DONDE VIEMOS? PARA ONDE VAMOS?
São poucas as perguntas que pusemos no título
do que hoje vamos tentar escrever.
Sabem que tenho escrito pouco, problemas
muitos, psicologicamente muito derrubado, fisicamente a minha incurável doença,
que se chama 1931, não tem perspectivas de melhora, e a inspiração de escrever,
com tanto problema na cabeça a que ainda tenho que atender e resolver quando é
possível, me têm mantido afastado da escrita. Incapaz.
Voltemos ao título, e completemos as
perguntas, que tanto pensador já fez: “Por
quê viemos? Para quê?”
Os chineses diziam, há muitos séculos, que se conseguissem uma lupa com
visão ao infinito, e por ela espreitassem, o que lhe apareceria, uma vez que estariam
curvados na observação, seria o seu próprio “traseiro”!
Voltaire foi mais direto: “Os filósofos são como dançarinos; partem de
um ponto, ágeis, volteiam graciosamente mas voltam sempre ao mesmo ponto!”
E nós?
Uns a roubar, rindo e cuspindo nos pobres e
desventurados, outros procurando seguir A Palavra, ainda outros à procura da Verdade,
como Buda, como ao morrer disse que não a tinha conseguido encontrar, e a
esmagadora maioria indo de cá para lá e de lá para cá, sem pensar, desligados
os neurónios para não incomodarem.
Eu não sei a que tipo pertenço, mas sinto a
cabeça cheia de problemas: às vezes algumas alegrias me distraem mas ultimamente
muita dor e tristeza, poucas interrogações, porque sei que não há resposta,
sendo obrigado a seguir em frente, sem saber o por quê e o para quê.
Muito interessante os estudos filosóficos
sobre o “livre arbítrio”, uma liberdade condicionada “a priori”, pela cor da
pele ainda hoje, a família, o clima, a educação, a escola ou faculdade, a
religião, alguns até consideram nessa conjuntura o signo zodiacal! Mas
sobretudo pela política, pelos governantes, pelas finanças, e uns quantos
outros detalhes.
O Brasil já esteve mais perto dessa
liberdade, mas desde 1500 sempre liberdade condicionada, limitada, muita vez
até perigosa.
O mundo vive numa mentira cada vez maior,
mais destruidora, não só em países de terceiro mundo como em todos os outros.
Há poucos anos, na Noruega, um dos países com
“o melhor IDH” (!) do mundo, uma mulher já de idade avançada foi assaltada por
um imigrante ainda sem estatuto de residente, e queixou-se ao tribunal. O juiz,
como a mulher não foi atacada, mas “simplesmente” ameaçada e roubada, obrigou-a
a pagar as custas do processo e a uma multa equivalente a 15% do valor da sua
aposentadoria, já de si miserável. Liberdade, isto?
Por aqui a liberdade é pouco mais do que uma
palavra que se encontra “ainda” nos dicionários, mas mais do que limitada,
cerceada, vendida.
A censura é uma profunda realidade, uma
triste nódoa em todo o mundo, e nesta “terra de boa gente” tem dois processos
de a usar. Um pela compra da maioria da mídia, com dinheiro que o governo
subtrai ao desenvolvimento do país e a outra por meios policiais comandados por
quem nos devia proteger, a Justiça.
Há talvez uma dúzia de anos, um dos meus
filhos organizou, com autorização da prefeitura local, uma festa rave (só música eletrônica) numa cidade a
pouco mais de uma centena de quilômetros do Rio. Festa ao ar livre e, como
acontece em todas essas festas, a droga correu à vontade, porque sempre há quem
venda e quem compre. A polícia entrou, e além de prender um ou outro traficante
conhecido, prendeu o organizador da festa que nada tinha que ver com o que o
público fazia.
Enjaulado como um bandido, numa gaiola para
quatro ou cinco, onde trancafiaram uns quinze ou mais, foi a julgamento naquela
cidade e condenado com este “brilhante” argumento do juiz: “Na minha cidade não quero essas festas. Não
gosto de festas rave, por isso o condeno!”
O juiz sentia-se o dono do mundo. Ali, era.
Recorreu-se da sentença e na segunda instância,
no Rio, o desembargador, anulou a sentença e libertou-o de imediato.
Esse “livre arbítrio” hoje está sujeito ao,
que escreveu Laurence Peter: Num sistema hierárquico, todo
funcionário tende a ser promovido até ao seu nível de incompetência! O famoso
princípio de Peter, no Brasil, não existe; aqui o que rege é o compadrio
político, a ganância do poder pelo poder, para enriquecimento fácil e rápido,
sem que alguém se preocupe com a capacidade do comparsa que vai
"governar”.
A fobia é tal magnitude que
a Polícia Federal chega a prender, por exemplo, governadores e seus assessores,
todos os magistrados, desembargadores de um tribunal de justiça, presos esses
que nunca vão pagar o que roubaram, nem entram numa cadeia como presos comuns.
Agora o des-governo prepara
o maior desastre que a Amazônia vivenciou até hoje, e têm tido imensos e
profundos desastres.
Há anos que a
esquerda-caviar se prepara para destruir o país. Vale a pena dar uma rápida
lida no que escrevi no neste blog, há quatro anos, sobre Roraima (procurar
“Roraima”; posta em 14/fev/20). Já o processo estava em marcha.
Agora, saiu uma lei que
mostra com clareza, as intenções:
Militares
são excluídos da gestão do projeto Calha Norte, considerado crucial para a
defesa nacional
“O Programa
Calha Norte sempre teve como objetivo não só o desenvolvimento, mas também a
presença militar em áreas estratégicas para a soberania nacional”, declarou um oficial das Forças
Armadas.
Os comandates militares das
três forças, paus mandados, aceitam tudo, exibem-se cheios de condecorações,
incapazes de reclamar porque o vencimento que auferem, exorbitante, ferem o
estado de pobreza de grande, grande parte do país. A mamata é gora. O país que
se dane.
Este comentário, que me
mandou um oficial superior: define bem do que está em andamento:
O
intuito parece ser a criação, por pressões internacionais, de um narcoestado
indígena, corrupto como os miseráveis países africanos assentados em riquezas do
subsolo, e vulnerável o suficiente para ceder seus recursos naturais a
países interessados.
Como é evidente trata-se de
um imensíssimo negócio. Não se vende a Amazônia por uns “mireis”! Há certamente
largos mi ou bilhões envolvidos, e a porta aberta ao comunismo Rússia-China.
Militares afastados do
controle da Amazônia significa, em breve tempo a perca de toda aquela região.
Alguém reclamou? O
famigerado e super corrupto STJ – o supremo mandante nesta terra – não se
manifestou. Está tudo mancomunado.
E o tal “livre arbítrio”? Os
militares da ativa estão proibidos de se manifestarem, os civis não têm suporte
para fazer valer as suas opiniões, o “sapo-barbudo” que nada governa, assina
tudo porque lhe rende muito dinheiro, e continua a passear pelo mundo, levando
uma cáfila de comparsas, como na ida a Dubai, onde uma centena de apaniguados o
acompanhou, e se hospedaram em hotéis de 10 ou mais milhares de dólares por
dia!
Disse há dias a um amigo que
tenho pena de não ter nascido uns dez anos mais cedo. Já aqui não estaria para
ver o desmonte de uma civilização, de uma cultura e do assassinato da ética e
da moral.
Vejo o panorama apocalítico
aproximar-se e nada posso fazer.
Triste fim de uma já longa
vida
03/11/2024
Tenho um amigo escritor que nasceu também em 1931, Hélio Brasil. Ele está ativo, escrevendo. Não vale a pena desanimar. O mundo da literatura está cheio de tesouros para nossa contemplação e edificação. Abraço de São Paulo.
ResponderExcluirCALMA, QUE AINDA NÃO SERÁ NESTA LEVA QUE IREMOS. ABRAÇOS!
ResponderExcluirGrande Tio Chico! Sem depressões. Queremos mais ! Importantíssimos estes escritos. Abração ! Nuno
ResponderExcluirUm grande Senhor com quem tive o gosto de trabalhar. Saudações para a família.
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