Carta
aberta à jornalista
Clara
Ferreira Alves
Já há muito que não aparecia um
artigo tão derrotista a denegrir a nossa história, o que era de estranhar, mas
como o Expresso “amigo”, pertença de ex militantes do central e equilibrado
PSD, agora virou extrema esquerda, porque é mais chic e rende mais, abre as
suas páginas ao estertor da cultura, história e civilização portuguesa. À
demagogia destrutiva.
Vai daí a jornalista, do cabeçalho,
escreveu, em 18 de Março, um texto onde está difícil encontrar algo sensato. E
goza com o título: “Tão felizes que nós éramos”!
Que saberá a dra. Clara sobre
felicidade? Tinha 18 anos quando, muito jovem, o país começou a apodrecer sobre
os gritos de Liberdade.
É evidente que todos, ou quase
todos os jovens adoram uma revolução ou revoluçãozinha, ou uma baderna, e
quando amadurecem, a grande maioria viu que tinha apostado no cavalo errado. E
entra no caminho do amadurecimento, da sensatez.
D. Clara, não. Ela que não viveu o
pré 25/4, a não ser um pouco do último período que estava já, de facto, fadado
a cair.
Fala em fronteiras, Caxias e
Tarrafal, das mulheres mortas no parto, etc., mas não fala das fronteiras de
hoje, do Limoeiro do MRPP e do PCP, para onde se levaram, sequestrados, quase
um milhar de portugueses pelos “gloriosos, vingativos e nojentos senhores de
Abril”, nem das mulheres, que têm agora à disposição centenas de
anticoncepcionais e que morrem ao abortar “oficialmente” com o apoio de leis
assassinas e promotoras do sexo livre. Matam crianças como quem mata baratas ou
mosquitos. A minha mãe teve sete filhos, que todos criou e eu tive oito.
Depois fala do Portugal de gente
pobre, pobres com dignidade (leia Gilberto Freire) e esquece a pobreza de
largos milhares de portugueses, que estão agora a viver, os que estão, de
esmolas da EU, sem perspectivas de futuro a não ser quando se inscrevem no PCP,
na Jihad, nos Black Blocs, etc.. Há quem esteja a pagar € 65 por mês à Seg.
Social e receber € 50 de subsídio !!!
Também arreganha o dente aos ricos,
a maioria dos quais eram os que criavam riqueza no país e empregavam milhares
ou milhões de portugueses. Conheceu a CUF, A Siderurgia Nacional, o Grupo
Champalimau, e outros? Acha que os empregados eram escravos? E hoje os empregados
estão felizes e com os bolsos forrados? Ou estão na mesma, mesmo tendo uma
televisão e um automóvel?
No tal tempo “da felicidade”,
Portugal tinha uma das moedas mais seguras do mundo, quando um US$ custava
23$00 escudos (a inflação só se deu durante a II Guerra) e a vida corria, por
muito que lhe custe, tranquila. Logo a seguir ao 25/4 o US$ já custava mais de
150$00 !
É evidente que a “tal felicidade” não
para aqueles que queriam baderna, comunismo e outras ameaças piores do a que a
do Covid. Este está a caminho de cura, mas as outras vão ficar através dos
tempo a tudo quererem arrasar, para o que parece não haver cura nem vacinas.
Eu nasci em 1931. A minha mãe era
fervorosa apoiante de Salazar, porque tinha vivido a “democracia” das primeiras
repúblicas, com os revolucionários a destruírem tudo, a prenderem e matar
gente, um caos financeiro, a falta de comida, aquilo que foi um ensaio para o
25/4, como se viu, e assim que o “horrendo” Salazar tomou conta do país...
realmente a felicidade chegou!
Gostei muito da observação de uma
rua “daquele tempo”! Só uma mercearia e uma carvoaria! Não
havia supermercados em parte nenhuma, pelo menos na Europa. A mercearia vendia
açúcar e farinha fiados. E o bacalhau. E esqueceu-se da baleia. Os clientes
pagavam os géneros a prestações e quando recebiam o ordenado. Sabe que é
verdade isso? Sabe por que vendiam fiado? Só porque “naquele tempo” não era
preciso nem um pelo da barba para garantir ao vendedor o pagamento do cliente.
Havia ombridade, respeito, vergonha. E hoje? Salgados, Berardos, Sócrates e
quejandos pagam os empréstimos que em sujíssima corrupção conseguiram? Não,
Clara, não pagam. Pagamos nós, os miseráveis, o povo, aquele que já foi pobre
mas nada devia a alguém, e que hoje vive pobre e enganado pelas dívidas que
contraiu. As dele e as dos outros.
Também gostei do “serviço militar”
obrigatório. Há 70 anos entrei eu num quartel de Cavalaria. Estive lá um ano.
Cumpri com o meu dever, e não choro, apesar de receber uma miséria por mês.
A CENSURA! Ah! A censura! Hoje que
os órgãos de informação estão dominados pela grande finança aliada à extrema
esquerda/caviar (se não podes vencer o teu inimigo junta-te a ele, velho,
sábio e premonitório ditado) hoje só publica o que quer essa sociedade de corja,
escondendo os roubos vergonhosos dos políticos, o racismo de alguns membros do
desgracento desgoverno de Portugal, a vergonha dos tribunais a deixarem
prescrever processos de Sócrates e camarilha, menino Sócrates bajulado pelo
monhé PM, com o beneplácito de Expressos, Públicos, RTPs, e destruir o país, da
sua cultura, etc., etc. Isso não tem comparação com a censura, infantil, do
chamado Estado Novo.
Mulheres não entravam na
Universidade??? Poucas, mas eu conheci muitas da minha idade e bem mais velhas
que foram até professoras de Universidades. Conheci até um senhor, que foi
reitor da UTAD, nascido em 1923, neto de uma das primeiras farmacêuticas
licenciadas em Portugal.
Dra. Clara nada fácil existe do que
bater em mortos. Eles não se defendem.
Mas não se preocupe com isso, não.
Não tarda a começar a matança dos grandes vultos da nossa história.
Tem que começar por matar Afonso
Henriques que deu uma surra da mamãe e isso foi, na realidade, pouco
democrático. O Sancho I mandou gente do Norte para o Sul, certamente para ocuparem
terras que teriam já algum dono. Isso não é bonito. E depois os bandidos Vasco da Gama, Afonso de
Albuquerque que na Índia onde tiveram que matar uma porção de muslims para não
serem mortos por eles! E Camões que cantou as maravilhas de Vasco da Gama?
Queimem os Lusíadas, Fernão Lopes, que só elogiava reis e esqueceu o povo,
etc., etc. E até os irmãos Pacheco Pereira que levaram o bacalhau para
Portugal.
E ergam estátuas aos assassinos Otelo, Rosa
Coutinho, Mário Soares, Costa Gomes e outros ladrões, espertos, mas têm que
fazer isso rapidinho.
Portugal está a afundar-se rapidamente no
“politicamente correto”, com o apoio de pessoas como a senhora, Da. Clara.
Moral, dignidade, ética, respeito pelo passado,
humildade (que tanta falta lhe faz, D. Clara), tudo isso são palavras a
arrancar dos dicionários.
Agora, a moda destes novos e tenebrosos tempos, é
baderna, escarrar no passado, roubar o mais que se puder, e transformar o povo
simples em robôs. Muito pior do que escravos.
Felizmente estou com muita idade. Não gostaria de
ver o funeral de um país que foi grande na sua pequena dimensão, deu lições ao
mundo, o único que desde sempre soube dialogar com o seu desigual, o Outro, e
agora está a ser sistemática e conscientemente destruído.
Mas isso será só uma fase a mais, passageira,
porque o tal povo que está a ser a robotizado no meio da ladroagem, um dia
volta a acordar e... quem sabe, aparecerá outro Salazar para arrumar a casa.
Deus o permita.
E depois escrevam, alegremente, a malhar nos que
caíram.
É tão fácil bater nos que estão mortos.
25/04/21 - Só comemoro o 25/4 porque nesse dia,
poucos anos depois nasceu um dos meus netos!
Bem dito e bendito quem esta corja não cala.
ResponderExcluirNÃO CALA OU... CALA?
ExcluirO meu querido País precisa mesmo de um Salvador
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