segunda-feira, 24 de agosto de 2009

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O  MAIA
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O interior de Angola, sobretudo o centro e sul é um planalto com altitude média acima dos 1.000 a 1.200 metros, o que lhe proporciona um clima seco, independente da quantidade de chuvas que caem, noites frias, madrugadas geladas formando com facilidade camadas de gelo na água que fica ao relento em tinas ou baldes, e temperaturas que durante o dia ultrapassam os 40º C. Nunca nessas áreas faltava cerveja gelada! Durante a noite ficavam as garrafas expostas ao frio, e de madrugada antes de se sair para a caça guardavam-se em caixas de papelão que por sua vez se embrulhavam em pesados cobertores de papa, indispensáveis para se poder dormir dentro das barracas de campismo, normalmente gélidas, e depois colocadas na melhor sombra das árvores. Ao meio dia, sob um calor de quarenta graus ou mais, os caçadores no regresso ao acampamento, sequiosos, encontrarem no meio do mato, a centenas de quilometros do que se podia chamar civilização, uma cerveja muito gelada, era o máximo!
Nessas regiões, a saída de madrugada sob um frio que gelava até as idéias, obrigava os caçadores a agasalharem-se com múltiplas peças de roupa quente, cachecol, chapéu, luvas e tudo que pudesse proteger daquele frio imenso em cima de jeeps abertos! Assim que o sol nascia começava o streap tease! Primeiro o cachecol, depois o blusão pesado, depois as luvas e as lãs, que tudo se ia jogando para dentro do carro, até que por fim seguiam só em camisa quando não tiravam esta também! Ao lado do condutor ficava um monte de roupa!
Longe eram as chamadas terras do fim do mundo, lá no sul de Angola, região dos cuanhamas, dos ganguelas, dos cussos e de muitos mais, onde uma caçada pressupunha uma estadia mínima de uma semana, sendo necessário levar todo o indispensável equipamento de campismo, primeiros socorros para qualquer emergência, boas reservas de cerveja e vinho para beber e oferecer aos sobas que disponibilizassem pisteiros, que não saíam sem sua autorização, e ainda arroz, batatas, sal, café, conservas, frutas e mais um monte de bicuatas, que incluía cadeiras, mesas, camas de campanha, candeeiros Petromax, sacos de lona especiais para água de beber, que pendurados na frente do carro, com o deslocar deste mantinham a água fresca apesar do sol escaldante, enfim tudo o que uma semana daquelas dava direito. Muitas vezes levava-se cozinheiro que ficava feliz com esta variante da sua vida insossa na cidade. E até um barco, a remos ou com motor de popa quando se previa ter que atravessar algum rio mais largo.
Eram centenas de quilômetros para se atingir o coração da região, onde mais facilmente se podiam encontrar os grandes animais como o elefante. Cruzavam-se no caminho planuras imensas, savanas, chanas ou anharas (pastos úmidos e férteis) cheias de caça diversa, sobretudo antílopes desde a minúscula Seixa aos Nunces, Songos, Quissemas, e até Gnus e as enormes Gungas, e muitas outras espécies, que à noite os faróis dos carros refletindo nos seus olhos pontilhavam de luzes. Espetáculo magnífico. Algumas áreas pareciam cidades iluminadas.
Um dos animais que habita nessas anharas é o Cuio ou lebre saltadora (Pedestes capensis). Não chega ao dobro do tamanho de uma lebre e lembra um canguru pequeno com membros anteriores muito desenvolvidos, sobre os quais se desloca saltando, e os posteriores muito pequenos de tamanho suficiente só para ajudar a levar a comida à boca. Herbívoro inofensivo, vive durante o dia em tocas, só à noite sai para se alimentar. Seus olhos refletem a luz com imenso brilho, vendo-se, quando se lhes apontam os faróis, uns pontos luminosos moverem-se aos saltos!
O simpático Cuio
No caminho para as tais terras do fim do mundo, um grupo de caçadores de que fazia parte o Carlos Vieira da Maia, homem dos seus quarenta anos, baixo, seco e rijo, muito vivo e alegre, comerciante em Vila da Ponte que se chamou Vila Artur de Paiva e hoje é Kuvango, ao atravessar uma dessas chanas ou anharas, já noite, farol ligado varrendo os lados da picada para se gozar o espetáculo, avistam bem perto do carro um desses cuios.
- Vamos pegá-lo!
Do grupo fazia parte, como caçadores o Francisco e o Maia, e mais um filho deste na altura com uns quinze anos que levou um amigo da sua idade, além de outro parceiro o Ricardo, não caçador mas que iria conduzir o jeep nas caçadas. O Maia de cima do carro continuou a farolinar, sem perder o cuio de vista.. Os dois rapazes saltaram logo fora e no meio duma noite escura em que se via unicamente a estreita faixa que o farol iluminava, correram para pegar o cuio, que com a forte luz a bater-lhe nos olhos saltava também sem saber para onde, mas aproximando-se do carro.
Tropeçavam em troncos caídos que naquele contraste luz-escuridão não se distinguiam, davam tombos formidáveis, mas o divertimento era superior e por nada deste mundo interrompiam aquela caçada, à mão, sem no entanto alcançarem o animal, que igualmente perdido, conseguia assim mesmo enganá-los.
Francisco encostado à traseira do jeep ria com aquele espetáculo simples e caricato. De repente o pobre cuio num dos seus saltos, cego com a luz, bate na lateral do jeep e cai estonteado. Francisco num instante despe o blusão, cobre o bicho e segura-o! Estava terminado o pega-pega!
E agora o que fazer com ele? Adaptou-se um engradado com uma das caixas que levava os mantimentos e levaram-no.
A meio da noite chegam ao local previsto para acamparem, como sempre junto a uma sanzala para que se aproveitassem da companhia e infra-estrutura daquelas gentes. Descarrega tudo dos carros, arma-se a tenda de campismo, prepara-se uma refeição rápida, deixa-se o cuio no engradado de madeira, e deita-se a turma.
Durante toda a noite o cuio fez um incómodo barulho roendo as tábuas da caixa e esse ruído no meio do profundo silêncio do interior de África era suficiente para não deixar dormir bem quem tivesse o sono leve!
De manhã constatou-se que o bichinho tinha roído quase uns cinco centímetros duma das tábuas e pouco faltou para ter alcançado a liberdade. Pena que não tivesse conseguido. O esforço foi meritório e de qualquer modo estava decidido soltá-lo, contra a vontade do povo daquela sanzala que queria aproveitar o petisco. Resolveu-se no entanto dar uma chance ao cuio: primeiro dava-se-lhe a liberdade e só quando ele se tivesse distanciado uns cem metros podia alguém começar a correr para o pegar! Foi outra cena.
Visão artística do Cuio
O cuio, habituado somente a sair de noite, de dia vive escondido em tocas, e por isso vê muito mal. Assim que foi solto começou a correr, sempre aos saltos, ziguezagueando, estonteado. A criançada, só ela autorizada a pegar o animal, esperava ansiosa o sinal da largada para sair atrás. Este dado, uns vinte dispararam numa tremenda algazarra para ver quem o apanhava. Acabaram mesmo por pegá-lo, e com o destino numa panela acabou este bichinho simpático.
Antes de qualquer procedimento de caça é preciso ir cumprimentar o chefe da aldeia. Conversar com ele sem pressas, oferecer-lhe alguma coisa, sendo o mais comum um ou dois garrafões de vinho, dizer-lhe ao que se vai, e pedir-lhe que arranje um pisteiro bom.
Chefe, sentado numa quibaca, os restantes homens no chão. Conversa lenta, pausada, dando a sensação de ser assunto que necessita de muito pensar! Isto levou a manhã toda.
Ali ao lado, o rio Cubango, a mais de quinhentos quilômetros da nascente, era já um rio largo, caudaloso, apesar da época não ser de chuvas. Por vezes atravessa área pedregosa transformando o seu leito tranquilo numa série de rápidos, que deixam para montante as águas mais paradas formando quase um lago, onde as margens se afastam uma ou duas centenas de metros.
Não só o pisteiro como todo o povo mostraram-se desde logo muito interessados em falar sobre os muitos hipopótamos que estavam ali, nesses rápidos. Não era intenção dos caçadores caçar hipopótamos, animal tranquilo, por essa ocasião uma das espécies cuja extinção estava já ameaçada, mas sim elefantes. Todavia um daqueles imensos hipopótamos seria uma magnífica prenda para aquela gente. Ficariam abastecidos de carne por um bom tempo, e por isso tanto interesse em falarem neles. O peso médio dum macho é de duas toneladas e meia. Caçar esta montanha de carne seria a melhor maneira de cair nas graças das gentes daquela sanzala, e o chefe mostrou-se nisso vivamente interessado, porquanto seria sempre ele a proceder à divisão da carne. E quem parte e reparte...
Foi decidido aproveitar o resto da tarde desse primeiro dia para ir procurá-los. Lá estavam, a razoável distância de tiro, parecendo tomar banho em piscina, mais de uma dúzia desses enormes bichos.
A aproximação para toda a caça deve ser cautelosa, mas como os caçadores eram seguidos não só pelo pisteiro como por umas dezenas de garotos, que todos queriam ver caçar um bichão, a cautela foi só teórica.
Com "boa vontade" veem-se dois hipopotamos a aparecer nas águas!
Os animais pressentindo a aproximação de gente vinham à superfície muito rapidamente respirar, não mostrando por mais de escassos segundos a ponta das narinas e os olhos, dificultando assim a hipótese de tiro, que para ser fatal deve atingir uma área muito restrita atrás da orelha. Esperou-se algum tempo para ver se algum mais curioso se expunha melhor, o que não era impossível de acontecer, porque a curiosidade é uma das características destes simpáticos monstros. Não estava fácil, mas assim mesmo Francisco arriscou atirar logo que viu alguma possibilidade de sucesso, com a sua carabina equipada com óculo. Tiro preciso, o animal sente o impacto da bala, revolve-se na água, ferido e muito agitado, entusiasmando todo o grupo que já antevia comida farta, mas mergulha e desaparece. O resto da manada sumiu também, submergindo para ir depois aparecer bem longe, em lugar mais abrigado, sem perigo aparente.
Começava o dia a declinar e como já não valia a pena tentar procurar os animais, ficou decidido voltar na manhã seguinte. Se o animal tivesse sido ferido de morte algumas horas mais tarde apareceria a boiar, quando não teria que ser procurado. À noite, à roda do fogo, entre outras conversas, comentou-se a precisão do tiro. Fora bom, e pelo modo como o animal o acusou devia estar morto. De qualquer modo não duraria muito.
Manhã cedo, ainda mal se preparava o matabicho, uma porção de garotos de roda dos caçadores avisava que os cavalo-maria haviam subido o rio. Já os tinham localizado e igualmente alertado. Volta a equipa, sempre acompanhada por uma pequena multidão de garotos, ao local onde tinham atirado na véspera, para começar a procura do animal. Ninguém queria perder o espetáculo. Se estivesse morto a corrente do rio já o teria arrastado para as rochas dos rápidos. Ali não estava. De acordo com a informação pré matinal, a manada tinha subido o rio e estavam ali, a cerca de mil metros.
- Vamos lá ver se encontramos o ferido.
Para a hipótese de terem que atravessar o rio, levaram o barco.
O Maia tinha uma carabina 9,3 mm com dois gatilhos, um primeiro para soltar a folga do segundo que depois ao mais leve toque dispara, o que dá maior precisão de tiro. Propõe:
- Eu vou para a outra margem, e atira aquele de nós que tiver os animais mais perto!
- Cruzar fogo por cima da água? Tá louco! Nunca.
- Porquê? Qual é o problema?
- Porque a bala faz ricochete na água e nós vamos ficar a atirar um no outro.
- Qual ricochete, qual quê! Eu caço há mais de vinte anos e nunca vi tal coisa. Pelo contrário, a água amortece a bala.
- Maia, eu sei que faz ricochete. Já vi muita bala bater na água e seguir viagem. Portanto se você quer atravessar o rio vai que eu fico aqui à espera.
- Não, senhor. A caçada é sua, e o hipopótamo ferido foi também um tiro seu. Vamos seguir as suas instruções.
- Que fique bem assente: não só não vamos cruzar tiros por cima da água como ninguém vai para o outro lado, porque como sabe o diabo disparou uma tranca, e eu vou atirar deste lado.
- Está certo. Então eu aguardo aqui.
Francisco deixou os companheiros sentados debaixo duma frondosa árvore, e seguido ainda por uns quatro ou cinco garotos foi subindo pela margem do rio para se aproximar da manada. Como na caça todo cuidado na aproximação é pouco acabou correndo com a garotada. Só atrapalhavam e era mais barulho e gente a aparecer. Caminhou com cautela bem junto à água, afundando por vezes os pés na terra encharcada. Por fim lá estavam os bichos, longe, junto à margem oposta, a uns cento e cinquenta metros, o que não aconselhava a atirar, dada a precisão que o tiro requer. Cautelosos como na véspera, continuavam atentos, até porque a garotada os havia alertado, e nesta situação mantêm-se submersos o máximo de tempo possível, e só sobem à superfície para respirar a intervalos de largos minutos, mal aparecendo, tornando assim a espera muito morosa e cansativa. Era necessário esperar com paciência. Francisco procurou um lugar meio escondido, sentou-se numa árvore caída, e para dar mais precisão ao tiro cortou um galho da mesma árvore para lhe servir de apoio ao cano da arma.
Ao fim de uma hora e tanto as cabeças começaram a mostrar-se um pouco mais fora e Francisco, mirando com todo o cuidado através do óculo, arriscou um tiro. Estando quase ao nível da água e atirando a uma distância grande, o angulo formado com a superfície era mínimo. A bala, blindada, rasou e tocou na água, seguiu, voltou a bater na água um pouco mais adiante, e o Francisco até pensou pena o Maia não estar aqui que teria visto o tal ricochete.
Ainda tentou um segundo tiro, sem senso, porque àquela distância e sem angulo era praticamente impossível atingir um alvo de cinco centímetros de diâmetro, a parte vulnerável do hipopótamo, e matá-lo. Felizmente não parece ter acertado em nenhuma das duas tentativas. Ferir e não matar era pouco digno de um caçador. Desistiu e levantou-se para retornar.
Neste momento chega o Ricardo, de jeep, lívido:
- Venha depressa. O Maia levou um tiro numa perna. E acho que foi um tiro seu.
- Um tiro??? Como? Um tiro meu?
- Sim. O primeiro.
- Não me diga que vocês atravessaram o rio e subiram a outra margem, contrariando o que havíamos combinado?
- Foi. O Maia, quando ficámos ali sozinhos, disse que essa coisa de ricochete era conversa, e fomo-nos colocar mesmo em frente dos hipopótamos.
- Meu Deus! Atingiu algum osso? Sangra muito?
- Não. Quase não sangra.
Num instante estavam no local onde se tinham separado. O Maia sentado no chão debaixo da mesma árvore frondosa, perna estendida, ar de profunda desolação, duas lágrimas na cara magra, ainda por secar. Pisteiro e garotada à volta com ar de espanto.
- Oh! Maia! Que maneira estúpida de aprender que as balas fazem mesmo ricochete na água!
- Pois é. Tem razão.
- Deixe ver a perna.
Calça abaixo. Ferimento milagroso! Por muita sorte foi uma bala blindada, com forte poder de penetração, que não espalha nem estilhaça. Entrou na parte superior da coxa e saiu uns doze centímetros adiante. Não apanhou o femur nem a artéria femural, que naquele local, longe de tudo e de todos, teria sido fatal! Fez um pequeno buraco na entrada, ligeiramente maior na saída, mas a velocidade com que atravessou o músculo deixara o caminho como que cauterizado e sem aparente perigo de infecção. De qualquer modo havia que o levar a um posto de enfermagem para ser visto. O mais perto, perdido no meio daquela imensidão, ficava a cinquenta quilometros dali.
Quando lá chegaram a perna estava um tanto escura do hematoma causado pela pancada do tiro potente, mas o enfermeiro limitou-se a fazer um pequeno penso na entrada e saída da bala, passar uma ligadura para segurar os pensos e recomendar uma medicação simples, que faria bom efeito porque o Maia, homem saudável, nunca até aquela altura da sua vida tinha tomado um único comprimido!
Regresso ao acampamento em silêncio. A caçada estava estragada. Francisco não sendo responsável pelo disparate do amigo, sentia-se mal, e quis saber exatamente como se tinha passado tudo aquilo. Ricardo fez o relato.
- O Maia disse que isso de ricochete na água era conversa! Então atravessámos o rio no barco, e subimos pela outra margem até que avistámos os hipopótamos, e fomo-nos colocar o mais perto possível. Aí uns trinta metros. Escondemo-nos atrás dum muxito, sentados de cócoras. Os animais estavam tão perto que o Maia carregou a arma, e preparou-se para atirar. Tirou a folga soltando o primeiro gatilho, e apoiou a arma na perna. Logo a seguir ouvimos um tiro, a arma dele sacode, sente uma pancada na perna, que lhe deu a sensação de ser o coice do tiro da sua própria arma e espantado diz:
- Olha, disparou-se a minha arma! - levanta-a e vê o percutor armado.
- E esta? O percutor armado! - abre a culatra e a bala estava lá dentro! - Como é possível? A bala está aqui! Como é que isto disparou?
Nessa altura eu olhei para o lado para tentar descobrir o mistério do tiro que não havia saído da arma dele, e vejo a perna a sangrar.
-Oh! Maia, você levou um tiro na perna, e foi uma bala do Francisco!
O Maia sem acreditar: - Levei um tiro onde?
- Aí na sua perna.
O Maia vê a sua perna ferida, porém continua sem entender o que se passava.
- Vamos embora daqui. Dê-me a mão que eu o ajudo a levantar-se.
- Não é preciso. Estou bem. Não sinto nada.
Levantámo-nos e começámos a andar. Uns poucos metros adiante o Maia senta-se no chão e com as lágrimas a romperem-lhe dos olhos diz:
- Ai! Que eu vou morrer!
Eu fiquei aflito, mas não me parecia que fosse caso para isso, e perguntei-lhe:
- Vai morrer porquê? Foi só um tiro na perna e até sangra pouco!
O meu amigo Maia descansando depois do susto... e do tiro!
- É sim. Mas eu já vi antílopes levarem um tiro que a gente pensa que não acertou, continuarem a correr como se nada fosse com eles, e de repente caírem para o lado, mortos! Comigo vai acontecer o mesmo!
Esta descrição fez o riso voltar aqueles rostos tensos. Até o Maia de perna atada teve que rir!
(continua...)
in "Contos Peregrinos a Preto e Branco", de Francisco G. de Amorim, 1998

3 comentários:

  1. Muito boa tarde:
    Este conto é maravilhoso e está muito bem escrito.
    Faz-me lembrar momentos que também vivi naquelas bandas, com malta de Vila da Ponte e ainda uns anos antes, em Noqui, lá para os lados do norte… e posteriormente em Tchamutete.
    Recuso no entanto, comentar o tipo de caça em apreço, porque sempre protestei contra a matança de elefantes e todo o tipo de animais que fazem falta à preservação desta e doutras espécies.
    Gosto de caçar ao coelho e perdiz, mas nunca a este tipo de animais.
    Agradeço ao autor a beleza deste texto, excluindo a parte a que acima me reporto.
    Boa Páscoa
    20/04/2014
    SM/.

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    1. Gostei do seu comentário. Sobre a chamada caça grossa, não esqueça que o que conto se passou há mais de 45 ano, e que não se dizimava caça. Além do mais era necessária uma licença. cara, para abater um exemplar, num determinada área e por prazo fixo. Findo esse prazo, mesmo que não tivesse caçado... o assunto estava encerrado.
      Mas uma pergunta me volta: quem sabe onde estará, sse ainda estiver entre nós, o meu amigo Carlos Vieira da Maia?

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  2. Descobri há dias estes seus contos .Fui cumplice de algumas aventuras como essa nas terras do Cunene .Recordações .Obrigado

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