Demo e Teo Cracias – 1
No
tempo em que a linguagem era simples, sem acordos gramaticais e outras
complicaduras, rezavam os manuais políticos que havia três tipos de governo:
ditadura ou tirania, democracia e teocracia.
Hoje
com os pensamentos muito desenvolvidos (!), também se desenvolveu a nomeclatura
para definir os sub-produtos dos três sistemas iniciais, e assim encontramos
situações extremamente curiosas – o mais correto seria chamá-las de desastrosas
– como:
- Ditadura:
todas são trágicas, algumas trágico-cômicas como a do clã dos King Kongs na
Coreia do Norte onde até o corte de cabelo é obrigatório. Para se avaliarem as
ditaduras deveriam classificar-se pelo números de mortes – assassinatos –
cometidas contra opositores.
De
longe, em primeirissimo lugar, viria a do zé stalin soviete, com mais de doze
milhões, ex-aequo em segundo competiriam hitler e mao, depois a cambodgiana com
os Khmer Vermelhos de pol pot com mais uns muitos milhões, depois uns
mais branditos como a de pinochet, franco, mussolini e dos generais argentinos,
devendo aparecer em penúltimo lugar a dos generais brasileiros com pouco mais
de quatrocentos mortos, e por fim a salazarista. É evidente que sem esquecer a
cubana, sobretudo quando lá estava o pacifista guevara que todos os dias ia à
prisão fuzilar uns quantos presos... por prazer.
-
A seguir aparecem as Ditaduras da democracia ou ditaduras democráticas,
duas palavras de total antagonismo, mas que estão bem representadas em países
como a Rússia e Brasil, por exemplo. Em ambos se vota, o que pressupõe
democracia, mas no primeiro impera a ditadura kágebesca, militar, onde não se
prestam contas ao povo, os juízes são comandados pela sempre poderosa polícia
putinesca, e quem se atrever (ou já atreveu) a dizer que as obras em Sotchi
foram um escândalo de corrupção vai prá cadeia. Lugar estratégico, onde o filho
da Putina tem uma big mansão, ao lado da Abcássia e da Ossétia do Sul, que ele
já roubou à Geórgia e em frente da Crimeia que acaba de roubar também. Ditadura
democrática policial... e corrupta, ora pois.
No
Brasil tem algo semelhante: a Rússia tem a dança dos Cossacos, o Lago dos
Cisnes e outras, e o Brasil o Samba. Dançar dançam todos.
Na
Russia do putinesco imperial, ai de quem levantar a voz contra ele e seus
asseclas.
No
Brasil, muito mais liberal, levanta-se a voz contra tudo e contra todos, a
banditagem, corrupção, ladroagem, enriquecimento super ilícito, descarado apoio
do desgoverno a grupos de baderneiros, mas a ditadura do “pt”, os ptralhas,
tudo abafa, ninguém viu nada, nem ouviu nada, nem fala nada.
E
ainda se permitem tentar denegrir a imagem dum irrepreensível ministro do
Supremo Tribunal Federal, por ter condenado o alto escalão petralha, (devia
dizer a alta escória, mas...) sendo até, por elementos da gangue desgovernamental,
ameaçado de morte nas chamadas redes sociais da Internet!
A imagem do governo onde o futuro não chega
- Democracia
de um dono só”. Democracia é de
todas a mais rica em filologia, sem dúvida. Tem dezenas de sub-variantes, como
por exemplo em Angola, Guiné Equatorial e Zimbabué: onde o povo vota,
previamente os resultados já estão definidos mantendo indefinidamente os
“presidentes”; o da Guiné Equatorial e o
angolano competem para ver quem mais rouba dos seus países, ambos há 35 anos na
mamata, este com uma filhinha a mulher mais rica de toda a África, o outro, além
do genocídio
dos bubis, acumulou também uma fortuna de alguns bilhões de dólares, e na
outra banda o imorrível do Zimbabwe há 27 anos, com 90 de idade, semi-podre,
mas ai de quem o contrariar.
Este
tipo de democracia é que tem os mais verdadeiros slogans de propaganda: “Votem em
mim que eu quero que vocês se danem e a grana é minha”!
Há
mais deste tipo; por ora estes devem ser os campeões.
Democracias
Mentecaptas: há outras democracias muito curiosas também, sem
precisarmos ir muito longe: dois vizinhos são exemplo da mente capta dos homens, e mulheres, aqueles que votam: Venezuela e
Argentina. Venezuela, o oitavo país produtor/exportador de petróleo arruina-se,
e à população faltam alimentos e até papel higiénico! A Argentina, até tem um
pouco de petróleo, uma indústria razoável, muito turismo, uma agricultura e
pecuária onde tudo se produz do bom e do melhor, um povo com alto índice de
cultura. Há muitos anos estes dois países só “produzem” presidentes dementes e
assim se afundam..
- Democracias
Implodidas: as mais variadas são
aquelas com inúmeros partidos políticos, as mais divertidas para quem assiste,
de longe, à babilónia dos seus governos e parlamentos, onde ninguém se preocupa
com o país, mas como a individualidade de cada um dos seus componentes.
Resultado: cada vez mais países aflitos para manterem a cabeça fora de água,
mas sempre a meterem água. À maioria desses hoje vale-lhes o famosérrimo parlamento
europeu, o mais babilónico de todos, onde o virus corruptus parlamentarius reina soberano e ninguém mais parece querer
a União Europeia para coisa alguma.
Tem
muitas variantes de democracias e até, espantem-se os leitores, algumas
funcionam bem, anos-luz à frente de todos as outras que por terem criado
eleições se arrogam o direito de se dizerem democracias. As autêticas são as
nórdicas, que infelizmente não passam de meia dúzia. E por incrível que pareça
são monarquias democráticas! Imaginem se Carlos Magno ou o Luis XIV poderia
imaginar que isto um adia havia de acontecer!
E
a mais absurda forma de governo:
- Teocracia,
que foi a segunda a aparecer no mundo. Primeiro foi a liberdade total, com o
matriarcado a dominar, começando nos humanos com a Eva a dar uma maçã de
sacanagem ao Adão.
Teocracia,
segundo a etimologia significa, mais ou menos: “ou acreditas que eu te mato em
nome de Alá, ou não acreditas e eu te mato em nome de Alá”.
Depois
os homens, sempre maricas, cobardes, medrosos, perceberam que havia algo que os
ultrapassava – além das mulheres – por muito fortes e muito grandes os
exércitos que comandavam, a quem temiam e puseram o nome de deus, javé, alá,
braman, olorun, nzambi e até oxalá.
Então
encontraram uma fórmula para minimizar os efeitos da sua insignificante pessoa
e intitularam-se “deuses” dos seus povos, ou “rei pela graça de Deus”, “profeta
único”, iluminado”, “representante das vontades de Alá para matar os que não
vão no meu papo”, sacrificando, imolando os seus (pessoais) inimigos para
aplacar a cólera dos deuses, etc.
Fizeram
isso os mais antigos como hebreus, assírios, egípcios, maias, e muitos outros, como no Egito, Aquenáton, um grande
faraó que quis instituir uma religião monoteísta na tentativa de retirar o
poder político das mãos dos sacerdotes sem
se esquecer ele mesmo de ser o único representante e mediador dessa
divindade. Os sacerdotes era tudo gente fina: mandavam nos faraós e obrigavam o
povo a “fornecer-lhes” regularmente jovens virgens para ajudarem na “rezas” aos
deuses. Desculpem, às deusas. Uma farra. Como é evidente acabou assassinado por mando dos faraós...
destituidos.
Bem
mais tarde a asquerosa inquisição deixou uma mancha indelével na religião do
amor, mas nada se compara aos mais ferozes e persistentes que têm sido, desde o
primeiro momento, os extremistas. Todos os extremistas.
Basta,
por hoje, só este detalhe:
No Islã, uma pessoa que comete blasfêmia
pode ser morta ou crucificada, ou suas mãos e pés podem ser cortados, ou pode
ser exilada da terra.
O próprio Muhammad —uma vez declarou:
“quem amaldiçoa um profeta, matem-no” — ordenou a execução de muitas pessoas
simplesmente por criticar, questionar ou por chacota ao Corão.
Entre os mortos havia mulheres, tais
como Asma bint Marwan. De acordo com o primeiro biógrafo do profeta, depois de
Muhammad ter ouvido alguns dos poemas de Asma, retratou-a como um bandido
assassino e clamou pelo seu assassinato, exclamando:
“Ninguém irá me livrar desta mulher?”
Umayr, um zeloso muçulmano, decidiu executar os desejos do profeta. Uma noite entrou
em casa da escritora enquanto ela estava deitada dormindo rodeada por seus
filhos. Lá Umayr tirou-lhe o bebê que estava a mamar e mergulhou a espada na
poeta. Na manhã seguinte na mesquita, Muhammad, que estava ciente do
assassinato, disse, “você ajudou a Deus e seu apóstolo”, Umayr disse, que ela
tinha cinco filhos. “Devo me sentir culpado? “Não, respondeu o profeta. Matá-la
era tão importante quanto duas cabras batendo suas cabeças.”*
* - “Qu’ran, Hadith and Scholars: Muhammad and Mas Murderer”, WikiIslam, n.d., http://wikiislam.net/wiki/Qur%27an
-
Continua –
12/05/2014
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