Um pequeno
conto
O Dr. Vasco
Dr. Vasco Pimentel. Filho de emigrante português, de Viseu, grande
torcedor do Vasco da Gama, quando o filho nasceu o clube acabava de ganhar o
campeonato e ele não hesitou: vai chamar-se Vasco.
55 anos, sem filhos, advogado, sem
qualquer interêsse por futebol, o que teria desiludido o papai português, dono
de um escritório de contabilidade, onde trabalhavam nove empregados, vivia
sozinho, quase eremita, desde que as duas mulheres com quem casou se haviam mandado.
Tinham apostado no dinheiro dele, querendo, ambas, aparecer na “socialite”, mas
o Dr. Vasco, calmo, sem pretensões de “colunável”, só pensava no escritório,
nos clientes e numa vida tranquila, em casa, junto com a mulher. Raro saiam
para jantar fora, e com estas clausuras a primeira foi-se embora rapidinho e a
segunda não demorou muito. E férias só alguns dias quando dos dois malogrados
casamentos. Depois disso, já se passavam vinte anos, nem um diazinho só.
Resignou-se. Mas precisava de uma
empregada fixa para lhe cuidar da casa. Estava cansado de faxineiras que
entravam depois dele sair e saiam antes de voltar, o que sempre o deixava
inquieto. Resolveu que não era isso que queria e mandou pôr um anúncio no jornal:
“Senhor, respeitável, precisa de empregada doméstica que durma em casa. Bom
salário. Telefonar para xxxx com
Adélia.”
Adélia era a sua secretária. Antiga, de
total confiança. Disse-lhe exatamente o que queria: ter a casa sempre arrumada
e limpa, cuidar-lhe da roupa, o café da manhã exigia quase nada porque se
limitava a uma fruta e um café, só almoçava em casa aos fins de semana, e à
noite comia ou uma sopa ou fruta. A empregada seria admitida pelo escritório o
que lhe valia ter todos os benefícios da segurança social, e poderia escolher o
horário de trablaho.
Telefonaram mais de uma dúzia de
candidatas. Adélia chamou só duas que lhe pareceram as mais indicadas, falou
primeiro com elas e a seguir foram recebidas pelo patrão.
- Faça o favor de se sentar.
A primeira, vendo um “coroa enxuto”
sentou e tratou, generosa... de cruzar as pernas. Pouco conversaram. Dr. Vasco
não estava à procura de confusão.
Veio a segunda, mulher alta, boa
figura, discreta, ar limpo, disse que tinha quarenta e sete anos,
desquitada há muito, e um filho de vinte e cinco, casado e com dois filhos.
Efigênia, seu nome, já tinha ouvido da
secretária que o primeiro mês seria experimental, como autoriza a lei, e se
fosse aprovada o salário era, no mínimo, cinquenta por cento acima da média,
mas, como dizia o anúnico, tinha que dormir em casa do patrão, porque era
sobretudo de manhã e à noite que ele precisava dos seus serviços.
Quando este a recebeu, gostou da
postura, explicou-lhe com alguns detalhes o que ela deveria fazer, incluindo
algo que parecendo estranho, ela que não se acanhasse: precisava que alguém lhe
esfregasse as costas com uma pomada própria, enquanto tomava banho, de imersão,
mas que não se preocupasse porque ele sempre envergava um calção. Se não
fizesse isso logo de manhã, tinha que pedir depois a alguém no escritório que o
fizesse o que não era o indicado e ainda ficava com a camisa manchada do medicamento.
Efigênia achou o caso meio insólito,
mas pareceu-lhe que nada havia de segundas intenções e aceitou o emprego.
Nesse mesmo dia, à hora combinada,
apareceu com uma pequena mala na casa onde ia trabalhar, e era aguardada.
O patrão mostrou-lhe a casa toda, que
não era pequena, explicou-lhe a vida que levava em casa, que era pouco tempo, a
maioria dele a ler o jornal, livros e um pouco de televisão com as notícias. De
manhã tomava banho às sete e meia, quando precisava do primeiro serviço. A
empregada, nos tempos livres, e sempre que quisesse poderia ligar a Tv, e fazer
o almoço e o jantar dela.
Jantar naquele dia para ele foi simples:
sanduiche e um copo de leite. A seguir, a rotina de ler um pouco, ouvir o
noticiário e cama.
No dia seguinte, Dr. Vasco enche a
banheira, veste um calçãozinho, pouco mais que sunga, coloca um banco ali bem ao lado e
já dentro de água chamou Efigênia para lhe vir esfregar as costas.
Veio, prestimosa, sentou-se no banco, o
patrão explicou-lhe como devia fazer e qual produto usar, inclinou-se para a
frente e ela foi esfregando com uma luva própria, as suas costas. O patrão
orientava-a, mais para cima, para o lado, para baixo, etc., até que tudo feito,
agradeceu e Efigênia se retirou.
Os dias passavam e a rotina era a
mesma. No fim do mês Dr. Vasco disse-lhe que estava muito satisfeito com o seu
trabalho e no dia seguinte a levaria ao escritório para legalizar o emprego,
com um salário ainda superior ao que lhe haviam falado.
Para Efigênia, o emprego era ideal. Não
gastava um tostão e amealhava praticamente tudo quanto lhe pagavam.
Agora tomavam o café da manhã e o
jantar juntos, coisa sempre de poucos minutos, e na sala também assistia à Tv
com o patrão, se bem que este só gostasse de ligá-la para o noticiário. Como
ela gostava das novelas, tinha outra, grande, no quarto e a maioria do tempo,
por lá se deixava estar.
Sempre o mesmo ritual da esfrega nas
costas que a dedicada empregada encarava como um qualquer outro serviço, mas não
podia deixar de apreciar o físico do patrão. Todos os dias a esfregar as costas
de um homem, coisa que ela não fazia desde...
Apesar da idade e do seu comportamento
ermitão, era ainda um belo homem, costas direitas, sem barriga, parecia
bastante saudável, e enquanto esfregava, acariciava e procurava afastar o
pensamento de fantasias.
Mas com a continuação... Passado pouco
mais de dois meses, um dia, certamente com propósito disfarçado, a empregada agitou
mais a água que lhe salpitou a bata.
- Ó! Doutor! Molhei-me toda! Com a sua
licença vou tirar a bata.
O doutor olhou para o lado para ver o
que tinha acontecido e já a empregada se despia, levemente molhada, ficando só
com de soutien e calcinha!
- O que foi que aconteceu, Efigênia?
- Molhei-me toda e ainda não acabei o
serviço. O senhor desculpe este à vontade, mas eu sei que não vai se importar.
O patrão mirou-a de cima a baixo,
devagar, apreciou, até gostou, e novamente inclinou as costas para que a
empregada continuasse o trabalho.
Quando acabou, em vez de se retirar,
Efigênia pegou no lençol de banho para o entregar ao patrão, ajudou-o a sair da
banheira, e ficaram de frente um para o outro! Ela passa-lhe o lençol pelas
costas e em vez de o fechar pela frente, encosta-se ao patrão.
- Dr. Vasco, estamos os dois aqui há
meses, solitários, parecemos dois prisioneiros de que? de nada, de vez em
quando olhamos um para o outro sem dizer palavra, e acho que qualquer de nós
ainda tem muito para dar. Porque estamos a fazer cerimônia, a fingir? Que
tal... ? Humm? E fez um gesto que mostrava bem o que estava a propor, enquanto
piscava um olho.
Dr. Vasco, Vasco, para os íntimos,
sentiu-se agarrado e encostado a uma mulher que ainda guardava um corpo
interessante e, o mais natural que poderia acontecer, ele estava a sentir que
acontecia. Bem como ela, que com isso não só se encostava mais como se
esfregava com vagar pelo homem em quem se amarrara.
- Não acha que está na hora de fazermos
uma brincadeirinha?
Com o lençol limpou os dois, desapertou
o soutien, baixou a sunga do patrão e viu que ele estava a aprontar-se para a
conveniente função, e não foi necessário qualquer conversa para se deitarem na
cama que ainda estava por fazer.
Efigência estava desquitada há mais de
quinze anos. Suspirava por homem mas não queria mais experiências de maridos.
Todos os dias a esfregar as costas de alguém que lhe parecia simpático, forte e
ainda com muito para dar, não se conteve.
O mesmo se passava com o patrão que
parecendo um triste e casto eremita, volta e meia dava uma olhava na mulher que
estava quase sempre a seu lado em casa. Mas nem pensar em abusar da situação.
Nesse dia não pensou nada, nem que ia
chegar tarde ao escritório. Efigênia resfolgava, agitava-se o quanto era capaz
e quando sentiu que tudo estava a correr muito bem, soltou um suspiro profundo
e na sua cara um sorriso pairou. Vasco, (creio que já tinha pensado que algum
dia... deixa de pensar nisso...) também há muito ausente destas lides, gozava com
o encontro e procurava não pensar em qualquer outra coisa. Esta primeira lide
não foi muito demorada, mas deixou os dois um tanto ofegantes, estendidos em
cima da cama.
Ela dizia-lhe “muito obrigado, doutor,
muito obrigado.” Ele com a respiração ofegante não lhe respondia.
Despertava para um sonho há muito quase
esquecido. Aliás despertavam os dois.
Demoraram mais um pouco quando o
telefone toca. Era do escritório. Estranharam a falta do patrão que disse estar
com um pouco de dor de cabeça e que só iria depois do almoço.
Deixaram-se ficar na cama, afagando-se
por mais um tempo, até que finalmente se levantaram e foram tomar outro banho.
Desta vez os dois juntos debaixo do chuveiro., cada um lavando o corpo do
outro, aproveitando o máximo que podiam de tal situação. Tinham reencontrado o
amor, mesmo só carnal, e não queriam perdê-lo. Foi o melhor chuveiro da vida de
ambos.
Já vestidos, cada um no seu lugar de
patrão e empregada, antes de sair, ele diz-lhe:
- Efigênia, a partir de hoje, se você
quiser, passa a dormir no quarto de hóspedes. É melhor continuarmos a dormir em
camas separadas, mas... pelo sim, pelo não, põe mais uma almofada na minha
cama!
- Muito bem. Até logo.
- É verdade, põe também duas na cama dos
hópedes!
Ao chegar ao escritório, o pessoal
preocupado à espera de o ver chegar com ar adoentado, entra um rapagão, que
parecia mais forte, e com cara sorridente.
Adélia:
- Estávamos preocupados com a sua
saúde, mas pelos vistos fez-lhe muito bem descansar um pouco mais. Além disso
só veio um telefonema, sem importância e de resto está tudo a correr
normalmente.
- É verdade. Agora sinto-me lindamente,
obrigado.
A esfrega nas costas continuou. Ele não
podia dispensar tal tratamento, só que as posições na banheira, daquelas
antigas, grandes, dava muito bem para os dois lá dentro. Passaram a ser
esfregas maravilhosas. Ambos dentro de água, ele sentado na frente dela, já nem
usava a sunga, e volta e meia encostava-se para trás naquele peito que tanto
apreciava, enquanto ela aproveitava a esfregar-lhe, além das costas, os braços
e o peito, isto quando a mão com a luva não descia até...
- Efigênia. Aí não!
O pessoal começou a notar que ao fim da
tarde o Dr. Vasco começava a dar mostras de impaciência, de querer ir embora
mais cedo, quando toda a vida ficava sempre mais uma a duas horas depois, mesmo
só, no escritório. Até já chegava mais tarde do que todos os outros.
“Não admira. Há tantos anos, deve estar
cansado”!
Estava, mas as razões eram outras, e a
vontade de comer logo aquele sanduiche ao jantar e a seguir nem ver tv nem nada
é que o faziam estar ansioso quando o dia chegava ao fim.
Chamou o tecnico de informática e
pediu-lhe para lhe comprar um aparelho, pequeno. Estava a pensar tirar férias
mas não podia perder o contato com o escritório.
Jonas, o tecnico, recomendou-lhe um
Tablet.
- Não faço ideia o que seja isso, mas
você sabe e vai-me ensinar a mexer nele.
O tempo passava e Efigênia, com uma boa
maquia em poupança, foi melhorando o seu guarda roupa, comprando roupa mais
condizente com a sua nova vida de, digamos, namorada (!) do Dr. Vasco, o que
ele logo notou e aprovou, e se transformou. Vestia-se com roupas baratas, mas
elegantes. Uma senhora com boa presença em qualquer parte.
- Vasco (já não era o doutor para quem dormia na mesma cama)
acho que não me deve pagar mais salário.
- Essa agora! Você é quem faz o serviço
todo da casa, trouxe um novo motivo para eu apreciar a vida, é justo que
continue a ter o seu dinheirinho. Além disso, não se esqueça que a continuar
assim vai ter uma aposentadoria do INSS. E mais: eu não tenho filhos nem
satisfações a dar a ninguém. Estou bem de vida, tenho um escritório que me dá
uma ótima renda, de modo, que em dinheiro, nesta casa não se fala mais.
Só mais uma coisa: vou juntar o pessoal
do escritório e passar para eles 50% do capital da sociedade. Se tudo continuar
bem, como até agora, entre nós, qualquer dia aposento-me também e vamos os dois
passear por esse mundo!
- Já está a ficar maluco, é? Ainda tão
novo e a pensar em aposentar-se?
- Porque não? Se eu der metade da
empresa aos funcionários, tenho a garantia de que tudo continuará a funcionar
perfeitamente.
Uns dias depois Dr. Vasco estava na
posse do tal Tablet. Jonas ensinou-lhe, rapidinho, o essencial, que era para
estabelecer ligação com o escritório e ainda lhe mostrou algo que o surpreendeu:
a possibilidade de fazer ótimas fotografias. Quis logo tirar a todos os
empregados juntos e a cada um isoladamente. Afinal esta era a sua família!
A rotina em casa estava toda alterada.
O jantar já não era aquela sanduiche insossa, mas um prato, mesmo leve que
Efigênia caprichava, um copo de vinho para cada um, enfim uma animação.
Depois um pouco de leitrura e de tv e,
sempre, deitar cedo.
Ia cada um para seu quarto, mas logo na
primeira noite Vasco quis ver se Efigênia estava bem instalada no novo quarto.
Estava. Ótima. Cama larga, uma bela janela com vista sobre a baía da Guanabara,
naquele belssimo apartamento no Flamengo, um largo sorriso e um gesto
significativo: abriu parte dos lençóis, deu uma palmadinha na cama, o que foi
claramente entendido.
- Sabe uma coisa? Nunca me deitei nesta
cama. É a primeira vez. E parece ser confortável.
- É ótima. E agora melhorou muito.
Abraçou-o e deu-lhe um beijo.
Vasco não podia estar com aventuras
mais profundas todos os dias. Faltava-lhe o treino. Mas com o que tinha economizado durante anos, aventurou-se e
numa segunda noitada.
Nunca mais dormiram sósinhos. Num
quarto ou no outro as camas sempre abrigavam os dois que mesmo não passassem de
um abraço, dormiam bem aconchegados.
Vieram férias, passearam, e pareciam
felizes.
Dois anos voaram. Vasco, que já tinha
passado 50% do escritório para o pessoal que se trabalhava bem agora era muito
melhor, sem nada dizer fez testamento, e pediu que o guardassem, selado, no
cofre do escritório.
- Adélia. Se eu morrer, o que acontece
com todo o mundo, você abre aquele envelope.
- Que disparate, Dr. Vasco. Porque
haveria de morrer?
- Por uma rzão extremamente simples:
estou vivo!
Todos riram, mas só ele sabia o
conteudo do envelope. Deixava mais 30% da empresa aos funcionários, e a
Efigênia os restantes 20% e todos os seus bens que eram o apartamento em que
viviam com todo o recheio, uns bons lotes de ações que o banco geria, a sua
conta bancária e pouco mais, mas que daria para que a “namorada” não tivesse mais
com que se preocupar com finanças.
As férias passaram a ser duas vezes por
ano. Correram Argentina, foram até Antártica, Chile e Perú, e pela Europa, sem
jamais esquecerem seguros de saúde, e vida, etc. Nisso, Vasco, era, também,
impecável. Já tinham idade suficente para não se poderem arriscar.
- Agora vamos à Suiça. À neve. Já
reservei tudo e vamos os dois aprender a esquiar!
- Que horror. Eu sei que não me aguento com aquilo mais de um minuto.
- Que horror. Eu sei que não me aguento com aquilo mais de um minuto.
- Nada disso. Tem lá professores e é
com um deles que vamos começar.
Uma maravilha. À volta do hotel tudo
branco, um ar frio mas que dava um prazer imenso a inspirar, o jantar perto da
lareira com aquele fondue de queijo e um belo vinho, sentiam-se perto do céu.
De manhã começam as aulas de ski.
Efigênia teve que ser amparada quase todo o tempo porque cada vez que a
largavam uma perna fugia para um lado, outra para o outro, muita vez um ski
passava por cima do outro, uma festa que a deixou estenuada.
À noite Vasco com todo ar aquele ar
fresco, animado, queria o aconchego da namorada. Mas esta com a surra que levou
durante o dia caíu em cima da cama, vestida quase com as botas e roncou até de
manhã.
Vasco desistiu de a fazer aprender, mas
ele não.
Ela ficava na varanda do hotel, gozava
aquela vista, sentia-se uma rainha e ele progredia no seu ski.
Passados alguns dias o professor
decidiu levar alguns deles, os mais preparados, para uma pequena descida. Uma
beleza.
- Agora estão prontos. Mas cautela.
Nada de grandes descidas porque pode ser perigoso.
Vasco estava encantado, e com a parceira
sempre descansada, quem passou as noites, ao ataque foi ele, no que ela
colaborava com um calor de derreter a neve ao redor! Na verdade, amavam-se.
No outro dia Vasco, já quase “mestre”,
volta aos seus skis. Desta vez tinha que ir mais longe. Sentia-se seguro. Subiu
o teleférico, apreciava o passeio e a vista, quanto mais acima mais grandiosa,
adorava respirar aquele ar puro e frio e estava feliz.
Começou a descida com cautela para não
se deixar embalar muito, mas o desporto é um vício. Um pouco mais de
velocidade, umas curvas que a amortece, o declive assentua-se, a velocidade
aumenta, um pequeno bosque de pinheiros por onde os mais experientes passavam
em velocidade fulminente, e ele, animado a segui-los, não consegue virar pelo
mesmo caminho com medo de se chocar com alguma árvore, desvia-se de todas e cai
num profundo penhasco.
Socorristas, helicópetro, o esquiador
não dava acordo de si. Levado ao hospital e avisada a mulher que para lá corre,
o estado dele é grave. Muito grave, já ligado a aparelhos.
Quando sentiu a mão de Efigênia afagar-lhe
a cabeça e cara, abre um pouco os olhos que mal conseguem ver a cara dela com
as lágrimas escorrendo:
- Meu amor. Obrigado por estes anos de felicidade
que você me deu.
Fechou os olhos. A cabeça caíu ao de
leve para o lado.
22/06/2014
Bonita história de amor? É conto mesmo ou história real?
ResponderExcluirEste conto dá um filme lindo!
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