Joana com 6 anos.
(Ao fundo a floresta que já sumiu com o crescimento da Rocinha!)
Células gigantes - 2
Algumas informações complementares sobre esta terrível doença.
Como ficou dito atrás, a vértebra atingida foi a 3ª toráxica, centro “de distribuição” de artérias – por aí passa a aorta – e do sistema simpático.
Para se ter uma idéia do enormidade do problema, na primeira intervenção, em Novembro, o tamanho da excrescência retirada, e que estava a comprimir a medula, tinha quase 10 – dez – centímetros de comprimento! Nas duas últimas não tenho conhecimento do desenvolvimento que o “cisto ósseo aneurismático” voltou a atingir, mas alcançava novamente a medula e ao mesmo tempo o coração.
A Joana ficou com duas cicatrizes de mais de vinte centímetros cada, uma pela frente, que sai de meio do pescoço para o peito, e outra, de tamanho similar, nas costas que, mais tarde serão fáceis de eliminar, o que, para já não constitui preocupação. Preocupação foi a costura nas costas ter infeccionado, porque a paciente tem estado sempre deitada de costas ou recostada numa cadeira. Mas já foi refeita a costura, analisada a supuração – com resultado negativo – e este problema “extra” parece ter ficado “arrumado”.
A força das anestesias para as duas últimas intervenções foi muito forte, e deixou seus efeitos por muitos dias, além da muita medicação que está a tomar. Isto, como é óbvio tem dificultado uma recuperação mais rápida.
Nos primeiros dias a sua voz era de “falsete”, porque a cirurgia passou perto das cordas vocais, mas, lentamente, como tudo, está a melhorar. O mesmo com a situação mais complicada, a sensibilidade nas pernas. Depois da última intervenção não sentia uma das pernas e outra não conseguia mexer, mas com a fisioterapia, ainda no hospital, esses sinais recomeçaram já a aparecer.
Bem disposta, sorridente, quando chega alguém para a visitar, e faz a pergunta sacramental: “Então, Joana, como vai isso?”, ela responde sempre, “tudo ótimo”! Nessas ocasiões quem fica “para morrer” somos nós, ao ver aquela força interior, aquela juventude que não se quer deixar dominar pela negativa, e que, mesmo que o caminho até ao regresso à normalidade seja muito, muito longo, não deixa de fazer planos para continuar a sua vida.
Já afirmou que no próximo dia 20 de Maio vai, de qualquer modo, estar presente na sua Faculdade na cerimônia de “Colação de Grau”, quando são entregues os diplomas de final de curso. Nestas cerimônias de Outorga de Grau, todos os Formandos deverão trajar beca na cor preta, faixa na cintura na cor do curso e capelo, que é colocado na cabeça na hora da Outorga de Grau.
E lá vai estar a nossa bióloga, certamente em cadeira de rodas, a sorrir para todos, a fazer o seu pronunciamento de esperança e alegria.
Uma esperança de vida que não se deixa abater.
Vovô “coruja” é isto... com razão!
do Brasil, por Francisco G de Amorim
4-mai-09
Como ficou dito atrás, a vértebra atingida foi a 3ª toráxica, centro “de distribuição” de artérias – por aí passa a aorta – e do sistema simpático.
Para se ter uma idéia do enormidade do problema, na primeira intervenção, em Novembro, o tamanho da excrescência retirada, e que estava a comprimir a medula, tinha quase 10 – dez – centímetros de comprimento! Nas duas últimas não tenho conhecimento do desenvolvimento que o “cisto ósseo aneurismático” voltou a atingir, mas alcançava novamente a medula e ao mesmo tempo o coração.
A Joana ficou com duas cicatrizes de mais de vinte centímetros cada, uma pela frente, que sai de meio do pescoço para o peito, e outra, de tamanho similar, nas costas que, mais tarde serão fáceis de eliminar, o que, para já não constitui preocupação. Preocupação foi a costura nas costas ter infeccionado, porque a paciente tem estado sempre deitada de costas ou recostada numa cadeira. Mas já foi refeita a costura, analisada a supuração – com resultado negativo – e este problema “extra” parece ter ficado “arrumado”.
A força das anestesias para as duas últimas intervenções foi muito forte, e deixou seus efeitos por muitos dias, além da muita medicação que está a tomar. Isto, como é óbvio tem dificultado uma recuperação mais rápida.
Nos primeiros dias a sua voz era de “falsete”, porque a cirurgia passou perto das cordas vocais, mas, lentamente, como tudo, está a melhorar. O mesmo com a situação mais complicada, a sensibilidade nas pernas. Depois da última intervenção não sentia uma das pernas e outra não conseguia mexer, mas com a fisioterapia, ainda no hospital, esses sinais recomeçaram já a aparecer.
Bem disposta, sorridente, quando chega alguém para a visitar, e faz a pergunta sacramental: “Então, Joana, como vai isso?”, ela responde sempre, “tudo ótimo”! Nessas ocasiões quem fica “para morrer” somos nós, ao ver aquela força interior, aquela juventude que não se quer deixar dominar pela negativa, e que, mesmo que o caminho até ao regresso à normalidade seja muito, muito longo, não deixa de fazer planos para continuar a sua vida.
Já afirmou que no próximo dia 20 de Maio vai, de qualquer modo, estar presente na sua Faculdade na cerimônia de “Colação de Grau”, quando são entregues os diplomas de final de curso. Nestas cerimônias de Outorga de Grau, todos os Formandos deverão trajar beca na cor preta, faixa na cintura na cor do curso e capelo, que é colocado na cabeça na hora da Outorga de Grau.
E lá vai estar a nossa bióloga, certamente em cadeira de rodas, a sorrir para todos, a fazer o seu pronunciamento de esperança e alegria.
Uma esperança de vida que não se deixa abater.
Vovô “coruja” é isto... com razão!
do Brasil, por Francisco G de Amorim
4-mai-09
Desejo tudo de bom à Joana! e um dia muito feliz a 20 de Maio.
ResponderExcluirBeijinhos Rusa Oliveira Lima
realmente ELA é um exemplo de coragem!!!
ResponderExcluirQuando for grande quero ser igual!!! :)
BJS a todos
Votos de rápida recuperação pois o planeta Terra bem necessita de biólogos.
ResponderExcluirAbraço à distância de Lisboa,
Henrique Salles da Fonseca
Meu amigo,andei com o computador meio "morto" por algum tempo e somente agora li o seu blog.
ResponderExcluirJunto com meus votos de rápida e plena recuperação, envio meus parabéns a Joana pela garra na luta contra a doença. Ao vovô e a vovó o meu abraço na crença da vitória completa.
Nádia Chaia