quanto o mundo museulógico se esgatanharia para as comprar? Quantos
bilhões de dólares?
Vá
lá que entretanto os ingleses devolveram para o Museu de Atenas uma das
Cariátides. E o resto? Por exemplo as esculturas do Partenon?
Com
tudo isto razão têm os gregos de querem que lhes seja feito um crédito relativo
às indenizações de guerra e aos roubos perpetrados através dos tempos.
Talvez
ficasse com saldo positivo na sua imensa dívida!
Neste
caso, a la française, “Je suis
grego”!
Aliás
são de lá as origens da civilização ocidental, do conhecimento, mesmo sabendo
que desde há muito a Grécia tem vindo a ser mal administrada.
E
muito espoliada.
02/07/2015
ROUBOS FEITOS COM ARROUBOS NÃO ARROMBAM O ROUBADO!
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