quarta-feira, 30 de setembro de 2015




Reagan, os impostos e a falta de miolos


Em seu discurso de posse em 20 de janeiro de 1981, Ronald Reagan afirmou: "neste momento de crise, o governo não é a solução para os nossos problemas; o governo é o problema".
As políticas econômicas do presidente propuseram que o crescimento econômico iria ocorrer quando as taxas de imposto marginais fossem baixas o suficiente para estimular o investimento, que como resultado levaria a um aumento do crescimento econômico, aumento do emprego e dos salários.
É sabido que Reagan, que começou por ser um democrata logo passou para os Republicanos, e fez depois uma política de extrema direita, mas nunca esquecendo a frase básica em que responsabilizava o governo pela crise do país.
No Brasil essa frase veste como luva especial. Como diria o cefalópode, “nunca dantes neste país” o governo e asseclas, desgovernaram tanto, roubaram tanto e destruíram tanto!
Hoje lá na baixaria das “altas esferas” o que se discute, para uma redução do número de ministérios é qual partido fica mais ou menos beneficiado, porque a posse dum ministério é uma fonte renda monumental para o caixa 2.
E parece tão simples resolver o problema!
Simples, simples se... houvesse alguém, algum político, sem telhados de vidro, honesto e capaz. Mas mesmo procurando entre os milhares de “políticos” que sugam constantemente o país, não se vislumbra um, unzinho só, em quem se possa confiar e, ou, acreditar.
Estamos com os juros mais altos do mundo, como já escrevi, chegando a 500% o do cheque especial. Não existe planificação para coisa alguma, não se antevê saída da situação. A indústria reduziu a sua produção em mais de 7,5% no ano, a moeda desvalorizou 70% (bom para os exportadores, mas por fim, moeda de engano), a previsão do PIB, se para este ano é de 2,7 negativo, para 2016 as opiniões divergem, mas para continuar negativo.
Aumenta a inadimplência, caiu 20% a venda carros, o comércio encolheu já ninguém sabe quanto, mas todos os dias fecham lojas, os supermercados sentem a penúria dos consumidores, porque passaram a comprar géneros mais baratos, e muitas vezes em quantidades menores, e o total desgoverno insiste em aumentar impostos, negociar ministérios como se negociam sardinhas na lota dos pescadores, a madama faz discursos iguais a meninos mentecaptos e gagos, enfim um panorama apocalíptico.
Fazer o quê?
Se for capaz... e aqui reside o problema maior, de reduzir drasticamente as despesas públicas, sobretudo os custos sociais – o tal Bolsa Família que nada mais é do que o Bolsa Voto (salvo, naturalmente algumas exceções) – cortar as aposentadorias dos “meninos” que passam um mandato ou dois no congresso e ficam o resto da vida a mamar (como parece que Portugal acaba de fazer) – reduzir drasticamente os impostos – por exemplo os medicamentos que custam aqui até cinco vezes mais do que nos EUA, Argentina, Portugal e outros – vender todas as participações que a administração pública têm na atividade que devia ser privada, e que são cabides de empregos para os comparsas puxa-saco, reduzir os impostos, a SELIC, a taxa de juros básica do Banco do Brasil, se possível passasse a zero vírgula vinte e cinco, teria a vantagem de diminuir em 300 bilhões o custo anual da dívida do desgoverno, e ainda teria a de voltar a animar o comércio, porque com mais dinheiro nos bolsos do povo, o comércio anima toda a economia e com tudo isto o governo acaba por receber mais impostos. .
Simples, né?
Mas cadê o Super Homem para tomar essas decisões? Não há!
Resta-nos sonhar. Sonhar com o Salazar que arrumou a “Casa Portuguesa” em dois meses? Militares? Ninguém mais quer militares no comando, nem aqui nem internacionalmente. E era preciso encontrar um que fizesse o que era necessário (Por acaso eu conheço um, na reserva, jovem ainda, que quase de certeza seria capaz de arrumar a casa! Mas poucos o conhecem, e assim ninguém votaria nele!)
Não existem líderes. O único líder foi o sapo barbudo que liderou a legião de bandidos que assaltaram a máquina do Estado! Líderes para comandar o país... desconhecem-se, há é muitos que comandam gangues, movimentos de extrema esquerda, bagunceiros, destruidores, assassinos e quejandos.
E a Terra da Santa Cruz fica entregue às baratas à espera dum milagre.
 “Chorai com os que choram”, diz a Palavra de Deus. Haverá um tempo em que as pessoas enfrentarão dificuldades, situações que podem trazê-lhes aflição e lágrimas. O que fazer então? Devemos ter compaixão e compreensão, “chorar com os que choram.”

Para não desanimar muito, lembro aqui as palavras de Jane Addams, filósofa, feminista, pacifista e reformadora. EUA, 1860-1935:
“O que afinal tem mantido a passagem humana neste globo, apesar das calamidades da natureza e todas as trágicas falhas da humanidade, não é senão a fé em novas possibilidades e a coragem de as perseguir”.



29/09/2015

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