domingo, 20 de novembro de 2011


O Bem e o Mal

...e os péssimos!


O maior mistério da humanidade é Deus! Desde os mais remotos tempos, até hoje, o homem procura Deus, não para o cultuar ou seguir os seus ensinamentos, mas para o conhecer e para o apaziguar.
Alguns chamados cientistas ou teólogos, pressupõem-se novos Adões, a quererem equiparar-se a Deus, e penetrar nos mistérios mais simples, por muito complicados que sejam, para concluírem, cientificamente, que Deus não existe!
Desde sempre o homem se indagou também donde vinha. Como tinha aparecido na Terra?
O Génesis dá-nos uma versão simplificada, poética, e que, para a grande maioria, serve muito bem: “Deus formou o homem de barro da terra, e soprou no seu rosto um sopro de vida, e o homem tornou-se alma vivente.”
Logo a seguir mataram-se os homens entre si, aos milhares ou até milhões.
Tal como Noé, Abraão “reconheceu” a Jeová como Deus único, e por temor obedeceu-lhe, passando a primeira lei a ser uma negativa: ”Não faças aos outros o que não gostarias que te fizessem.”
No Egito, quando Akenathon decidiu acabar com a proliferação de deuses, e com a vida devassa e escandalosa dos sacerdotes, obrigando a que se prestasse adoração a um Deus único, o Sol, que ele representava, fonte de toda a vida na terra, os sacerdotes, com sua imensa força, revoltaram-se e Akenathon... morreu.
Na mesma época numa região não muito distante, outra religião foi mais bem longe, e através de Zaratustra, um sacerdote, deixava-nos escrito que o homem era feito de alma e corpo, o Bem e o Mal, e que a única forma de poder organizar o mundo e a sociedade é estando o Bem acima do Mal.
O Bem era uma dádiva de Deus e ao nascer o corpo, o Mal, envolvia esse precioso Bem, devendo os seres humanos, ser livres para pecar ou para praticar boas ações, mas seriam recompensados ou punidos na vida futura conforme a sua conduta.
Os principais mandamentos eram: falar a verdade, cumprir com o prometido e não contrair dívidas. O homem deve tratar o outro da mesma forma que deseja ser tratado. Por isso, a regra de ouro era: "Age como gostarias que agissem contigo".
Entre as condutas proibidas destacavam-se a gula, o orgulho, a indolência, a cobiça, a ira, a luxúria, o adultério, o aborto, a calúnia e a dissipação. Cobrar juros a um integrante da religião era considerado o pior dos pecados. Reprovava-se duramente o acúmulo de riquezas.
As virtudes como justiça, retidão, cooperação, verdade e bondade, surgem com o princípio organizador de Deus. Esta prática do Bem leva ao bem-estar individual e, conseqüentemente, coletivo.
A conduta de Zoroastro, Zaratustra, não agradou aos sacerdotes ortodoxos, e passou a vida a ser perseguido.
Veio o Cristo, simplificou os conhecimentos zoroastrianos, deixando a mensagem básica do Amor: “Ama o próximo como a ti mesmo”. Combateu os fariseus, falsos, e acabou sendo perseguido e morto.
Mas a Sua mensagem foi forte demais para morrer. Apesar de todos os crimes cometidos pela igreja, no seu poder temporal, é esta ainda a mensagem máxima que subsiste e há-de subsistir.
Até à Renascença, por imposição de Roma, do chamado papismo, cheio de força pela ajuda que prestou aos grandes governantes da Europa, era heresia, sujeita a castigos inconcebíveis, duvidar de que tudo sobre a face da terra havia sido criado, diretamente, por Deus.
Darwin, cautelosamente, mostrou que as formas vivas da terra, provinham de uma constante evolução, e não da vontade direta de Deus. Ainda hoje, algumas seitas cristãs, e muito nos EUA, continuam a não aceitar a teoria da evolução, condenando quem a proferir!
Já perto de nós Karl Marx chegou com o socialismo. Mas unicamente um socialismo de produção, esquecendo-se que o homem é composto de Bem e Mal, e para além da distribuição da riqueza ele deve procurar a felicidade, não só terrena como espiritual, amando o próximo.
Teilhard de Chardin, um jesuíta, teólogo, filósofo e paleontólogo, estudando e descobrindo, como cientista, propôs a mais inteligente conclusão: “Sendo Deus a unidade pura, deu aos seres participar de sua unidade, em si mesmos, e tenderem sempre para unidades mais amplas, pois todo o movimento de subida, que Deus imprimiu nos seres desde o começo, é um movimento de “convergência”, e que sintetiza: “Tudo o que sobe, converge”.
É o movimento que Teilhard chama socialização. Socialização é um “retorno da humanidade refletida sobre si mesma, é um fato positivo que se situa na evolução, pois o homem individual só é perfeitamente homem, só chega aos limites de si mesmo em solidariedade, e pela solidariedade a todo humano, passado, presente e futuro. Deve-se ir conscientemente em direção de uma socialização que nos torna mais humanos, e é precisamente nessa socialização que a humanidade reencontrará sua alegria de viver. ”
“Do NADA, fez-se tudo!” E para que do Nada algo aparecesse, teria que existir um Ser Superior.
E voltam as dúvidas a perguntar: se antes do Princípio TUDO ERA NADA, como é possível que algo existisse antes desse NADA?
O hinduismo tem para isso uma explicação, sempre uma semi-explicação, mas fruto de muita meditação, quando considera a eternidade como um círculo fechado, e aí se encaixa a eternidade, porque um círculo não tem princípio nem fim.
E acumulam-se as dúvidas a martelar dentro da cabeça: Há poucos milhares de anos a população da Terra seria de uns centos de milhares de humanos que se foram matando ou morrendo de epidemias. As serras e os campos cobertos de florestas permitiam ao planeta respirar. Hoje somos sete bilhões, não tarda seremos dez, vinte ou cinquenta bilhões, cada vez mais idosos, incapazes, e o planeta imensamente mais degradado. Como vai ser?
Segundo Teilhard de Chadrin, a evolução, partindo do ser mais simples e elementar, este foi crescendo, criando novas células, multiplicando-as aos milhões e milhões, fazendo-as interagir, até chegar ao ser superior que seria o homem, com a sua capacidade de pensar.
Como a evolução não pára, poderemos imaginar que qualquer dia surge um outro mamífero que pense e até dialogue com os humanos? Pouco provável? Será que os humanos iriam permitir este novo “concorrente”?
Porque não admitirmos que quando um outro animal tiver atingido evolução igual ou parecida, que possa Deus soprar-lhe também o espírito?
Será um tempo imenso até que esta hipótese possa vir a concretizar-se.
Por ora fiquemos com os princípios da doutrina do Avesta, com uns 5.000 anos de existência, repetidos pela mensagem de Cristo:

• O Bem, a Alma, o Espírito, é uma dádiva de Deus;

• O Mal, o corpo, é dádiva do Diabo;

• Os principais mandamentos eram: falar a verdade, cumprir com o prometido e não contrair dívidas. E as virtudes, justiça, retidão, cooperação, verdade e bondade;

• Das condutas proibidas destacavam-se a gula, o orgulho, a indolência, a cobiça, a ira, a luxúria, o adultério, o aborto, a calúnia e a dissipação. Cobrar juros a um integrante da religião era considerado o pior dos pecados. Reprovava-se duramente o acúmulo de riquezas;

"Age como gostarias que agissem contigo", ou “Ama o próximo como a ti mesmo”.

Observação final... e triste: Onde se vê na política, na governação, nas finanças, no comércio, na humanidade em geral, responsáveis seguirem estes ensinamentos básicos?

19/11/2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário