segunda-feira, 8 de setembro de 2014


Agonizando


Sempre se contou a história que, a região hoje chamada Europa, Próximo Oriente e Magrebe, era o “Centro do Mundo” que rodeava um mar “particular”, que estava no meio desse mundo fechado, o Medi-Terrâneo.
Foi preciso Marco Polo nos dizer que havia um país de maravilhas, lá, nos confins, mas só muito mais tarde se acordou para o Oriente.
Os indo europeus, que até hoje não se sabe muito bem de onde vieram – exceto o princípio que tudo começou em África – terão sido os primeiros a ocupar a Europa nos modernos tempos de há uns 9.000 anos a.C. Alguns milénios mais tarde começaram a separar-se, línguas diferentes, e cerca de 2.500 a.C. chegaram os arianos vindos da região onde hoje fica o Cazaquistão, – arianos que em sânscrito significa nobres – e encontraram já inúmeros grupos etno-linguísticos espalhados no velho continente (uralianos, eslavos-germânicos, lapónios, celto-ligúrios, itálicos, trácios, gregos, hititas e outros) além dos afro-asiáticos (semitas, berberes, egípcios, cushitas, sumérios, e mais alguns).
É à volta destes povos que se desenvolve a civilização... do ocidente.
No continente indiano, a sua própria civilização corria “isolada”, bem como em todo o continente asiático.
Hititas para lá, arianos para cá e lá, gregos que se espalham, como os trácios e os celtas, para chegarmos ao século XX d.C. quando o mundo começa a perceber que o centro não está em lugar algum, somente dentro de cada um!
Velho continente, a Europa agoniza.
Hitler não tinha suficiente inteligência para perceber que conquistar a Europa não precisava de guerra. A Alemanha de hoje ainda pensa que só com a sua economia e liderança o poderá fazer. É tarde.
Onde os sindicatos assumiram o controle da política e do estado, o futuro adivinha-se com facilidade: basta ver a Argentina, o Brasil (que tem futuro, sim, mas... quando?) a França, com um presidente mais perdido do que cego no meio de um tiroteio e um primeiro ministro catalão, convencido que é o Einstein/Napoleão do pedaço, continuam a levar o país para o fundo do poço. A Grande Bretanha, conseguiu no tempo da Thatcher mostrar quem manda, mas ainda se imagina com a maior e mais gloriosa marinha do mundo mas isolada numa ilha de soberba e arrogância. Estes dois últimos são a maior incubadora do Islão na Europa, fingem que não veem, mas no fundo estão aterrados com as consequências a breve espeço. A Rússia não tem mais que petróleo, gás e ladrões. Todos os outros baixam a cabeça e estão a ser conduzidos como suave e dócil manada.
Entretanto os loucos e covardes jihadistas crescem, aterrorizam e conquistam. Como fez Hitler no seu começo: terror e conquista. Agora os extremistas sunitas do ISIS, liderados por Abu Bakr al-Baghdadi, divulgaram nas redes sociais, os seus planos de conquista a cinco anos. E em 2020, os jihadistas querem não só dominar os países muçulmanos, mas também um extenso território que vai desde a fronteira sul do Quénia, até Portugal e Espanha, passando pela Áustria e Balcãs, sem esquecer o seu tão querido Israel (!!!). (http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=4072378)



Até o rei saudita se lembrou de lançar um alerta:

REI ABDULLAH: Em um mês, Europa será o próximo alvo

RIAD - Sem mencionar diretamente o Estado Islâmico, o rei Abdullah, da Arábia Saudita, fez uma advertência:
Grupos extremistas sunitas vão atacar os Estados Unidos e a Europa em breve, caso a comunidade internacional não haja com "força e rapidez".
—O terrorismo não conhece fronteiras, e o perigo pode afetar vários países fora do Oriente Médio. Não é segredo para vocês o que fizeram e o que ainda vão fazer. Se agirmos diante deles com negligência, tenho certeza de que chegarão à Europa em um mês e, no mês seguinte aos EUA— disse ele à imprensa saudita.
A Arábia Saudita é um dos principais países sunitas do mundo e tem feito condenações públicas ao extremismo religioso dos jihadistas do Estado Islâmico.
—Vemos como promovem decapitações e obrigam as crianças a exibir cabeças cortadas pelas ruas—afirmou Abdullah.
O grupo conquistou territórios na Síria e no Iraque e declarou a criação de um califado islâmico nas áreas dominadas. O rei Abdullah, um aliado dos EUA, considera inadmissível que não ocorram ações efetivas contra o grupo.
Abdullah convocou os países a se unirem ao centro antiterrorista da ONU criado em 2011, ao qual Riad concedeu US$ 100 milhões.

Este alerta vindo dos saudistas, talvez o principal financiador da Irmandade Muçulmana que está divulgando, através das madrassas de todo o mundo o culto da sharia e do abate – sim, pura e simplesmente ABATE – dos não muçulmanos, é para ser tomado a sério.
O Grande Mufti, da Arábia, Sheikh Abdul Aziz Bin Abdullah bin Baz, uma das maiores autoridades do Islão, veladamente ameaça o trono do rei, porque para ele a autoridade máxima é o Corão... daí... ele! Como é evidente o trono do rei Abdullah, como o da Jordânia e da Síria, estão tão ameaçados quanto os cristãos da Síria, Iraque etc.
No Iraque, os ISIS, sunita, que não parece tardarem a tomar conta do destroçado país deixado pelos EUA depois sua da “maravilhosa” intervenção, devem estar também a pensar que desta vez vão acabar também com os xiitas! Há muito que aguardo a reação do Irão, país xiita, com arsenal nuclear. Aguardar para ver.
F. Rahman, no seu livro Islam and Modernity (Chicago 1982), escreve:

A liderança do homem ocidental no mundo humano está chegando ao fim, não porque a civilização ocidental esteja em bancarrota material ou tenha perdido sua força económica ou militar, mas porque a ordem ocidental já cumpriu sua parte, e não possui mais aquele acervo de “valores” que lhe deu sua predominância. A revolução científica concluiu seu papel, como concluíram o “nacionalismo” e as comunidades territorialmente limitadas que surgiram na sua época. Chegou a vez do Islã.

Um olhar, mesmo muito superficial que seja, vê a Europa a degradar-se. O Euro a fingir que é o salvador, o povo a não acreditar mais nos seus próprios valores e muito menos nos seus políticos, a imigração a crescer de forma imparável, a teoria dos direitos humanos a fechar os olhos, jovens a abandonar os países para se juntarem à guerrilha terrorista, tudo isto forma um quadro que não engana nem o mais ingénuo.
Em 1964 Dayid Qutb, no seu livro Ma’alim Fi’l-tariq – (Sinalizações da Estrada), definia a sociedade islâmica: aquela que aceitava a autoridade de Deus, o Corão, como fonte de toda a inspiração humana, porque só ele podia dar origem a um sistema de moralidade. Todas as outras eram sociedades jayiliyya (ignorância da verdade religiosa), quaisquer que fossem os seus princípios: comunistas, capitalistas, nacionalistas, baseados noutras religiões, falsas, ou dizendo-se muçulmanos mas não obedecendo à sharia.
Que moralidade se vê hoje no chamado mundo ocidental, ou para melhor o definir, no mundo cristão? Filmes em que a indecência, a pornografia, as drogas e a violência ocupam a quase totalidade do que aparece. As revistas, aos milhares, expostas por todo o lado com mulheres, e homens, nus ou quase, uma ganância financeira onde vale tudo, não podem servir de exemplo a ninguém. Só à autodestruição.
A Europa está a fazer o seu hara kiri.
Tudo por falta de caráter, ética, princípios morais.
O Islã está à porta.
Não parece que alguém seja capaz de a manter fechada! E o papa Urbano II morreu há quase mil anos!
Esta é verdadeira crise: a crise de Homens.

3-set-14




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