segunda-feira, 12 de setembro de 2011


SOBREVIVER
ou
VIVER  SOBRE...

 
Um dos assuntos mais falados, nos dias de hoje, é a sobrevivência. A luta tremenda por sobreviver, num mundo estraçalhado pela fome, miséria, desemprego, guerras e outras atrocidades semelhantes.
Os alemães, através de cruzamentos, criaram uma nova raça de cães, lindos, inteligentes, amáveis, o Leonberger, que quase desapareceram durante a 2ª Guerra. Animais grandes, comiam muito, e a escassez de alimentos, a devastação e a fome, fez com que a quase totalidade desses animais fosse abandonada. Não conseguiram salvar-se mais que dois ou três exemplares. Quando o país estabilizou houve quem se interessasse por esses magníficos animais, e a raça sobreviveu e continua a ser muito apreciada. Grandes companheiros.
É um animal muito inteligente. Mas não tem Ego, porque não recebeu o Espírito! Não tem consciência do Bem e do Mal. Que bom para eles.
Enquanto os homens... assistem a uma cada vez maior e mais feroz concentração de renda, através de manobras, na sua origem criadas para desenvolver o comércio e a indústria, e hoje usada para pura especulação e enriquecimento.
A verdade é que para uns enriquecerem de algum lado o dinheiro tem que surgir! Quem paga, então? O Zé, o povo, como sempre, desde que há homens mais ou menos sapiens sobre o planeta.
Na idade média pagavam com galinhas, trigo, carne, etc., aos senhores. Quando chegou a era industrial pagou com o sacrifício da sua saúde, para trabalhar 15, 18 horas por dia, para encher os bolsos dos rothschilds da vida.
Hoje paga pela voraz vergonha das Bolsas de Valores, onde o dinheiro, que não existe, virtual, circula, mas não sai para os setores produtivos, para a criação de emprego, para o combate à pobreza.
Desde que surgiu a crise de 2008 (a crise ???) que parecia ter arruinado os bancos, nunca estes ganharam tanto dinheiro. Como era de esperar o segundo capítulo dessa crise está já aí, as impressoras rodam sem parar a imprimir dinheiro, falso, falsissimo, os warren buffets continuam a enriquecer doidamente, e os países a afundarem, sem que não se veja a aplicação de qualquer sanção ou programa que, EFETIVAMENTE, promova a tão anunciada “retomada do crescimento”!
Os países endividados, aumentam os impostos, sacrificam os mais débeis, os aposentados, os doentes e assistem (ou compactuam?) com o enriquecimento. Por este caminhar serão os países que vão falir: impostos no absurdo, poder de compra reduzido, industrias a fechar, abrindo espaço para os “emergentes” se fartarem com a carniça que sobejar! Empobrecimento iminente à vista! E depois?
Na Europa, os países que estão à beira de “choque anafilático”, vão ter que sair do Euro, voltar às moedas antigas, dracmas, pesetas, escudos, etc., desvalorizar essas moedas, declarar uma moratória de dez anos, nada de juros para o BCE, FMI e outros ladrões da vida, o que terá como efeito imediato um tipo de transplante do coração, mas permitirá, ainda na convalescença, que cada um cuide de si.
Os pobrezinhos mandam fábricas a troco duma esmola com juros (como a fábrica de açúcar de beterraba em Portugal, para, amáveis, os donos da CEE: Alemanha, Holanda, etc venderem o deles) ou propõem aos agricultores que deixem os terrenos ficarem incultos, porque a CEE dará mais outra esmola, com juros, e, libertos deste esmolar, cada país vai ter que apertar o cinto e comer do seu suor!
Lançar impostos sobre os ricos não resolve, a não ser, e dentro de muito estreitos limites, mostrar alguma dignidade, e recolher uma merreca de dinheiro.
Mas por que não lançar um imposto sobre as operações de Bolsa? A vergonha do nosso tempo? Não sobre o lucro que eventualmente se obtenha, mas sobre as operações financeiras, sejam elas à vista ou a prazo? Já existe? Então aumente-se mais uns tantos por cento.
Quantos bilhões daria por semana? No Brasil, só 1,5% deve dar uns 50 milhões POR DIA! Imagine-se o que seria se juntar as Bolsas de Nova York, Londres, Paris e mais outras, mesmo que só da Europa e das Américas! Num instante não haveria mais déficites públicos (se ninguém roubasse, claro!) nem crise, nem desemprego, porque o capital teria que ser aplicado na produção.
Toda a gente teme que o capital, por “não ter fronteiras” possa sair do país que lançar impostos sobre a riqueza. Pois bem, que vá, que especule onde quiser, que arruine outros países. Sempre há-de sobrar muito para investir.
Estar a fazer pagar os erros de décadas de desvarios, pelos que estão a entrar no nível da pobreza é uma tremenda duma covardia.
E muitos, muitos, daqueles que hoje lutam desesperadamente para sobreviver, talvez consigam então sair debaixo daqueles que, à sua custa, e SOBRE eles VIVEM.

12/09/2011

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