segunda-feira, 15 de dezembro de 2014


Natal

Todos os anos temos que parar uns momentos, refletir, meditar, rebuscar no fundo da memória as lembranças de todos os amigos, os que ainda estão entre nós e os já que nos aguardam lá... onde quer que seja.
Junta-se a família, ou só parte dela, muitos ausentes, longe, trocam-se uns presentinhos que mais não significam do que “não me esqueci de você”, come-se o peru (apesar de estar carissimo!) mas e sempre presente a sensação de que nos falta algo, alguém.
Os bonitos cartõezinhos de B.F., que estão a cair em desuso com a Internet, distribuem abraços e votos de um melhor ano, boa saúde e disposição, vivem-se umas horas de ilusão, que cada um não quer desperdiçar, sabendo no entanto que o próximo ano não vai ser melhor em coisa alguma.
O pseudo-laicismo leva-nos a dar razão a Nietzsche quando disse “Deus está morto, somos nós os seus assassinos”. E não nos podemos reabilitar?
Poucos celebram em primeiro lugar o nascimento do Menino que nos trouxe a Boa Nova, raro haver momentos de meditação coletiva para que cada um aprofunde o sentimento do verdadeiro Natal, a maioria não saberá porque enfeita a árvore com uma estrêla no topo, porque o que impera hoje é uma grande festa, leia-se farra do comércio por todo o mundo, que aproveita a quadra para vender tudo a preços inflados porque... é Natal.
Esta deveria ser uma mensagem de esperança, sobretudo de votos de muita paz, e se ela está a ser destruída por esse mundo todo, que guardemos a paz interior, que só cada um consegue encontrar quando a procura.
Assim mesmo vai um forte abraço para todos, família, amigos e até para aqueles que nos consideram inimigos. Talvez, talvez, se estes aceitarem o abraço alcançaremos mais depressa a tão desejada PAZ.


Dezembro de 2014

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