Ortográfico...ou Ortobronco?
A crítica moderna confere a Machado de Assis o
título de melhor escritor brasileiro de todos os tempos, e sua obra é vista como
de fundamental importância para as universidades e a vida acadêmica em geral no
país.
Agora, crâneos obtusos do des-governo
brasiliense querem “facilitar” a escrita do mestre!
Trocam-se palavras como “indivíduo” por “o cara”,
“amigo” por “brô” e outras facilidades para a juventude... APRENDER e COMPREENDER
a obra do Mestre!
Dá pra acreditar? Ler Machado de Assis, e
porque não, em ritmo de funk? Que tal?
É evidente que é uma jogada dupla:
- primeiro imprimem-se milhares e milhares de
livros a custo n3 permitindo dividir o
excedente do custo normal pelo partido e pelo inúmeros bolsos ávidos de mais,
mais, mais... além de se pagar uma violenta grana à genealidade do tradutora.
- depois para que a analfabetagem do
des-governo consiga, mais ou menos, entender a língua portuguesa, já que no
seio dos petralhas o dicionário é curto, só tem duas palavras: ROUBAR, ROUBAR MAIS.
Razão tem o ex-atual-presidente quando disse:
“uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”! Nem Séneca foi capaz de ir
tão longe.
Como
é consenso admitir que o “pai” da língua portuguesa foi Luis de Camões, sugiro
também que se “facilite a sua leitura” à ignorância governativa, “traduzindo” para
os cretinos, os cânticos de “Os Lusíadas”, mudando também o título para “Os ptíadas”, em edição exclusiva para
as classes brasílicas mais desfavorecidas, para algo assim:
As armas dos barões* tão viciados
Que dos acidentados morros nos comandam
Por bairros nunca, jamais, dominados,
Ganharam muito além dos que governam
Em perigos e guerras aos políticosa
ligados
Mais do que permitia a muita grana.
E entre gente perdida edificaram
Novas bocas** que nada lhes custaram.
E também as memórias desastrosas
Da canalha que os bolsos foram dilatando
Com Mensalão, Petrobras e outras mãos
baixas generosas
Que nesta terra andaram devastando
São aqueles que por obras vergonhosas
Se vão das mãos da justiça libertando.
Cantarei e espalharei por toda a parte
Que os caras têm mesmo engenho e arte.
Cessem da dilminha e do lulano
As demagogias grandes que fizeram
Cale-se dirceuzinho e valeriano
A fama das roubalheiras que pilharam;
Que eu canto os peitos moles da fosteriana
Que a todos os babacas enganaram.
Cesse tudo o que a lula antiga canta
Que o Barbosa ético se alevanta.
*
- Os barões, aqui, são “os barões das drogas”, os grandes traficantes;
**
- Boca, no Brasil são os pontos de venda de drogas, “bocas de fumo”.
Também
se deve prestar o mesmo tipo de homenagem
ao imenso poeta que foi Gonçalves Dias que, se não morre a bordo e tem
conseguido regressar ao Brasil, teria escrito o poema:
Minha terra tem
ladroeiras
Cortando o canto ao sabiá.
As aves que aqui nos roubam
Cortando o canto ao sabiá.
As aves que aqui nos roubam
Roubam muito mais estando
lá. *
Nosso céu tem tantas estrelas
Nossas garotas são com’as flores
Nosso céu tem tantas estrelas
Nossas garotas são com’as flores
Mas nas nossas
florestas
Destroie-se
que nem uns estupores
Em pensar, sozinho, à noite
Vejo tanta vergonha por cá!
Em pensar, sozinho, à noite
Vejo tanta vergonha por cá!
Minha terra
tem ladroeiras
Onde já nem canta o sabiá
Minha terra tem primores
Na farsa como só cá
Em pensar, sozinho, à noite
Vejo tanta vergonha por cá
Minha terra tem ladroeiras
Onde já nem canta o sabiá.
Não permita Deus que eu morra
Sem que os derrube já,
Sem que destrua os estupores,
Todos que se encontram cá,
Sem que acabem as ladroeiras
E logo cantem os sabiás.
Onde já nem canta o sabiá
Minha terra tem primores
Na farsa como só cá
Em pensar, sozinho, à noite
Vejo tanta vergonha por cá
Minha terra tem ladroeiras
Onde já nem canta o sabiá.
Não permita Deus que eu morra
Sem que os derrube já,
Sem que destrua os estupores,
Todos que se encontram cá,
Sem que acabem as ladroeiras
E logo cantem os sabiás.
* - Na governança
Vou mandar cópia deste aprofundado estudo a sua magestade a dona
Elizabeth II para ela ordene a reescrita de Shakespeare para uma linguagem tipo cockney, e
possivelmente para Espanha, França, Alemanha, Itália, etc., que, pelo progresso
da cultura, devem seguir o sublime exemplo do país do “faz de conta” e
facilitarem (nem sei o que isto quer dizer) a leitura de:
- de Shakespeare, em
vez de Richard III chamar-se-ia Ricardo I
o lewandowsky, (conhecido juiz defensor da canalha e orador eleito nos cãogressos
comunistas);
- de Vitor Hugo, uma
ligeira mudança para Os Miseráveis do
des-governo;
- de Schiller, pouco
muda também para A Ode à Alegria... dos
ptralhas (e que se toque o último andamento da Nona Sinfonia de Beethoven
em ritmo de samba enredo)
- de Dante, como O inferno já por aqui se instalou,
alterar o Inferno... não. Isso não. Tem que manter as portas bem abertas para a
canalha entrar e se divertir.
- sem esquecer Gabriel
Garcia Marques e os seus 100 anos de
Corrupção com especial ênfase e desenvolvimento para a última década.
Os estúpidos guerream barbaramente
o talento; são os vândalos do mundo espiritual (Camilo Castelo Branco).
Miserere nobis. Amén.
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