Um Amigo
e Hospedeiro
Na
nossa tão falada, e escrita, ida a Angola no "Mussulo", ali fomos recebidos com
enorme entusiasmo e imenso carinho.
Um
dia depois de chegados a Luanda já aqueles amigos nos tiraram do barco, para
irmos dormir em camas boas, em terra, com todo o conforto, sobretudo aquele calor humano que os hospedeiros nos proporcionaram.
Calhou-me
como hospedeiro um jovem “sobrinho” da idade que teria o meu filho mais velho.
Além de um quarto, cama e a ótima companhia, foi o meu “cicerone” durante todo
o tempo que lá estive.
Acompanhou-me
na procura de algumas peças para o barco, a uma antiga fábrica, em Viana, onde
fomos para costurar a genoa, na compra de alimentos para o retorno do barco, a
visita (por fora) às casas onde habitei quando por lá vivi, sempre com uma serena vontade, um desejo de atender da melhor maneira
possível a alguma solicitação minha, que espero não tenha abusado da sua
extrema simpatia.
Foi um bom amigo,
novo “sobrinho”, que ganhei.
Quando lá voltei
dois anos depois para o lançamento do livro “Mussulo – Um Abraço à Vela”, lá
estava ele, que de imediato me levou para sua casa.
Sempre guardei uma
saudade grande do Rui Cristina¸ de quem fui acompanhando, infelizmente pouco,
a evolução da nova família e dos dois (?) filhotes lindos que arranjou.
Ainda tentei fazer
um retrato dele que penso lho mandei. Não fiz só um, mas dois, porque nenhum me
pareceu que tinha ficado bom.
Olho agora para
esses dois retratos, lembro bem dos momentos em que os captei. No primeiro,
“pousou” para a máquina fotográfica e no segundo “apanhei-o” em frente da TV,
muito interessado não sei em que desafio de futebol.
E está a custar-me
reter uma lágrima.
O meu pensamento vai
sobretudo para a nova família que arranjou, que abraço mesmo não conhecendo.
Que a vida lhes proporcione o que o Rui sempre terá desejado para ela.
Meu querido Amigo.
Descanse em Paz. Talvez um dia nos voltemos a encontrar.
04/07/2021
ABRAÇO, FRANCISCO.
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