domingo, 29 de março de 2015



O que é a Europa?
Aliás, o que é a União Europeia?


Não há dúvida que parece uma pergunta estúpida! Toda a gente sabe (pensa que sabe!) o que é a UE. Aquela bandeirinha bonita cheia de estrelas!
Depois da sua criação e, sobretudo, com a imposição do Euro, a UE passou a ser aquilo que há muitos anos escrevi: áreas suburbanas da Alemanha.
Que o Hitler foi burro, isso é mais fácil de se constatar. Berrou que nem elefante faminto, exterminou judeus, ciganos e homossexuais porque não gostava deles, copiou o desastre de Napoleão ao invadir a Rússia, o que o fez perder a guerra, quando podia ter ganho a Europa toda simplesmente com o poder da disciplina, indústria e ciência e tremenda capacidade do povo alemão, incluindo os judeus, mesmo que estes preferissem pertencer não a uma nação alemã, mas à nação judaica, o que não faria qualquer diferença.
Em 1933 Hitler é nomeado chanceler da Alemanha. O país estava destruído, faminto, desmoralizado. Havia fome, desemprego assustador, imensa falta de alojamentos, inflação estratosférica. Três anos depois inflação zerada, emprego quase total, automóveis para o povo, etc. A Áustria animada com o desenvolvimento económico dos vizinhos decidiu submeter-se e os sudetas pediram-lhe que tomasse conta da região deles na Checoslováquia, porque estavam na miséria.
A Alemanha expandia-se e o povo alemão delirava e orgulhava-se do que tinha feito em tão pouco tempo. Deixara de ser enxovalhado pelos “aliados” e toda a Europa invejava o progresso daquele país. Depois assinou um covardíssimo acordo com a URSS para dividirem a Polónia entre eles. E aqui começa a guerra.
Esta introdução, que não pretende fazer a apologia dum assassino anormal, abrenuncio, mostra que foi possível através de discursos políticos devolver ao povo alemão a sua dignidade e moral, e uni-lo ao ponto de seguir um líder louco. Mas líder.
E se Hitler não tivesse sido um assassino? Não tivesse tentado exterminar judeus e outros, mas mantido todos os alemães unidos pelo mesmo sentimento de valores humanos que lhes haviam sido roubados pelo Tratado de Versailles?
A Europa teria seguido no seu rasto. Nacional Socialismo? Fascismo? Talvez.
O que une hoje a “União” Europeia?
O Euro?
O Euro em vésperas de falência, com o seu valor no mais baixo patamar, com alguns industriais dando risada porque isso facilita as exportações?
Os chamados países do Sul – Grécia, Itália, Portugal e outros – de corda na goela para cumprir as exigências duma côrte inútil e faraónica, que custa uma fortuna imensa aos estados-membros, que se “assenta” em Bruxelas e Estrasburgo, ditando leis bestas que vão favorecer os descendentes do famigerado Adolph, não deixando aos países liberdade para resolverem os seus próprios, e muito próprios, problemas regionais.
Tal como o famigerado BES e muitos outros bancos, hienas esfaimadas à procura do lucro e só lucro, a UE encheu os países dos “pobres” de dinheiro e luxo, endividou-os de tal forma que hoje vivem um período de sofrimento. Inadimplentes.
Pelo que se sabe, bem mais da metade da população dessa UE “arrenega” a hora em que enfiaram a touca, de ouro, que estão a pagar deixando de comer.
Não é só o Euro que desune a Europa.
É também o medo. O medo de verem os seus países falirem, e o medo do crescendo jhiadismo.
O Estado Islâmico, encontrou um discurso, igual aos urros hitlerianos, com a grande vantagem de estar a unir à sua volta milhares e milhares de cegos, que vêm nele algo de forte, imbatível, positivo, mesmo que abominável aos olhos do chamado inocente e pretensamente moralizador ocidente. (Olha o Hitler aí!)
Onde está hoje o político, um só que seja, capaz de mostrar aos europeus os seus valores, a sua cultura, os seus brios, quer seja na terra de Platão, Rousseau, Lutero, Shakespeare, Cervantes, Homero, Afonso de Albuquerque, Spinoza, Comenius, e tantos outros?
Há um líder, sim. Mas espiritual. O grande homem que é o Papa Francisco. Mas só consegue unir os católicos e...
Fica no ar a pergunta: o que une hoje os europeus?
O Euro, não; o medo da infiltração terrorista, sim, e para muitos também o discurso, igualmente hitleriano do inimigo da Europa, Putin, mesmo sendo reconhecidamente um assassino, congrega a quase totalidade da população russa, que o aplaude, dentro e fora das fronteiras da Rússia.
Na França, com a jihad por todos os lados, o auxílio aos países francófonos de África, o cansado discurso dos “valeurs de la Republique, la laicité et la liberté”, em que poucos já acreditam, e com o pavor da subida do Front National, o que os une? Mais de dois terços são anti UE, os agricultores sofrem uma tremenda concorrência dos países vizinhos, sobretudo da Espanha, o desemprego aumenta, vai-se valer agora um pouco da queda do preço do petróleo e da desvalorização do Euro. E depois?
A Itália, onde chegam todos os dias milhares de imigrantes do Magreb, Síria, Iraque, Afeganistão, não sabe mais como lidar com isso. O mesmo com a Grécia que viveu até agora à sombra acolhedora de Afrodite, deixando a administração do país num γλυκιά απραξία – dolce fare niente ?
Portugal, isolado e pequenino, depois de ter perdido o seu “glorioso império” e ter jogado infantis esperanças em Angola, como vê o futuro?
A UE, atacada por todo o lado: do leste longínquo, os americanos e a sua voragem capitalista-consumista que ajuda a destruir as famílias, e o seu exemplo de racismo! Na fronteira leste o expansionista chamado tzar Putin, o grande (!), e “logo ali”, na Próximo Oriente e no Magreb, pelo inexorável, e até agora imparável, avanço da jhiad. E até da China a perspectiva de banca rota das industrias europeias.
A UE vive à sombra da história: como foram grandes os nossos antepassados!!! Wellington, Aquiles, Napoleão, Cristóvão Colombo, Rommel, Bartolomeu de Gusmão, Júlio César, e tantos outros.
E vive sob o peso dos “pecados” cometidos, numa democracia indolente, preguiçosa, com direitos humanos abestalhados e ultrapassados, e como criança com medo de fantasma, esconde-se, e aguarda pacientemente o que o futuro lhe trouxer, como boi a caminho do matadouro.
Os inimigos... avançam. O capitalismo, o sovietismo disfarçado de democrata e o extremismo jhiadista. E com toda a ferocidade. Se o “menino medroso” não se levantar e pegar em armas, sejam elas quais forem, para lutar, algum dos bichos papões, ou todos, vão devorá-lo.
Mas... onde encontrar um líder para guia? Marine Le Pen? Tsipras? Pablo Iglesias Turrion? Que outros?
Ou como o Brasil num des-governo com 39 ministros! Sabem porquê? Se fossem 40 então estaria certinho:
O curral de Ali-Baba e os 40...

20/03/2015


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