sexta-feira, 29 de maio de 2020





Presidente e Presidentes e Presid’Anta

Há poucos dias um sobrinho, amigo, português, que se compraz a fazer lá da Europa algumas críticas ao Presidente do Brasil, mandou-me uma frase “lapidar”: Quem não está ao nível do cargo que exerce... irá ser sempre gozado, o caso do Trump e do Bolsonaro.”
Meu caro, não sei se alguém consegue encontrar algum modo de comparar estes dois indivíduos, a menos que use comparar, por exemplo, levar um tapa na cara com ir ver um filme horrível, coisa de que ninguém gosta, mas pode dizer que se inserem no mesmo capítulo de “coisas de que eu não gosto”.
É fácil explicar: o Trump foi, toda a vida, um grande vigarista, fala barato, vive numa casa com as paredes forradas a ouro, faliu umas sete ou oito vezes, nunca pagou um cêntimo aos seus credores, juntou uma fortuna imensa, mas deve outro tanto. Então com base em informações sólidas podemos dizer que o tal sr. Trump é um vigarista, desonesto, etc., que odeia os mais fracos, latinos e negros, porque disso há provas, etc.
Mas de Bolsonaro nada disto lhe pode ser imputado. Pode não ser um gentleman, não deve um centavo a ninguém, nunca roubou, tem um linguajar demasiado “popular”, usando palavras que nós, simples mortais usamos todo o dia e quase a toda a hora, mas criticamos quando as ouvimos de outrem (como se algumas palavras fossem nossa propriedade!).
Há talvez uns de 30 anos vi na tv uma pequena reportagem sobre o Trump, e fixei esta passagem: “Tinha na altura uma fortuna avaliada em 20 ou 30 milhões de dólares, mas devia mais de 40!” Imaginei que esse sujeito não tardava a ser uma carta fora de qualquer baralho. Enganou todo o mundo, não pagou a ninguém, espionou e torpedeou as eleições e chegou a presidente dos EUA.
Um outro português, que anda metido na política há muitos anos, o sr. Marques Mendes, também disse há dias uma grande besteira: “O Bolsonaro é um imbecil.” Comentador de tv, propalou aos sete ventos uma grande inverdade e muita inguinorança.
O Presidente Bolsonaro não é, nem um pouco, imbecil. Usa uma linguagem rude, popular, e mais, erudita! Explico: volta e meia usa a palavra “merda”. Pois é.
Em 1220 o rei de Portugal, Dom Sancho I, ordenou a um rico-homem Dom Martim Pires da Maia, alferes-mor, que desse uma carta de povoamento aos moradores da freguesia de Navais (na Póvoa de Varzim) estipulando os foros e isenções. Por exemplo não pagavam coima exceto por rousso (raptar ou violentar uma mulher), homicídio ou merda na boca (meter excremento na boca de alguém, que também se escrevia merdimbuca), que era tão grave que Dom Dinis impôs a pena de morte para este crime.
Perguntinha infantil: o que tem saído da boca de alguns jornalistas, comentadores de tv, etc.? Merda.
Alguém deveria ser julgado por lhes ter metido isso na boca ou na cabeça. É só saber quem manda, quem paga a essa gente e depois chamar o grande Rei Dom Dinis.
Bolsonaro ainda não fez isso, mas usou uma palavra usada por reis!
Talvez um pouco desbocado, sobretudo porque tem a mídia mundial, incluindo a SIC (ligada à Globo onde o sr. Marques Mendes emite suas “doutas” opiniões) a todo o dia chafurdarem na vida dos seus familiares, chegando a afirmar que a avó da sua esposa, uma velhota, pobre, doente com Parkinson, era traficante, porque um dia, faz anos, foi apanhada com uns papelotes de cocaína (que vendia a 5 reais cada, para sobreviver num meio onde reina o tráfico), foi presa e pagou sua dívida para com a sociedade.
Ora, sr. Marques Mendes, o senhor que foi ministro diversas vezes, agraciado com uma condecoração toda bonita por ser compincha do Presidente Marcelo, vomita disparates aos microfones duma tv pertencente a um grupo de milionários que prefere mentir para agradar à escumalha esquerdista do que enfrentar a verdade, com ar de grand seigneur que nem a passagem pela Universidade de Coimbra lhe conferiu e, com toda a proteção da covardia chamar imbecil a um homem que enfrentou a roubalheira e o esquerdismo destrutivo, é um demonstrativo, indiscutível, da sua pequenez.
Pequenez como homem, como político e como comentador.
Todos sabem, e o sr. Marques Mendes também, que há dois tipos ou sistemas de governação: presidencialismo (Brasil, França, USA...) e parlamentarismo (Portugal, Reino Unido, Espanha...)
Ambos têm vantagens como desvantagens.
No primeiro caso o chefe do Poder Executivo é o presidente, que é eleito pelo povo por meio do voto direto ou indireto, no caso do Brasil quase 58 milhões de votos ao senhor a quem um português, chamou de imbecil.
No parlamentarismo, o chefe do Poder Executivo é o primeiro-ministro, que é escolhido pelos membros do Poder Legislativo.
Vamos ver um pouco melhor: no Brasil há 33 partidos políticos registrados. Não fica difícil imaginar o que seria por aqui um parlamentarismo, todos a venderem-se para se coligarem e governar, de modo que por enquanto parece difícil alterar o status quo.
Em Portugal há menos de uma dúzia de partidos com alguma expressão, mas o grupo centrista, apesar de ter sido o mais votado, não soube entender-se com o que lhe estava mais próximo e o governo caiu nas mãos dos mais vivaços, esquerdistas.
O parlamentarismo transforma os presidentes das repúblicas e/ou monarquias em uma espécie de rainha de Inglaterra, que tudo quanto lhe cabe fazer, além de trocar aqueles chapéus horríveis, é dar o seu beneplácito a quem o parlamento manda. Palhaçada, inútil.
O mesmo se passa em Portugal onde, ao PR pouco mais sobra para fazer do que se mostrar de cuecas no supermercado, ir à praia sem seguranças, etc. Também seguranças para quê? Ninguém se preocupa com inutilidades constitucionais.
E em Espanha? Alguém acredita que o rei Filipe é comunista? Certamente que não. Mas, teórico chefe de estado, sem quaisquer poderes, está a ver o seu (seu???) país a ser destruído pelos anarquistas bolcheviques, de mãos atadas, e só a aparecer em festas de caridade!
O mesmo acontece em outros países porque é nos parlamentos onde se criam as maiores sujeiras e desgraças, os arranjinhos, traições, corrupção moral ou financeira. Cadê a chamada “oposição” e a luta pela ética?
Chama-se isto democracia? Impossível.
Democracia foi uma palavra inventada pelos gregos para que os mais ricos e importantes pudessem governar em nome do povo!
Voltemos à frase do meu sobrinho: Quem não está ao nível do cargo que exerce...
Quem está? O PR de Portugal que nada faz, nem pode fazer? A rainha de Inglaterra ou Boris Johnson?
Macron a viver debaixo das saias da Merkel? António Costa e seus sequazes? Pedro Sanchez em Madrid? Giuseppe Conte na Itália? Os de tristes saudades Zédu ou o Samora?
Em outras bandas vemos o senhor Xi Jinping a tomar conta do mundo, Putin a fingir que é amigo dele, e o Kim Jong Un a brincar com foguetes atómicos deixando o povo morrer de fome.
Há, felizmente alguém ainda a quem se possa tirar um pouco o chapéu, e quem ainda há pouco os portugueses atacavam: a senhora Merkel, mesmo vendo a transformação da Alemanha em Germanistão?
Meu querido sobrinho, de que guardo o nome (evidente) ninguém está preparado para dirigir qualquer país, assim como não ninguém preparado para dirigir a Igreja Católica. Ainda mais difícil.
São muitos, muitos os interesses em questão, os galões adquiridos e que não se querem perder.
Portanto só existe uma solução: escolher aquele que menos mal possa fazer ao país. No caso do Brasil interrompeu-se mais de duas décadas de infiltração e estruturação anarco-bolchevista, de ladroagem duma imensidão incalculável, da total corrupção das estruturas do Estado – Legislativo, Judiciário e Executivo – com um homem de coragem, que até sofreu tentativa de assassinato.
E tão podres continuam algumas instituições que ainda não se revelou quem subsidiou e mandou matar o candidato Bolsonaro, assim como não se revelou, apesar de nisso se falar à boca cheia, quem assassinou ou mandou assassinar o prefeito de Santo André. O prefeito era do PT, mas em desacordo com a roubalheira institucionalizada. Ia “botar a boca no trombone”. Foi sequestrado e o corpo apareceu dois dias depois com onze tiros! Isto foi em 2002. Daqui a dois anos o caso prescreve e não se fala mais nisso. Quem o mandou matar tinha poder para calar a boca da polícia e dos tribunais e ainda por aí está rindo como uma hiena. O próprio PT. E quem era o chefe daquilo?
Após a morte de Celso Daniel foram assassinadas sete outras pessoas, todas em situações misteriosas:
Dionísio Aquino Severo – sequestrador de Celso Daniel e uma das principais testemunhas no caso. Uma facção rival o matou três meses após o crime.
Sérgio ‘Orelha’ – escondeu Dionísio em casa após o sequestro. Fuzilado em novembro de 2002.
Otávio Mercier – investigador da Polícia Civil. Telefonou para Dionísio na véspera da morte de Daniel. Morto a tiros em sua casa.
Antonio Palácio de Oliveira - O garçom que serviu Celso Daniel na noite do crime pouco antes do sequestro. Em fevereiro de 2003.
Paulo Henrique Brito - Testemunhou a morte do garçom. Levou um tiro, 20 dias depois.
Iran Moraes Redua - O agente funerário que reconheceu o corpo do prefeito jogado na estrada e que chamou a polícia em Juquitiba, morreu com dois tiros em novembro de 2004.
Carlos Delmonte Printes - Legista que atestou marcas de tortura no cadáver de Celso Daniel, foi encontrado morto em seu escritório em São Paulo, em 12 de outubro de 2005.
Um dos promotores do caso mostrou ao menor que alegou ter atirado no prefeito, uma foto de Celso Daniel. Este não conseguiu reconhecer a pessoa na foto, sendo posta em dúvida a hipótese de ele ter sido o autor dos disparos que vitimaram Celso Daniel.
A família pressionou as autoridades para que o caso da morte do prefeito fosse reaberto.
Em agosto de 2010 a promotora Eliana Vendramini, responsável pela investigação e denúncia que apurava o assassinato do ex-prefeito Celso Daniel, sofreu um acidente automobilístico em uma via expressa de São Paulo. O veículo blindado e conduzido pela promotora capotou três vezes após ser repetidamente atingido por outro automóvel, que fugiu sem prestar socorro.
Este era o método democrático do PT.
Só me falta uma palavrinha sobre o caso da Presid’Anta.
Para quem não conhece bem nem a fauna nem a gíria brasileira, “anta” é um belo animal, também conhecido como “tapir” que vive na metade norte do Brasil.
É muito comum quando uma pessoa quer insultar outra pela falta de inteligência, chamar-lhe de anta.
Essa expressão popular tem origem no período gestacional da anta ser de 13-14 meses, que se assemelha ao do burro e ter a visão prejudicada, em razão de ter olhos pequenos que não enxergam bem. Por isso parecem desastradas. As antas.
Mamãe anta e seu lindo filhote

Do mesmo modo, em Portugal, se chama burro a alguém menos dotado, mas o burro é um animal maravilhoso. Inteligente e cheio de personalidade. Mais do que alguns jornalistas e comentadores que se vendem barato.
Por aqui, um dia, elegeu-se uma das mais tristes anedotas de toda a história deste país, uma mulher, que logo de entrada impôs ser chamada de PresidentA, e em sequência as gerentas, sargentas, tenentas, etc., e com tanta calinada e bebedeiras de notoriedade pública, acabou por ser chamada de Presid’Anta.
Continuam a ser duma comicidade extraordinária os seus pronunciamentos, como fez em 2015 na ONU, dizendo que era preciso estocar o vento, uma forma de energia barata!
Moral da história:
1.- Quem está ao nível do cargo de presidente, por esse mundo, nos seus 193 países? Bem pesquisado... talvez meia dúzia onde a desgraça da civilização ainda não chegou!
2.- Qual o sistema de governo que pode ser menos corrompido e mais estável: presidencialismo ou parlamentarismo?
3.- Presid’Antas... nunca mais. Por favor.
Para que não haja dúvida sobre a “merda”, vejam o que diz a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira:


26/05/2020

3 comentários:

  1. POR FALAR EM MERDA... ATÉ TEMOS «AQUELE GAJO É UM MERDAS». DÊ-LHES, FRANCISCO! O "PEQUENINO" MUITO GOSTA DE ANDAR A MAMAR AO COLO DE AMAS DE LEITE! ABRAÇO.

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  2. Caro Francisco:
    O botão dos comentários emigrou e escapou-me da vista. Portanto, vai por aqui

    Comentário aow «PRESIDENTES»:
    Há muito quem se esqueça de que as pessoas são como são e não como nós gostaríamos que elas fossem. Quando se trata de alguém no exercício de cargos públicas, a frase transforma-se em «Há muito quem se esqueça de que as pessoas são como são e não como nós queremos que elas sejam.»
    Ser «dono» da História exigindo que ela se molde à sua própria vontade é vício de comentador com propensão a ditador.
    De momento, a «inteligentzia moderna», internacionalista e esquerdina, está apostada em derrubar Bolsonaro para que os seus companheiros de estrada possam repor a mão no erário brasileiro, gerirem a Amazónia a seu bel-prazer, destruirem a produção agro-pecuária para deixarem o mercado mundial livre para quem financia esses lobbies, ou seja, destruir o Brasil para que as suas riquezas sejam devoradas por estrangeiros.
    Para esses lobbieis, discursos nacionalistas n~´ao interessam NADA, há que os derrubar.
    Mas talvez fosse bom que Bolsonaro se entretivesse mais portas adentro do Planalta e menos nas ruas.
    Abraço,
    Henrique

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