Gente da Cuca
Na Cuca trabalhou muitos anos um sujeito fabuloso. Era o homem das
Relações Públicas, a quem era impossível dizer Não.
Quando começou o
terrorismo em Angola, Março de 1961, o Renato estava em viagem pelo norte de
Angola, em visita a distribuidores da cerveja. Ouvia as suas queixas, se as
havia, ajudava a resolver problemas de logística, mas sobretudo deixava a todos
muito bem dispostos e animados com a empresa, porque sempre terminava as suas
visitas com uma bela petiscada generosamente regada com as tais Cucas, e a sua contagiosa e boa
disposição.
Para ele não havia
problemas que não pudessem ser resolvidos, dizia a tudo que sim, mesmo que
depois tivesse que voltar a trás e dizer talvez.
E se os problemas não se resolviam, não era com ele que alguém se
aborrecia. Nunca. Não, jamais dizia.
Mas nessa visita ao norte,
de carro, dormiu uma noite em Quitexe, e como era madrugador e as estradas que
ia percorrer estavam em muito mau estado, saiu ainda mal o dia estava a nascer.
Almoçou em Muxaluando e nessa noite pernoitou em Zala. No dia seguinte, pelo
mesmo horário, de madrugada, seguiu para o Ambriz.
Ao chegar a esta cidade o
alvoroço era enorme. Tinham recebido notícias do que estava a acontecer por
toda a região que acabara de atravessar. Tinha irrompido o que se chamou, e
foi, o terrorismo. Momentos após a sua saída de Quitexe a povoação foi atacada
e massacrada toda a população branca ou mestiça que ali vivia. À tarde aconteceu
o mesmo em Muxaluando, e naquela mesma manhã em Zala.
O Renato quando ouviu isto
ficou aterrado. Tinham escapado incólumes, ele e o ajudante, andando sempre só
alguns minutos à frente da morte, sem terem a menor noção do horror que estava
acontecendo.
Durante muito tempo não
havia quem o arrancasse de Luanda. Ficou traumatizado, o que é natural, face à
brutalidade desses ataques, que só tiveram como resultado um outro brutal
contra ataque da parte dos brancos.
Enfim.
Mas o tempo foi diluindo o
choque, e o Renato voltou a ser o mesmo, sempre amável e atencioso, alegre,
muito educado, prestável, bonancheirão, generoso.
Mas voltar a percorrer
Angola de carro, isso não foi capaz.
Sendo eu o seu “chefe” um
dia estávamos a combinar ir a Nova Lisboa. Ele seguiria de carro, com o
ajudante, ótimo, que tínhamos para essas viagens, e eu iria lá ter, de avião,
dois dias depois.
O Renato, transtornado
vira-se para mim e diz:
- Não vou!
- Não vai??? O que se passa?
- Pode até despedir-me, mas de carro eu não vou!
Despedir o Renato, peça chave na companhia,
nem o Papa! Muito menos eu! Só depois é que entendi que tudo aquilo eram os
resquícios do trauma, violentíssimo, que vivera.
Mandámos um motorista
levar o carro e fomos os dois de avião.
Como responsável comercial
da companhia, um dia organizei uma espécie de reuniões de formação para os
promotores e o restante pessoal de vendas. Usava uns painéis com frases chave e ia discorrendo com exemplos sobre
os métodos de atuação. O Renato, depois do almoço, ainda nem a meio do meu papo
ia, já dormia a sono solto.
Um dos painéis tinha uma
frase bombástica: “Se queres comandar a
natureza tens que obedecer às suas leis. Francis Bacon”.
Renato, bom garfo e
gourmet, só ouviu a palavra bacon! Abre os olhos meio estremunhado e diz:
- Ah! Bacon, eu gosto muito!
É fácil imaginar o riso
que contagiou a assembleia!
Quando o levava para
almoçar ou jantar conosco, sempre fazia a mesma brincadeira: sabia que a minha
mulher “instruía” o cozinheiro, lendo-lhe do seu, hoje famoso, livro de
cozinha, o prato que ele devia cozinhar. Lia mais ou menos de uma fornada, e o
cozinheiro fazia à moda dele, mas sempre impecável.
O Renato, sempre fazia a
graça de telefonar lá para casa e perguntar à minha mulher:
- O jantar hoje, é do livrinho?
Adorava receber em sua
casa onde sempre se preparavam uns petiscos
ótimos. Recebia com a maior lhaneza e fazia questão que todos se sentissem
totalmente à vontade, aliás uma maneira de ser africana, exponenciada por ele.
O Manel Teixeira,
licenciado em Direito, jovem alferes, vinte e poucos anos, acabara de chegar a
Luanda para cumprir o serviço militar na guerra colonial. Nos serviços
administrativos do exército, nunca andou pelo mato. Sorte dele.
Renato soube da sua
chegada, que estava sozinho em Luanda, sabia que era um grande amigo meu, fez
questão que o levasse para jantar em sua casa.
Uns dez convivas, mesas
postas no terraço, fresquinho, onde sempre corria uma agradável brisa. Chão de
cerâmica. O anfitrião incansável nas atenções para com os convidados, que se
sentissem bem. Ótimo jantar, tudo muito bem arranjado com a colaboração do Pincelinho, uma simpática amiga sua,
baixinha, junto de quem acabou seus dias. O Manel, fazendo cerimónia, porque
ainda não estava nem familiarizado nem angolanizado.
Era a primeira vez que ia a casa do Renato.
O serviço de pratos era ótimo
e lindo. Moderno. Branco, com um rebordo vermelho, muito bonito. Made in USA, Pirex,
inquebrável, novidade.
O Manel estranhou, quando
lhe disseram que era inquebrável. Lá na terrinha não havia disso, pelo menos
que ele tivesse conhecimento.
- Muito bonito. Mas é mesmo inquebrável? Pode cair ao chão e
não quebra?
- Pode. É mesmo inquebrável. Pode experimentar.
O Manel, meio desconfiado,
agarrou num prato para o deixar cair, curioso, mas temeroso. O Renato:
- Oh! Doutor. Experimente. Deixe cair.
Caiu. E fez-se em mil
pedaços! Convidado vermelho de vergonha, e logo o anfitrião:
- Experimente outro doutor. Esse devia ter algum defeito. Tome
este.
Segundo prato. Mais mil
pedaços. Risada geral. O Renato encantado com a experiência.
- Pode partir mais doutor. Não faça cerimónia, nem fique
preocupado.
Grande figura. E grande
amigo.
Depois do 25/4, a nova
diáspora. O Renato vai para o Brasil, teoricamente representava uma casa de
vinhos da família Vinhas, mas não lhe dava para viver, e estava a ficar velhote.
Voltou para Lisboa, com a
sua simpática companheira, que ele tratava por Pincelinho, uma excelente pessoa, mas a saúde começava a dar sinais
ruins.
Já na faixa dos 70, vão os
dois na rua, em Lisboa, cruzam-se com uma senhora, que os pára, reconhece o Renato
e cai-lhe nos braços! Não se viam talvez há meio século, mas ela não tinha
esquecido o seu amor da adolescência.
Estava viúva, sem filhos e
o marido tinha-lhe deixado muito folgadas finanças.
Sabendo da situação
difícil do “amor juvenil” logo ali o “intimou” para que fosse viver em casa
dela. Ele e a companheira. Tinha uma casa grande, automóvel e motorista, e não
havia qualquer intenção de compartilhar o namoro perdido, mas não esquecido.
Lá foram.
Não tardou a que Renato
piorasse e tivesse que ser internado. Numa das melhores clínicas de Lisboa,
tudo por conta do antigo amor!
Mas estava já muito mal.
Ainda o fui visitar. A cabeça baralhada. Reconheceu-me bem mas logo me associou
a Luanda e perguntou-me se estava hospedado no Hotel Universo que é em Luanda.
Saí chocado da clínica.
Regressei ao Brasil uns dias depois e entretanto o meu muito querido amigo, Renato Lima, a quem os nossos filhos chamavam de Tio Relato, finalmente, descansou. Na
foto ele teria uns 40 e pouco.
* * * * *
Outro
amigo que o tempo mais não fez do que consolidar uma amizade muito franca. Foi
ele que me entrevistou, em 1957, Lisboa, para a possibilidade de preencher uma
vaga de técnico na Cuca em Angola. Era o secretário da administração, em
Portugal. Gordo, simpático, grandão, irradiava simpatia. Eu não o conhecia, e só
tinha algum contato, muito esporádico, com um seu irmão, amigo duma irmã minha.
E
lá voltei eu para Angola.
Em
1961 a Companhia me mandou fazer uma série de estágios e visitas de estudo pela
Europa, era com ele que me entendia, em finanças, destinos, etc. Os patrões
eram muito “patrões”! Não sei já como me fazia chegar o dinheiro lá ao
estrangeiro, mas sempre fazia questão de dizer que não esquecera de mandar o
meu salário a casa dos sogros, onde tinham ficado os primeiros quatro dos
nossos filhos. Não se preocupe com as
crianças. O dinheiro vai lá ter certinho!
Quando
em 1963 surge e violentamente se espalha um boato caluniando o administrador da
Cuca, Manuel Vinhas, dizendo que ela
andava a dar dinheiros aos terroristas, dentro da companhia fui eu o único que
não acreditei em semelhante estupidez, como iniciei uma tremenda luta contra
isso.
Mas
a verdade é que teve nefasta influência nas nossas vendas e eu era o responsável.
O administrador local, Dr. Francisco Maia de Loureiro, aconselhou-me a escrever
um relatório detalhado para a patrãozada em Lisboa, e ele mesmo escreveu a
dizer que o sr. Amorim está a preparar um
relatório...
O
tal senhor Vinhas não gostou que alguém lhe apontasse o dedo e ficou bravo.
Uns
dias depois recebo um telefonema de Lisboa. Do já meu amigo secretário da
administração. Conversa tipo telegráfica, porque em questões de política nunca
se sabe quem e o que estão escutando, e disse-me só:
-
Estão todos bem aí em casa?
- Tudo perfeito.
- Não mande o relatório.
Não
entendi e perguntei:
-
Qual relatório?
- O que o dr. Maia Loureiro anunciou.
- Porque?
- Sabe que eu sou seu amigo, não sou? Então
esqueça o relatório, e adeus.
Desligou!
Fiquei
sem entender o que se estava a passar, tinha o tal relatório alinhavado,
guardei numa gaveta e... não disse nada.
O
boato foi de tal maneira que o “patrão” estava até proibido de sair de
Portugal.
Um
ano depois tive que ir a Lisboa, em serviço, contei ao meu sogro, juiz, o que
se estava passando e, sobretudo que nada tinha acontecido e que a PIDE, como de
costume, sem qualquer prova, mantinha o caso aberto.
Na
ocasião o Chefe de Gabinete do Ministro do Interior tinha trabalhado como
Delegado com o meu sogro, que decide telefonar-lhe e pedir uns minutos para
expor-lhe um problema.
Lá
fomos os dois. Expliquei bem a situação, o senhor não sabia de nada, mas disse
que ia mandar buscar o processo e falar com o ministro. Depois do almoço
telefonaria.
Assim
foi. Disse que eu lá fosse ter com ele que me entregaria uma carta, dirigida ao
“suspeito” assinada pelo ministro, informando que o processo acabara, tinha
sido arquivado.
O
meu amigo, secretário da companhia sempre fora, e continuou a ser muito amigo
do “patrão visado”. Quando lhe telefonei a dizer que o problema estava
resolvido, não acreditou.
Encontrámo-nos
ao fim da tarde, entreguei-lhe a carta e as lágrimas apareceram-lhe nos olhos.
O tal “patrão” ... nem uma palavra. Podia ter mandado um cartão de visita a
agradecer, mas... dois anos depois foi grosso comigo, eu respondi-lhe e
mandei-me! Não gosto de desaforo de rico.
A
amizade com o “secretário” logo passado a administrador, essa ficou, firme e
forte, mesmo quando o oceano nos separou. Vivíamos no Brasil, mas todas as
vezes que ia a Portugal um almoço com ele era prato obrigatório.
Em
80 o nosso filho Luis lembrou-se de ir para Portugal atrás duma... e casar. Não
valeu conselho de velho, foi e casou, mesmo que o casório não tenha durado mais
que alguns meses.
Festa
do casório em Oliveira de Azeméis. A nossa família contratou um ônibus e lá
foram os convidados, numa farra que jamais alguém havia visto algo parecido, o
que se ficou a dever à nossa sobrinha Zeza, que animou a excursão de tal modo
que as pessoas foram e voltaram a rir!
No
regresso a Lisboa, o querido amigo João
Matos Chaves vira-se para mim e diz-me:
- Oh! Chico! Tem que casar todos os filhos
aqui em Portugal. Um casamento como este nunca aconteceu antes.
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Dando
este passeio pela Cuca, há pelo menos
mais um colega de quem volta e meia me lembro.
Sobre
ele escrevi um pouco no meu livro, de 1998, no capítulo “ESTÁ FRESQUINHA”.
Cuca foi a primeira fábrica de cervejas
a instalar-se em Angola, em 1956, e até ao fim do tempo colonial manteve a
liderança do mercado, apesar da concorrência de mais quatro que entretanto
foram nascendo.
Foi seu cervejeiro, chefe dos serviços de fabricação durante
muitos anos, um açoreano, filho de cervejeiro, homem calado, teimoso e simples,
ótimo profissional, cioso do seu trabalho.
Sempre tinha vivido ligado à cerveja, a quem dedicava
todo o seu saber e experiência.
Para se manter inalterada a qualidade e tipo de
cerveja, a sua fabricação obriga a uma série de cuidados que vão desde a
eleição das matérias primas, os diversos tipos de cevada ou malte e lúpulo são
previamente submetidas a análises rigorosas.
Até os cuidados com a água são de importância capital.
A matéria prima mais importante na cerveja é, sem dúvida, a água. Esta era toda
lavada e depois acrescentada com os
sais que o laboratório indicava diariamente, após feitas também as convenientes
análises.
Depois, durante o processo de fabricação, de que se
faziam por dia quatro ou cinco caldeiradas
de milhares de litros cada uma, era necessário misturar essas caldeiradas umas
com as outras. A este mosto que segue
para tanques de fermentação é adicionada a levedura, ou fermento, que começa
imediatamente a transformar o mosto
em cerveja. O tempo de fermentação
varia com o tipo de cerveja a fabricar, e finda a fermentação principal a cerveja entra em tanques de fermentação secundária ou amadurecimento. À saída da
fermentação primária misturam-se vários tanques e finalmente dos tanques de
amadurecimento final, se faz outra mescla para que a qualidade do produto a
engarrafar e seguir para o mercado, se apresente de tal forma homogêneo que não
possa sujeitar-se a oscilações.
A fermentação faz-se com levedura que, como qualquer
ser vivo, apesar de todos estes cuidados, sempre encontra possibilidade de
manifestar a sua personalidade
individualista. Assim aparecem de vez em quando uns tanques em que a
cerveja, por razões mais ou menos desconhecidas sai diferente. A sua cuidada
mistura com outros tanques acaba por disseminar essa diferença sem alterar a
qualidade final.
Quando num desses tanques aparecia alguma coisa de
muito especial, o nosso cervejeiro, sentia um prazer maior, e gostava de o
compartilhar com os colegas, o que era natural.
A um por um mandava recado para irem à sua sala,
evocando qualquer pretexto de trabalho, e sem alardes mandava à adega buscar
dois copos daquela cerveja. Ninguém
suspeitava, porque mesmo que nada de especial estivesse acontecendo, sempre que
alguém ia falar com ele, era de praxe oferecer-lhe um copo de cerveja tirada
diretamente da adega. Mas naqueles dias a intenção era outra.
Depois do colega beber o primeiro gole, com ar
aparentando total despreocupação, perguntava:
- Que tal está
essa cerveja?
Quase sempre a resposta era a mesma, estava muito boa,
sem dúvida. Aliás beber cerveja saída diretamente dos tanques da adega, apesar
de apresentar turvação própria da levedura ainda em suspensão, que é depois
retirada durante a filtragem, era sempre uma delícia. Muito leve.
Dessa vez porém a cerveja estava bem para lá do
simples muito boa.
- Aahh! Mas
isto está uma maravilha! Que cerveja é esta? Alguma novidade na manga?
Era o que o pai
da criança queria e gostava de ouvir. Ficava todo feliz! Eram pequenas
coroas de glória que sem prejudicar alguém lhe davam enorme satisfação. Dessa
vez a cerveja estava muito especial.
Teciam-se depois alguns comentários sobre a excepção
daquele tanque, que tal como acontece nas adegas de vinho, em que se fazem
milhares e milhares de litros, no meio de tudo aquilo há sempre uns quantos
barris que se sobressaem. No vinho ainda dá para fazer seleções, engarrafando o
especial com rótulo e preço de eleição, porque há sempre quem compre o que é
superior, quando não é o próprio produtor que o guarda para si. Na cerveja não
se pode variar a qualidade, mesmo que por acidente ela se apresente melhor. Nem
engarrafar em separado para os amigos, porque quanto menos tempo de
engarrafada, melhor é para se beber. O destino destas pequenas maravilhas é
acabarem diluídas no meio de tantas outras, a fim de se manter a qualidade
estabilizada. Nada mais do que isto.
Entre os colegas havia um responsável pela manutenção do
equipamento da fábrica, engenheiro de máquinas, o Sampaio, a quem chamávamos de
Xampaio por ser lá de xima, das
Beiras de Portugal, onde em algumas regiões se fala ainda com sotaque galáico
português (que me perdoem os linguistas se estiver dizendo algum disparate).
Baixinho, forreta, mão de vaca, sem qualquer sentido de humor, mas competente
na sua área.
Foi também chamado a pretexto de discutirem algum
detalhe técnico-mecânico, assim que à sua sala já lhe estava passando às mãos
um copo da tal maravilha. O Xampaio, bebeu um gole e nada. Segundo. Terceiro. O
copo todo.
- Então, que
tal acha essa cerveja?
- Está
fresquinha. Está muito fresquinha!
Imaginem a cara do cervejeiro. À espera de mais um
elogio, limitou-se a ouvir que estava
fresquinha. Talvez porque a responsabilidade da manutenção do equipamento
de frio fosse dele, do tal Xampaio! O Cabral deve ter tido vontade de
estrangular aquele provador para quem
um copo de cerveja, vinho ou vinagre teria sido a mesma coisa, desde que
estivesse fresquinho!
O cervejeiro, que eu muito considerava como colega e
amigo era o Ricardo Cabral.
Foto dum
jantar com os “patrões”:
1.- Miguel
Monteiro – Presidente do Conselho de Administração
2.- António
Fonseca – Presidente de... ?
3.- Leonor
Aragão – Secretária do Diretor
4.- Alfredo
Duarte Figueiredo – Diretor da Fábrica de Nova Lisboa
5.- João
Matos Chaves – Secretário da Administração em Lisboa
6.- Eu
7.- Ricardo
Cabral – Mestre Cervejeiro
8.- Renato
Lima – Relações Públicas
9.- José
“Xampaio” – Engenheiro de Manutenção
Fev.19
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