quarta-feira, 30 de março de 2011

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Um Caso De

Falência Múltipla De Órgãos


Quantas vezes vem no necrológio dum jornal a morte dum, ou uma, velhinho/a, tendo como causa “falência múltipla de órgãos”. Quer dizer, não tinha mais por onde lhe pegassem.
Conheço um país que está à beira dessa falência e que pensa protelar o RIP com medidas que, mesmo aprovadas (?) por alguns grandes crânios, se tem visto que só aproximam o paciente do desfecho final.
E, pior ainda, a moléstia é de tal forma contagiosa, que se esse paísinho, mesmo pequenininho, explodir, pode provocar um trágico desfecho de contaminação geral. Um perigo. Um tipo de radiação euronuclear!
Apesar dessa previsão de falência, múltipla, de todos os órgãos da economia e da governação, há sempre no fundo do túnel uma esperança, e como para tudo há solução, sem necessitar que me paguem como, por exemplo, ao presidente da TAP ou da Caixa Geral de Depósitos – faço isto de borla! – sugiro aqui um plano de salvação do velhote de mais de 850 anos!
Vejamos:
A.- O presidente da República decreta, depois de amigavelmente convencido, nem que seja com uma pistola encostada à cabeça, estado de emergência, melhor ainda estado de guerra, em face da tremenda derrota que se avizinha, pior do que em Álcacer Quibir.
B.- Dissolve a assembléia e manda os deputedos, perdão, deputados, TODOS, para casa, sem indenização. Idem aos membros do (des) governo. E das autarquias.
A história nos mostra que os países sem governo são os que melhor progridem!
C.- Nomeia-me primeiro ministro, com carta branca, branquissima, e eu decreto logo:
1.- Não se mexem nas aposentadorias, até € 2.000. Revisão de todas as outras, sobretudo as absurdas.
2.- Diminuição geral de impostos, como IVA e alguns outros.
3.- Aumento de 100% nos impostos de tabaco e produtos considerados supérfluos e de luxo, como carros, e muitos outros.
4.- Corte nas despesas administrativas – governo, autarquias, etc. – de, no mínimo, 33%, incluindo pessoal, e 50 a 100% nos benefícios de cargo, etc.
5.- Redução de 50% nos salários dos “grandes” administradores de empresas estatais, ministros, deputados, etc.;
6.- Eleições para a Assembléia, reduzindo para menos de metade o número dos atuais deputados;
7.- Ministros, deputados, autarcas, etc. deixam de ter carro particular. Os carros passam a ser uso exclusivo em serviço, até para o primeiro ministro.
8.- Aumento do imposto de renda até 90% para quem ganhar acima dum teto a estabelecer.
9.- Dos eventuais lucros bancários estatais ou privados, proibição de distribuir sequer um cêntimo a acionistas, até os bancos terem suas dividas saldadas.
10.- Isenção de impostos para novas empresas, por um prazo mínimo de cinco anos.
11.- Idem para a criação de novos postos de trabalho.
12.- Redução das taxas de juros.
13.- Cadeia para todos os que se aproveitaram, roubaram, em empregos públicos e na banca. Dez anos na solitária, e reposição dos valores roubados e/ou desviados.
14.- Idem para especuladores, de qualquer ordem.
15.- Limite do valor a pagar em aposentadorias.
16.- Lei trabalhista e social igual para todos os trabalhadores, da função pública ou privada.
17.- E o que “mais audiante se ouvirá”.

Quem quiser governar tem que agradar ao povo.
Os mais poderosos, com habilidade, serão controlados.
Todavia, logo que isto seja posto a andar... demito-me! Antes que me matem.

Se assim mesmo não resultar... chamem o velho Salazar.

28 mar. 11

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