Seu Ascenso e a Morte
Com
enorme espanto li há dias que um português, doente, um tal Ascenso, num feroz
acesso certamente provocado por grave desequilíbrio mental, ou num delírio
covidesco, fez um terrível pronunciamento, que se pode desdobrar em duas
etapas.
Prima,
uma dor retroativa que muito o perturba e incomoda, por não se ter matado muito
mais gente no vinteecincobarraquatro.
Não sou
psiquiatra e por isso não compreendo como uma pessoa pode guardar tantos anos
essa dor – já lá vão quase 47 anos !!! (Coitado do Ascenso só tinha 11 quando
chegaram os vagões de cravos a Lisboa!) – sem ter sido examinado e tratado pela
ciência médica. Muito deve ter padecido o Ascenso! Estar há quase meio século a
sofrer, possivelmente arrependido, por não ter conseguido na altura uma bazuca
ou uma metralhadora e ter saído às ruas a matar “mais gente”.
Indiscriminadamente. Só mais gente.
Agora
que ele está a ver como fazem os jihadistas, que matam, degolam, em qualquer
altura e qualquer lugar, um monte de gente, chora o passado não mortífero que
lhe perturba a mente.
Bem sei
que nos dias que vão correndo, com a pandemia, os hospitais em Portugal e todo
o mundo, estão abarrotados, o que impede que se interne o Ascenso, se faça um
profundo e detalhado estudo do seu afetado cérebro e sistema nervoso, para que
o pobre sofredor esqueça esses tempos de matança... em que ele não matou!
Secunda.
A sua doença mental tem-se agravado muito nestes últimos tempos porque agora
rosna, tal tigre acuado e enfurecido, contra um monumento que os portugueses
decidiram erigir em memória daqueles que
por obras valerosas se foram da lei da morte libertando, que arriscaram
suas vidas por mares nunca dantes
navegados, que enfrentaram o Adamastor, os ferozes e belicosos africanos,
árabes e persas, mas deram novos mundos
ao mundo.
Esse
monumento saudado e admirado por nacionais e estrangeiros, o Padrão dos
Descobrimentos, o Ascenso quer derrubar. Talvez pense que derrubando essa obra de todos os portugueses, com as
suas 33 imagens de GRANDES figuras da história, ele se sinta realizado pelas
mortes que não fez, “matando” assim uma boa mão cheia de portugueses, e dos
melhores da história.
Há
porém um detalhe que me está incomodando! É que se o Ascenso derrubar esse
Padrão vai mexer com, pelo menos, um meu antepassado. Não lhe digo qual é
porque família deve ser discreta.
E
atenção ó Ascenso: eu não gosto que mexam com a minha família! Mexeu com ela...
eu, que toda a vida fui profundo adepto do código do grande Hamurabi, porque é
a única lei feita em todo o mundo que resolve os problemas na hora, sem mais
quesitos e requisitos jurídico-político-burocráticos, vou invocá-lo.
E é bem claro quando
prescreve no capítulo 197°-
Quem quebra o osso a um outro, se lhe deverá
quebrar um osso.
Imagine, ó Ascenso (se
eventualmente estiver em condições mentais de imaginar algo que não seja morte
ou destruição) que se conseguir o seu paranoico objetivo de derrubar o Padrão,
os corpos, mesmo de pedra, das trinta e três extraordinárias personagens que
ali estão, vão ficar com os ossos todos quebrados. Todos.
E como ficarão os seus?
Não se preocupe. Alguém vai cumprir a mais antiga lei e, como haverá muito osso
a vingar, penso que o melhor é esmagá-lo totalmente, a si, ó Ascenso!
Já lhe disse que não
gosto que se metam com a minha família!
Isto não é uma ameaça.
Não. Nunca ameacei ninguém na minha já bem longa vida.
Mas é um aviso.
E tem mais: ameaçar
destruir monumentos nacionais também é passivo de condenação em tribunal, mas
como agora os tribunais estão, muitos deles, em mãos de outros alienados...
pode até ser que lhe entreguem uma comenda: a Comenda da Morte a ser-lhe solenemente
entregue por Caronte, com a presença do monhé e do que sobra da escória do
MRPP.
Pode esperar por ela.
Não tarda.
Entretanto seria bom que
o resguardassem em Rilhafoles ou no Julio de Matos!
Com colete de forças e
um pífaro na boca para não dizer tanta bestialidade.
* * *
Após ter escrito o que
vai acima, pesquisei na Internet e o Ascenso lá está!!! Ou a discutir na rua e
ofendendo o povo, ou discutir com grosseria adversários políticos. Belo CV
também cheio de cursos e mestrados e bacharelatos, e comissões e presidências,
etc.
Enfim tudo o que uma
pessoa pode reunir para inflar o seu ego, ser grosseiro e depois... endoidar!
Mas vou-lhe contar uma
coisa, seu Ascenso: não há muitos anos escrevi um texto no meu blog, sobre
história de Portugal, que enaltecia diversos feitos e a seguir lastimava que
após a tão apregoada democracia-demagoga, se tenha vindo a destruir o país.
Como hoje você e sua camarilha estão a fazer.
Um dia depois recebo num
comentário no blog uma ameaça de morte! Dizia mais ou menos:
“Ó pá! Já te estou a ver!
Quando vieres a Portugal (eu moro no Brasil) vou-te matar!”
Estranho. Respondi de
imediato ao anônimo
ameaçador/matador, para que marcasse dia e hora para nos encontrarmos e ele me
poder matar. (Os anônimos são muito machos!)
Logo o provedor tirou
isso do blog, mas ainda fui a tempo de guardar uma cópia que tenho guardada.
Agora fico a pensar se
não seria o Ascenso que me tenha feito essa ameaça! Você queria que tivesse
morrido muita gente no 25/04. Logo eu que nessa altura vivia em África, gente a
quem o Ascenso tem uma raiva danada. Ele que só sabe onde fica Angola pelo mapa!
Se foi você que me
ameaçou... ainda vai a tempo. Deixa o Covid baixar um pouco eu irei a Portugal
e poderá então cumprir a sua ameaça.
Não se preocupe porque
não levarei nenhuma arma, nem seguranças, nem aviso a polícia. Nem testemunhas.
Vou só para ver aonde está a machice dum boca-rota, ignorante.
Atenção: espero que o
Covid não o liquide antes de eu aí poder chegar.
06/03/21
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