O Grande Humorista
Esta é a história de um humorista. Não é para rir, nem para
chorar. Só para ficarem conhecendo.
O humorista era, e parece que ainda é, um indivíduo que se
acha muito engraçado, e a quem até pagam para dizer todos os disparates que lhe
passem pela cabeça.
Além de humorista o sujeito é jornalista e comentador
político. Dose suficiente para cuspir hipotéticas piadas recheadas de ódio e
falsidade.
Nesta altura, quando uma grande parte das pessoas, livres, se
acham confinadas em casa, cansadas do isolamento, preocupadas com o maldito
vírus que lhes possa entrar em casa, ou na casa de algum amigo ou familiar, uma
boa piada, educada (é verdade, há piadas educadas) deve saber bem, para aliviar
a tensão do ambiente. Muita gente deve rir, mesmo só porque nada mais tem que
fazer, mas no fundo, quando pensa bem no que ouviu, ou leu, deve sentir-se
parente das hienas que não sabem de que riem.
Este tal humorista, há dias, num grande jornal, português, para
se fazer engraçado comparou o Salazar ao Hitler. E não é que até tem graça?
O Hitler declarou guerra a uma porção de países, invadiu,
conquistou, enlouqueceu, promoveu holocaustos em série, de judeus, ciganos,
homossexuais e outros, foi o causador de uns 60 milhões de mortes e deixou a
Alemanha arruinada.
Salazar bateu-se para que Portugal, e a Espanha, não entrassem
na guerra, lutou nas colónias contra grupos apoiados pela URSS, EUA, China,
envergonhou até o Kennedy e quando recebeu o Dean Rusk, deu-lhe uma aula de
história e política que o americano disse que se tinha sentido como criancinha,
e deixou o país com os cofres cheios!
É claro que Portugal tinha a PIDE que fez os seus estragos,
inaceitáveis, mas o país foi sempre avançando, porque havia ordem e disciplina,
e hoje com um parlamento de “estrangeiros” (porque o que menos lhes interessa é
Portugal) vive de chapéu na mão a esmolar à EU. A isto há até quem chame
democracia: tudo a dar ordens, a meter a mão na coisa pública, a partilhar
cargos de chorudos salários, e o país, o povo...
O curioso da comparação é o ter-me lembrado da minha adolescência
quando se perguntava a alguém: “Em que se parece o Hitler com o Mussolini?” e a
resposta, gaiata, brincalhona, era: “Ambos usam bigode exceto o Mussolini!”
Não tem graça, mas era uma piada dos anos 40, quando talvez os
pais do humorista não fossem sequer nascidos. Talvez.
E o humorista continua com a sua ciência histórica e diz que
tem pena que não se faça o museu do Salazar lá na terra onde nasceu, porque
gostaria de lá pôr um boneco de palha, no lugar de algum busto ou estátua do
homenageado.
Gostei da ideia, mas logo comecei a pensar no porquê da palha!
Não demorei muito a desvendar a intenção: o humorista, deve
estar com fome, e um fardo de palha seria uma refeição perfeita para quem não
consegue distinguir uma batata de um molho de palha.
Parece que em Portugal proliferam estes “humoristas”,
“futuristas”, e pedintes como Judas que precisou de trinta moedas para
atraiçoar o Mestre.
Como não podem bater na nomeklatura portuguesa, cospem raiva
sobre os que lhes não podem responder e sobre personalidades, que nada têm a
ver com Portugal, nem com as suas vidas, e que ofendem descaradamente,
mentindo, inventando falácias, convencidos que ao saírem às ruas vão ser
aplaudidos.
Não vão.
Um dia vão levar em cima todo o asco que vomitaram e tomara
que fossem continuar a contar, lá, longe, piadas sobre os governantes da Coreia
do Norte, da China, da Rússia, do Irão ou nos países árabes. Imaginem as
gargalhadas que eles dariam.
Aí é que eu queria ver quem é macho.
Eu só tenho umas pequeninas credenciais a apresentar:
- Em 1958, em Luanda, fui riscado da lista de eleitores porque
andava a fazer propaganda de Umberto Delgado.
- Nos anos 60 ainda em Luanda fiz parte de um grupo que num
pequeno programa de rádio nos insurgíamos contra as desigualdades.
- Há alguns anos, escrevendo no meu blog sobre passagens da
história de Portugal, fui ameaçado de morte, por um anónimo – evidente – a quem
não consegui responder porque o provedor tirou a ameaça do ar. Mas até lhe
tinha respondido para que marcasse data e local para nos encontrarmos.
Não imagino que ataque de raiva lhe terá dado, eu que tenho
divulgado interessantes cenas da nossa História.
(A propósito: também sou português mas, ás vezes chego a ter
vergonha de o confessar!)
E mais, humoristas, em Portugal, houve sim. Muitos e
magníficos: Solnado, Humberto Madeira, Vasco Santana, António Silva, Costinha e
tantos outros.
E no Brasil também: Jô Soares, Chico Anísio, Agildo Ribeiro,
etc.
Não lembro que insultassem presidentes de outros países. Até o
Artur Agostinho ia com frequência visitar o Salazar, convidado por este, para
que lhe contasse as piadas que corriam sobre ele.
Nas veias desses homens não corria raiva. Só graça.
Hoje parece que a situação se inverteu: em vez de graça corre
raiva, mentira e maledicência.
Quase me esquecia! O nome do grande humorista, grande jornalista
e sábio comentador político: Ricardo Araújo Pereira.
Do jornal “O Público”... como é habitual!
08/06/2020
BOA SOVA ESCRITA!
ResponderExcluirESTA BESTA DO RICARDO ARAÚJO PEREIRA É UM DOS FUNDADORES DO PARTIDO “BLOCO DE ESQUERDA” DE ORIENTAÇÃO TROTSKISTA! SÓ NÃO ENTENDO COMO É QUE AINDA HÁ DISTO POR CÁ!
UM DOS CULPADOS POR ESTA SITUAÇÃO FOI EL REI DOM MANUEL I, QUANDO, PARA OBEDECER AOS INQUISIDORES DO VATICANO, EXPULSOU UMA SÉRIE DE VALORES INTELECTUAIS, BEM INTEGRADOS NA NOSSA CULTURA!
AOM
Concordo consigo
ResponderExcluirInfelizmente os caras que votam no PCP , quase na totalidade abusam da demagogia....mas creio que nada benficiam pois os votantes não aumentam só conversa maldizente
ZM
E ainda não falou dos ANORMAIS que decapitam e estragam as estátuas ....
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