domingo, 10 de julho de 2016

Um “pouco” do Brasil
ou... Brasil louco


Loucura ou insanidade são a mesma coisa. Descaso e corrupção andam paralelos, ignorância, egoísmo e incompetência, rolam de braços dados. E por aí vai.
Se em qualquer alguém não gostar, por exemplo de um político, pode pagar-lhe um fim de semana no Rio de Janeiro a “Cidade Maravilhosa”, porque as chances de se livrar dele são muito mais altas do que ganhar na loteria. Vejamos a capa da VEJA desta semana:


Tenho escrito muitas vezes que a Síria é aqui: média de 60.000 homicídios por ano! Só.
Mas agora temos as Olimpíadas: Fizeram-se obras e mais obras, tudo superfaturado, para não sair do padrão e:
- Inaugurou-se uma ciclovia, beirando e por cima do mar. Coisa linda. Num lugar onde o mar, com alguma frequência vem bater com muita força contra o paredão. As vigas de sustentação não previam estas ondas, e a via não estava bem fixada à estrutura. Muitos lugares em vez de quatro parafusos só colocaram um. Unzinho. Veio a primeira onda forte derrubou parte da via e matou dois ciclistas. O prefeito disse que ia apurar responsabilidades. Só esqueceu de dizer que ele é o responsável primeiro. Não mandou vigiar a obra.
- Inaugurou-se o BRT, um tipo de metrô de superfície, com ônibus articulados. No segundo dia começou a sair a capa de asfalto, o tal de BRT teve que sair da sua via exclusiva e acabada de fazer, para se remendar outro “erro técnico”.
- Há poucos dias inaugurou-se o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos, elétrico). Lindão. Já ficou parado umas quantas vezes porque falta a energia elétrica.
- Despoluição da Baía da Guanabara! Mentira. Não se fez. Compraram alguns barcos especiais para isso, mas... faltou o dinheiro para o combustível! Agora, só agora, descobriram que nas praias, isto é, nas águas do mar da baía, descobriu-se uma bactéria, aliás uma super bactéria, resistente a tudo que se conhece.
Pesquisado o problema constatou-se que vem de esgotos mal tratados pela CEDAE, a companhia estadual de água e esgotos, que são despejados diretamente na baía!
Os atletas do mar... alguns já disseram que vão navegar de máscara anti gases. Regatas “à la guerra de 1914-18”: máscaras!
Mas não há-de ser nada.
Há uns dois anos eu vi, repito, eu vi, escrito nas janelas de uma “igreja”:
SÁBADO PROMOÇÃO DE MILAGRES
Os milagres aqui, nessas igrejas é um tipo de mercadoria que podia ser vendida nos supermercados.
Num bairro, bairrinho, com 700 x 700 metros, classe média baixa, ruas traçadas em retas cruzando em 90°, muito comércio, todas as ruas e passeios esburacadas, carros estacionados nos dois lados, um ignorante, como eu, desconhecendo esta “organização, caíu lá dentro e andou meio tempo de ré. Só neste pedacinho do Rio existem nove, 9, “igrejas” dessas, sacando o dinheiro dos fiéis que gritam e choram durante as operações “comerciais”.
Para quem não acredita no que escrevo, ou para quem acredita que pode comprar um milagrito, aqui vai a sugestão ( já passou esta data, mas logo, logo, terá outra, ou outras):
Nomes e endereços retirados por... precaução!
A estes pastorinhos só lhes faltam as asas de anjinhos!

Falar de economia ou política é pura perca de tempo. Vai só o parecer dum “zémané” qualquer:
- o presidente interino pertence àquele grupo dos “macacos japoneses”, de que tanto tenho falado: “não sabe nada, não viu nada, não ouviu nada”, e para complicar a situação não encontra um único colaborador que não tenha telhados de vidro. E pior, para tentar fazer passar algum decreto ou lei no cão-greço tem que negociar com a banditagem: io te do um poco a te tu me dai um poco a mé.
Possivelmente uns 70 a 80% dos políticos, ou até mais, estão metidos em roubalheiras até acima dos cabelos. A Justiça – desta vez com letra maiúscula – parece ter acordado, mas não pode prender todos de uma vez. Paralisaria, ainda mais se possível isso fosse, o país, e não há cadeias para todos. Temos que aguardar pelo menos uns dois anos mais para ver a casa começar a ficar arrumada.
Mas a endemia corrupta é como a super bactéria da baía da Guanabara: muito resistente!
Vamos ver como fica o Rio pós olimpíadas. O custo para manter algumas das estruturas erguidas para este evento já começa a aparecer: uma delas parece, segundo fontes oficiais, irá custar, só para se manter, mais de R$ 100.000.000 – cem milhões de reais – por ano.
Mas tudo se resolve. Há milagres para dar e vender. Perdão, só para vender.

10-jul-16



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