Cuecas para Turistas
Não
vamos chover no molhado enaltecendo as praias, a caipirinha, as lindas mulatas
(pior agora que as mulheres decidiram abrir guerra contra o assédio sexual, e
só é pena que não o tenham começado há alguns milénios) que podem ser
observadas, mas com cuidado..., apesar de elas, as mulheres, de forma geral,
cada vez mais, usarem roupas que procuram, não cobrir, mas descobrir os pseudo
secretos encantos... Enfim, o Brasil tem muito mais coisas interessantes.
Nas grutas da Serra da Capivara,
no Piauí, lá no Norte, há centenas de pinturas rupestres e já se chegou à
conclusão que permite afirmar vestígios humanos que ali estiveram desde há
cerca de 49.000 anos!
Vale, muito a pena ir visitar as
grutas deste lugar, onde se encontram as mais antigas pinturas humanas do
planeta.
O
turista pode, e deve ir visitar também as cidades histórias de Minas, Olinda,
Alcântara e muito mais e ver o legado colonial, que faz os brasileiros fingirem
que abominam esse tempo (colónias nunca mais!) mas de que muito se orgulham.
Recordações
para levar do Brasil? Hoje todos têm telefones celulares que tiram centenas ou
milhares de fotos, base das recordações que daqui podem levar, bem como umas
garrafinhas de cachaça, da boa, que tem muita, e nessas cidades históricas, tem
belíssimas pinturas, baratas, aquarelas ou óleo, estatuetas, etc.
Mas
há um item que rivaliza, em muito, com a famosa Lâmpada de Aladim, das Mil e
Uma noites ou Noites das Arábias.
Cueca!
Isso mesmo, cueca.
O
“engenho e a arte” de alguns setores extra
sociedade (mas muito influentes) levaram à descoberta de novas utilidades para
um pequeno item do vestuário, que o tornou muito procurado, mas ainda não
divulgado aos turistas que dele se podem igualmente beneficiar.
Repito,
a cueca.
Aqui
se encontram cuecas especiais, por exemplo para transporte de dólares escondidos!
Isso. O cliente só tem que informar o fornecedor (da cueca e não dos dólares) qual
a quantidade que deseja transportar, bem juntinho aos seus órgãos, conhecidos
também por “vergonhas”, e passear tranquilamente no meio da malandragem com o
c... forrado de grana, que ninguém o vai perturbar, até porque o típico
brasileiro costuma ser bem fornecido de glúteos, chamemos-lhe bunda, o que faz
com que o portador dessa mirífica cueca passe desapercebido.
As
mais caras carregam de 100 a 500.000 dólares, tamanho “G” a “GGP”. As “P” uns 5
a 10.000 e as “M” à volta de 25.000. Genial.
Para
as maiores, em princípio, recomenda-se ao portador que arranje um atestado médico
dizendo que tem “esteatopígia” (do grego στεατοπυγία, de στεαρ, stear, "sebo", "gordura",
e πυγος, pygos, "nádegas")
é a hipertrofia das nádegas ocasionada pelo acúmulo
natural de gordura na região, sobretudo em tribos da África
meridional, como bosquímanos e hotentotes.
Mas
não é modelo único. Há poucos dias um ilustre membro da Câmara dos deputedos,
perdão deputados, num caso talvez universalmente exemplar, por indecente e má
conduta, foi preso. Mas como a justiça por aqui é muito boazinha com esses
deputedos e congéneres, o “sobredito” passa as noites na gaiola e de dia pode
sair para estar presente na digna e impoluta assembleia dos sobreditos deputedos
todos, a esforçarem-se, em prejuízo da sua saúde, tal o volume de trabalho, a
conduzir os destinos da sua querida nação que eles tanto vigarizaram, roubaram
e continuam a rir e dar risada!
Comovente,
né?
Regra
geral as refeições na prisão não são exatamente servidas por chefes franceses nem
é remetida de Paris da “Tour d’Argent” para esses coitados que roubaram milhões,
bilhões, aos cofres públicos.
Desse
modo o “sobredito”, não apreciando a comida da seleta coletividade enjaulada, teve
uma ideia que se imagina tenha até registrado patente: arranjou uma cueca,
especial, onde ao fim do dia carregava para a penitenciária pacotes de
biscoitos, saudáveis, e mais um bom pedaço de queijo provolone para complemento
do rango geral.
Este
modelo de cueca, à boa moda dos States, foi patenteada com o nome comercial “PFF”, que traduzido significará, do
original Pants For Food, Cuecas para
Alimentação.
O
inventor está em negociação com a FAO, interessada na distribuição de alguns
milhões por África.
Não
foi divulgado se o queijo ia convenientemente embalado ou se chegou ao destino
com o cheiro do lugar onde foi transportado, o que lhe proporcionaria um aroma
extra.
Agora
os desejados turistas visitantes, interessados nestes modelos especiais de
transporte de itens especiais, devem
estar fazendo a sacramental observação e simultânea pergunta:
-
Oh! How wonderful! (Que maravilha, se
for inglês ou americano. O alemão: Oh!
Wie wunderbar). Mas onde se encontram essas underwear - cuecas - à venda?
Por
todo o Brasil tem representantes, distribuidores:
-
Congresso Nacional – o “alto” e o “baixo”, aliás da baixaria
-
Ministérios
-
Governos de Estados
-
Prefeituras
-
Assembleias Legislativas Estaduais
-
Assembleias Legislativas Municipais
-
Grandes e médias empresas de construção
Em
qualquer destes locais haverá sempre alguém que amavelmente indicará o melhor
fornecedor... tanto da cueca como do recheio, generosamente cobrando um pequeno
custo de intermediar o negócio. O trivial.
Com
esta da cueca lembro de uma anedota que ouviu.... chiii... quando? Em meados do
século passado, era eu um jovem, e pasmem, ó gentes, não esqueci.
Em
Lisboa, um carro elétrico, um bonde, percorria o seu caminho cheio de gente que
se compactava para sempre poder entrar mais um.
Chega
o cobrador, o “trinca-bilhetes”, e começa o povo a pagar, na altura algo como
cincostões ou cinquenta centavos (transferindo para €uros, seria, mais ou menos
1/400 ávos de 1 €uro).
Lá,
no meio do povo, plataforma traseira, uma simpática, graciosa e oferecida mocinha,
com um generoso decote (já nessa altura), começa a gritar:
-
Fui roubada, fui roubada. Tiraram-me a carteira!
O
cobrador, admirado, pergunta:
-
Onde a senhora (era bem educado, o trinca-bilhetes) tinha a carteira?
Ela
aponta para o generoso decote e diz:
-
Aqui.
-
E não sentiu quando a roubaram?
-
Sentir, eu senti, mas pensei que não fosse por mal !!!!!!!
Se,
nesse tempo, já existissem estas especiais cuecas brasiliensis, o dinheiro da
mocinha estaria muito mais bem guardado. Mas será que se lho tentassem tirar,
ela não iria sentir uma mão passeando nas suas partes íntimas, e também
pensaria que não era por mal?
Não.
O assaltante era muito delicado.
Honi
soit...
Dez.
2017
HAHAHAHAHHAHAHAHHAAH!!!!!!!!!!! Ameeeeiiiiii!!!!!!!!!
ResponderExcluirGostei!
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