A Igreja pode Proibir ?
Em 2016 escrevi este texto que recebeu uma
enxurrada de insultos por parte de um monge beneditino! Um dos remanescentes da
Santíssima Inquisição. Mas valeu. Deu para rir. Aqui vai a “conversa” toda além
de alguns comentários de amigos. Um pouco longo, mas creio que com interesse.
Agora
vamos ao Vaticano, e começo por
reafirmar que sou fã do Papa Francisco e procuro seguir, tanto quanto a minha
fraqueza mo permite, a palavra de Cristo.
Mas algo de estranho se passa no Reino da Dinamarca,
perdão no Reino do Vaticano, quando a
Igreja Católica proíbe fiéis de jogar as cinzas dos mortos ou
guardá-las em casa.
O descumprimento
da medida pode impedir funeral do falecido!
A Igreja Católica ainda prefere enterrar os mortos, mas
quando — por razões de higiene ou por vontade expressa do finado — se optar
pela cremação, proíbe (!) a
partir desta terça-feira (em 2016) , que as cinzas sejam espalhadas,
distribuídas entre os familiares ou conservadas em casa. Segundo um documento
escrito pela Congregação para a Doutrina da Fé – famigerado e maldito para
sempre, o antigo Santo Oficio - e assinado pelo Papa Francisco, a proibição se
destina a evitar qualquer “mal-entendido panteísta, naturalista ou niilista”.
O ultraconservador líder da Congregação, o cardeal alemão Gerhard Müller,
chegou a dizer durante a apresentação do documento: “Os mortos não são de
propriedade da família, são filhos de Deus, fazem parte de Deus e esperam em um
campo santo sua ressurreição”.
Que terrível engano ou presunção. Quem pensa o cardeal Müller que é? O
próprio Deus? Torquemada? Ou já está senil? Deve ter feito contato, profundo,
com o seu parente Alzheimer!
Deus cedeu-nos um corpo, corrupto, corrompível, para aí depositar o seu
Espírito. O Espírito pertence a Deus, o corpo às cinzas. Nós somos pó, viemos
do pó e ao pó retornaremos.
O documento aprovado,
intitulado Instrução Ad resurgendum cum
Christo e que substitui um anterior de 1963, adverte que “não
é permitida a dispersão das cinzas no ar, na terra ou na água ou em
qualquer outra forma, ou a transformação das cinzas em lembranças
comemorativas, peças de joias ou outros artigos” (1). E o documento vai mais
longe: “No caso em que o falecido tenha sido submetido à cremação e ocorra a
dispersão de suas cinzas na natureza por razões contrárias à fé cristã (2), seu funeral será
negado”. A Congregação para a Doutrina da Fé justifica a
elaboração de um documento tão drástico como reação às novas práticas na
sepultura e na cremação “contrárias à fé da Igreja”.
Segundo esta Congregação, as cinzas devem ser mantidas “como regra
geral, em um lugar sagrado, ou seja, no cemitério, ou, se for o caso, em uma
igreja ou em uma área especialmente dedicada para tal fim por autoridade
eclesiástica competente”. Embora a Igreja admita que “não vê razões doutrinais”
para proibir a cremação - “a cremação do cadáver não toca a alma e não impede a
onipotência divina de ressuscitar o corpo” (3) -, o secretário da Comissão
Teológica Internacional, Serge-Thomas Bonino, a descreveu como “algo brutal”,
por se tratar de “um processo que não é natural, no qual intervém a técnica, e
que também não permite que pessoas próximas se acostumem com a falta de um ente
querido”.
Parece estranho que o Papa Francisco tenha pactuado com tamanho
absurdo.
Onde assinalado com (1), a frase parece outra piada. Aliás de muito
mau gosto. Desde os primórdios a Igreja tem feito milhões na venda de
relicários, 99,999% falsos, como um pedaço do lenho da Cruz, que todos juntos
devem ter alcançado milhares de toneladas de madeira, ossos de alguns santos,
que tanto poderiam ser do santo como de um cachorro ou de uma vaca, pedacinhos
da roupa usada por alguma santa, que ninguém sabe se ela a usou ou se foram
comprados a metro num tecelão, e muitos desses relicários as pessoas usavam e
ainda usam como uma jóia, pendurada no pescoço ou no pulso, numa caixa, num
altar, etc. E agora vem dizer que não pode! Esgotou o estoque? Ou esqueceu de
se desculpar, perante os incautos, sobre as toneladas de dinheiro que através
dos séculos embolsou com essas falsidades?
No ponto (2) o que será que os Alzheimers do Vaticano consideram
“dispersar as cinzas na natureza por
razões contrárias à fé da Igreja? Para já a Igreja não tem fé. Quem tem fé
ou pode tê-la são os fiéis, e não há igreja nenhuma no mundo, nem haverá, que
possa impor uma fé. Fé não se adquire como um relicário. Nem o relicário
protege dos ataques e tentações do demo.
E acrescenta que pode negar o
funeral. Absurdo, e crime contra a consciência e fé de cada um. Além disso
o que será o funeral de cinzas, e melhor, de cinzas dispersadas no ar?
Eu já vivi este problema. Não perdi a fé em Cristo, mas abomino a
hierarquia que se julga ainda com direito de queimar qualquer Joana d’Arc ou Jacques
de Molay! O que terão feito com as suas cinzas?
No ponto (3) vem um choradinho que hoje já só e aceite por... por
quem?
A ressurreição dos mortos, queimados, cinzas espalhadas ou não, o
que eventualmente, um dia, “ressuscitará” será o Espírito que se unirá ao TODO
e NADA. Nada de corpos. Do pó viestes...
Por fim o senhor Bonino, descreveu a cremação como “algo brutal”,
por se tratar de “um processo que não é natural, no qual intervém a técnica, e que não permite que pessoas próximas se
acostumem com a falta de um ente querido”.
O tal Bonino acha que a cremação é algo brutal, que não é natural, onde intervém a técnica, etc.
Seria bom que ele se explicasse melhor, dizendo qual técnica usou a Inquisição,
na fogueira da Joana d’Arc e de milhares e milhares de outras e outros
infelizes, que tiveram, ou não, a coragem de não dizerem amém, às ideias da Igreja assistidas e aplaudidas por reis,
cardeais, bispos e babacas em geral.
Nunca imaginei que o pensamento medieval continuasse a imperar no
Vaticano e que obrigasse o bom Papa a assinar absurdos.
Seria melhor que o cardeal Alzheimer e o secretário Bonino respeitassem
o luto de cada um.
Não é por dispersar as cinzas que vamos esquecer os entes queridos.
Eu sei bem disso.
Jamais seria capaz de erigir um Mausoléu em mármore com esculturas
de Michelangelo, para depositar o corpo de qualquer dos meus entes mais queridos,
só para exibir perante a sociedade o meu, imaginário, padrão financeiro.
Papa Francisco, a minha consideração por si não diminuiu. Mas
deixou-me triste.
Pior, as igrejas dissidentes vão dar risada.
27/10/2016
Comentários:
As cinzas de meu pai esperaram que
eu chegasse da Europa para que eu as espalhasse ao redor da casa dele na
fazenda...e as de mamãe foram lançadas no mar da pedra do arpoador...obedecendo
vontade dela...a igreja católica, tão progressista depois da chegada do
Francisquinho, meu primo, está pisando na bola !!!!!!!!!!!!!!!!!!
Ivan
Francisco,
Por estranho que pareça,
concordo com esta do Vaticano.
Não com os argumentos que
sustentam a decisão vaticana. E, vá lá, não haver ameaça de excomunhão já é um
enorme progresso.
É evidente que a hierarquia eclesiástica
(e não a Igreja), desde sempre (ou quase), quis impor a ideia de que é ela - e
só ela - o caminho para os Fins-dos-Tempos e a Ressureição. Mas, não é isso
mesmo que fazem os Governos (quando se confundem com o Estado que representam)?
Ou a burocracia da União Europeia (quando se refere a ela própria como sendo a
Europa)?
Agora, porque concordo com o
Vaticano, não sendo eu católico praticante:
º Porque casos caricatos que,
por cá e do m/conhecimento, me parece configuram grande desrespeito com as
cinzas e, acima de tudo, a memória dos mortos: cinzas guardadas em latas de
bolachas; cinzas esquecidas dentro de frigoríficos; cinzas espalhadas ao vento
que vão cair sobre os que assistem ao acto, ou os simples circunstantes que
nada têm a ver com isso, e que provocam uma generalizada sinfonia de espirros,
etc. Não me admiraria que, dentro de anos, com o render das gerações, alguns
dos novos residentes das casas venham a deparar-se com um pó em lata sem rótulo
e que acaba no lixo.
º Acresce a segurança. O
enterramento permite a reconstituição de histórias e episódios até muitos
séculos depois do falecimento - e, com isso, detectar crimes, identificar
criminosos e, principalmente, reabilitar inocentes. A cremação torna estas
reconstituições mais difíceis, mas não as impossibilita de todo, excepção feita
a sinais de agressão. Como esclarecer dúvidas sobre as causas de uma morte,
quando as cinzas tenham sido dispersadas pela Natureza? Nos tempos de chumbo de
Al Capone&Cia, as vítimas eram "despachadas" em blocos de
cimento, ora usados para alicerçar edifícios, ora lançados para o fundo do mar.
Mas a reconstituição dos factos, ainda que improvável, era possível. Houvesse
então cremação e a livre disposição das cinzas e estou convencido que máfias,
camorras e que tais teriam uma vida mais despreocupada.
º Mas a razão principal é o
respeito pelos mortos. Nada garante que, uma vez entregues as cinzas à família
do de cujus (esta é boa!), elas sejam devidamente preservadas. No
enterramento, nos cemitérios, é toda a comunidade, presente e futuro, que
assume a obrigação de delas cuidar (no caso, em Portugal são as Juntas de
Freguesia). Agora, quem cuida das cinzas que não sejam devolvidas à Natureza
com o devido respeito, que fiquem esquecidas numa prateleira da arrecadação? E
como não confundi-las com as cinzas de uma lareira?
Abraço
APM
Meu amigo
Ter que separar cinzas ou ossos de crentes,
judeus e muçulmanos, não será uma ofensa maior?
Como sempre houve gente besta, e parece que
é espécie que progride mais rápido do que o homo sapiens, sempre haverá quem
queira guardar o cadáver em criogenia, o que me parece pior do que guardar as
cinzas em latas de biscoitos.
O que me parece absurdo é a imposição: “a
igreja proíbe!” É piada.
Quem tem respeito pelos mortos – e pelos
vivos – vai sempre respeitar, cinzas, ossos, o que for.
O que eu não engulo é a ordem
inquisitorial: É Proibido!
São estes alzeimeirados que ajudam a
descrer na Igreja, que podia recomendar, aconselhar, mas jamais proibir. Pode,
e talvez deva ser recomendado, e é só.
Qual o castigo ou a multa para o
descumprimento da absurda ordem?
Não gosto destas imposições, que não afetam
a minha linha de pensamento em Cristo. Mas que é um absurdo...é.
Um abraço
Francisco,
Recordo-lhe
a fábula da rã, do lacrau e do fio de água que este queria atravessar, mas não
sabia nadar.
Convenceu
a rã a levá-lo às cavalitas com promessas e juras de que não lhe faria mal.
A
meio do caminho, pimba! aguilhoada na rã.
Enquanto
se finava com o veneno, arrastando o lacrau para um fundo do ribeirito,
perguntou a pobre rã: Porquê, ó lacrau?
Responde-lhe
este, entre duas golfadas de água: Que queres, filha? É genético!
É o
que acontece com a hierarquia da Igreja Católica - não com a Igreja Católica.
Está-lhe no DNA.
Abraço
APM
Esta foi a minha primeira leitura do dia.
Gostei e foquei-me, especialmente, na cremação. Também penso que esta opção em
nada contraria a lei de Deus, pois a alma não é cremada - pertence a Deus.
Lurdes
Estou consigo não há dúvida que a Igreja é
feita por homens que bem podiam estar calados...; vale-nos e agradecemos o Papa
que temos e o nosso Deus que é PAI.
Beijo
Bécas
Creio que vão achar graça a esta troca de.... conceitos.
Comecem por ler de baixo para cima.
Quem me escreve é um dos padres do Mosteiro onde eu estive há
exatos quatro anos. Uma comunidade que não gosta do Papa, venera Monseigneur Marcel Lefebvre, que votou contra a abertura da Igreja
no Concílio Vaticano II, e continuam a celebrar missa em latim e de costas para
os fiéis !
Quase fui excomungado... mas não deixei de ser
chamado de herege, estúpido, pagão, estulto, bobo, soberbo, e ainda outras
“amabilidades”!! E como me “manda” estudar mais... chama-me de inculto, burro,
etc. e “soltador de excrementos”! Maravilha.
Mas leiam que até vão achar graça.
Como é óbvio não lhes escrevi mais. Sigo o
sábio princípio que diz haver três assuntos que não se discutem: futebol,
política e religião.
Mas haveria muito com que dar uma surra no tal
monge, que me atira à cara com os mandamentos da Santa Madre Igreja, eles, que
dizem mal do Papa a quem não obedecem!
De:
Mosteiro da Santa Cruz [mailto:mostsantacruz@gmail.com]
sábado, 29 de outubro de 2016 21:53
Sr Francisco,
Minha mãe sempre ensinou-me a respeitar
e reverenciar os anciãos. Todavia, não sei se poderei fazê-lo como convém neste
comentário.
É extremamente espantoso como uma
pessoa com talento para escrever (quanto ao uso das palavras) e já numa idade
da qual dever-se-ia deduzir certa sabedoria e, mais ainda, por dizer-se
católica, possa ao mesmo tempo demonstrar tanta estultícia, escrevendo tantas
bobagens, que nada mais são que uma repetição das calúnias muito mal elaboradas
contra a Santa Igreja. Tais asneiras não se poderiam esperar senão de hereges,
mas não de qualquer herege, e sim dos mais estúpidos, que não se dão ao
trabalho de estudar o mínimo sobre qualquer assunto que seja, antes de
comentá-lo.
Talvez, ao contrário, não seja coisa
apenas de um incauto, mas de um SOBERBO que, para demonstrar um conhecimento
que não tem e fazer sucesso entre os tolos, profere toda sorte de excremento
contra aquela que lhe deu à luz para a vida sobrenatural da graça (pelo
batismo), que o nutriu (com o Ssmo. Sacramento do Altar, Verdadeiro Corpo,
Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo), e que está disposta a resgatá-lo
(pelo sacramento da penitência) para poder, SIM, UM DIA RESSUSCITAR, para que o
seu corpo, juntamente com a sua alma, receba ou o prêmio ou o castigo por toda
a eternidade, segundo as suas obras (Romanos 2,6). Sim, pois o que o senhor
faz, não o faz apenas sua alma, nem tampouco o seu corpo só, mas quem o faz é
todo o ser humano que não é simples, mas composto de matéria e espírito (isto
mesmo, com "e" minúsculo, pois com "e" maiúsculo é só o
Espírito Santo, que é Deus. Digo-o para o caso de o senhor ter saltado está
lição da doutrina cristã).
- "Credo in (...)CARNIS
resurrectionem" (XI Art. do Credo Apostólico, ou Símbolo dos Apóstolos, a
mais antiga
profissão de Fé GENUINAMENTE cristã)
- Profecia de Ezequiel sobre a
Ressurreição da carne: "Eis o que vos declara o Senhor Javé: vou fazer
reentrar em vós o sopro da vida para vos fazer reviver. Porei em vós músculos,
farei vir carne sobre vós, cobrir-vos-ei de pele; depois farei entrar em vós o
sopro da vida, a fim de que revivais. E sabereis assim que eu sou o Senhor."
(Ez. XXXVII,5-6)
Sagrada Escritura, bem como a Tradição
da Igreja, que são as únicas fontes de Fé dos verdadeiros cristãos (do
contrário não haveria uma Fé verdadeira, mas uma Fé ao bel prazer de cada um)
está repleta de provas desta verdade. Só um pagão para negar isto. Aliás, esta
verdade já era crida até por certos pagãos, como por exemplo os egípcios, que
se procuravam preservar seus corpos após a morte, por crerem em sua
ressurreição.
A negação da Ressurreição nada mais é
que gnose, isto mesmo, uma gnose barata que pretende engar a cristãos mal instruídos
em sua fé.
Quanto ao monte de baboseiras que o
senhor disse sobre a Igreja ter vendido falsas relíquias, mostre-me uma prova
que seja, um documentozinho que seja, que possa respaldar essa afirmação sua.
Quanto a ela ter queimado milhares e milhares, mostre-me uma única prova disso.
Desculpe-me mais uma vez, mas o senhor
não conhece absolutamente NADA, nem da Fé Cristã nem de História Eclesiástica.
Só repete o que professorzinhos de diplomas comprados e historiadores
amargurados dizem contra a Esposa Imaculada de Cristo (São Paulo aos Efésios V,
25-27.32), Coluna e Fundamento da Verdade (São Paulo em I Timóteo III,15). Tais
calúnias, porém, de nada valem, pois as portas do Inferno jamais prevalecerão contra
ela (Cristo em Mateus XVI,18).
Estude mais, se quer escrever algo de
útil ou ao menos de verdadeiro.
Que Nossa Senhora, Asilo dos Pecadores,
obtenha-lhe de seu Divino Filho, um dia, uma santa morte e, por conseguinte, a
gloriosa ressurreição da carne no dia do Juízo Final.
O senhor estará em nossas orações
quotidianas.
R.
...
P.S.: Favor retirar o e-mail do
mosteiro da sua lista para envio de artigos, pois somos cristãos, católicos
e não liberais; cremos em todas as verdades reveladas por Cristo, as quais só
são ensinadas integralmente pela Igreja e, portanto, não podemos admitir
heresias como as ditas no último artigo enviado.
Padre R. M...
Agradeço muito os seus comentários.
Não os seus insultos.
A Igreja pode aconselhar, mas não pode PROIBIR o que quer que seja.
Os meus respeitos ao senhor Prior.
Francisco
Não receberá mais e-mails
Caro
Senhor,
Obrigado
por sua resposta. Não esperava que fosse nesse tom, nem sequer que responderia
algo.
Peço
humildemente perdão por toda qualquer palavra que lhe tenha parecido
insultuosa. Minha intenção era nada mais que fazê-lo perceber os erros contidos
em seu texto.
Todavia,
hei de discordar do senhor ainda nisto: a Igreja pode aconselhar, não proibir.
Errado.
A
Igreja docente não só pode como DEVE ensinar, reger e santificar, pois ela é o
Corpo Místico de Jesus Cristo na terra, do qual Ele é a cabeça e o Espírito
Santo a alma que o anima. Sendo Cristo Profeta, Rei e Sacerdote, é pela Igreja
que ele exerce e exercerá estas três qualidades na terra, continuando assim o
seu ministério redentor até o fim do mundo.
Só
a São Pedro, primeiro papa, disse Cristo: "Dar-te-ei as chaves do reino do
Céu. Tudo quanto ligares na terra será ligado no Céu, e o que desligares na
terra será também desligado no Céu" (São Mateus XVI, 19). Por isto
professamos firmemente com os cristãos de todos os tempos: "Credo (...) in
Spiritum Sanctum in Sanctam Ecclesiam Catholicam (VIII e IX artigos do Simbolo
Apostólico, já citado no comentário anterior); Credo in Unam Sanctam Catholicam
et Apostolicam Ecclesiam (Credo Niceno-Constantinopolitano).
Dito
isto, a Igreja pode e DEVE infalivelmente proibir tudo quando seja contrário à
sua doutrina, que nada mais é que a própria doutrina de Nosso Senhor Jesus
Cristo - Caminho Verdade e Vida - para a maior glória de Deus e salvação
das almas.
Minhas
desculpas mais uma vez.
Seus
cumprimentos serão transmitidos ao Prior, como pede.
R.
Müller
Francisco,
Em
bom português: toma, que já almoçaste!
Mas,
no final, um excelente conselho: Estudar mais, sempre mais!
Pelos
vistos, V. já tem o destino marcado: vai fazer companhia a Belzebú - e a mim,
porque temo não vir a ter melhor sorte. Felizmente para mim, que assim terei
toda a eternidade para conversar consigo. Uma benção.
Abraço
APM
Meu
Caro Francisco
Neste
mail enviaste algumas informações e fontes muito interessantes para um tema que
sempre considerei muito importante na História da Igreja e verifico mais uma
vez que haver algumas dificuldades no seu tratamento em particular no que se
refere ao desenvolvimento do poder temporal da Igreja Católica de que ninguém
nestas referências toca mas que penso esteve na origem de enormes convulsões
religiosas e políticas desde as cruzadas passando pela Inquisição e pela guerra
dos 30 anos e mais casos e que parece nestes textos nunca ter existido mas
existiu e nos Evangelhos está escrito bem claro que a dois amos não servirás: a
Deus e ao dinheiro. Ora de facto tem havido críticas mal fundadas à Igreja
Católica mas também tem havido da parte desta excessiva colagem à riqueza
material que o atual Papa já mostrou conhecer e querer corrigir. Bem hajas por
teres enviado este mail e até breve com um abraço do
José
Carlos Viana
Anda tudo
virado de pernas para o ar... o PAPA argentino não se escapa... Alguns papas
foram envenenados noutros tempos.
ZM
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