Stefan Zweig
ou Nostradamus
Fazer
previsões para o Brasil, fez Stefan Zweig, mas, inteligente, limitou-se a dizer
que seria o país do futuro. Quem sabe se pesquisando melhor Nostradamus por lá
se encontre algo de mais concreto, como é habitual nas suas profecias... que
nunca deram certo!
Mas
nem tudo é tão ruim por estas bandas, mesmo considerando que de janeiro de 2011
a setembro de 2012 tivessem havido, só,
7.799 homicídios dolosos, e no Rio de Janeiro (a cidade mais “mortífera” é,
hoje, Maceió), e que depois da madama dona presidenta ter anunciado,
proclamado, vociferado que as tarifas de energias elétrica iriam baixar pelo
menos 20% o que levou mais pessoal a votar no PT, no dia seguinte às
eleições veio a confirmação: a conta da luz vai AUMENTAR 12,27%. E viva
o PT.
Mas
não há-de ser nada porque o Stefan Zweig disse que isto ia ser o país do
futuro.
Não
esquecer que temos o futuro petroleo do pré-sal, e agora já estimada nova
quantidade a mais de 7.000 metros de profundidade! Não tarda estamos a perfurar
os nossos antípodas pelos pés, que não vão achar graça, tanto mais que ficam na
Sibéria entre Korkodon e Stolbovaja (podem conferir). Já imaginaram o Putin a
sentir os pés furados?
Mas,
se, e tal, as reservas existirem, os cálculos apontam para 55 bilhões de barris
daqui a seis anos! Mas, se, e tal, para isso, precisa: investimentos,
investimentos, investimentos. Já falámos disto.
Entretanto
já se produzem quase dois milhões de barris por dia, o que não chega para o consumo,
que cresce com velocidade, o que significa que, sem aumentar o consumo, as
reservas darão para 75 anos. Talvez nessa ocasião chegue o tal futuro, se...
não tivermos um outro mansalão ou um presidente igual ao tal, ou ao da Guiné
Equatorial que esquece na conta dele 90% do valor do petroleo exportado!
O
mesmo se passa com o gás: o governo diz que daqui a cinco anos vamos produzir
170 milhões de metros cúbicos por dia. Será? Hoje produzimos setenta e
importamos 30 da Bolívia, a quem o sapo barbudo, muy amigo, deles, não dos
brasileiros, decidiu aumentar o preço, para nós, desse gás!
Pelo
que se dá a conhecer há gás em praticamente todo o território. O problema é
sempre o mesmo: fazer um buraco e fazer sair gás não parece tão difícil. Mas, e
o meio ambiente? E as infra-estruturas? E o mais complicado é que só dois e
meio por cento desta perspectiva não é de gás chamado “não convencional”, que
se encontra em rochas pouco permeáveis o que dificulta e encarece a sua
exploração.
E
a energia elétrica? Ah! Isso é outra coisa, porque até 2015 precisamos ter a
funcionar mais 30 usinas hidrelétricas, porque os apagões estão a surgir
com demasiada frequência.
E
alguém acredita que se vão construir essas usinas todas? Acreditam em Papai
Noel e esquecem o tremendo impacto ambiental que essas usinas podem provocar?
Complicado.
Mas
também há a energia eólica. Os mesmos dizem que em 2016 os ventos vão cobrir 9%
do atual consumo, mas o consumo em 2016 deve passar dos atuais 455 GW energia, quase
no limite da produção!Os tais nove por cento devem baixar para 7 ou 8.
No
que respeita à produção de alimentos, está provado que a capacidade
agro-pecuária deste continente brasiliano, parece poder ainda crescer a ritmo
muito forte, assim o preço das comodities se mantenha alto. Mas como não há
bela sem senão, esse aumento das comodities, provocam um real aumento de custo
de vida aqui dentro, e hoje aquele quase paraíso de vida barata, passou
totalmente à história. Rio e São Paulo dispararam, disparataram nos preços e
alguns itens conseguiram dobrar de valor em menos de um ano! São hoje duas das
cidades mais caras do mundo! Lindo, né?
Os
medicamentos custam 4 e 5 vezes mais do que por exemplo nos EUA, Argentina ou
Portugal, em Inglaterra há diversos produtos alimentares que custam metade do
que no Brasil, os automóveis pelo menos mais cinquenta por cento mais do que na
Argentina, mesmo sendo aqui fabricados.
Stefan
Zweig só não previu, que em matéria de transportes, rodoviários ou marítimos, o
Brasil é campeão de custos. Meramente a título de exemplo um piloto de navios,
a quem é confiada a missão, e obrigação, de levar os navios para os portos e
atracar, ganha em média, mais mil por
cento do que, por exemplo, um seu colega em Singapura, o maior porto do
Mundo!
Mas
nenhuma “bolinha de cristal” poderia prever, o que fizeram com um palhaço,
analfabeto!
Quanto
a isto ouçam o filósofo Olavo de Carvalho
De
qualquer modo o Brasil é, ou talvez seja mesmo, o país do futuro.
Futuro?
Quando?
Ah!
O futuro só a Deus pertence.
9
de novembro de 2012
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