O Dia
da Soltura
Todos os dias, por estas
terras tropicais de papagaios, há algo a comemorar: o dia da independência, o
dia dos professores, dos comerciantes, dos industriários, dos LBTG (héteros não
têm dia), de São Jorge, etc., etc., etc.
Pois ontem inaugurou-se, no
Brasil mais uma data a fixar e festejar, ninguém sabe ainda se com alegria ou
com pancadaria: “O Dia da Soltura”!
Para que não restem equívocos
quanto ao significado da palavra, vamos transcrever o que vem no dicionário do
muito conceituado Aurélio:
1. Ato ou efeito de soltar alguém que estava preso.
2. Atrevimento, ousadia.
3. Libertinagem, desvergonha.
4. Diarreia, evacuação frequente de fezes
abundantes.
Como é do conhecimento
mundial, o sapo-barbudo, conhecido
como lula (viscoso) foi condenado a doze anos de cadeia, por um colegiado da
segunda instância, e lá está, instaladão, numa divisão especial da Polícia
Federal, com sala, quarto, banheiro, televisão, telefones (vários), comidinha
da boa, lugar onde eu não me importava nada de estar porque as instalações são
de luxo e o preço muito em conta: paga o contribuinte.
Mas, não esqueçamos, quem
manda ainda (até quando?) neste país é o PT.
O supremo
tribunal federal tem, pelo menos, cinco juízes lá colocados pelo tal sapo (um nem advogado tinha sido, e
outros, fortes apoiantes e advogados do tal PT), que apoiam leis votadas no
cãogreço, não as põem em execução (por exemplo a lei da ficha limpa, um condenado em segunda instância está
automaticamente ilegível, a prisão direta após o mesmo julgamento, etc.)
além com compadrio existente entre esses milionários da função pública (alguns
ganham mais de R$ 100.000/mês, qualquer coisa como € 30.000, fora as mordomias
que são execravelmente vergonhosas e acintosas) e advogados e réus.
Então... prendem, soltam,
voltam a prender, voltam a soltar.
Mas ontem foi muito mais
interessante esse jogo.
Lula condenado a doze anos,
já naquela doce e confortável espécie de prisão. Trilhentos advogados, pagos a
peso de ouro, ouro roubado pela quadrilha petista, todos os dias inventam
qualquer coisa para entrar com um habeas corpus, para o soltarem do paraíso em
que se encontra, sem que tenham até agora (note-se bem: até agora!) conseguido.
Ontem um magistrado,
isolado, de plantão, que durante vinte anos foi membro e depois advogado do pt
e também dos governos do lula e da dilminha, numa canetada só mandou dar soltura
ao “patrão”! Deu poucas horas para a polícia executar a liminar.
Os juízes que condenaram o
“coitadinho” reagiram: “não pode soltar”. O magistrado petista, um tal signor
fal..., raivoso, emite segundo mandato, com todo o atrevimento e ousadia (vidé dicionário) exigindo a soltura em menos
de uma hora, ameaçando quem descumprisse a ordem que sua excelença, do alto da
sua pesporrência libertinagem e
desvergonha (não esqueçam de ver o dicionário), sentindo-se o dono do país,
assinara.
Quis, sozinho, derrubar
decisões de colegiado judiciário que estão acima dele! Beleza, né?
Por fim teve que intervir o
Presidente do Tribunal onde o sapo foi
condenado, e deu a ordem final: “Não
solta p... nenhuma!”
E encerrou-se assim este
vergonhoso capítulo da “justiça”, que mais uma vez veio mostrar que a
“justiça”, neste país é o que a cada um interessa fazer.
Podem no entanto tomar
nota: a farsa, ou a guerra vai continuar.
Soltaram já os maiores ladrões da res publica que envolve bilhões, mas não quiseram soltar um
miserável que há dias roubou já nem sei o que de uma loja, no valor de R$10.
Foi uma diarreia
judiciária porque o espertalhão, sabendo que os outros magistrados e a
procuradora geral da República estavam de férias, pensou que todo o mundo era
bobo e só ele arvorado em dono do país.
E mostrou o quanto o judiciário está desacreditado.
# # #
Mas ontem, dia 8 de julho foi um dia grande, de grande
alívio e entusiasmo, quando chegou a notícia que tinham conseguido libertar
quatro dos garotos que estavam presos na caverna na Tailândia.
O mundo inteiro aplaudiu, porque vinha sofrendo com o
drama daquela gente.
Hoje já libertaram mais quatro.
Isto sim foi uma soltura
com dignidade, com o sacrifício de muitos que colaboraram, dando a sua vida
para salvar os outros. A esta ousadia
não há aplausos suficientes.
Deus é grande.
Mas tem dado muito que pensar este drama vivido por
aquela gente simples.
De todo o mundo acorreu socorro pronto a ajudar. De
todos os continentes e crenças.
Ninguém perguntou se eram cristãos, muçulmanos, judeus
ou budistas. Eram, com toda a simplicidade, um grupo de garotos e o seu
treinador que precisavam de que os ajudassem a sair daquela horrível situação.
Através do mundo muitos rezavam, de acordo com a sua
crença e religião, pelo bom desfecho do grave problema.
E entretanto uma pergunta, infantil e sem resposta, fica
no ar, depois de assistirmos a ver tanta gente se irmanar para uma ação de
salvamento, é simples:
- Porque
os humanos não se tratam como irmãos, SEMPRE e definitivamente?
Infelizmente a resposta é seca e dura:
- Porque os
interesses individuais e gananciosos, SEMPRE falam mais grosso.
Até Moisés teve que subir duas vezes ao alto da
montanha para pedir ao Senhor novas Tábuas da Lei, porque as primeiras as quebrou
contra o bezerro de ouro.
9-jul-18
Ótimo texto!!!
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