quarta-feira, 23 de novembro de 2011



Curiosidades da Idade Média


Naqueles tempos passados a grande maioria dos noivos casavam só no mês de junho (início do verão, para eles, lá na Europa), porque, com todo o frio que rapavam no inverno, tomavam o primeiro banho do ano em maio, para tirar toda a “casca” mal cheirosa acumulada tanto tempo, e em junho, o cheiro ainda estava mais ou menos suportável. Entretanto, como tanto o noivo como a noiva já começavam a exalar alguns "aromas", as noivas passaram a carregar buquês de flores junto ao corpo, para disfarçar o desagradável odor. Daí termos : maio, o "mês das noivas", e a origem do buquê, explicadas.

Os banhos eram tomados numa única tina, enorme, cheia de água quente. O chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho, na água ainda limpa e quentinha. Depois, sem trocar a água, vinham os outros homens da casa, por ordem de idade, a seguir as mulheres, também por idade e, por fim, as crianças. Os bebês eram os últimos a tomar banho. Quando chegava a vez deles, a água da tina já estava tão suja que era possível perder um bebê lá dentro. É por isso que existe a expressão em inglês "don't throw the baby out with the bath water", ou seja, literalmente "não jogue fora o bebê junto com a água do banho", que hoje usamos para os mais apressadinhos...

Os telhados das casas não tinham forro e as madeiras que os sustentavam eram o melhor lugar para os animais se aquecerem; cães, gatos e outros animais de pequeno porte, como ratos e besouros. Quando chovia, começavam as goteiras e os animais pulavam para o chão. Assim, a nossa expressão "está chovendo canivetes" tem o seu equivalente em inglês em "it's raining cats and dogs". E para não molhar ou sujar as camas, inventaram uma espécie de cobertura, que se transformou no sofisticado dossel.

Aqueles que tinham dinheiro possuíam pratos de estanho. Certos tipos de alimentos oxidavam o material, o que fazia com que muita gente morresse envenenada. Lembremo-nos que os hábitos higiênicos da época não eram lá grande coisa... Isso acontecia frequentemente com os tomates que, sendo ácidos, foram considerados durante muito tempo como venenosos. Os copos de estanho eram usados para beber cerveja ou uísque. Essa combinação, às vezes, deixava o indivíduo "no chão" (numa espécie de narcolepsia induzida pela bebida alcoólica e pelo óxido de estanho). Alguém que passasse pela rua poderia pensar que ele estava morto, portanto recolhia o corpo e preparava o enterro. O corpo era então colocado sobre a mesa da cozinha por alguns dias e a família ficava em volta, em vigília, comendo, bebendo e esperando para ver se o morto acordava ou não. Daí surgiu a vigília do caixão.

A Inglaterra é um país relativamente pequeno, e nem sempre houve espaço para enterrar todos os mortos. Então, os caixões eram abertos, os ossos tirados e encaminhados ao ossário, e o túmulo era utilizado para outro infeliz. Às vezes, ao abrir os caixões, percebiam que havia arranhões nas tampas, do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade, tinha sido enterrado vivo. Assim, surgiu também a idéia de, ao fechar os caixões, amarrar uma tira no pulso do defunto, tira essa que passava por um buraco no caixão e ficava amarrada num sino. Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo durante uns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento do braço faria o sino tocar. Assim, ele seria "saved by the bell", ou "salvo pelo sino", como dizemos hoje....

Nos nossos dias, com a “evolução”, os assassinados normalmente levam vários tiros... para não sofrerem dentro do caixão!
Os copos e jarros de estanho são bonitas peças para estantes, mas beber com elas... o diabo.
E o aroma dos noivos.. deixemos que eles se cheirem!

23/11/2011



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