No
país da loucura e do Sorriso
Na minha “inocência”, própria
da juventude na segunda ou terceira meninice, imagino que possivelmente a maior
parte da população mundial algum dia tenha desejado, ou sonhado, sair do seu
país e ir procurar algum Eldorado alhures. Mais sol ou mais frio, menos
impostos, salários mais condignos, mais estabilidade, mais liberdade, gente
mais afável, ou até a garota, ou o garoto, dos seus sonhos.
Houve uns que conseguiram, a
maioria ficou em casa a ver tv e a lastimar-se, e uma grande parte não
encontrou nas novas terras a concretização do talvez infantil ou inocente sonho
que o levou para longe.
Eu... fui um destes. Mas como
nada vem de graça, lutei, passei muitas vezes por um qualquer Lucifer que me
prometia o céu e me dava o inferno, mas, olhem, sobrevivi e penso que tanta
luta me fez mais forte, porque... porque ainda por aqui ando!
Ando num país que ainda não
se encontrou consigo mesmo! Desde há 500 anos, meio milénio, é espoliado,
esventrado, cobiçado, criticado e ofendido por ignorantes e invejosos, e agora
mais ainda pelas pandemias esquerdopata e heterofóbica, considerando mesmo a da
Covid algo passageiro (passageiro chato e perigoso que teima em não nos
largar), mas onde se encontra tudo aquilo que é inimaginável. O imaginável é
difícil de encontrar!
Vamos começar por analisar a
loucura, esquecendo, se possível isso fosse, a roubalheira de trilhões de
dólares dos governos anteriores que enriqueceram a mais absurda e idiota gente
deste país.
Ora bem, aqui ninguém deve,
por exemplo, entrar numa farmácia e comprar um qualquer medicamento, mesmo que
o medicamento seja ótimo, não falso (que os há), porque depois pode ter um
ataque de coração ou raiva, apesar dos impagáveis sensíveis e carinhosos
sorrisos que as funcionárias fazem (nas farmácias, nos correios, nos
supermercados, em todo o lado), mas porque se arrisca a constatar que em outra
qualquer farmácia (que as há de montão) o mesmo medicamento está com um preço
incrivelmente mais baixo!
Já falei nisto várias vezes,
já escrevi para os mentecaptos do ministério da saúde para que explicassem tais
absurdos, mas vou relatar só unzinhos destes últimos dias.
Gatunagem Nr. 1.- Começo por laboratórios de análises, que
é tudo a mesma pandilha.
O meu filho foi fazer umas
análises de sangue, aquelas bem simplinhas - hemograma, creatinina e VHS. Aqui
perto de casa há meia dúzia de laboratórios (distam no máximo 50 metros uns dos
outros!) e decidimos fazer uma prévia consulta para ver a “moral” do nêgossu.
Eis os preços das três análises:
Laboratório A – R
$ 72,00
“ B
– R $ 58,00
“ C – R $ 41,50
“ D
– R $ 22,80
O mais caro cobra só
3,16 vezes mais que um outro, ótimo também. Só a Creatinina variou de 5,40 a 25,00. Loucura,
né? É.
Absurdo nr. 2.- Mas as farmácias vivem num mundo de
manicómio. Manicómio bilionário, com o beneplácito dos, teóricos, órgão controladores.
A ANVISA – Agência Nacional
de Vigilância Sanitária – determina, regiamente, o preço mais alto porque
qualquer medicamento pode ser vendido, e depois indústrias e farmácias que se
avenham como quiserem, o que resulta em absurdos de tal forma incompreensíveis
como inexplicáveis.
Ontem um médico recomendou-me
um medicamento, a tomar duas vezes por dia e, pior, uso contínuo, i.é, até
bater a bota! Fui à primeira farmácia, o medicamento estava em falta, mas
custava SÓ, embalagem de 30 comprimidos, mais de $ 520,00 reais.
Isso mesmo, mais de 500 paus, porque me faziam, muito amavelmente 42% de
desconto!!! Felizmente estava em falta. A 20 metros de distância outra
farmácia, tinha a droga, um pouco mais barata: $499,90! Já dava um desconto de 46%!
Como precisava de duas embalagens por mês, estava fadado a gastar mil paus
por mês, grana que não tenho.
Disse à farmacêutica que ia
alugar uma pistola, fazer cálculos técnico financeiros e voltaria no dia
seguinte.
Em casa consultei a “amiga”
Internet.
O que foste descobrir??? Uma
farmácia, que só vende pela Internet fazia 92%
desconto!!!!!! Eu sei que há incrédulos em toda a parte, mas,
primeiro eu não tenho por hábito mentir (só às vezes!), e depois, para quem
quiser eu posso dar todas as informações para que possam constatar tamanha
animalidês.
Resultado, em vez de 1.000
reaisinhos por mês, gastei $164, e assim vou ficar bonzinho num instante. Dá
para acreditar? Se não dá eu provo a veracidade desta loucura. E tem que ser
depressa porque a continuar assim quem irá parar num manicómio sou eu.
Mas aqui isto é normal.
Medicamento de preço “oficial” de $ 70 compra-se, em qualquer lado por 25 a 30.
*****
Mídia - nr. 3.- Dizer que neste país existem órgãos de
informação, essa sim seria uma deslavada mentira. Existem jornais, rádios, tvs,
mas em nenhum se pode confiar, nem na política, nem nas informações da covdice.
Os números de infetados e
falecidos podem até estar certos, mas como o supremo tribunal federal
determinou que o combate ao vírus ficava por conta dos Estados e Municípios, a
roubalheira está muito mais dispersa e mais difícil de controlar.
O tal de supremo
tribunal federal deu uma ordem que a Constituição não o autoriza, visto
que isso seria da responsabilidade do governo executivo em acordo com os
estados.
Pois bem, hoje os tais órgãos
de desinformação berram aos 4 ventos que o Presidente é o maior genocida que
este país já teve, responsável por mais de 500 mil mortes, grande parte das
quais se sabe que não foi por Covid. Mas cada atestado afirmando que o Covid
matou, dá direito, obrigação, a que o governo federal mande uns quantos
milhares de $$$ para o departamento de saúde de onde saiu essa informação.
Assim nós temos um Presidente
“acusado” do genocídio de 500 mil brasileiros, caso único no mundo, porque
nenhum outro governante o presidente ou rei de outro país foi acusado de ter
matado alguém. Imaginem se agora no Reino Unido acusassem a imorrível Elisabet
II ou o despenteado PM de genocidas, porque já lá morreram mais de 128 mil, ou
o macronzinho com 111 mil?
Em todos os outros países as
pessoas morrem com o Covid. Aqui é o Presidente que as mata! Interessante.
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A inflação: em 1994 entrou nova moeda que veio dar
alguma, alguma, estabilidade à economia, Mas tem números muito curiosos (desastrosos)
que mostram como tudo isto está desencaixado.
Só um exemplo, petróleo e
gasolina, comparando os preços de 1996 e 2022.
Petróleo –
barril - 1996 - US$ 22,39 2022 - US$ 70,00 = 210%
Gasolina, Portugal, litro -
1996 -
€ 0,81 2022 - € 1,65 = 103%
(Portugal não tem petróleo!)
Gasolina, Brasil, litro - 1996 -
R$ 0,58 2022 - R$ 6,75 = 1.063 %
Produz 3 milhões de
barris/dia)
Bolívia: com 55 mil
barris/dia, a gasolina custa R$ 2,12!
Menos de 1/3 do Brasil!
É. Talvez o Eldorado seja lá.
Em 96 eu gastava R$ 35 reais para encher o tanque do meu carro. Hoje... mais de
$400! Vou-me queixar a quem?
Se eu ainda estivesse a
trabalhar e atualizassem o meu salário por esta inflação, hoje faria
concorrência ao Warren Buffet. Assim o máximo é tentar ir para um albergue do
governo!
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Moral da história: aqui anda tudo, e todos, loucos, mas fora
dos avacalhados da política, não há gente mais simpática, prestativa,
carinhosa.
As pessoas aqui sorriem umas
para as outras, as funcionárias de qualquer loja ou farmácia ou mesmo qualquer
pessoa que por acaso se encontre na rua ou numa fila para ser atendida num
hospital, sempre, sempre, têm um sorriso para quem está a seu lado, mostram
interesse na saúde do desconhecido, tratam-no por “meu bem” ou “amor”.
Ontem mesmo enquanto eu
aguardava ser atendido, várias senhoras, umas até com ar abatido se levantaram
para me oferecerem o lugar sentado (não aceitei nenhum).
A primeira
atendente que preencheu a documentação, quando perguntei onde assinar, mostrou
no documento e disse “aqui, meu bem”! E, quando eu ia a sair da clínica
ela me acenou como se fossemos amigos há cem anos.
Tem isto em Portugal? Na
Alemanha? Nos EUA? Na França?
Ainda tem em Angola, sim, e
em alguns outros países de África.
Lá onde ainda conseguem
sobreviver os humildes. Bem aventurados os humildes.
*****
Não encontrei o Eldorado. Mas
com todas estas vicissitudes encontrei um impagável calor humano.
Infelizmente o calor humano
não queima a malandragem!
E assim, continuamos nesta
infindável, eterna, luta do bem e do pior, que estas “caricaturas” mostram com
toda a clareza:
1ª. -
Os gastos do governo central com publicidade. Como a mídia não há-de fazer tudo
para o derrubar? Deturpar notícias, esconder as positivas, mentir, etc.?
10/07/2021
FRANCISCO, MAS ISSO AÍ É UM PARAÍSO DOS DIABOS! O DAQUI É FEITO DE GENTE SÉRIA, TÃO SÉRIA, QUE ATÉ SE MORRE DE RISO! ABRAÇO.
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