Agonizando
Sempre se
contou a história que, a região hoje chamada Europa, Próximo Oriente e Magrebe,
era o “Centro do Mundo” que rodeava um mar “particular”, que estava no meio
desse mundo fechado, o Medi-Terrâneo.
Foi preciso
Marco Polo nos dizer que havia um país de maravilhas, lá, nos confins, mas só
muito mais tarde se acordou para o Oriente.
Os indo
europeus, que até hoje não se sabe muito bem de onde vieram – exceto o
princípio que tudo começou em África – terão sido os primeiros a ocupar a
Europa nos modernos tempos de há uns
9.000 anos a.C. Alguns milénios mais tarde começaram a separar-se, línguas
diferentes, e cerca de 2.500 a.C. chegaram os arianos vindos da região onde
hoje fica o Cazaquistão, – arianos que em sânscrito significa nobres – e
encontraram já inúmeros grupos etno-linguísticos espalhados no velho continente
(uralianos, eslavos-germânicos, lapónios, celto-ligúrios, itálicos, trácios,
gregos, hititas e outros) além dos afro-asiáticos (semitas, berberes, egípcios,
cushitas, sumérios, e mais alguns).
É à volta
destes povos que se desenvolve a civilização... do ocidente.
No continente
indiano, a sua própria civilização corria “isolada”, bem como em todo o
continente asiático.
Hititas para
lá, arianos para cá e lá, gregos que se espalham, como os trácios e os celtas,
para chegarmos ao século XX d.C. quando o mundo começa a perceber que o centro
não está em lugar algum, somente dentro de cada um!
Velho
continente, a Europa agoniza.
Hitler
não tinha suficiente inteligência para perceber que conquistar a Europa não
precisava de guerra. A Alemanha de hoje ainda pensa que só com a sua economia e
liderança o poderá fazer. É tarde.
Onde
os sindicatos assumiram o controle da política e do estado, o futuro
adivinha-se com facilidade: basta ver a Argentina, o Brasil (que tem futuro,
sim, mas... quando?) a França, com um presidente mais perdido do que cego no
meio de um tiroteio e um primeiro ministro catalão, convencido que é o
Einstein/Napoleão do pedaço, continuam a levar o país para o fundo do poço. A
Grande Bretanha, conseguiu no tempo da Thatcher mostrar quem manda, mas ainda
se imagina com a maior e mais gloriosa marinha do mundo mas isolada numa ilha
de soberba e arrogância. Estes dois últimos são a maior incubadora do Islão na
Europa, fingem que não veem, mas no fundo estão aterrados com as consequências
a breve espeço. A Rússia não tem mais que petróleo, gás e ladrões. Todos os
outros baixam a cabeça e estão a ser conduzidos como suave e dócil manada.
Entretanto
os loucos e covardes jihadistas crescem, aterrorizam e conquistam. Como fez
Hitler no seu começo: terror e conquista. Agora os extremistas sunitas do ISIS, liderados por Abu Bakr
al-Baghdadi, divulgaram nas redes sociais, os seus planos de conquista a cinco anos. E em 2020, os
jihadistas querem não só dominar os países muçulmanos, mas também um extenso
território que vai desde a fronteira sul do Quénia, até Portugal e Espanha,
passando pela Áustria e Balcãs,
sem esquecer o seu tão querido Israel (!!!). (http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=4072378)
Até
o rei saudita se lembrou de lançar um alerta:
REI ABDULLAH: Em um mês, Europa será o
próximo alvo
RIAD - Sem mencionar diretamente o Estado Islâmico, o rei Abdullah, da
Arábia Saudita, fez uma advertência:
Grupos extremistas
sunitas vão atacar os Estados Unidos e a Europa em breve, caso a comunidade
internacional não haja com "força e rapidez".
—O terrorismo não conhece
fronteiras, e o perigo pode afetar vários países fora do Oriente Médio. Não é
segredo para vocês o que fizeram e o que ainda vão fazer. Se agirmos diante
deles com negligência, tenho certeza de que chegarão à Europa em um mês e, no
mês seguinte aos EUA— disse ele à imprensa saudita.
A Arábia Saudita é um dos
principais países sunitas do mundo e tem feito condenações públicas ao
extremismo religioso dos jihadistas do Estado Islâmico.
—Vemos como promovem decapitações
e obrigam as crianças a exibir cabeças cortadas pelas ruas—afirmou Abdullah.
O grupo conquistou territórios na
Síria e no Iraque e declarou a criação de um califado islâmico nas áreas
dominadas. O rei Abdullah, um aliado dos EUA, considera inadmissível que não
ocorram ações efetivas contra o grupo.
Abdullah convocou os países a se
unirem ao centro antiterrorista da ONU criado em 2011, ao qual Riad concedeu
US$ 100 milhões.
Este alerta vindo dos
saudistas, talvez o principal financiador da Irmandade Muçulmana que está
divulgando, através das madrassas de todo o mundo o culto da sharia e do abate
– sim, pura e simplesmente ABATE – dos não muçulmanos, é para ser tomado a
sério.
O Grande Mufti, da
Arábia, Sheikh Abdul Aziz Bin Abdullah bin Baz, uma das maiores autoridades do
Islão, veladamente ameaça o trono do rei, porque para ele a autoridade máxima é
o Corão... daí... ele! Como é evidente o trono do rei Abdullah, como o da
Jordânia e da Síria, estão tão ameaçados quanto os cristãos da Síria, Iraque
etc.
No Iraque, os ISIS,
sunita, que não parece tardarem a tomar conta do destroçado país deixado pelos
EUA depois sua da “maravilhosa” intervenção, devem estar também a pensar que
desta vez vão acabar também com os xiitas! Há muito que aguardo a reação do
Irão, país xiita, com arsenal nuclear. Aguardar para ver.
F.
Rahman, no seu livro Islam and Modernity (Chicago
1982), escreve:
A liderança do homem ocidental no
mundo humano está chegando ao fim, não porque a civilização ocidental esteja em
bancarrota material ou tenha perdido sua força económica ou militar, mas porque
a ordem ocidental já cumpriu sua parte, e não possui mais aquele acervo de
“valores” que lhe deu sua predominância. A revolução científica concluiu seu
papel, como concluíram o “nacionalismo” e as comunidades territorialmente
limitadas que surgiram na sua época. Chegou a vez do Islã.
Um
olhar, mesmo muito superficial que seja, vê a Europa a degradar-se. O Euro a
fingir que é o salvador, o povo a não acreditar mais nos seus próprios valores
e muito menos nos seus políticos, a imigração a crescer de forma imparável, a
teoria dos direitos humanos a fechar os olhos, jovens a abandonar os países
para se juntarem à guerrilha terrorista, tudo isto forma um quadro que não
engana nem o mais ingénuo.
Em
1964 Dayid Qutb, no seu livro Ma’alim
Fi’l-tariq – (Sinalizações da Estrada),
definia a sociedade islâmica: aquela
que aceitava a autoridade de Deus, o Corão, como fonte de toda a inspiração
humana, porque só ele podia dar origem a um sistema de moralidade. Todas as
outras eram sociedades jayiliyya (ignorância
da verdade religiosa), quaisquer que
fossem os seus princípios: comunistas, capitalistas, nacionalistas, baseados
noutras religiões, falsas, ou dizendo-se muçulmanos mas não obedecendo à
sharia.
Que
moralidade se vê hoje no chamado mundo ocidental, ou para melhor o definir, no
mundo cristão? Filmes em que a indecência, a pornografia, as drogas e a
violência ocupam a quase totalidade do que aparece. As revistas, aos milhares,
expostas por todo o lado com mulheres, e homens, nus ou quase, uma ganância
financeira onde vale tudo, não podem servir de exemplo a ninguém. Só à
autodestruição.
A
Europa está a fazer o seu hara kiri.
Tudo
por falta de caráter, ética, princípios morais.
O
Islã está à porta.
Não
parece que alguém seja capaz de a manter fechada! E o papa Urbano II morreu há
quase mil anos!
Esta
é verdadeira crise: a crise de Homens.
3-set-14
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