domingo, 1 de dezembro de 2019



MANIFESTO
aos portugueses acomodados

Imagino que Portugal tem muita história e atitudes dignas que não devem ser esquecidas e, sempre que necessário, repetidas.
Lembro só a Reconquista Cristã, quando recuperámos a nossa cultura, correndo com os muçulmanos e a Restauração  de 1640 quando mandámos os castelhanos para casa.
Havia homens em Portugal que não estavam acomodados.
Apesar do assunto ser demasiado sério, vou começar por contar uma pequena história que ouvi de amigo dos meus pais, há muitos anos. Quase 70!
Esse Senhor tinha casa numa aldeia do Algarve, para onde ia em férias, e como ótimo médico era pessoa respeitável e querida no lugar. Aproximava-se o Natal e o povo decidiu fazer uma representação natalícia, onde, para bom decoro das jovens, os atores eram todos homens.
Cenário: um “quase” presépio. Nossa Senhora, um forte pescador, barba serrada, mas bem aparada, dormia sentada ao lado dum cestinho onde o Menino era representado por um boneco. Em pé São José, um jovem, voz ainda flauteada.
De repente começa-se a ouvir um barulho de correntes de ferro a chiarem e vê-se descer do teto um vigoroso marinheiro, pernas cabeludas, vestido de Anjo Gabriel, que ao pousar no chão diz a São José:
- José! Foge. Abala já co o Menino lá prás bandas do Ingito!
O anjo, ainda amarrado nas sonoras e enferrujadas correntes é levado de volta para as alturas até desaparecer.
São José, voz ainda de adolescente, vira-se para Nossa Senhora e diz-lhe:
- Ouviste, esposa amada?
 A Senhora, voz grossa, rouca do mar e do vinho, procura resposta com o máximo de doçura:
­- Cá pro mim não ouvi nada!
­Cai o pano. A plateia aplaude e chora comovida. O nosso médico não aguentou tanta dramatização e fugiu dali para rir à gargalhada.
Reza a história que assim se salvou o Menino da fúria de Herodes, com a consciente e imediata decisão do carpinteiro José.
E aqui começa a mensagem, objeto deste manifesto:

São José não esperou para ver o que ia acontecer.
Não ficou sentadão no calor do estábulo onde Jesus nasceu.
Sabia que ia enfrentar uma viagem imensa e difícil.
Mas José, o carpinteiro, não era covarde.

Afonso Henriques também não era covarde, nem o foram Antão de Almada nem António Teles de Menezes e muitos outros, quando há 379 anos Portugal disse BASTA à dominação castelhana.
O que se assiste hoje em Portugal, é ver os “bons” ficarem acomodados à espera de... à espera de quê mesmo? Que  a Senhora de Fátima ou o Dom Sebastião, lhes venha resolver os problemas?
Problemas dum desgoverno corrupto, inepto, assistir aos “colarinhos brancos” a serem tratados por senhores e não trancafiados na cadeia, membros do governo a dizerem um monte de besteirol dando ainda risada na cara do povo que prefere o conforto dos seus eventuais momentos de lazer em vez agir, de se manifestar.
Aqueles que preferem não votar porque já sabem que ganham sempre os mesmos. Evidente, porque esses mesmos nunca deixam de votar.
No bem bom da sua ausência – leia-se covardia – os tais mesmos... vão rolando e dizendo mal de um e de outro, sem saírem para agir.
Bem, se o país não se endireita a votos, como pode sair dessa vergonha? Uma revolução!
Revolução para acabar com esse estado de coisas? Porque não?
Só que não pensem em grandes figuras da nossa história recente como o Coronel Jaime Neves, nem precisam atirar o primeiro ministro pela janela.
Mas não esqueçam que em 1975 a taxa de abstenção nas eleições legislativas foi de 8,5% e em 2019 de 51,4%! Estão à espera de quê?
E para a EU Portugal bateu o recorde europeu de abstenção: 69,3%. Resultado... ganharam os que votam, do PS e outros mais espertos e eficientes.
O voto ainda é a melhor arma, porque revolução com tiros, traições e inverdades é técnica da esquerda bolchevista.
A revolução em Portugal tem que seguir as pisadas, o ensinamento, de um Homem, grande, com uma simples linha de pensamento e atuação: a Paz.
O destino não é uma questão de sorte; é uma questão de escolha. Não é algo para se esperar; é algo para se alcançar.
O Homem chamou-se Mohandas Karamchand Ghandi, conhecido como Mahatma Ghandi; Mahatma, uma palavra do sânscrito que significa maha, grande, mais atman, alma ou espírito, uma grande alma.
Pacifista seguiu a política de Desobediência Civil, conceito formulado originalmente por Henry David Thoreau, nos EUA em 1848. A ideia predominante nesse ensaio era de alguém que esteja em boas condições morais se opusesse a quem "explora ou faz sofrer um outro homem"; dizia que não precisamos lutar fisicamente contra ele, mas sim não apoiá-lo.
Jamais luta armada ou manifestações com baderna.
Manifestações, quanto maiores melhores, mas sempre com a ideia de PAZ e em Paz.
Paralização de serviços, de transportes e outros, nunca de postos médicos ou hospitais e, sobretudo manifestações no Parlamento, anotando e dando a conhecer os erros e covardias dos parlamentares, ajuntamento frente à presidência da República, gabinetes dos ministros, Banco Central, etc. Aproveitar os estádios desportivos e aí aproveitarem para mostrar o que é necessário fazer, e ganhar cada vez mais adeptos.
É evidente que parte da população vai sofrer um pouco com algumas manifestações e boicotes. Mas nada de grande jamais se fez sem entusiasmo e sem sacrifício.
Antes de tudo isto é necessário encontrar um líder. Nada funciona sem uma cabeça... boa.
Toda a gente sabe como é um líder: sério, ético, culto, firme e bondoso. Podem procurar na vida civil, o melhor meio para encontrar alguém com suficiente curriculum, nas universidades, nas Forças Armadas não parece aconselhável apesar ter gente de primeira categoria, talvez até na função pública, mas... assim como no próprio Parlamento, neste caso com difícil aprovação, pelo menos da minha parte.
Idade? Indefinida. Podem lembrar-se de Salazar que com 29 anos endireitou o país, mas a juventude deve ter-lhe estimulado a ganância para não largar mais o poder.
Tem que saber um pouco de política porque é um ambiente tumultuoso, difícil, traiçoeiro e, sobretudo, se for líder, saberá escolher os seus colaboradores, e estimular TODOS os que se decidirem a enfrentar esta tarefa.
Que não seja ganancioso nem arrogante, simples, mas muito determinado, e que tenha uma ficha de vida impecável.
Até eu conheço alguns que poderiam ser escolhidos, ou, no mínimo, fazerem parte desta ação.
Todos saberão onde encontrar alguém com perfil para assumir o comando do Movimento.
Leva tempo. Precisa de algum dinheiro para se poder trabalhar.
Será difícil conquistar a mídia, quase toda esquerdista, bem como as TVs, que igualmente se podem boicotar. A imprensa, é só não comprar os jornais e revistas, e a TV... não ligar.
A mídia impressa, de viés esquerdista, é só não comprar. Via internet, não abrir, porque eles sabem quantas pessoas os consultam, e se o número for grande sentem-se semideuses e sem vergonha ajudam a engrandecer os sandeus e agradar aos patrões para não perderem a boquinha.
Lembrem-se da americana Rosa Parks; sem gastar um cêntimo, pela sua atitude em Montgomery, capital do Estado de Alabama, EUA, durante meses os ónibus circularam quase vazios, e empresa à beira da falência foi obrigada a mudar radicalmente a sua política.
Uma só mulher conseguiu isso.
Em Portugal, os 69,3% dos eleitores que não votaram... podem fazer muito, muito mais!
Portugal precisa disso. Por enquanto está muito bonitinho, muito turista, mas tudo isso cheira a falso, quando se vê como o governo e alguns tribunais estão a atuar: a seu próprio favor.
Precisamos reunir opiniões, mas SOBRETUDO reunir gente. Muita gente. Consciente.
Estabelecer um plano. Divulgá-lo.
Uma só bandeira chega: a portuguesa, e uns poucos cartazes com algo como BASTA DE BADERNA.
Podemos começar por criar um blog.
Facebook, Twitter e outros, servem para chamar gente, mas não para discutir ideias. Tem gente demais.
Entretanto podem mandar as vossas opiniões, críticas, sugestões para o meu blog,
enquanto não se programa melhor o Movimento.
Acordem. Atuem. Livrem Portugal dos sem-vergonha.
E vamos recuperar dignidade, ética e todos os nossos valores culturais.

01 de Dezembro de 2019



2 comentários:

  1. FRANCISCO, PODE TOCAR À VONTADINHA OS SINOS A REBATE, MAS SEM ESQWUECER IO PROVÉRBIO «QUANDO O MAL É DE NAÇÃO... NEM A PODER DE SABÃO». UM CONSELHO: NÃO SE META EM BLOGS. A MENOS QUE SE QUEIRA VER EMPORCALHADO. FAZENDO-SE PASSAR POR FACETO, O PORTUENSE RAMALHO ORTIGÃO JÁ EM 1882 ESCREVIA: «A SOCIEDADE PORTUGUESA NESTE DERRADEIRO QUARTEIRÃO DO SÉCULO PODE EM RIGOR DEFINIR-SE DO SEGUINTE MODO: AJUNTAMENTO FORTUITO DE QUATRO MILHÕES DE EGOÍSMOS EXPLORANDO-SE MUTUAMENTE E ABORRECENDO-SE EM COMUM». E NÃO CREIA QUE A COMUNICAÇÃO SOCIAL SEJA DE ESQUERDA OU DE DIREITA. É CONFORME É ÚTIL OU INÚTIL PARA FINS OCULTOS. MAS NÃO É DE HOJE NEM DE ONTEM. JÁ O ARREEIRO JOSÉ AGOSTINHO MACEDO DIZIA: «EM SE JUNTANDO DOIS JORNALISTAS COM FOME, NASCE UM JORNAL». AGORA, EM SE ENCONTRANDO DOIS CAPITALISTAS COM MAIS AVIDEZ DE LUCROS, HÁ O ASSALTO AOS MÉDIAS MAIS INFLUENTES. DIGO TUDO ISTO NÃO POR ABATIMENTO MORAL OU PORQUE MINADO PELO PESSIMISMO. EU ATÉ SOU UM OPTIMISTA QUE ESPERA SEMPRE PELO PIOR. E DE CARA ALEGRE! UM ABRAÇO.

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  2. Tem razão mas é um país de adormecidos e que se contentam com a mediocridade..

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