Os Primeiros Brasileiros
Sempre correu por África uma lenda, (o que é verdade) creio
que na região “da Costa da Mina” que, em tempos muito, muito idos, um soba da
região, talvez um Mansa, gostava de ver o pôr do sol, ia todos os dias vê-lo
esconder-se lá, bem longe, atrás do oceano.
E ficava pensando que “lá” onde o sol desaparecia,
devia haver outras terras boas e férteis.
Foi sonhando com isso, até que decidiu chamar os seus
conselheiros e discutir com eles o problema. Se o Sol, o Astro-Rei¸
para lá se dirigia todos os dias, certamente era porque as terras daquele
longínquo lugar seriam boas.
Os conselheiros, meio desconcertados, sem saberem o
que responder, aceitavam que o raciocínio tinha alguma lógica, e foram pensar
no assunto.
Algum tempo depois voltam a reunir-se e concluem que o
seu rei, o Mansa, estava certo. Tinha que por “lá” haver boas terras e
os primeiros que ali chegassem certamente viveriam muito bem. (Não reza a lenda
se os conselheiros concordaram conscientes, de livre vontade ou simplesmente
obedientes, porque não era bom desagradar ao rei!)
Assim sendo o rei decidiu que queria ir conhecer essas
terras.
Mandou que construíssem várias canoas, com o maior
tamanho possível.
O povo percorreu as florestas à procura das maiores
árvores e, com a sua habilidade natural várias canoas de tamanho imenso foram
construídas. Algumas com capacidade para setenta a oitenta homens. O rei iria
com eles, deixando o trono ao filho enquanto estivesse ausente.
E fez-se saber que só iriam nessa expedição os que se
apresentassem como voluntários.
Calculando
que a viagem seria longa providenciou-se grande recolha de alimentos, muita
carne seca, muita água e frutas, e muito inhame. (O "inhame" é originário do oeste da África. A palavra vem do
uolofe nyam, que significa "sabor"; em outras línguas africanas, a
palavra utilizada para inhame também pode significar "comer", como
nyama, em hauçá.)
Quando tudo estava pronto o povo fez a grande festa de
despedida aos atrevidos navegadores, a maioria dos quais levou mulher.
Hoje não é muito difícil conjeturar sobre tamanha
aventura, sabendo que naquele canto do Golfo da Guiné uma corrente marítima os
leva para o alto mar onde encontram a corrente de Benguela que, chegando perto
do equador segue em direção à América do Sul, infletindo depois para sul.
E é bom não esquecer que em 1984 o famoso navegador
brasileiro Amir Link atravessou o Atlântico, desde Walvis Bay, na Namíbia, até
à Bahia, percorrendo 3.700 milhas náuticas em 100 dias, num barco a remos!
Por outro lado há um ligeiro consenso, não absoluto,
de que a ocupação do continente americano terá começado com a emigração de
alguns grupos de asiáticos cerca de 13 a 14.000 anos atrás, a maioria deles de
origem ou aspecto mongoloide.
Levaram mais de mil anos a se espalharem, descendo alguns
a costa do Pacífico e muito raramente alguns terão atravessado os Andes ou a
Amazónia para se estabelecerem na costa atlântica.
Mas... no Brasil, Piauí, cuja costa é banhada pela
corrente que vem de África (!) (localizado aproximadamente onde está a letra B
da Corrente do Brasil, no mapa acima), no sítio Toca do Boqueirão da Pedra Furada, numerosas
pinturas rupestres feitas com ocre vermelho, utilizado para desenhar
nas rochas, foram encontradas em camadas com datações de entre 17.000 e 25.000
anos.
Recentes
trabalhos no pedestal do Boqueirão da Pedra Furada e no local ao ar livre
próximo do Vale da Pedra Furada têm produzido mais evidências sobre a ocupação
humana que se estende por mais de 20.000 anos, argumento apoiado por uma série
de datações por C-14 e OSL (luminescência estimulada opticamente), e pela
análise técnica do conjunto de ferramentas de pedra.
No abrigo rochoso da Toca da Tira
Peia os resultados trazem novas evidências de presença humana no Nordeste do
Brasil já em 20.000 a.C. As idades obtidas, pela técnica de luminescência
estimulada opticamente, variam de 22.000 a 3.500 anos antes do presente.
Então os mongoloides que chegaram da Ásia há uns
13.000 anos e levaram mais de mil para descerem a costa do Pacífico, não
pintaram aquilo! Quem foi então?
Lembra aquele velho ditado: “Quem cabritos tem e
cabras não... de algum lado vem!”
Também é um tanto de estranhar saber que o fóssil
humano mais antigo encontrado no Brasil, é de uma mulher a que deram o nome de
Luzia! O esqueleto, ainda não fossilizado, foi
descoberto nos anos 1970 em escavações na Lapa Vermelha, uma gruta no município
de Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e terá vivido
entre 12.500 e 14.000, o que aparenta que dificilmente teria pertencido a
qualquer uma das emigrações que entraram no continente pelo Estreito de
Behring.
Os “cientistas” decidiram
moldar a cara da dona Luzia, e, como são todos “politicamente corretos” decidiram
que ela era de origem africana. E vá de a fazerem assim, beiça grossa, nariz
achatado, pele escura e tudo mais. Diziam que talvez, talvez, pertencesse ao
povo aborígene da Austrália!!!
Agora chegaram à
conclusão que a sua origem será mongoloide! Vão destruir a falsa cara da Luzia
e refazê-la! Ora vejam se o que estão a
fazer tem algum cabimento? Reparem no formato do crâneo. Agora é que viram que
era alto? E desta vez tem tanto cara de mongoloide... como eu.
Isto de fazer caras de
esqueletos encontrados e que terão milhares de anos... só pode ser brincadeira.
Qualquer um inventa o que colocar à volta dos ossos e... os babacas acham muito
bem. E aqui nem o maxilar inferior têm para ajudar!
Voltemos à lenda
africana.
Se os primeiros a habitar
no continente americano chegaram há 13 ou 14.000 anos, quem fez as pinturas
rupestres que terão entre 20 e 25.000?
Será que aquele grupo de
africanos de que reza uma muito antiga lenda conseguiram o extraordinário feito
de atravessarem o oceano e chegado a estas bandas?
Qual a razão para não
acreditarmos nisso?
Africanos, caçadores, habituados a caçar grandes
animais, como elefantes, terão encontrado no Brasil, por exemplo a preguiça
gigante, o Megatherium americanum, animal enorme e inofensivo, pesando
até 5 toneladas, que se terá extinguido há cerca de 10.000 anos, mas dava muita
carne!
E de sobremesa ainda podiam comer os deliciosos
abacaxis, goiaba ou maracujá, sem esquecer que foram encontrar nova comida, prima
do inhame, a manyoca.
Razão tinha o rei africano, como bem mais tarde disse Caminha: Em se
plantando tudo dá!
O que será que os arqueólogos e paleontólogos pensarão disto?
A verdade é que só há, além de “evidências”, as pinturas.
Com esta hipótese não haverá mais que discutir quem descobriu o Brasil.
Cabral, os botocudos, a Luzia, ou uns milhares de anos antes, os
africanos?
Um dia vai saber-se.
Eu estou a apostar nos africanos!
22/10/2019
Acredito que possa ser verdade.
ResponderExcluirQuando me envia por mail a coletânea dos "AMIGOS" ? ( Vou imprimir como livro, acho muito interessante e tenho lá o meu pai. Bj.