quinta-feira, 10 de novembro de 2011


VERGONHA  OU  SEMVERGONHICE ?


Como as multidões são previsíveis e ignorantes! Um dia aplaudem, gritos histéricos, um governante que está no poder, e tão logo ele sai, volta o histerismo, o apedrejamento, o ódio e a maledicência.
E estas manifestações circenses e bestiais se repetem, regularmente, à medida que o poder muda de mãos!
Julgar alguém no poder, ou acabado de sair, é sempre um ato de ignorância ou imbecilidade! Só a história, passados muitos anos, talvez passado um século ou dois, possa, sem a inflamação do momento, nem o poder da finança a influenciar, analisar o valor do indivíduo e a sua obra.
É fácil encontrar casos, muitos, de atitudes impensadas, irresponsáveis ou covardes. Ainda hoje, por exemplo, o paranóico Kim II-sum e seu querido papá Kim Jon II, seu culto a si próprios, multidões de milhares, milhões, de animais de cabeça oca, a dar vivas aquela aberração política e social!
Luis XVI, Pinochet, Mussolini, o Xá Reza Pahlavi, os generais da ditadura brasileira e tantos outros, aplaudidos e amaldiçoados, a quem a história, um dia, quando liberta de pressões, fará um julgamento justo.
Todos eles deixaram pesos na balança, e foram vaiados na saída! Veremos, aliás, verão outros, no futuro, para que lado a balança pendeu.
O maravilhoso conto de Andersen, “O rei vai nu”, mostra bem a covardia das multidões.
Agora o que está na moda, depois dos cataclismos financeiros do civilizado mundo do Norte, é aplaudir o “êxito” do Brasil.
Governado oito anos, aliás, desgovernado, pelo ex-pobre metalúrgico, sem um dedo, que por sua capacidade de liderança de greves ascendeu à presidência. E levou atrás de si o escol da esquerda ávida para encher os bolsos próprios e dos camaradas.
Mas o país, assim mesmo, cresceu. E vai crescer durante muito tempo ainda, qualquer que seja o governo ou desgoverno que tenha.
O Brasil é um país cheio de recursos naturais que lhe permitem uma pecuária e agricultura, ainda com muito por explorar, mas suficiente para dar de comer a todos e até exportar, recursos hídricos imensos, podendo dar-se ao luxo de evitar usinas nucleares ou termoelétricas (que o governo pensa construir!!!) minerais de toda a espécie e elevados valores, petróleo, gás, e...
E... tem tudo para ser o primeiro mundo! Mas não é.
E porque o país tem todos estes recursos, imensos, os louros vão para quem praticamente nada fez, além de usar de toda a sua influência política para fechar olhos às denúncias contra os seus comparsas ladrões, familiares que enriqueceram do dia para a noite sendo pouco mais que analfabetos, e assegurando, com muita propaganda e favores que o dinheiro público alimenta, muito dinheiro público, uma estrutura pseudo esquerdista que se está a enriquecer, para seu eterno retorno ao poder.
Entretanto a sua fama conseguiu eleger uma senhora que jamais havida tido um cargo político ou administrativo, e continua a prestar vassalagem ao antigo chefe, que é afinal quem determina quem deve ocupar os cargos, no mais alto escalão, que, normalmente por razões de corrupção exagerada, vão perdendo a mamata.
O atual sistema político brasileiro é decalcado na sinfonia Putin/Medvedev/Putin = Lula/Dilma/Lula. Lembra aquela modinha portuguesa: “Ora agora ficas tu, ora agora fico eu, ora agora ficas tu, ficas tu mais eu!”
E nesta mamata se mantém os mesmos cabecilhas, eminências pardas, os chamados “pensadores” marxistas, bajuladores (ainda!!!) do Fidel e do Chavez, alimentando o movimento guerrilheiro MST, que, de repente pode ser-lhes útil para continuar a dominar as finanças do país.
E vem a imprensa internacional elogiar a “grande” qualidade de governante do ex e da atual!
O ex, esperto, habilidoso, sofismado, que nem uma destas qualidades se lhe pode negar, desbocado e ignorante, é agora convidado por mais de cinquenta – 50 – universidades, que querem “honrar-se” dando-lhe o grau de Doutor Honoris Causa!
Como vai o mundo!
O lado selvagem do homem continua a dominar.
Reina absoluta a hipocrisia, coadjuvada pela finança, corrupção e tráfico de tudo: drogas, armas, mentiras.
Não adianta querermo-nos queixar.
Mas jamais nos podemos sentir uns idiotas porque recebemos de nossos pais, princípios inabaláveis de conduta e ética de que não nos queremos, nem devemos, afastar.
Reclamamos, ofendemo-nos por sermos obrigados a pertencer a esta mesma espécie que insiste em atropelar o seu semelhante (?) e em se autodestruir, mas, ingênuos talvez, não abdicamos da nossa consciência.
Por isso somos obrigados a denunciar o crime, qualquer que seja a sua forma, e... fica tudo por isso mesmo!

09/11/11

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