quinta-feira, 9 de abril de 2009

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Voltemos ao
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João Driesel Frick
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O texto anterior, mostra sobretudo a genealogia deste antepassado, e deixou algumas dúvidas no ar. Pesquisa, procura, insiste, até que se encontrou a autora do texto que escreveu sobre a tal Primeira Sociedade de Emancipação de Escravos no Brasil, professora Carmen Schiavon da Universidade de Pelotas, cidade onde nasceu o meu avô, Francisco, filho deste João.
Foi de fato João Driesel Frick um dos fundadores da dita Sociedade, fundada não em Porto Alegre, mas em Rio Grande, no Rio Grande do Sul, a cidade que está na entrada do Lago dos Patos, e que deu nome ao Estado, porque foi a sua primeira capital.
O conhecimento desta Sociedade e da primeira reunião que aconteceu no escritório do João Frick, em 1869, quando, por dinheiro recolhido pelos sócios, se libertaram quatro escravas, provém de uma carta escrita por ele mesmo, de Londres, em 1884, e que foi publicada em Lisboa (onde?) em 1885.
João Frick estava no Brasil pelo menos desde 1868, porque consta já o seu nome na Loja Maçônica Acácia Rio-Grandense, de que foi 1° Vigilante.
Como se disse ele enviuvou da primeira mulher, Joana Viana Lobo, tinha seu filho Francisco, um ano e pouco, em 1882. Casou, possivelmente em 1883 ou 84, com a filha mais nova do Visconde Mauá e, de acordo com a carta acima, estaria em Londres nesse ano, onde terá deixado os seus três filhos com Joana Lobo entregues a uma irmã.
Em 1885 está no Brasil, quando participou do funeral do sogro e assinou contrato de fornecimento de água a Piracicaba.
Em 1900 vai definitivamente para Londres. Lembro-me de minha mãe me dizer (ela ouvira isso de seu pai) que João Frick deixara o Brasil para tentar cobrar dívidas de empresas ou indivíduos ingleses, mas que nada teria conseguido.
Pensando em todas estas informações, e uma vez que não parece que João Frick tivesse pessoalmente negócios com Inglaterra; o mais provável terá sido, uma vez que seu sogro teve em vida muitos e altos negócios com os ingleses, que este lhe tivesse confidenciado ter ainda créditos a cobrar a súbditos de sua majestade britânica!
Viveu os seus últimos nove anos em Londres, mas receber dos “amigos” ingleses... até hoje!
do Brasil, pelo bisneto Francisco G. de Amorim
9 abr. 09

3 comentários:

  1. Como sempre querido amigo, mais um capitulo interessante desta rica historia dos laroque, frick, de amorim. forte abraço, Medeiros

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  2. Olá Francisco,
    Pesquiso sobre a história do saneamento em Pelotas (RS). Tenho registros de que João Frick dirigiu as obras de abastecimento de água na cidade de 1872 a 1875. Podemos trocar informações sobre ele? Janaina (jana.xavier@pelotas.com.br)

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  3. Olá Sr. Francisco, pesquisando sobre a abolição da escravatura descobri seu blog. Sou do quadro da Loja Maçônica Acácia Riograndense. Favor entrar em contato acaciariograndense@hotmail.com

    José Paulo

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