O
que, afinal, tem mantido a humanidade neste globo apesar de todas as
calamidades da natureza e todas as falhas trágicas da humanidade, se não a fé
em novas possibilidades e coragem para as defender. Jane Adams (1860-1935)
Daesh, a Europa... e todos os outros
Um
horror o que aconteceu em Paris. E na Nigéria, onde a raça do Boko Haram já dizimou
mais de 2.000 inocentes e destruiu uma povoação inteira?
O
Estado Islâmico, o Daesh, atacou o Estado Francês. Mais evidente declaração de
guerra do que esta e as do Boko Haram, são difíceis de acontecer.
A
França faz parte da NATO. O Capitulo 5º diz “mais ou menos” que quando um país
for atacado do exterior, TODOS os membros da NATO têm obrigação de
ripostar, mas quando chega o momento de dar a cara... muitos saem de fininho.
Como?
Ficam só uns aviõezinhos que vão lá largar bombas? É brincadeira, e até agora
só serviu para a França desencalhar os Mirage que estiveram mais de vinte anos
sem vender um só. Agora são encomendas de todos os países árabes, sunitas, que
estão a ver que o Daesh não respeita nada, nem ninguém.
Os
EUA e a França já soltaram mais de 2.000 bombas. Uns soltam aqui, outros além,
lembra a história da “Guerra do Solnado”, mas a de 1906. A de 1908 era mais
acima. Mataram, certamente uns quantos terroristas e mais outros tantos civis,
mas no 9/11 morreram mais de 2 ou 3 mil e agora na França matar kafir virou quase hábito. Os franceses
eram todos “Charlie”, muito amigos dos muçulmanos, depois já não eram tanto,
agora estão afogados com ondas de refugiados, entre os quais, um deles,
participou deste último massacre!
Depois juntam-se cantam “La Marseillaise” ... « Aux
armes, citoyens! Formez vos bataillons! Marchons,
marchons »... mas quem forma bataillons, no terreno são os curdos !
A
Rússia solta uma bomba no Daesh e 500 nos inimigos do Bashar. A Turquia que
está “animadamente” a colaborar, também solta uma bombinha no Daesh e 500 sobre
o sofrido povo curdo. Ninguém vê, ninguém reclama, e ainda pensam que a Turquia
deva fazer parte da Europa.
Dizem
os “experts” que precisavam em primeiro lugar cortar o financiamento ao Daesh.
Ótima ideia!
Primeiro
têm que cortar o pescoço aos Irmãos Muçulmanos sauditas, e dizer ao rei daquela
banda que pare de lhes dar dinheiro (aí os tais irmãos derrubam a monarquia
saudita). Depois proibir (proibir tem até graça) o senhor Erdogan de comprar o
petróleo roubado da Síria, que passa todos os dias a fronteira, o gás, idem, o
algodão e o trigo, idem, idem. O cara vai deixar de comprar? Não vai.
Em
terceiro lugar apertar com os bancos TODOS para que deixem de transferir
dinheiro para aquela gangue. É evidente que se eles pararem com essas
transferências... no dia seguinte o banco sofre uma porção de assaltos,
sequestros, kamikazes, etc.
O
problema não parece fácil, mais ainda quando se sabe que os assassinos vivem
misturados com uma imensa população que lhes serve de escudo humano... Também
no final de II Guerra os americanos destruíram Dresden gratuitamente, matando
mais de 250.000 civis, outros tantos em Hiroshima e Nagazaki na solução
“encontrada” para acabar a guerra, praticamente somente civis... e Raqqah? (Nota:
depois deste texto escrito ele já bombardearam Raqqah)
A
França tem 4.000 indivíduos cujas fichas na polícia estão assinaladas com um
“S”, que significa que “deveriam estar a ser muito bem acompanhados”! Mas não
estão. Isso lembra a II Guerra Mundial. A França viu-se invadida e ocupada
pelos nazis, De Gaulle percebeu de imediato que o país não tinha a menor
condição de se opor ao fortíssimo invasor, fez a mala, fugiu para Inglaterra e
de lá comandou os valentes da Resistência, sempre que podiam limpavam o sarampo
aos colaboracionistas!
Esses
4.000 fichados que são potenciais inimigos da França, em contato permanente com
os “de gaulles” da Síria, deviam ser desde já encaixotados e mandados para um
Auschwitz qualquer, sem necessariamente ter fornos e câmaras de gás, mas guardá-los
em segurança máxima.
Não
como a “segurança máxima” do Brasil, de onde os prisioneiros fogem por túneis
ou até pela porta da frente, às vezes até de helicóptero, a polícia deixa
roubar mais de 1.000 armas por ano, o exército um pouco menos, uma tonelada de
explosivos foi levada “sem ninguém ter visto” das obras do túnel do metro, o
que não é para admirar porque também o lula jamais viu alguma coisa, nem
percebeu como ficou, ele, a família, os komerades e outros, bilionários. Não
viu nada, não ouviu nada, não falou nada. Parece que os japoneses têm três
macacos com uma boa imagem para isso!
Nem
o Saramago conseguiria imaginação para escrever um “ensaio sobre a cegueira do
Brasil”.
Ora
a NATO tem 28 países membros: Albânia, Alemanha, Bélgica, Bulgária, Canadá,
Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estados Unidos da América,
Estónia, França, Grécia, Holanda Hungria, Islândia, Itália, Letónia, Lituânia,
Luxemburgo Noruega, Polónia, Portugal, Reino Unido, Roménia, República Checa e
Turquia. A Rússia não faz parte, mas como não tarda a ter lá em Moscovo ou São
Petersburgo uns massacritos mais – já teve vários com os muçulmanos chechenos –
vai ter que se juntar à festa da NATO.
Se
cada país fizer uma forcinha e mandar uns quantos soldados para combaterem no
terreno, num instante se junta um exército de 15 ou 30.000 homens, e então sim,
o Daesh pode ficar de pernas cortadas. Mas para isso é fundamental que
colaborem, com soldados no chão, também os países árabes limítrofes, como,
sauditas, emirados, “catarinos e omanos”, kuatianos e iranianos para complicar
tudo.
O
problema é que a França deixará de vendar aviões, o Japão não venderá mais
Toyotas, a Rússia terá que fazer picolés com as Kalashnikov, e outros inocentes
países que vivem, bem, de vender armamento... entrariam em depressão!
E
então?
Esperar
que os franceses (mais os
belgas, os espanhóis e os portugas, e o resto dos europeus) sejam obrigados a
virar o nariz para Meca cinco vezes por dia e gritar “ allah hu akbar”?
E os curdos, como ficam? Eles que nem árabes
são, “levemente” islamizados (e talvez loucos para se livrarem disso), muitos
judeus e cristãos, que eram bem tratados na Síria, ficarão mais uma vez
enganados e desgraçados, como sempre, desde que foram vergonhosamente traídos
pelos franceses e ingleses no Tratado de Lausanne, que deram o maior bolo à
Turquia, uma parte à França ( o norte da hoje Síria, que era território curdo)
e à Inglaterra o Iraque com mais um “pouco” ao norte, curdo, onde estava o
petróleo que eles não estravam dispostos a perder.
O
Curdistão amavelmente distribuído pelos amigos de antanho!
Estão os curdos a lutar contra o Daesh à
espera de terem no final o reconhecimento de uma independência, mas...
Falar em Daesh sem mencionar a Somália, a
Nigéria, a Líbia e outras áreas nem sequer é diletantismo. É covardia.
Se mundo, chamado civilizado (??? o que
fabrica e vende armamento!!!) fala em acabar com o terrorismo, porque só chorar
as vítimas do 9/11, de Madrid, de Londres e Paris? E as do Quénia, Nigéria,
etc.? Terrorismo tem: Daesh, Al Shabaab, Al Qaeda de Boko Haram e na Líbia e...
Disse o grande Papa Francisco: “Isto que
aconteceu em Paris faz parte de III Guerra Mundial.”
Muita conversa dos políticos, muito discurso,
mas sobretudo muita covardia para enfrentar a sério, o inimigo que
cresce, cresce, cresce!
Mas...
Mas...
15/11/2015
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