sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Do Brasil                                                                                 por Francisco G. de Amorim

Carta aberta aos portugueses

Para que serve um Parlamento

Só ontem tomei conhecimento duma proposta que alguns deputados, chamados de esquerda, apresentaram na Assembleia Nacional para fossem eliminados os bustos dos presidentes da República dos tempos da “Ditadura”, em uma exposição na Assembleia Nacional comemorando 100 anos de república, e que em 2014, bem feitas as contas seriam 104!
Mas até aqui tudo bem se nem sequer sabem fazer contas, nós desculpamos.
Aqueles deputados podem não gostar dos presidentes do tempo do Salazar; direito deles, assim como talvez não gostem do Benfica ou do Sporting ou do F.C. do Porto. Eu por exemplo também não gosto dos tais deputados que se dizem de esquerda, porque só de esquerda é que se ganham prémios Nobel, como não gosto do rei Sancho II, nem da Leonor Teles, nem de João III que gastou uma fortuna para impor a Inquisição em Portugal, e de muitos outros, como Afonso Costa que jurou um dia que em dois anos não haveria mais católicos em Portugal, e por acréscimo posso afirmar que nunca gostei de nenhum dos presidentes pós 25 de Abril, abrindo uma exceçãozinha – zinha mesmo – para Ramalho Eanes.
Mas jamais me passaria pela cabeça rasgar as páginas da história de Portugal onde estes personagens aparecem, até porque dificilmente se aprende com o que outros fizeram bem feito, mas sobretudo com os erros que podem e devem ser analisados, para se daí se tirarem lições.
Uma das lições que tiro da atitude destes deputadinhos que não gostam do Carmona, do Craveiro Lopes e do Américo Tomás, é que antes de tomarem atitudes imbecis deveriam ter consultado os eleitores sobre o seu parecer, sem esquecer que há poucos anos o português mais querido da história de Portugal foi exatamente Salazar.
Esses mesmos deputadinhos não devem ter a menor noção do que seja um Parlamento, a não ser que é um meio brilhante para dele se tirarem vantagens pessoais, já que na vida privada possivelmente não conseguiriam trabalho nem como ajudantes de bar.
Uma dica para esses senhores: o Parlamento, em teoria, deveria servir para ajudar a conduzir o país, o povo, os portugueses, a níveis de dignidade, cultura, economia, saúde, etc., hoje quase tudo relegado ao “que se dane o povo”.
Mas enquanto continuarem a eleger-se mentecaptos... a Assembleia Nacional só servirá para esbanjar dinheiro, muito dinheiro, do país que empobrece.
E empobrece sem dignidade, sem valores humanos, sem cultura.
Que pena.
Fico a pensar se hei-de rir da estupidez desses deputados se chorar pelo mal que fazem.


3 de outubro de 2014

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