2018
Como está a ser difícil falar sobre o Natal, o tempo da Família, do Amor
entre TODOS os Homens, da Paz, ao ver que cada vez mais se procuram destruir os
valores da Família com essa vergonhosa onda da “igualdade de género”, os países
a crescerem nas suas indústrias de armamento para destruir a Paz, com armas
sempre mais eficazes na morte e destruição, sendo já tão frágil a que existe hoje,
com a invasão do ódio islâmico pela Europa e por todo o Mundo, pelo fosso
astronomicamente crescente que separa os mais ricos dos mais pobres, pela falta
de sensibilidade que está destruindo os corações e a vida das pessoas e pela
destruição do Meio Ambiente, da Natureza.
Pela desvairada ganância.
É tão verdadeira a frase: “A
Natureza não precisa do homem, o homem é que não vive sem ela”, se até os
gigantes dinossauros desapareceram.
É costume nesta época desejar Boas Festas, Feliz Ano Novo, e outras
mensagens que nem pensadas já são de tão gastas e, a maioria das vezes, sem
qualquer sentido.
Como desejar a alguém Festas Boas quando se olha à volta e se vê que
dois terços da humanidade vive em atroz infelicidade?
Ou como desejar um Ano Novo Feliz? Fecharmos os olhos, ouvidos e o nosso
sentir, para fingirmos que estamos a acreditar na felicidade do próximo ano?
É evidente que ainda boa parte das pessoas
de boa vontade procura lembrar com um pouco mais de carinho os parentes,
próximos e longínquos, os amigos, e até, os de coração mais verdadeiro, dos
inimigos.
Nesta quadra, a minha vontade seria de me poder isolar totalmente do
mundo. Não para abandonar os que amo, os que conheço e ou desconheço e até os
que nem amo nada! Mas recolher-me, ouvir o silêncio, procurar sentir que me
aproximo mais de todos, que talvez consiga purificar um pouco algumas ideias de
violência que, face a este mundo violentíssimo, muitas vezes me acodem ao espírito.
É evidente que o meu desejo é simples: que todos, todos, nesta quadra, e
sempre, se lembrassem dos outros, não como simples seres viventes, mas como
irmãos.
Utopia?
Sim, total.
Desde que o homem começou a pensar, logo estabeleceu hierarquias para poder
tratar mal a maior parte do seu semelhante, mais fraco. A criar mecanismos, a
que chamou de religiões, para que houvesse, sempre, os que sobrenadam sobre o
sangue dos que para eles têm que trabalhar. A guerrear e matar aqueles que lhes
pudessem aumentar ainda mais o poder.
Um dia chegou aquilo a que se acordou chamar democracia, palavra
desgraçadamente vazia, porque só pode haver democracia, onde todos sejam
realmente iguais, quando TODOS tenham as mesmas oportunidades de educação e de
meios, dignos, de subsistência.
Entretanto democracia é uma palavra que ofende.
Será que nesta quadra do Natal se pode simular que todos somos iguais
perante a lei e perante os recursos económicos? Não pode.
Então como é que posso desejar Festas Boas e Felizes? A quem? Só aos que
estão acima de um certo nível de vida? E aos outros bilhões?
Prefiro não desejar nada disso. Vou mandar um abraço, católico, "katholikos",
que quer dizer, “para todos”, universal. Aos que conheço e aos que imagino que existam.
Para lhes dizer como seria belo o mundo se todos se abraçassem!
Dez. 2018
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