terça-feira, 7 de abril de 2015


PÁSCOA


Esta carta é para os filhos e netos e quem mais ache que vale a pena ler; devia tê-la escrito com mais uns dias de antecedência. Por uma ou outra razão não consegui.

A palavra Páscoa vem do hebraico Pesach, que significa libertação, quando os judeus começaram o Êxodo ao saírem do Egito.
No cristianismo Páscoa tem a mesma significação, ligada à Ressurreição de Jesus, no terceiro dia após a sua Crucificação e morte na Cruz.
Libertação, porque deste modo Jesus nos mostrou o caminho da libertação das coisas terrenas, fazendo-nos ver que o Caminho da Vida, está no Bem, na humildade, no perdão, para que todos os homens, e mulheres, se amem como irmãos.
Por isso a quaresma nos dá 40 dias para que meditemos sobre isso, e nos propõe ainda a Igreja que vivamos a Semana Santa com o propósito de nos elevarmos acima dos problemas do ego, da soberba, do egoísmo.
O Natal é a celebração do nascimento do Menino Jesus, que uniu e completou a Família de com Pais. Por isso a festa da família.
A Páscoa vai mais longe ao nos propor que olhemos bem dentro de nós, que façamos um profundo exame de consciência, pondo de lado aquilo que pensamos nos possa valorizar aos olhos dos outros e até de nós mesmos.
É o momento para que possamos compreender que quanto mais humildes mais perto estaremos da Paz.
Uma das cerimónias da Semana Santa é o Lava Pés. Porque? Para mostrar como Jesus nos mostrou a humildade, simples, a perdoarmos aos pecadores, sobretudo aos pecadores.
O Papa mais uma vez foi lavar os pés de presos, na cadeia, homens que pecaram gravemente para serem condenados.
Na medida em que perdoamos e esquecemos ficamos com a alma mais aliviada.
Desde tempo imemoriais, muito antes de Cristo ter estado entre nós, muitos homens sentiam já necessidade de meditar, de se isolarem do mundo que é feito de tentações.
Foram os ascetas, os eremitas, muitos que se refugiaram em conventos, outros se entregaram a pregar “aos pagãos” levando-lhes a Boa Nova, como fonte de Vida autêntica.
Sem jamais deixarmos de pensar em todos vocês, sempre na esperança que a vida vos traga mais felicidade, há estas épocas do ano que nos propõem que nos debrucemos mais e mais sobre os problemas do espírito.
Alguns de vocês estão longe, e isso, como sabem, nos custa muito.
A vida tem sido difícil, e é muito limitada em tempo. E esse tempo será sempre curto para olharmos bem dentro de nós e assim conseguirmos a mais e melhor nos dedicarmos e amarmos os outros.
Espero que ao lerem esta carta tenham, mais uma vez, a certeza de que, a todo o momento estamos a pensar em como seria bom estarmos todos juntos.

Estão. Dentro dos nossos corações.

Um comentário:

  1. Nas minhas pesquisas 'esbarrei' com o seu blog sobre a família La Rocque e fiquei encantada. Estou a compilar a genealogia do meu marido, João Ferraz Machado Lima, com proveniência dos Ferrraz de Prado, concelho de Vila Verde, Braga e verificamos que Rosa Albertina Teixeira de Mello, que casou com Jean Louis de La Rocque, é neta de um irmão (Manuel Lopes Ferraz) da antepassada de quem descende o meu marido (Grácia Lopes Ferraz). Gostava de saber se tem mais dados do que aqueles que publicou no seu blog sobre a família La Rocque (tem continua no texto mas não vi essa continuação). Moramos em Lisboa e o meu endereço de email é me.machadolima@gmail.com.
    Cumprimentos,
    Maria Emília Machado Lima

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