Presidente e Presidentes e Presid’Anta
Há poucos dias um sobrinho, amigo, português, que se compraz a
fazer lá da Europa algumas críticas ao Presidente do Brasil, mandou-me uma
frase “lapidar”: Quem não está ao nível do cargo que exerce... irá ser
sempre gozado, o caso do Trump e do Bolsonaro.”
Meu caro, não sei se alguém consegue encontrar algum modo de
comparar estes dois indivíduos, a menos que use comparar, por exemplo, levar um
tapa na cara com ir ver um filme horrível, coisa de que ninguém gosta, mas pode
dizer que se inserem no mesmo capítulo de “coisas de que eu não gosto”.
É fácil explicar: o Trump foi, toda a vida, um grande
vigarista, fala barato, vive numa casa com as paredes forradas a ouro, faliu
umas sete ou oito vezes, nunca pagou um cêntimo aos seus credores, juntou uma
fortuna imensa, mas deve outro tanto. Então com base em informações sólidas
podemos dizer que o tal sr. Trump é um vigarista, desonesto, etc., que odeia os
mais fracos, latinos e negros, porque disso há provas, etc.
Mas de Bolsonaro nada disto lhe pode ser imputado. Pode não
ser um gentleman, não deve um centavo a ninguém, nunca roubou, tem um
linguajar demasiado “popular”, usando palavras que nós, simples mortais usamos
todo o dia e quase a toda a hora, mas criticamos quando as ouvimos de outrem
(como se algumas palavras fossem nossa propriedade!).
Há talvez uns de 30 anos vi na tv uma pequena reportagem sobre
o Trump, e fixei esta passagem: “Tinha na altura uma fortuna avaliada em 20
ou 30 milhões de dólares, mas devia mais de 40!” Imaginei que esse sujeito
não tardava a ser uma carta fora de qualquer baralho. Enganou todo o mundo, não
pagou a ninguém, espionou e torpedeou as eleições e chegou a presidente dos
EUA.
Um outro português, que anda metido na política há muitos
anos, o sr. Marques Mendes, também disse há dias uma grande besteira: “O
Bolsonaro é um imbecil.” Comentador de tv, propalou aos sete ventos uma
grande inverdade e muita inguinorança.
O Presidente Bolsonaro não é, nem um pouco, imbecil. Usa uma
linguagem rude, popular, e mais, erudita! Explico: volta e meia usa a palavra
“merda”. Pois é.
Em 1220 o rei de Portugal, Dom Sancho I, ordenou a um
rico-homem Dom Martim Pires da Maia, alferes-mor, que desse uma carta de
povoamento aos moradores da freguesia de Navais (na Póvoa de Varzim)
estipulando os foros e isenções. Por exemplo não pagavam coima exceto por
rousso (raptar ou violentar uma mulher), homicídio ou merda na boca (meter
excremento na boca de alguém, que também se escrevia merdimbuca), que
era tão grave que Dom Dinis impôs a pena de morte para este crime.
Perguntinha infantil: o que tem saído da boca de alguns jornalistas,
comentadores de tv, etc.? Merda.
Alguém deveria ser julgado por lhes ter metido isso na boca ou
na cabeça. É só saber quem manda, quem paga a essa gente e depois chamar o
grande Rei Dom Dinis.
Bolsonaro ainda não fez isso, mas usou uma palavra usada por
reis!
Talvez um pouco desbocado, sobretudo porque tem a mídia
mundial, incluindo a SIC (ligada à Globo onde o sr. Marques Mendes emite suas “doutas”
opiniões) a todo o dia chafurdarem na vida dos seus familiares, chegando a afirmar
que a avó da sua esposa, uma velhota, pobre, doente com Parkinson, era
traficante, porque um dia, faz anos, foi apanhada com uns papelotes de cocaína
(que vendia a 5 reais cada, para sobreviver num meio onde reina o tráfico), foi
presa e pagou sua dívida para com a sociedade.
Ora, sr. Marques Mendes, o senhor que foi ministro
diversas vezes, agraciado com uma condecoração toda bonita por ser compincha do
Presidente Marcelo, vomita disparates aos microfones duma tv pertencente a um
grupo de milionários que prefere mentir para agradar à escumalha esquerdista do
que enfrentar a verdade, com ar de grand seigneur que nem a passagem
pela Universidade de Coimbra lhe conferiu e, com toda a proteção da covardia
chamar imbecil a um homem que enfrentou a roubalheira e o esquerdismo
destrutivo, é um demonstrativo, indiscutível, da sua pequenez.
Pequenez como homem, como político e como
comentador.
Todos sabem, e o sr. Marques Mendes também, que há
dois tipos ou sistemas de governação: presidencialismo (Brasil, França, USA...)
e parlamentarismo (Portugal, Reino Unido, Espanha...)
Ambos têm vantagens como desvantagens.
No primeiro caso o chefe do Poder Executivo é o
presidente, que é eleito pelo povo por meio do voto direto ou indireto, no caso
do Brasil quase 58 milhões de votos ao senhor a quem um português, chamou de
imbecil.
No parlamentarismo, o chefe do Poder Executivo é o primeiro-ministro,
que é escolhido pelos membros do Poder Legislativo.
Vamos ver um pouco melhor: no Brasil há 33 partidos políticos
registrados. Não fica difícil imaginar o que seria por aqui um parlamentarismo,
todos a venderem-se para se coligarem e governar, de modo que por enquanto
parece difícil alterar o status quo.
Em Portugal há menos de uma dúzia de partidos com alguma expressão, mas
o grupo centrista, apesar de ter sido o mais votado, não soube entender-se com o
que lhe estava mais próximo e o governo caiu nas mãos dos mais vivaços,
esquerdistas.
O parlamentarismo transforma os presidentes das repúblicas e/ou
monarquias em uma espécie de rainha de Inglaterra, que tudo quanto lhe cabe
fazer, além de trocar aqueles chapéus horríveis, é dar o seu beneplácito a quem
o parlamento manda. Palhaçada, inútil.
O mesmo se passa em Portugal onde, ao PR pouco mais sobra para fazer do
que se mostrar de cuecas no supermercado, ir à praia sem seguranças, etc.
Também seguranças para quê? Ninguém se preocupa com inutilidades constitucionais.
E em Espanha? Alguém acredita que o rei Filipe é comunista? Certamente
que não. Mas, teórico chefe de estado, sem quaisquer poderes, está a ver o seu
(seu???) país a ser destruído pelos anarquistas bolcheviques, de mãos atadas, e
só a aparecer em festas de caridade!
O mesmo acontece em outros países porque é nos parlamentos onde se criam
as maiores sujeiras e desgraças, os arranjinhos, traições, corrupção moral ou
financeira. Cadê a chamada “oposição” e a luta pela ética?
Chama-se isto democracia? Impossível.
Democracia foi uma palavra inventada pelos gregos para que os mais ricos
e importantes pudessem governar em nome do povo!
Voltemos à frase do meu sobrinho: Quem não está ao nível do
cargo que exerce...
Quem está? O PR de Portugal que nada faz, nem pode
fazer? A rainha de Inglaterra ou Boris Johnson?
Macron a viver debaixo das saias da Merkel? António
Costa e seus sequazes? Pedro Sanchez em Madrid? Giuseppe Conte na Itália? Os de
tristes saudades Zédu ou o Samora?
Em outras bandas vemos o senhor Xi Jinping a tomar
conta do mundo, Putin a fingir que é amigo dele, e o Kim Jong Un a brincar com
foguetes atómicos deixando o povo morrer de fome.
Há, felizmente alguém ainda a quem se possa tirar
um pouco o chapéu, e quem ainda há pouco os portugueses atacavam: a senhora
Merkel, mesmo vendo a transformação da Alemanha em Germanistão?
Meu querido sobrinho, de que guardo o nome
(evidente) ninguém está preparado para dirigir qualquer país, assim como não
ninguém preparado para dirigir a Igreja Católica. Ainda mais difícil.
São muitos, muitos os interesses em questão, os
galões adquiridos e que não se querem perder.
Portanto só existe uma solução: escolher aquele
que menos mal possa fazer ao país. No caso do Brasil interrompeu-se mais de
duas décadas de infiltração e estruturação anarco-bolchevista, de ladroagem
duma imensidão incalculável, da total corrupção das estruturas do Estado –
Legislativo, Judiciário e Executivo – com um homem de coragem, que até sofreu
tentativa de assassinato.
E tão podres continuam algumas instituições que
ainda não se revelou quem subsidiou e mandou matar o candidato Bolsonaro, assim
como não se revelou, apesar de nisso se falar à boca cheia, quem assassinou ou
mandou assassinar o prefeito de Santo André. O prefeito era do PT, mas em
desacordo com a roubalheira institucionalizada. Ia “botar a boca no trombone”.
Foi sequestrado e o corpo apareceu dois dias depois com onze tiros! Isto foi em
2002. Daqui a dois anos o caso prescreve e não se fala mais nisso. Quem o
mandou matar tinha poder para calar a boca da polícia e dos tribunais e ainda
por aí está rindo como uma hiena. O próprio PT. E quem era o chefe daquilo?
Após a morte de Celso Daniel foram
assassinadas sete outras pessoas, todas em situações misteriosas:
Dionísio Aquino Severo – sequestrador
de Celso Daniel e uma das principais testemunhas no caso. Uma facção rival o
matou três meses após o crime.
Sérgio ‘Orelha’ – escondeu Dionísio
em casa após o sequestro. Fuzilado em novembro de 2002.
Otávio Mercier – investigador da
Polícia Civil. Telefonou para Dionísio na véspera da morte de Daniel. Morto a
tiros em sua casa.
Antonio Palácio de Oliveira - O
garçom que serviu Celso Daniel na noite do crime pouco antes do sequestro. Em
fevereiro de 2003.
Paulo Henrique Brito - Testemunhou a
morte do garçom. Levou um tiro, 20 dias depois.
Iran Moraes Redua - O agente
funerário que reconheceu o corpo do prefeito jogado na estrada e que chamou a
polícia em Juquitiba, morreu com dois tiros em novembro de 2004.
Carlos Delmonte Printes - Legista que
atestou marcas de tortura no cadáver de Celso Daniel, foi encontrado morto em
seu escritório em São Paulo, em 12 de outubro de 2005.
Um dos promotores do caso
mostrou ao menor que alegou ter atirado no prefeito, uma foto de Celso Daniel.
Este não conseguiu reconhecer a pessoa na foto, sendo posta em dúvida a
hipótese de ele ter sido o autor dos disparos que vitimaram Celso Daniel.
A família pressionou as autoridades
para que o caso da morte do prefeito fosse reaberto.
Em agosto de 2010 a promotora Eliana
Vendramini, responsável pela investigação e denúncia que apurava o assassinato
do ex-prefeito Celso Daniel, sofreu um acidente automobilístico em uma via
expressa de São Paulo. O veículo blindado e conduzido pela promotora capotou
três vezes após ser repetidamente atingido por outro automóvel, que fugiu sem
prestar socorro.
Este era o método democrático do PT.
Só me falta uma palavrinha sobre o caso da
Presid’Anta.
Para quem não conhece bem nem a fauna nem a gíria brasileira, “anta” é
um belo animal, também conhecido como “tapir” que vive na metade norte do Brasil.
É muito
comum quando uma pessoa quer insultar outra pela falta de inteligência, chamar-lhe
de anta.
Essa expressão
popular tem origem no período gestacional da anta ser de 13-14 meses, que se
assemelha ao do burro e ter a visão prejudicada, em razão de ter olhos pequenos
que não enxergam bem. Por isso parecem desastradas. As antas.
Mamãe anta e seu lindo filhote
Do mesmo modo, em Portugal, se chama burro a
alguém menos dotado, mas o burro é um animal maravilhoso. Inteligente e cheio
de personalidade. Mais do que alguns jornalistas e comentadores que se vendem
barato.
Por aqui, um dia, elegeu-se uma das mais tristes
anedotas de toda a história deste país, uma mulher, que logo de entrada impôs
ser chamada de PresidentA, e em sequência as gerentas, sargentas, tenentas,
etc., e com tanta calinada e bebedeiras de notoriedade pública, acabou por ser
chamada de Presid’Anta.
Continuam a ser duma comicidade extraordinária os
seus pronunciamentos, como fez em 2015 na ONU, dizendo que era preciso estocar
o vento, uma forma de energia barata!
Moral da história:
1.- Quem está ao nível do cargo de presidente, por
esse mundo, nos seus 193 países? Bem pesquisado... talvez meia dúzia onde a
desgraça da civilização ainda não chegou!
2.- Qual o sistema de governo que pode ser menos
corrompido e mais estável: presidencialismo ou parlamentarismo?
3.- Presid’Antas... nunca mais. Por favor.
Para que não haja dúvida sobre a “merda”, vejam o que
diz a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira:
26/05/2020
POR FALAR EM MERDA... ATÉ TEMOS «AQUELE GAJO É UM MERDAS». DÊ-LHES, FRANCISCO! O "PEQUENINO" MUITO GOSTA DE ANDAR A MAMAR AO COLO DE AMAS DE LEITE! ABRAÇO.
ResponderExcluirSó o tal "peuqenino" é não sabe o que é !!!!
ExcluirCaro Francisco:
ResponderExcluirO botão dos comentários emigrou e escapou-me da vista. Portanto, vai por aqui
Comentário aow «PRESIDENTES»:
Há muito quem se esqueça de que as pessoas são como são e não como nós gostaríamos que elas fossem. Quando se trata de alguém no exercício de cargos públicas, a frase transforma-se em «Há muito quem se esqueça de que as pessoas são como são e não como nós queremos que elas sejam.»
Ser «dono» da História exigindo que ela se molde à sua própria vontade é vício de comentador com propensão a ditador.
De momento, a «inteligentzia moderna», internacionalista e esquerdina, está apostada em derrubar Bolsonaro para que os seus companheiros de estrada possam repor a mão no erário brasileiro, gerirem a Amazónia a seu bel-prazer, destruirem a produção agro-pecuária para deixarem o mercado mundial livre para quem financia esses lobbies, ou seja, destruir o Brasil para que as suas riquezas sejam devoradas por estrangeiros.
Para esses lobbieis, discursos nacionalistas n~´ao interessam NADA, há que os derrubar.
Mas talvez fosse bom que Bolsonaro se entretivesse mais portas adentro do Planalta e menos nas ruas.
Abraço,
Henrique