terça-feira, 19 de fevereiro de 2013



Mas... o que é Utopia?



Ouvi há dias um professor falar sobre utopia, e puz-me a pensar no que vai de utopia por esse mundo “au diante”!
Só para recordar, a palavra de origem grega, significa “o lugar que não existe”! Mas existem os utópicos, os quixotescos, os franciscos de Assis, e muitos outros babacas, ingênuos ou idiotas, como eu por exemplo, que continuam a não querer deixar de acreditar que o mundo pode ser melhor, e ainda o povão empobrecido, abestalhado que se permite gastar algumas horas do seu hipotético descanso para discutir em qual governante vai votar: se o que rouba mais ou menos ou que mais depressa ou mais devagar vai contribuir para destruir o próprio povo.
Em França o tal hollande quase se transfigura em Napoleão com a intervenção no Mali, e ainda tem o descaramento de dizer, ao fim de poucos dias, que a guerra estava vencida! Agora é que ela vai começar a doer para aquele povo esquecido do SAEL. E arredores.
Também há poucos dias um consul, aliás ex-consul do Irã na Noruega, em Oslo, recebeu, surpreso, a inesperada visita de alguns agentes da temível polícia shariacreta iraniana. Uma espécie de CIA ou KGB, mas pior! Tinha havido em Teerã manifestações contra o governo e o tal aiatolá, que a polícia registou detalhadamente em filme. Depois analisou um por um dos manifestantes, mascarados, e começou a caçada.
Mostraram o filme ao consul perguntando-lhe se reconhecia alguém. Negativo. Então pararam uma imagem, ampliaram, e atrás da máscara o consul reconheceu um filho seu, rapaz de 20 anos, universitário. O consul, chocado, tentou defender o filho com a exuberância própria da idade. Nada perturbou os carrascos, que lhe disseram que para esquecer o acontecimento ele deveria ir a Teerã, e fazer um pronunciamento na TV oficial – a única! – condenando a manifestação, e por consequência a atitude do filho. Deram-lhe 24 horas para responder. O consul pediu demissão e asilo político porque já sabia o que o esperava se voltasse ao seu país.
E foi assim que ele deu essa entrevista à TV na Noruega, durante a qual afirmou, categoricamente, saber que o Irã quer por força ter a bomba atómica para a largar em cima de Israel, porque, segundo o todo poderoso aiatolá, o Islã tem que limpar o mundo dos infiéis para preparar a vinda do Mahdi, o redentor profetizado do Islã – (exclusivamente pelos xiitas) – que permanecerá na Terra por sete, nove ou dezenove anos antes da chegada do dia final, o Yawm al-Qiyamah o "Dia da Ressurreição".
Esta é uma das tais utopias, de vertente louca e assassina. Mas grave, e há que jamais menosprezar as atuações e intenções dos inimigos da humanidade.
Em muitas mesquitas imãs insistem em fomentar o ódio contra sobretudo os Estados Unidos, mesmo nalgumas em território americano, e mais ainda na Europa.
O mais que estes fanáticos loucos, assassinos, vão conseguir é criar uma barreira mais profunda ainda, entre o mundo “ocidental” e a grande maioria dos muçulmanos que até agora têm vivido em paz, mas que vão ter dificuldade em mantê-la.
Lembro ainda, não deixando a utopia, uma vergonha passada em Moçambique em 1998 (meu livro Loisas da Arca do Velho, 2001).
Quanto vale a vida de uma pessoa em Moçambique?
Por 1998, um dos garotos da Casa do Gaiato ali foi recolhido muito fraco, mal nutrido, genética doença da desnutrição, pobreza, etc. Tempos depois adoece novamente e o seu estado de saúde ultrapassa a capacidade de atendimento que lhes é ministrada no posto de saúde da Casa. Correm com ele a um médico italiano, a meia dúzia de quilómetros dali, voluntário contratado em muitos dólares por uma empresa italiana que tinha acabado de construir uma barragem, em cooperação. O garoto chega ao médico muito mal. É logo visto, e o médico:
- Não vale a pena.
- Não vale a pena, o quê?
- O tratamento.
- O que significa isso, não vale a pena?
- O medicamento é muito caro.
- !!!
Não havia mais conversa. Internou-se o garoto, encomendou-se o remédio da África do Sul, que chegou no dia seguinte - em Moçambique até aspirina era difícil encontrar - e salvou-se-lhe a vida. Está vivo e alegre até hoje. O remédio custou caro, mais de quinhentos dólares. Foi muito caro, sim. Mas quanto vale a vida de um indivíduo? Será que em Itália só tratam italianos até quatrocentos e cinquenta dólares, ou... o valor de uma criança em África é mais baixo?
Quem continua a acreditar que uma pessoa vale menos do que dinheiro?
E segue o rosário de esperanças utópicas, umas só caricatas, outras assassinas, outras criminosas pelo descaso e/ou despreparo dos governantes.
O “bom” utópico será esquecido, quando não ridicularizado pelo seu quixotismo. Mas há muitos, graças a Deus, que não desistem, quebram a cara, são insultados, e conseguem atingir o maior ideal que o homem deveria ter nesta vida: “dar a vida pelo seu irmão”!
Homens, e mulheres, desta têmpera, por muitos que sejam serão sempre pouquissimos. O bezerro de ouro fala mais alto e mais forte, o lucro alcançado de qualquer forma, sempre e sempre à custa dos mais fracos, a constante lavagem cerebral que a mídia, sobretudo a TV, nos impõe, onde tudo parece fácil, o ódio fomentado pelos ignorantes, o descaso no ensino, a mentira, o poder, sim, o poder, são a grande atração.
A grande atração dos canalhas. Canalhas, que por estas bandas se apoderaram da res publica e a delapidam.
Algum dia um canalha pode virar cavalheiro??? Isso não é utopia, é piada.


15/02/20113

Um comentário:

  1. oi primo

    ja acabei de ler este post

    One more time, I dont seem to see a balance in the subject you are covering! for example, this section:
    ...
    Esta é uma das tais utopias, de vertente louca e assassina. Mas grave, e há que jamais menosprezar as atuações e intenções dos inimigos da humanidade.

    Em muitas mesquitas imãs insistem em fomentar o ódio contra sobretudo os Estados Unidos, mesmo nalgumas em território americano, e mais ainda na Europa.

    O mais que estes fanáticos loucos, assassinos, vão conseguir é criar uma barreira mais profunda ainda, entre o mundo “ocidental” e a grande maioria dos muçulmanos que até agora têm vivido em paz, mas que vão ter dificuldade em mantê-la.
    ..."

    I find that your opinion is based not on research, study but mere repeating what one person said which actually was taken out of context. The president of Iran NEVER said that he wanted to wipe out israel off the map....NEVER. However, I am not sure if you are aware but what you repeated was first published by an american newspaper (New York Times) which was proven to have been incorrect translation from Persian to English.
    check this link: http://en.wikipedia.org/wiki/Mahmoud_Ahmadinejad_and_Israel

    Anyway, you also seem to be equating "Occident" with humanity. Why? what are your proofs? which specific "Western Values" do you have in mind?

    History clearly shows that the "Al-Gharb" has lost this argument a long time ago!


    Then you wrote:
    "...
    Em muitas mesquitas imãs insistem em fomentar o ódio contra sobretudo os Estados Unidos, mesmo nalgumas em território americano, e mais ainda na Europa
    ..."

    i almost cried when I read this. don't you think that the actions of Europe and USA alone are enough to create hatred? the people of Iraq, Afghanistan, Pakistan, and even Syria dont need Imams to tell them that! action speak louder than words.
    Just out of curiosity, since 09.11.2001 how many acts of terrorism inside Europe that resulted in deaths were caused by Islamic terrorists?

    http://www.loonwatch.com/2010/01/terrorism-in-europe/

    this is from Europol:
    https://www.europol.europa.eu/sites/default/files/publications/tesat2009_0.pdf

    see the breakdown of terrorist attacks! it is shameful that 96% of the attacks are carried out by non-moslems!


    this is from the FBI website: http://www.fbi.gov/stats-services/publications/terrorism-2002-2005/terror02_05

    can you see how many Islamic terrorist acts?


    primo, please show balance in your writings! if you are painting Islamics as nasty people, then how shall we paint the European/USA that caused even more suffering?
    or, do you believe that European life is worth more than Moslem life?

    i would like to see evidence of what you are discussing as I think just putting some Arabic-sounding expression is not good enough!

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