O assassinato das Tradições
Com o evoluir a que estamos assistindo, em Portugal não tarda será
proibido dançar o “Vira” ou cantar o Fado, Fátima como já tem nome árabe virará
uma grande mesquita assim como os Jerónimos. Em Paris a Notre Dame onde, por
amor, tanto sofreu Quasimodo, será outra mesquita, o cemitério do Père Lachaise
arrasado como estão agora a fazer os Al-Qaeda no Mali, assim como as estátuas
de Joana d’Arc, e... e... e...
Os portugueses queixam-se, lastimam a vergonha que foi a “descolonização
exemplar”! Uma tremenda vergonha, covardia, e ainda agora muitos, muitos,
daqueles que viveram nas antigas colónias mantém uma lágrima de saudade daquele
tempo, daqueles países, daquelas gentes.
A descolonização portuguesa foi um crime. E a belga, no Congo que já
mudou de nome três vezes e onde continuam a matar-se entre si aos milhares e
milhares? E os franceses com a Argélia? O governo francês do novo holande, há pouco pediu publicamente
desculpa da França pela morte duns tantos argelinos pela polícia de Paris,
durante uma manifestação pela independência do seu país. Fez muito bem.
Mas não consta que a França tenha feito alguma coisa de grande, como
seria de esperar do país dos grandes pensadores do século XIX, pelos pieds noirs e pelos harkis! Os que conseguiram fugir da Argélia ou foram totalmente
abandonados ou metidos em campos de concentração, em França, donde alguns, até
hoje, meio século passado, ainda vivem sob o estigma de estrangeiros!
Entre os dois grupos, quase dois milhões de pessoas.
Os que quiseram ficar no magrebe... foram todos assassinados.
Tudo isto por MEDO.
Na altura tudo podia ter sido feito com espírito cristão. Entre irmãos.
Sem se zangarem nem combaterem.
O tempo passa muito mais depressa do que nos parece, sobretudo quando,
por exemplo, enfrentamos uma fila para sermos atendidos num hospital! Ou mesmo
quando, pelo telefone, queremos reclamar com algum fornecedor.
E com o tempo a memória da nação vai-se perdendo, os valores tradicionais
abandonados. O que conta hoje é a estupidez colectiva dos grandes shows das
ladys gagás, madonas e outras sem vergonha que se exibem oferecidas em figuras obscenas
e em cantigas com frases e gestos que até os homens do meu tempo teriam
vergonha de pronunciar entre si.
Quem se atreve a esquecer que no pós 25/04 os “gloriosos” esquerdistas
quiseram condenar, como no tempo da inquisição, a memória de Vasco da Gama e
Afonso de Albuquerque, e cantar a internacional socialista para enaltecer
stalin e outros açougueiros? Porque se continua a venerar assassinos como che
guevara e outros?
Já falámos que nalgumas escolas em França proibiram a visita do afável
“Père Noel”, noutras as professoras de ciências foram ameaçadas se por acaso se
“lembrarem” de ensinar aos alunos a teoria da evolução e que teríamos um
antepassado comum que seria um primata... como nós! E milhões, só nos Estados
Unidos, condenam a Teoria da Evolução. Que belos cientistas se preparam, e que
belos tempos se adivinham!
No Brasil do “politicamente correto”, com base nos ensinamentos de fidel,
chavez e outros gangsters, uma dos mais famosos contos infantis, “O Sítio do
Pica-Pau Amarelo”, está condenado porque o conselho nacional de educação
entendeu que esta passagem, “a Tia Nastácia,
esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou [numa árvore], que nem uma
macaca de carvão”,
era ofensiva para os negros! Livro escrito há mais de 50 anos... que nunca
ofendeu ninguém!
Há
pouco surgiu nova polêmica sobre uma pequena cantiga infantil, com música de
Villa Lobos, O Cravo e a Rosa!
Algumas “tias”, como aqui chamam às profs, ultra... estúpidas acham que estes
versos estimulam as brigas entre meninos e meninas! (Falaremos mais neste caso
no próximo texto).
Acreditar em Papai Noel é coisa
infantil. Proibir isso às crianças com medo dos fundamentalistas ou da cretinada
dos des-governos é covardia. Nós não podemos matar a criança que sobrevive
dentro de cada um.
Um dia, quando a cova começar a mostrar a profundidade que nos aguarda,
será tarde para nos lembrarmos dos ensinamentos dos nossos pais e avós. E
ficamos a pensar: nestas circunstâncias o que teriam eles feito para manter a tradição,
os costumes, a fé no seu país e no seu povo?
Eu tenho vários amigos muçulmanos, da Tunísia, de Marrocos e outros
lugares. É um prazer muito grande estar com eles e suas famílias. Conversamos
sobre tudo que nos vem à cabeça, mas jamais nos passou pela cabeça estar a
condenar o outro pelas suas convicções e tradições. Estes meus amigos são,
simplesmente, pessoas normais.
Felizmente não tenho amigos nos des-governos. Deus me livre dessa!
Para finalizar lembro este “pensamento” que há muitos anos me foi contado
mais ou menos assim:
Aos
6 anos eu não sabia nada
Aos
10 comecei a aprender alguma coisa
Aos
13 já sabia muito
Aos
20 sabia quase tudo, até mais do que o meu pai
Aos
25 descobri que o meu pai afinal também sabia umas coisas
Aos
35 era dificil discutir com o meu pai. Ele sabia sempre mais
Aos
50 sempre ia pedir conselho ao meu pai
Aos
60 choro por não poder mais ter o seu conhecimento ao meu lado
Estamos a deixar perder os nossos valores, a abandoná-los. Parece haver
desinteresse pela história que igualmente está a ser alterada para não ferir
susceptibilidades ou induzir os jovens a condenarem o seu glorioso passado.
Até
dentro das famílias esse conceito de pais, irmãos, filhos, netos, etc., está
agonizando!
Mas
até aqui as novas “igrejas-comerciais” vão encarregar-se de abrir caminho à
desunião.
O
que nos resta? Que 2013 faça o milagre de transformar bestas em gente? A minha
fé não chega para acreditar em tanto.
31/12/2012