segunda-feira, 23 de abril de 2012



Culturas... ou inculturas?


Muito se criticam entre si os povos de culturas diferentes! Cada um acha que a sua cultura ou o seu Deus é que estão certos, criticam, ridicularizam, e, quantas vezes tentam interferir, e interferem, na vida dos outros. A bem ou na espada!
A história nos mostra dezenas, centenas de casos de intolerância!
Nós, ocidentais, continuamos indignados com algumas práticas selváticas, ainda em rigoroso vigor nalguns países, como a excisão feminina (ou circuncisão feminina). Uma forma de bestialidade é o domínio do homem sobre a mulher, que resignadas e medrosas sofrem toda a espécie de abuso.
Outra situação que não compreendemos é o usa da burca. A mulher obrigada a usar aquela carapaça, nos dias quentes, deve estufar.
Por outro lado há outros hábitos como o ichad (que deu origem a echarpe), aquele véu com que as mulheres árabes cobrem a cabeça deixando o rosto à vista, que podem considerar-se perfeitamente normais.
Todos os povos – mulheres – do mediterrâneo usavam, e muitas ainda usam esse lenço, como é fácil encontrar nas mulheres mais idosas, em Portugal, na Grécia, na Espanha. Não é uma invenção árabe, mas um costume que vem de muito antes do islamismo.
Nos séculos anteriores, do XX para trás, a evolução da moda fez muitas mulheres trocarem esse lenço, por chapéus, e os homens, os turbantes também por chapéus vários, como as cartolas, os “coco”, palhinha, etc..
No principio do século XX, em Portugal, os homens ficavam excitados só ao verem o tornozelo das mulheres, ao subirem, por exemplo, para uma carruagem!
Mas enquanto a “evolução” não começou a despir homens e mulheres, sobretudo as muheres, o interêsse pelo sexo oposto era muito mais respeitoso. Era bonito.
Consta que um dos problemas que derrubou o Império Romano, foi a bandalheira de costumes em que se envolveram os seus maiores. Prostituição descarada, adultério, sodomia, eram exibidos como demonstração de “status”!
O mais grave de tudo isto é a destruição do núcleo central de qualquer sociedade: a família.
Causa até mau estar assistir-se hoje ao estímulo do sexo desenfreado, sexo livre, como se isso fosse um “valor adquirido”! Cada um dispôr do seu corpo para fins unicamente de prazer... quando dá prazer! Isso é liberdade? Ou liberdade não será cada um impor a sua moral?
Qualquer revista, mesmo que o assunto seja literatura ou filosofia, “obriga-se”, para chamar a atenção dos idiotas, a trazer na capa a figura duma mulher despida ou mostrando estupidamente o quanto de silicone conseguiu colocar no peito! E não só no peito: na bunda, nas coxas, nas rugas da cara, e que as operações plásticas acabam por desfigurar.
Calcula-se que largas centenas de milhares de mulheres fizeram implantes nos peitos. Para que tudo isso? Mas não são só as mulheres!
A quantidade de homens que fazem plástica, usam botox, ou implantes para mostrar braço e perna fortes, musculos abdominais (de mentirinha), passa dos 20% de todo esse grande negócio. Alguns conhecidos atores de cinema, hoje parecem mais bonecos de cera do que gente.
Mas há outros hábitos culturais, dificeis até de qualificar.
Há dias, em Brasília, na piscina de um clube, um funcionário da Emaixada do Irão, enquanto nadava na piscina, com crianças, foi metendo a mão nas pernas de garotinhas de 10 a 12 anos. Uma, já de 14, foi queixar-se ao gerente do clube que logo interditou a piscina. E começa a polêmica. O iraniano tem imunidade diplomática. O governo brasileiro reclamou e a Embaixada dos aitolás respondeu que não via nada de mal no assunto: era só uma questão de “culturas diferentes”! O caso está a ser investigado para ver se pode indiciar o miserável. Parece que entretanto ele já deu o fora para casa, onde, para manter a sua “cultura” viva deve ir meter a mão nas saias da mãe... do Hamanidejah ou do aitolá!
Outra “cultura” interessante é a dos americanos. Maravilha.
Para que não pensem ser invenção minha, passo a transcrever uma notícia escrita por um jornalista americano:


Quanta bobagem

DORRIT HARAZIM

Será difícil para qualquer país, mesmo do quinto mundo, conseguir superar a mais recente estultice dos Estados Unidos. Berço do politicamente correio e incubadora das versões mais xiitas da prática, a nação americana acaba de ultrapassar um novo patamar.
Uma diretriz da secretaria de Ensino de Nova York enviada semanas atrás a várias empresas que elaboram testes educacionais para a prefeitura, parece saída de um programa de humor. Ela lista meia centena de palavras, topicos ou referências que devem ser evitados, diz a instrução, "para não provocar emoções desagradáveis nos estudantes".
As palavras proibidas são tão anódinas que não mereceriam registro algum. Acopladas ao arrazoado que as acompanha para justificar o veto, contudo, elas adquirem vida nova e delirante. Alguns exemplos:
"Dinossauros" - segundo os zelosos educatecas nova-iorquinos, os simpáticos dinos, que de tão queridos pela garotada já foram rebatizados pelo diminutivo, arriscam evocar a evolução das espécies e portanto ferir as suscetibilidades de crianças formadas dentro dos preceitos do fundamentalismo criacionista.
"Aniversários" - seguidores das Testemunhas de Jeová não costumam celebrar a data, portanto melhor evitar. Aproveitando a ocasião, convém também banir menção ao inofensivo (embora irritante) Halloween, o Dia das Bruxas, hoje imitado no Brasil, por sugerir paganismo. E "dança", seja na forma verbal ou substantiva, só se for na modalidade balé.
Na mesma linha, conceitos como "terrorismo" foram previsivelmente considerados por demais assustadores, e "escravidão", por via das dúvidas, também merece ficar fora de testes de avaliação.
Segundo a porta-voz da secretaria municipal da pasta, ouvida pelo "New York Post", alguns desses tópicos, "embora perfeita¬mente aceitáveis em outro contexto, não se en-quadrariam numa avaliação mais ampla da realidade da cidade". Há quem divirja. O que fazer com Mitt Romney, o candidato (quase) oficial do Partido Republicano, encar¬regado de enxotar o presidente Barack Obama da Casa Branca em novembro próximo? Uma das instruções no novo léxico politicamente correto recomenda passar ao largo luxos e riqueza, piscinas e mansões, para não melindrar sensibilidades sociais. "A intenção é evitar ofender ou prejudicar qualquer aluno por ele ter pouca familiaridade prévia com o tema", explicou o porta-voz da Core Knowledge, uma das fundações que elabora testes educacionais no país.
Coincidentemente, dias atrás, Romney liderou o noticiário em boa parte da mídia por algo tão tolo como a diretriz sobre os testes, mas que nela en¬controu um ponto de interseção. Segundo revelou o jornal eletrônico "Político", o ex-governador de Massachusetts aproveitaria a reforma que pretende fazer numa casa em La Jolla na costa do Pacífico, para instalar um elevador interno e uma lavadora automática para os quatro automóveis que mantém na casa de praia.
Foi um brouhaha. De uma hora para outra todo mundo queria detalhes desse elevador capaz de lhe trazer o carro quase até a mesa de jantar, e Romney arriscou ser crucificado por teimar em ser bilionário e usar o dinheiro da forma que melhor lhe convém. Ou, na ponta oposta do ideário partidário, ser admirado justamente por se ter tornado bilionário e usar a fortuna como quiser. Como opinou o tuiteiro David Waldman na seção de humor que o episódio gerou, "certamente há razões sólidas para se ter um elevador doméstico de carros. Você apenas não é rico o suficiente para saber quais são elas". Eike Batista, que até pouco tempo tinha na sala a Mercedes SLTL-McLaren usada pelo filho Thor, além de uma Lamborghini, sabe.

Disparidades sociais são difíceis de deletar com uma canetada. Mais difíceis ainda do que convencer a molecada do Harlem ou do Brooklyn a não se interessar ainda mais pelos hábitos da atriz australiana Nicole Kidman, que recentemente se tornou a primeira moradora de Manhattan a ter um elevador que lhe leva o carro até a cobertura que ocupa em Chelsea.

DORRIT HARAZIM é jornalista


Fica para a próxima o comentário sobre o tal de Mitt Romney, que estou a ver na minha bolinha de cristal!




23/04/2012

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