domingo, 23 de novembro de 2025

 

Como se vai destruindo a (pouca) cultura de um país

ABL

ABERRAÇÕES  BRASÍLICAS  de  LETRAS

Este país tem cada coisa! Bem, mas não é bem assim, porquanto apesar de ter muita coisa, positiva, ainda não conseguiu, nem tem querido, encontrar o caminho da ética, retidão, educação e consequente desenvolvimento sócio económico.

A luta é feroz, governado por feras famintas de poder, dinheiro, corrupção e outros males semijantes (novo vocábulo) forçando a educação e a cultura a baixarem a cabeça, abrindo, para encher, os bolsos das camisas e das calças (quem tem calças) e atacando com ferocidade doentia (cancerosa, leprosa/contaminável) os opositores, dos mais simples aos... outros, porque os grandes estão encolhidos, calados, bajulando à espera de milagres.

Como é sabido milagres não vem de fora para dentro, mas podem acontecer de dentro para fora desde que haja... muita Fé, Esperança, e Força.

Há dias a ex vetusta ABL, lia-se Academia Brasileira de Letras, com grandes, cultos e admirados intelectuais, como Machado de Assis, Joaquim Nabuco, Olavo Bilac, Rui Barbosa (a Águia de Haia) e outros, tendo por lá passado ainda João Guimarães Rosa, Luis Fernando Veríssimo, João Ubaldo Ribeiro e outros admiráveis, tenha eligido uma passarola (para competir com Ruy Barbosa?) que no seu discurso de introdução junto aos “imorríveis”, se identificou como “a primeira mulher negra (a cor da pele da indivídua... é bem clarinha) a ali ser recebida por falar PRETOGUÊS (sic) a partir da ORALITURA e ESCREVIVÊNCIAS (sic, sic).

"Sic transit gloria mundi."

E pasmem, oh gentes: nem um só dos imorríveis ao ouvirem tamanha bestialidês se levantou para sair da sala e, em vez disso, todos, mas TODOS literalmente, se levantaram e bateram palmas, aplaudindo a nova “pássara”, "sem olhos de cigana oblíqua e dissimulada", aquela URUBUA albina, que estraçalhou e escarrou na língua portuguesa, com a introdução de novos vocábulos, que vão ser distribuídos pelas escolas e faculdades debaixo do comando político do PT, impressos em papel higiénico.

Podiam ter-se limitado a “rir, a mais antiga e mais terrível forma de crítica”, como dizia Eça tão admirado no Brasil.

Os fundadores e muitos outros que ali passaram revolveram suas ossadas onde descansavam. Ouviu-se, perto dos cemitérios, um roçar de ossos, arrepiados, que conseguiam ainda chorar.

Perguntei a Machado de Assis o que ele tinha achado desta nova Urubua. Disse simplesmente que dava Graças a Deus por não fazer parte daquele amontoado de idiotas e políticos que bajulam um governo que quer destruir as poucas raízes e rara cultura, infiltrando-se e destruindo tudo quanto poderia ser uma organização de apoio ao desenvolvimento. E ainda, Joguei para fora do meu túmulo tamanha enormidade linguística”.

Eça de Queiroz mandou uma mensagem criptografa (olha a IN – Inteligência Natural - a funcionar), dizendo: Não te preocupes com porcarias, e lembra-te que “políticos e fraldas devem ser trocados de tempos em tempos pelo mesmo motivo.”

Esqueceu-se a recém inguinorante imorrível, de falar sobre obras de seus pares (nunca ali tinha passado um “par” tão tristemente analfabruto), porque quando não teria informada o quanto lhe tinham valido as LEITURICES dos antecessores.

E assim vai-se a língua de Camões (que ao ouvir tamanha calamidês fechou o outro olho), de Machado de Assis, Gonçalves Dias e tantos magníficos. Lamento, e muito, que João Ubaldo e, pelo menos, juntando o Barão de Itararé e Nelson Rodrigues não possam comentar. Eles saberiam bem o que dizer.

Que descansem em Paz.

 

Escrito em Pindorama, a 16/nov/2025, poucos dias depois da Oralitura oficial da Urubua.

Um comentário:

  1. 🙈🙈que assustador o caminho de tantos países que abdicam da cultura ou seja das suas raízes😪😪

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