sexta-feira, 21 de junho de 2013



As Primaveras


Começou na Tunísia, correu a Líbia e o Egito, está na Turquia e, quem havia de dizer, chegou ao Brasil.
Povo pacato, cordato, há anos de cabeça baixa, aceitando todas as patifarias que os “do andar de cima” têm feito, vendo o “bolsa-família” transformado em “bolsa-voto”, a corrupção a aumentar de forma exponencial, a inflação imparável, treze milhões ainda abaixo da linha de pobreza, etc. e etc., de repente acorda!
Esquece o samba e a caipirinha e parte a pedir contas aos ladrões, aos políticos.
E as gentes vibram. Nas passeatas vêem-se famílias com crianças, são aos milhões os manifestantes em TODO o país, o governo acuado, os políticos escondidos, os vândalos baderneiros aproveitando para pilhar, assaltar, destruir (tal como acontece em TODOS os países, incluindo Suiça, Alemanha, França, Suécia, etc.).
Mas o Brasil desperta, e como não há revolução sem desastre, pomos fé em que o desastre por aqui seja pequeno.
Mas nasceu a esperança, difícil de antever até há poucos dias. Todos drogados com o palavreado vazio e demagógico de lulas, dilmas, juízes, dirceus.
O povo, finalmente, finalmente, percebeu que tem força, e vai ter que a aplicar.
Como é possível que os gangsteres do “Mensalão”, há meio ano condenados pela suprema corte continuem vagabundeando, ocupando inclusive lugares no congresso, e não tenham ido para a cadeia?
Como é possível que qualquer obra pública custe SEMPRE o dobro do que foi orçado e adjudicado?
Como é possível que um presidente (o ex-atual) jogue da boca para fora barbaridades como o pronunciamento sobre a ferrovia Norte-Sul, afirmando que ainda no seu (des)governo a obra terminaria, e passados dez anos avançou um mísero quilômetro?
Como é possível assistir à demência coletiva das universidades que lhe têm dado o título de honoris causa?
O Mundo está louco. Mas a esperança, a última que morre com o homem, vez por outro acende uma pequena vela nos corações e nas cabeças do povo que desperta de letargias mortais.
Ninguém sabe o que vai acontecer no Brasil. Não há líderes e os sindicatos são os donos do pedaço! Até a UNE – união nacional dos estudantes – esta comandada por elementos do PC lá postos com o dinheiro que o sapo-barbudo lhes ofereceu.
Os partidos extremistas, nos quais se inclui o PT e outros, estão sem saber – ainda – como aproveitar, ainda mais, esta convulsão, ou revolução.
Os de centro assistem mudos e quedos.
Só temos que esperar para ver.
Talvez ver ainda a Bolsa de Valores cair mais. Só este ano já baixou mais de 20%.
E ainda há quem aplauda o triste desgoverno que por aqui se instalou há mais de dez anos, e não quer sair! A mamata tem sido magnífica.
Não percamos a esperança.

21/06/2013



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