sábado, 29 de julho de 2023

 

Meus amigos e leitores

Há quase um mês que não venho ao computador! Alguns amigos chegaram a telefonar  para saberem se eu ainda estava vivo! Estou, mas...

Uma série de complicações de saúde me desinspiraram e desmotivaram.
Tentei algumas vezes escrever qualquer coisa mas não saiu nada!

Primeiro foi o tempo (e dinheiro) gasto em dentistas: o Covid em menos de um ano quebrou-me sete (&) dentes)! Resultado arranca uns, fura outros, próteses que não funcionaram, chatices mal estar e sobretudo a comer bem menos.

Acabou esta fase caiu-me em cima um stresse violento, que esse sim me derrubou, e não satisfeito com isso uma gripe violenta – felizmente sem febre, o que levaria a pneumonia) de que, parece estou a sair por estes dias... com menos 4 kilos. Parece que felizmente foram sobretudo da barriga (!) e um bom bocado das pernas.

Parei com as minhas atividades de ginástica, mas safei-me desta.

E aqui têm o panorama do que pode acontecer a um jovem, como eu.

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Mas para me deixar de lamúrias vou passar um texto, escrito há quinze anos e certamente está esquecido por quem na ocasião o leu

 

BANCARROTA

 

Vem bem a propósito, nesta altura dos catastróficos acontecimentos financeiros, que mais deviam chamar-se “vigarices a descoberto”, relembrar um pouco da história da banca, sobretudo da bancarrota.

Lá pelos antigamentes, tal como hoje, cada rei ou príncipe ou um big chefe qualquer, quando adquiria alguma importância, uma das primeiras atitudes que tomava era a emissão de moeda. Não precisamos voltar muito no tempo porque foi exatamente o mesmo que fez Dom João VI quando desembarcou no Brasil! Aqui a moeda era de papel mas lá... era de ouro, moedas grandes e bonitas nos reinos ricos, outras menores, ou de prata e até de cobre. Pesos e ligas diferentes conforme as regiões e a seriedade do emitente, mais vigarice ou menos vigarice do fundidor ou de quem cunhava, ao ponto de terem proporcionado a Arquimedes o célebre passeio, todo peladão, pelas ruas de Siracusa gritando “Eureka”! Tinha acabado de descobrir como saber se os trabalhos em ouro encomendados pelo rei Hieron II, tinham a conveniente liga de ouro ou se o ourives estava empalmando algo a mais!

No “dantes”, os ourives desonestos “empalmavam” um quanto do ouro que lhes passava pelas mãos, enquanto que hoje se faz o mesmo, mas com outra sutileza: troca-se o chamado dinheiro bom por dinheiro ruim, como subprimes e outras vigarices.

Com o andar dos tempos e o aumento do comércio e das viagens de negociantes por essa Europa fora, carregando cada qual um tipo de moeda diferente, houve necessidade de arranjar “especialistas” que pudessem, com rapidez, apreciar o verdadeiro valor das diferentes moedas e trocá-las pelas correntes em seu país, a fim de permitir ao negociante fazer as suas compras.

Estes especialistas tinham uma autorização especial dos governos, dos duques ou doges, para esta atividade, e pressupunha-se que seriam pessoas da mais alta confiabilidade.

Assim como Arquimedes saiu do banho, nu, a gritar que tinha descoberto um método, infalível, de verificar o conteúdo de cada liga, os genoveses “descobriram” um jeito, no mínimo curioso, de apreciar o valor de cada moeda: uma pele de gado. Isso mesmo, uma pele de gado, curtida, e esticada, onde as moedas eram deixadas cair! Pelo som, ou vibração, ou... por qualquer outro método que os tais especialistas encontraram, num instante o valor da moeda bárbara estava determinado e o câmbio feito!

Aquela pele, esticada como a pele de um tambor, era chamada de banca, banca essa onde se trocava qualquer tipo de moeda.

Enquanto o banqueiro se comportasse com a ética e seriedade que deles eram esperadas, as bancas prosperavam. Mas se o banqueiro “metesse a mão na massa” dos clientes e se visse inadimplente, um emissário do governo se encarregava de, com um punhal, rasgar a pele, acabando com a banca. Era a BANCARROTA !

O banqueiro além de, certamente algum castigo – talvez confisco de bens ou prisão – ficava proibido de voltar a ter outra banca.

Imagine-se se tais leis, simples e eficientes se aplicassem ainda nos dias de hoje... quantos punhais teriam que ser afiados!

O primeiro grande “banco” internacional que fechou, não por inadimplência ou má conduta dos negócios, mas exatamente pelo contrário, foi a Ordem dos Templários. O rei Filipe, o Belo, de França, quase falido e com a maioria das suas joias penhoradas aos Templários, obrigou o papa Clemente V a acabar com a Ordem. Depois de um julgamento vergonhoso, os responsáveis pela famosa Ordem foram queimados vivos e o rei, malandro, recuperou os seus bens sem gastar um cêntimo. Bom, gastar sempre gastou, porque teve que dar ao papa uma, certamente confortável, fatia do que roubou!

A grande diferença dos tempos: os Templários foram violentamente assaltados, espoliados, assassinados, apesar de sempre terem sido seriíssimos nas suas transações. Hoje os bancos entram em bancarrota, unicamente por culpa dos seus dirigentes, e quem paga o pato é o povo, com a moeda falsa que os governos hoje podem emitir quanta queiram, porque se trata unicamente de papel!

E tem mais, os gestores desses bancos rotos, sempre saem rindo à toa e com os bolsos cheios!

Aproveito para lembrar o GRANDE/BIG negócio que Portugal quer fazer com um novo aeroporto, que implica em nova ponte, nova linha férrea, etc, o que para um país miserável que está hoje todo eufórico com o turismo, mas não tem dinheiro para saúde, aposentadoria.

Mesmo que se atreva a lançar essa obra, será um crime imenso.

Mas esse governo português não está cheio de criminosos, corruptos e afins?

E o povo não vai vetar tamanha calamidade?

Por aqui as coisas vão de mal a pior. O Brasil decidiu financiar um oleoduto para a Argentina, a custo de bilhões dólares, o óleo jamais vai lá chegar, os argentinos dão risada e que paga é o banco brasileiro.

O cabeça de sapo-barbudo anda pelo mundo fora a falar mal dos EUA, já declarou em entrevista que é comunista, está a destruir infraestruturas poderosas, as fábricas de carros, algumas com suspensão de fabricação por 12 meses, outras com 50.000 carros encravados nos pátios, outras já avisaram que vão embora, rodeou-se de todos os generais comunas, cedeu terras aos EUA, à China e até á Coreia do Norte, na Amazónia para “manobras militares conjuntas”!

Isto, os brasileiros crentes esperam que termine com as próximas eleições.

Só em 2026 se...

 

29/07/23

 

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