Reagan, os impostos e a falta de miolos
Em seu discurso de posse em 20 de janeiro de
1981, Ronald Reagan afirmou: "neste
momento de crise, o governo não é a solução para os nossos problemas; o governo
é o problema".
As políticas econômicas do presidente
propuseram que o crescimento econômico iria ocorrer quando as taxas de imposto
marginais fossem baixas o suficiente para estimular o investimento, que como resultado levaria a um
aumento do crescimento econômico, aumento do emprego e dos salários.
É sabido que Reagan, que começou por ser um
democrata logo passou para os Republicanos, e fez depois uma política de
extrema direita, mas nunca esquecendo a frase básica em que responsabilizava o
governo pela crise do país.
No Brasil essa frase veste como luva especial.
Como diria o cefalópode, “nunca dantes neste país” o governo e asseclas,
desgovernaram tanto, roubaram tanto e destruíram tanto!
Hoje lá na baixaria das “altas esferas” o que
se discute, para uma redução do número de ministérios é qual partido fica mais
ou menos beneficiado, porque a posse dum ministério é uma fonte renda
monumental para o caixa 2.
E parece tão simples resolver o problema!
Simples, simples se... houvesse alguém, algum
político, sem telhados de vidro, honesto e capaz. Mas mesmo procurando entre os
milhares de “políticos” que sugam constantemente o país, não se vislumbra um,
unzinho só, em quem se possa confiar e, ou, acreditar.
Estamos com os juros mais altos do mundo, como
já escrevi, chegando a 500% o do cheque especial. Não existe planificação para
coisa alguma, não se antevê saída da situação. A indústria reduziu a sua
produção em mais de 7,5% no ano, a moeda desvalorizou 70% (bom para os
exportadores, mas por fim, moeda de engano), a previsão do PIB, se para este
ano é de 2,7 negativo, para 2016 as opiniões divergem, mas para continuar
negativo.
Aumenta a inadimplência, caiu 20% a venda
carros, o comércio encolheu já ninguém sabe quanto, mas todos os dias fecham lojas,
os supermercados sentem a penúria dos consumidores, porque passaram a comprar
géneros mais baratos, e muitas vezes em quantidades menores, e o total
desgoverno insiste em aumentar impostos, negociar ministérios como se negociam
sardinhas na lota dos pescadores, a madama faz discursos iguais a meninos
mentecaptos e gagos, enfim um panorama apocalíptico.
Fazer o quê?
Se for capaz... e aqui reside o problema maior,
de reduzir drasticamente as despesas públicas, sobretudo os custos sociais – o
tal Bolsa Família que nada mais é do que o Bolsa Voto (salvo, naturalmente
algumas exceções) – cortar as aposentadorias dos “meninos” que passam um
mandato ou dois no congresso e ficam o resto da vida a mamar (como parece que
Portugal acaba de fazer) – reduzir drasticamente os impostos – por exemplo os
medicamentos que custam aqui até cinco vezes mais do que nos EUA, Argentina,
Portugal e outros – vender todas as participações que a administração pública
têm na atividade que devia ser privada, e que são cabides de empregos para os comparsas
puxa-saco, reduzir os impostos, a SELIC, a taxa de juros básica do Banco do
Brasil, se possível passasse a zero vírgula vinte e cinco, teria a vantagem de
diminuir em 300 bilhões o custo anual da dívida do desgoverno, e ainda teria a
de voltar a animar o comércio, porque com mais dinheiro nos bolsos do povo, o
comércio anima toda a economia e com tudo isto o governo acaba por receber mais
impostos. .
Simples, né?
Mas cadê o Super Homem para tomar essas
decisões? Não há!
Resta-nos sonhar. Sonhar com o Salazar que
arrumou a “Casa Portuguesa” em dois meses? Militares? Ninguém mais quer
militares no comando, nem aqui nem internacionalmente. E era preciso encontrar
um que fizesse o que era necessário (Por acaso eu conheço um, na reserva, jovem
ainda, que quase de certeza seria capaz de arrumar a casa! Mas poucos o
conhecem, e assim ninguém votaria nele!)
Não existem líderes. O único líder foi o sapo
barbudo que liderou a legião de bandidos que assaltaram a máquina do Estado!
Líderes para comandar o país... desconhecem-se, há é muitos que comandam
gangues, movimentos de extrema esquerda, bagunceiros, destruidores, assassinos
e quejandos.
E a Terra da Santa Cruz fica entregue às
baratas à espera dum milagre.
“Chorai
com os que choram”, diz a Palavra de Deus. Haverá um tempo em que as pessoas
enfrentarão dificuldades, situações que podem trazê-lhes aflição e lágrimas. O
que fazer então? Devemos ter compaixão e compreensão, “chorar com os que
choram.”
Para não desanimar muito, lembro aqui as
palavras de Jane Addams, filósofa, feminista, pacifista e reformadora. EUA, 1860-1935:
“O que afinal tem mantido a passagem humana neste globo,
apesar das calamidades da natureza e todas as trágicas falhas da humanidade,
não é senão a fé em novas possibilidades e a coragem de as perseguir”.
29/09/2015