terça-feira, 4 de junho de 2013


Sobreditos e Subditos
 
Nenhuma das palavras é esdrúxula. As pessoas podem sê-lo.
Pela vida fora, e quanto mais longa mais tumultuada, constantemente nos deparamos com absurdos. E são absurdos morais, intelectuais (haverá absurdos intelectuais?), físicos, políticos, etc. Absurdo há tanto que consegue superar o número de gente estúpida, já que cada uma destas aberrações, profere incalculavel numero de...
Hoje vamos nos fixar em poucos exemplos, e tentar fazer entrar nas meninges dos mais dotados, alguns desses absurdos que nem Einstein seria capaz de digerir.
Neste circo chamado Brasil – país lindo, povo simpático, acolhedor, mas... onde só acontecem revoluções das extremas, direita e esquerda, e onde, agora, só se juntam multidões de muitos milhares, não para reclamar, mas juntar-se a passeatas da maconha e dos gays, tudo isto constitui de per si um tremendo absurdo.
A madama dona presidenta do circo, num desgoverno impressionante, onde os palhaços somos nós, quer, porque quer, o que é argumento de peso, reeleger-se, tem decidido des-governar através de descontos ao povo! Baixa o impostos dos carros, vendem-se muito mais carros; idem de frigoríficos, fogões, etc., idem, e agora, por decreto mandou baixar as contas de energia eeétrica em 20%. Só mesmo no país do “faz de conta” se baixa o custo da energia por decreto. Como as fornecedoras não podiam arcar com essa redução, ficando sem capital para investir, manutenção, etc., a solução foi absurdamente simples: o governo transfere para essas empresas 2,5 bilhões de reais. Pronto. Maravilha. Claro que quem vai pagar essa insanidade é sempre o “Zé”, nos seus impostos, mas como a maioria dos zés são... pouco dados a pensar, ficam muito contentes e re-votam na SOBREDITA absurda.
Com estas e outras habilidades, o PIB do primeiro trimestre que os SUBDITOS ministros e donos do banco central prognosticavam em 1,5%, magestosamente mal chegou a 0,6%. E com muita sorte porque a agropecuária está a todo o vapor e conseguiu só ela segurar o tranco porque aumentou 9,7%. As exportações baixaram, - 6,4%, as importações aumentaram 6,3%, e a indústria, uma vez mais regrediu, 0,3%.
Mas está tudo muito bem porque continuam os investimentos em infraestrutura a alcançar, com boa vontade, entre 20 e 30% do prometido e orçamentado, e  o povo aplaude em ovações.
Além disso nada se faz sem o sapo barbudo, o SOBREDITO, ex-atual-presidente, ser ouvido e com a sua vasta experiência de destruição política, a SOBREDITA, aliás a SUBDITA, acolhe e age. Faz voz grossa, arma em macha e pronuncia discursos de fazer doer os dentes a defuntos.
Não se preocupem com o futuro. Stefan Zweig continua vivo no pensamento futurista. E que isto vai ser um dos maiores e melhores países do mundo, isso vai mesmo. Mas o parto está difícil.
Todos sabem, ou alguns imaginam que todos deveriam saber, que sem uma educação-instrução de qualidade, o país vai ficar ainda muitos anos è mercê destes SOBREDITOS ineptos e corruptos, e consequentemente sem crescer como poderia.
Já se fala em não se conseguir alcançar no fim deste 2013, o PIB alardeado pelo conjunto dos SOBRE e dos SUBDITOS oficiais de 4,5%. Já se começa a falar que vai ser difícil chegar aos 2%. A ver.
Mas como o país tem SÓ 39 ministérios, tudo repleto de gente competentíssima – a esmagadora maioria oriunda das caves (leia-se bas-fonds) do PT (metalúrgicos em alta) – a esperança... espera.
Ontem sexa um dos SUBDITOS chamado ministro da educação, em visita ao Museu da Fundação Joaquim Nabuco (grande político, historiador, anti-escravista, etc.), repete-se para que não haja equívocos, o SOBREDITO sexa da educação, DA EDUCAÇÃO, solenemente pronunciou esta interrogatória frase que ficará na história, como promessa do paraíso ao alcance de todos:
 
o que um museu tem a ver com a educação?”
 
Se esta pergunta tivesse sido feita na Grécia há 2500 anos, o tal SUBDITO, nem para escravo seria vendido, e se fosse ministro de Luis XVI, guilhotina teria sido uma benesse dos Estados Gerais.
É uma lindeza: o des-governo fomenta o consumo, mas os juros continuam estratosféricos: o cartão de crédito cobra 195%, os empréstimos pessoais (raros!) 42,9%, e cheque especial 145,7%.
O povo compra, gasta, endivida-se, a inadimplência cresce, os bancos, para onde tudo vai, aumentam a conta dos incobráveis, e diminuem o crédito.
“E a gentji vai levando... esta vida...”
Vai melhorar, sim.
A SOBREDITA presidenta vai agora a Lisboa, dia 10, dia de Portugalidade, da Lusofonia e de Camões, e dizem que vai propor a compra da TAP e dos CTT.
Dinheiro não falta: a Caixa Econômica Federal entra com a grana, o governo transfere para a dívida pública e as contas finais aparecem... e os negociantes levam, mesmo de olho fechado a la Camões um monte de milhões.
Nos CTT, Portugal passa a usar selos com retratos do sapo-barbudo discursando como des-honoris causa na vetusta (?) universidade de Coimbra (que pobreza!), da SOBREDITA a visitar os índios da Amazônia, e o presidente e os ministros da pobreza lusitana, dando risadinhas de hiena para ficarem nas fotografias... felizmente sem som!
O selo mais caro, só para colecionadores, será a SOBREDITA perdoando dívidas de 900 milhões doláres a países africanos cujos donos, chamados eufemisticamente presidentes, têm, individualmente fortunas superiores a isto.
Animem-se lusitanos, que nem Viriato anteviu tamanho gozo, e chorem brasileiros pelo desbarato do país. Com os 900 milhões “perdoados”, quantos hospitais, escolas, estradas se poderiam construir, aqui, no país donde esse esse dinheiro foi estorquido aos trabalhadores que pagam seus impostos.
O povo tem que “Kujukula o mútue”! Abrir a cabeça.
Entretanto que nos valha a maravilhosa música de Tom Jobim com a imortal letra do poetinha, o grande Vinicius de Moraes:
Tristeza não tem fim, felicidade sim!
 
3 de junho de 2013

 

 

 

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